A Luz Na Escuridão escrita por lili-alice


Capítulo 9
Capítulo 8: Ainda existe esperança?


Notas iniciais do capítulo

Esperooo que gostem..



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PDV: Jully

Sério aquela proposta realmente estava mexendo comigo, trabalhei meu turno inteiro sem prestar atenção em nada, nem mesmo liguei para a bronca que levei do meu chefe, as cantadas dos bêbados a discussão que tive com Brad nada importava eu apenas estava lá em meu mundinho completamente absorta.

Troquei-me rapidamente colocando minha roupa de qualquer jeito e apertei o casaco de lã a meu corpo estava frio agora, não liguei de roubar cervejas nem nada, tudo que eu queria era chegar em casa e tomar um banho.

Avistei o carro de Brad parado em frente ao bar, será que ele queria se reconciliar e estava me esperando ali? Estranhei por que realmente aquilo não fazia nem um pingo o estilo de Brad, porem as pessoas mudam, quem sabe...

Mas foi quando reparei que os vidros estavam embaçados de mais e em mãos femininas apoiadas no vidro dos carro, e foi ai que me veio a revelação lá estava Brad me traindo, eu não queria fazer barraco mas queria saber quem era a vagabunda da vez e foi ai que sem pestanejar abri a porta, encontrando a vadia da Caroline, obviamente isso foi como um tapa em minha face, eu não acreditava que havia sido traída daquela forma, Brad me prometera, mas a questão é o que Brad promete para mim e cumpre?

E bom como eu sempre disse haveria um dia em que Brad me trairia e eu simplesmente cansada disso o deixaria, e bom esse dia havia chegado, Brad desceu do carro, suas roupas estavam amassadas seus lábios vermelhos, sua expressão aparentava um falso desespero e um falso arrependimento, eu sabia que era falso pois ele nunca se arrependia de nada, que tipo de arrependimento poderia ter o grande filho do prefeito?

-Jully meu amor não é o que você está pensando- falou ignorando Caroline que ainda observava a cena, a vadia deveria estar urrando de felicidade

-Oh claro afinal você e Caroline estavam brincando de boneca no carro- sorri irônica

-Não meu amor eu quis dizer que...- ele parou para pensar em um motivo convincente, cínico- Eu não queria isso Caroline me seduziu até o carro e rolou

-Pera ai Brad, eu não seduzi ninguém você que me puxou para o carro, seja homem de admitir pelo menos isso- Caroline sentiu-se ofendida , mas não deixou de me olhar com um sorriso vitorioso

-Brad não seja idiota você acha que eu acredito nisso?- encarei-o raivosa, não era possível que para ele eu fosse tão idiota- Eu não acredito em você, não quero saber de você, eu te falei que se te pegasse novamente me traindo, estaria tudo acabado não falei?- encarei-o e seus olhos se arregalaram

-Não você não pode me deixar Jully, EU TE AMO- berrou Brad, tentando me abraçar, mas eu afastei-me fazendo-o cambalear, obviamente que Brad estava alcoolizado para falar esse tipo de coisa..

-Você me ama?-perguntei encarando-o, eu sentia nojo desse idiota

-Amo mais que tudo na vida, essa garota não significou nada para mim, eu sempre vou gostar de você, sempre- era impressão minha ou Brad ia chorar?

-Eu não signifiquei nada? Engraçado que enquanto eu te chupava você não falou isso- ofendida retrucou Caroline

Neste momento meu sangue subiu eu já havia percebido o quão corna era, mas aguentar a vadia da Caroline falar era pior do que qualquer coisa e então sem pensar, caminhei até a cachorra e desferi um tapa forte em sua cara, a garota me encarou raivosa e correu para revidar, eu rapidamente desviei de seu tapa e segurei-a pelo cabelo, reparei que Brad apenas nos encarava confuso, bêbado e chocado.

-Escute aqui vadiazinha, quer fica com Brad? Transar com esse monte de lixo? Pois transe, só não reclame quando ele começar a te trair com todas as suas amiguinhas vadias, eu não ligo para ele e quer saber fico muito feliz que tenha acabado assim, por que eu estava de saco cheio do Brad, que aliás tem o pinto pequeno- falei soltando Caroline que se debatia tentando com que eu a soltasse

-Não toque suas mãos sujas em mim!-berrou Caroline

-É Jully chega, vamos para casa amor vamos conversar...- Brad tentou novamente

-Cala a boca!- berrei olhando-o- Se você falar mais alguma coisa nem sei do que sou capaz de fazer

E então voltei a encarar Caroline, que não estava mais tão bonitinha e com cara de patricinha como sempre, seu rímel estava borrado, seus cabelos bagunçados e uma parte de seu rosto de “porcelana” estava completamente vermelha e inchada, devido ao tapa que eu havia acabado dar nela.

-Escute aqui minhas mãos são mais limpas que as suas, por que mesmo eu não sendo uma riquinha de merda que nem você, mesmo eu sendo uma “vadia nóia” eu sou muito melhor que você, por que eu assumo o que sou, não fico vivendo de aparências, ou você acha que todo mundo acredita que você estava um pouco acima do peso e passou todo aquele tempo fora da cidade por que estava em uma SPA, qual é! Todo mundo sabe que você estava grávida do pobretão do Josh, que além de tudo nem assumir seu filho assumiu, e seus pais te mandaram para longe, com vergonha de você, acorda Caroline sai desse seu mundinho da fantasia, e pode ficar com o Brad, por que vocês realmente se merecem...

-Mentira!- berrou a garota que parecia mas surpresa por eu saber a verdade sobre ela

-Tá vendo mentindo para si mesma, tão típico...- revirei os olhos

-Jully...-Brad tentou me chamar outra vez

-Não enche Brad!- gritei novamente, meu sangue fervia e eu tremia de ódio- Estou indo embora e não me siga Brad, eu não quero mais saber de nada relacionado a você- respondi saindo do local o mais rápido possível

Tentei me afastar de pressa daquele lugar da frente daquele bar, mas nada impedia de que as imagens rondassem minha cabeça, eu estava ficando louca não aguentava mais pensar nisso, minha vontade era me jogar na frente do primeiro carro que aparecesse e não por causa de Brad ou algo assim, era por causa da merda que minha vida era, eu era uma nóia sem família, trabalhava em um bar vagabundo e era tratada como uma vadia pelo idiota do meu chefe, ninguém gostava de mim e eu não gostava de ninguém, o máximo que tinha era dois amigos que apesar de legais não eram lá o que eu chamava de estáveis.

E eu aqui apenas uma garota sozinha no mundo, andando pelas ruas escuras voltando para uma casa vazia onde uma geladeira que continha apenas o ar frio e uma garrafa de vodka, armários onde há apenas um pouco de erva e um saco de batatas fritas, dois quartos um desarrumado e nojento e outro arrumado contendo o memorável cheiro da única pessoa que me amou, era isso que me esperava naquela maldita casa.

E então foi ai que uma luz se acendeu em minha cabeça, e eu pensei na única pessoa que meu amou, minha vó inanimada e quase morta naquela cama de hospital, enquanto eu ao invés de me tornar uma pessoa de quem ela se orgulharia estava afundando em um abismo cada vez maior, ela não merecia isso ela confiava em mim como ninguém jamais confiou ela me amava, e aqui estava eu fazendo tudo que ela sempre odiou me tornando igualzinha a uma pessoa que eu mesma sempre detestei, minha mãe.

Chutei bruscamente uma pedra na calçada e depois chutei a parede a lata de lixo e tudo ao meu redor, eu parecia uma louca, e eu era uma louca, retardada, problemática, porque eu não morria?

Eu poderia estar fazendo tudo diferente mesmo estando sozinha eu poderia estar tentando me tornar uma pessoa melhor crescer na vida, mas não eu mesma fiquei me afundando, começou com as drogas as más influências tudo, até eu virar essa garota repugnante que sou, eu tinha nojo de mim mesma.

Mas será que eu não poderia recuperar o tempo perdido? Será que não havia nenhuma esperança para mim?

Então eu pensei no que o doutor havia falado, lembrei-me da tarde de ontem, e de cada palavra de sua oferta, inclusive a melhor de todas, ele salvaria a minha vó, só que antes eu teria que me tornar uma pessoa melhor parar apoiá-la quando ela acordasse estar ao lado dela e esse era meu próximo desafio.

Sim eu iria aceitar eu falaria com os Cullen e se fosse preciso ficaria dias e noites ao lado do esquisito do Edward, só para poder me recuperar e recuperar minha vó, eu tentaria ser diferente largaria a merda do meu emprego e faria qualquer coisa, qualquer coisa para ver minha vó bem e viva.

Não quis saber de ir até em casa, eu obviamente não sabia o endereço dos Cullen, então decidi ir diretamente no hospital onde eu tinha quase certeza que encontraria o doutor delícia.

Não sei por quanto tempo caminhei, só sei que quando entrei no hospital minhas mãos suavam, eu estava insegura em com medo, e se o doutor tivesse desistido da proposta? E se ele não quisesse mais nem me ver?

Ignorei as incertezas e caminhei em direção ao balcão, agora a balconista era um pouco mais sociável, era uma senhora de meia idade com cara de boazinha, agradeci por não ser a enjoada de antes.

-Em que posso ajudar meu bem?-perguntou-me a senhora

-A senhorita poderia me dizer se o Doutor Cullen está?-perguntei ansiosa, minhas unhas tamborilavam no balcão

-Me desculpe mas ele foi embora há pouco tempo..-respondeu a senhora que sorriu ternamente

-Merda!-praguejei

-É muito urgente?-perguntou-me

-Caso de vida ou morte- respondi desesperada

-Sinto tanto não poder ajudar...-respondeu parecendo sincera

-A senhora não pode me dar o endereço dele, o número ou algo assim? É muito urgente muito mesmo- implorei

-Oh garota não posso fazer isso é contra a conduta do hospital- a senhora respondeu

-Por favor eu preciso disso!- implorei novamente

-Receio não poder ajudá-la

-É de vida ou morte senhora, por favor tenha dó!- insisti

E então a mulher pareceu ter mordido a isca, ela olhou para os dois lados e gesticulou com as mãos falando para que eu me aproximasse mais dela, então a senhora simplesmente pegou a palma de minha mãe e discreta e rapidamente anotou um endereço juntamente com um número, e sorriu.

-É o melhor que posso fazer garota- respondeu a mulher bondosa

-Muito obrigada mesmo- agradeci saindo rapidamente do hospital

Quando li o endereço em minhas mão gemi alto, droga aquele lugar era na estrada bastante longe daqui a única forma de chegar lá rapidamente era de carro, e eu não tinha um a não ser que eu pegasse um táxi, mas eu gastaria o pouco dinheiro que me resta com isso, mas já que era para meter o pé na lama eu faria isso.

Peguei o orelhão e de lá mesmo liguei para o táxi que em minutos chegou, um cara gordinho com expressão sonolenta, mostrei para ele o endereço e o cara apenas começou a dirigir, tentei ignorar a música brega que ele escutava e também tentei controlar meu tremor, eu estava nervosa afinal não era todo dia que se ia em uma casa cheia de vampiros.

-Chegamos

E então eu encarei a casa ficava praticamente no meio do nada era grande pelo menos a parte dela que dava para ver já que a casa era isolada por uma grande quantidade de árvores e plantas, obviamente tudo bem cuidado, respirei fundo jogando um punhado de notas em direção ao taxista e sai sem ao menos esperar o troco.

Caminhei em direção a casa e só ai reparei o quão ela realmente era bela, era cheia de vidros, três andares e adornada de tons claros, havia ao lado uma garagem enorme, imaginei quantos carros haviam ali, eu adorava carros embora não pudesse ter um.

E antes que eu se quer batesse na porta Edward a abriu deixando-me confusa e surpresa, mas antes que acontecesse qualquer coisa eu disse:

-Fale para Carlisle que eu aceito a proposta dele...


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Notas finais do capítulo

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