A Luz Na Escuridão escrita por lili-alice


Capítulo 11
Capítulo 10: Histórias


Notas iniciais do capítulo

Oiii geeeente desculpem a demoraaaa pra postar mas prometo que voltarei a postar normalmente...



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Pdv:Julliet

Quando cheguei em casa achei que essa seria mais uma noite que eu passaria insone, mas eu estava enganada, assim que tomei meu banho eu cai na cama em um sono tão profundo que quase perdi a hora do despertador.

Acordei já apressada não queria me atrasar e enfrentar a cara feia de Edward, embora as coisas estivessem melhor em nosso relacionamento não tenho certeza se já estavam boas a esse ponto, afinal eu ainda o achava meio estranho.

Procurei uma roupa mais ou menos descente no meu pequeno closet, escolhi uma calça jeans básica, procurei uma blusa básica preta e por cima coloquei a única jaqueta descente que eu tinha, uma de couro preta, e calcei uma bota com um salto minimamente alta, essa foi a primeira vez que eu decidi me arrumar realmente para ir para a escola e eu sinceramente não entendia o porque.

Após tomar um banho rápido, vesti-me e só passei uma maquiagem básica, eu não sabia mas talvez hoje mesmo eu já tivesse que ir ao novo emprego ou a uma entrevista, senti meu estômago roncar de fome, desci para ver se tinha mais algumas daquelas batatas que costumavam ficar guardadas em meus armários, mas lembrei-me que elas haviam acabado, respirei fundo, teria que aguentar a fome até a hora do almoço.

Ouvi uma buzina estridente tocar na porta de casa, sem dúvida alguma era Edward ali, suspirei, não era totalmente ruim ver um gato como ele logo de manhã, mas confesso que ainda sim era estranho como minha vida havia mudado em apenas dias.

Peguei minha bolsa que pela primeira vez não continha um cantil com vodka, ou um cigarrinho de maconha dentro, minha bolsa estava limpa havia apenas cadernos e livros dentro dela, abri a porta de casa dando de cara com um Edward entediado, ele segurava um pacote extremamente cheiroso, junto com um copo de onde vinha um cheiro maravilhoso de...

-Chocolate quente?- ofereceu-me

-Pensei que vampiros não comessem...- falei confusa

-E não comemos, mas humanos comem então como fucei nos armários de sua casa ontem enquanto você dormia e não achei comida, apenas drogas e bebidas alcoólicas que eu fiz questão de joga fora, eu achei que hoje de manhã você acordaria com fome, então passei em um café e comprei isso, você tem algo contra croissant de quatro queijos?- perguntou-me, como se tudo que ele havia acabado de falar fosse a coisa mais normal do mundo

-Não, na verdade eu estou com muita fome, obrigada- peguei o pacote e o chocolate quente de suas mãos

-Então seus irmãos foram como para a escola hoje?-perguntei

-Com o carro de meu irmão e Renesmee foi com Jacob de moto, acho que deveriámos ir, pode comer no carro contanto que você não o suje- falou Edward, ele pareceu sério na parte de não sujar o carro o que me fez rir

-Fique tranquilo não sou uma criança não vou sujar o carro- respondi entrando e sentando-me no banco do passageiro

-Você não é uma criança?- Edward arregalou os olhos olhando-me em um tom de irônia

-Haha muito engraçado você, já pensou na possibilidade de ser humorista Cullen?- encarei-o

-Já disse que é Edward, Julliet- respondeu em um tom irritado

Mordi meu lanche da manhã com gosto, mas tomando cuidado para não sujar o chão do precioso carro de Edward, e respondi de boca cheia.

-Já disse que é Jully

-Não é correto mocinhas falarem de boca cheia- falou Edward fechando minha boca, o que me causou um arrepio

-Não é correto dirigir só com uma só mão- retruquei

-Dirijo a muito mais tempo que você- ele respondeu, seu carro acabara de adentrar a escola

-Disso eu não tenho dúvidas tiozão- brinquei, e Edward me encarou surpreso com a brincadeira

-Não tenho cara de tiozão- respondeu até meio ofendido, era realmente estranho chamá-lo assim

-Mas pensa como um, te vejo em breve?- perguntei descendo do carro enquanto terminava de tomar meu chocolate quente

-Não eu sou seu novo melhor amigo, você terá que me aguentar até entrar na sua primeira aula- revirei os olhos, e ia começar a chatice da babá Edward

-Ok babá Edward, você tem que pagar meu almoço também- pisquei para ele jogando o papel de meu croassaint em seu rosto mas antes que o acertasse ele segurou

-Eu pago, não faça isso novamente ou terá um castigo- Eward me olhou sombriamente

-Castigo? Acho que eu deveria ter medo disso- ironizei

-O sinal já vai bater que tal começarmos indo para nossas aulas?- perguntou-me Edward

E foi ai que eu andando pela escola a caminho de minha próxima aula reparei todos olhavam para mim ao lado do Cullen, todos sem exceção, senti algo que eu não sentia a muito tempo um calor tomando meu rosto, sim eu estava com vergonha, reparei nos olhares indignados e curiosos de Anne e Cooper para mim, eu sentiria falta de meus amigos, reparei também que Brad não se encontrava no ambiente escolar, porque se ele visse aquela cena de todos olhando sua “namorada” com outro cara isso realmente não daria certo.

-Estão todos olhando- comentei assustada

-Normal...- Edward bufou, percebi que ele não estava gostando de toda essa atenção tanto quanto eu

-Obrigada por me trazer até a sala, te encontro na próxima aula?- perguntei a ele

-Sim, estarei aqui na porta te esperando madame- piscou Edward e saiu andando

Era incrível como o andar sexy e melodioso de Edward era hipnotizante, juro que se uma série de pessoas não quisesse entrar na sala eu passaria muito tempo lá vendo se afastar de perto de mim pelo corredor, Edward era literalmente um homem de tirar o folêgo.

Entrei na sala e ouvi meu nome diversas vezes saindo da boca das cobras, procurei ignorar e concentrar-me na aula, eu já estava limpa há quase um dia e era incrível a diferença que isso fazia na concentração, eu só esperava que eu não começasse ter as crises de abstinência, mas eu não tenho dúvidas que uma hora eu teria, em um momento nervoso um baseado faz falta as vezes e esse seria meu maior problema.

As aulas foram tumultuadas como eu esperava eu era sempre o alvo dos olhares curiosos, Anne e Cooper não ousaram se aproximar de mim, fiquei aliviada por isso, mas o que eu teria de fazer depois que as aulas acabassem me assustava mais.

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Eu sabia que não seria fácil pedir demissão para o insuportável e imbecil do meu chefe, por isso respirei fundo ao entrar no barzinho, percebi que ele me encarava curioso, ele sabia que eu nunca chegava mais cedo ao trabalho.

-Oi Peter- tentei sorrir, eu estava em partes feliz por estar pedindo

demissão daquele lugar

-Julliet posso saber ao que devo a honra de sua visita?

-Aqui é o meu trabalho não?- perguntei tentando ser natural

-Não a essa hora- respondeu – Quer começar a trabalhar mais cedo? Mas já devo avisar que não ganhará mais por isso

-É exatamente sobre trabalho que venho conversar com você- respirei fundo ao perceber os olhos de Peter se arregalando

-O que você quer um aumento?

-Lógico que não, é mais fácil você morrer do que abrir sua mão para alguém – eu começava a ficar nervosa, Peter era perigoso e mesmo que Edward estivesse ali eu ainda tinha medo

-Então o que você quer? Anda , fale logo, não tenho o dia inteiro Julliet

-Eu vim pedir demissão – respondi rapidamente e fechei os olhos na última silába, eu sabia o escândalo que teria de enfrentar

-Você só pode estar brincando comigo!- praticamente berrou Peter, percebi que alguns no bar o olhavam, a sorte é que a essa hora só havia dois bebuns então eles não se importavam com escândalos

-Não eu não estou, eu arrumei um emprego no hospital daqui, é mais fácil de ir até lá, menos perigoso, e eu trabalho menos tempo- respondi tentando parecer o mais calma possível

-Porque o hospital daria emprego a uma vadia como você? - berrou- Pra você roubar os remédios to estoque e ficar se drogando lá – ele gritou novamente, eu sabia que se muitos funcionários pedissem demissão Peter não faria isso, acontece que eu chamava clientes por causa de meus dotes físicos

-Não fale assim comigo Peter, eu só quero meu dinheiro e ir embora daqui- falei, eu sentia-me humilhada ainda mais porque sabia que Edward escutava tudo do lado de fora, eu pedi para que ele não entrasse e o alertei do que poderia acontecer, fiquei feliz por ele ter atendido ao meu pedido

-Dinheiro que dinheiro uma vadia como você acha que vai ganhar?- perguntou Peter, eu tentava não me sentir tão humilhada

-O dinheiro que eu imagino que ela mereça ganhar pelos trabalhos prestados aqui- e então eu ouvi uma voz conhecida, droga Edward estava se metendo no assunto

-E quem você pensa que é para se intrometer no meu assunto com a minha funcionária?- perguntou Peter de modo arrogante, mas percebi que ele não foi tão rude, Peter não era bobo percebeu que Edward não era qualquer um

-Sou Edward Cullen, um amigo de Julliet- respondeu firme estendo a mão para Peter que fez questão de ignorar

-Pronto agora o novo macho da Julliet veio defendê-la- praguejou- Devo lhe alertar que essa garota não vale nem o que come, não passa de uma drogada, você vai acabar a sustentando, porque ela não passa de uma sanguessuga- e foi ai que Peter me empurrou com uma força imensa, Edward tentou me pegar, mas seria muito suspeito já que Peter observava atentamente a minha queda

Eu cai com tudo sobre uma mesa, minhas costas doiam e eu sentia-me humilhada, tentei me levantar mas eu tremia tanto que tudo que consegui foi cair de bunda no chão, Edward encarava Peter com uma fúria que chegava a gelar cada parte de meu corpo, e então Edward respirou fundo e deu as costas a Peter, eu não entendi o que ele iria fazer.

Foi ai que Edward veio em minha direção e pegou-me suavemente no colo, ele carregou-me até o carro e me colocou lá dentro no mais perfeito e desconfortável silêncio, percebi que muitos que estavam por ali olhavam para nós curiosos, Edward me ajeitou no carro e até mesmo prendeu-me no cinto de segurança, mas quando ele entrou no carro e meu olhou percebi que seus lindos olhos de uma estranha cor dourada, encaravam-me com um misto de angústia e raiva, e então percebi que pelo meu rosto escorriam milhares de lágrimas coisa que não acontecia a muito tempo.

-Você está bem? Quebrou algo?- perguntou-me sua voz era séria e preocupada

-Estou, acho que não minhas costas doem mas não o suficiente para estarem quebradas- respondi

-Vou ter que te levar para o Carlisle- falou dando partida no carro

-Não por favor!- implorei, Edward encarou-me assustado com a minha reação- Não quero ser examinada nem nada assim, eu estou bem, tudo que eu quero é ir para casa e tomar um banho, tem como marcar minha entrevista para amanhã?- perguntei

-Seria correto levá-la até Carlisle ele precisava ver se você está realmente bem- E a entrevista obviamente que será amanhã, eu jamais te levaria neste estado ao hospital- respondeu Edward, não seria certo ele levar-me no hospital daquele jeito, ainda mais para uma entrevista de emprego.

-Me leve para casa por favor- implorei

-Está bem, mas pelo menos aceite que eu de uma olhada no seu machucado quando chegarmos lá- Edward, encarou-me sério- É isso ou te levo para Carlisle- ele falou sabendo da minha pretensão de recusar

-Ok, mas fique tranquilo tenho certeza de que não é nada

-Veremos quando chegarmos em sua casa- respondeu

O caminho até em casa foi lento, reparei que talvez eu não havia levado uma simples pancada nas costas, pois elas doíam mais do que o normal, porem me mantive forte sem dar bandeira, não queria que Edward me levasse direto para hospital.

Edward saiu do carro e rapidamente veio até o outro lado, eu já havia tirado o cinto de segurança e tentava abrir a porta, só que ele havia travado, então pacientemente e com sua típica virada de olhos ele destravou a porta e a abriu, mas quando tentei sair Edward foi mais rápido pegando-me em seu colo, reparei que uma vizinha fofoqueira olhava atentamente para nós dois, o que tornou tudo mais vergonhoso, além da intensa corrente elétrica que passava por meu corpo toda vez que Edward me tocava.

Ele não ligou para nada apenas caminhou comigo até a porta abrindo-a facilmente, quando fechou a porta ele correu em alta velocidade até o sofá me colocando delicadamente ali, eu só conseguia o encarar meio confusa, sua rapidez chegava a ser assustadora e seu olhar preocupado fazia eu me sentir estranha, poucas pessoas já haviam me olhado assim.

-Você está bem Jully?- perguntou-me

-É a decima quinta vez que você me pergunta isso Edward- respondi, e ele sorriu de leve

-É que estou te supervisionando e não seria bom chegar em Carlisle com você mal, no primeiro dia que estou te supervisionando- respondeu tentando parecer relaxado, ma Edward estava meio nervoso isso era meio evidente

-É verdade... eu estou morrendo de cansaço será que poderia tomar um banho?- perguntei, eu me sentia um pouco envergonhada por ele estar ali, mas eu realmente precisava de um banho

-Eu acho que deveria olhar seus machucados antes, será que poderíamos ir para seu quarto?

-Heey calma apressadinho só nos conhecemos a um dia – sorri para Edward com dificuldade, a dor estava um pouco mais aguda, Edward pareceu bastante envergonhado com minha brincadeira e pigarreou

-Eu preciso ver seus machucados ou a levarei para Carlisle – encarou-me sério

-Segunda porta a direita gato, não tem como errar minha casa não é uma mansão de três andares com uma garagem cheia de carros de luxo anexada- sorri levantando-me do sofá com um pouco de dificuldade, Edward já se preparava para me levantar de novo, mas fiquei na sua frente

-Ta vendo essas duas coisas aqui?- perguntei para ele apontando para meus pés -Então eles funcionam, e eu gostaria muito de andar até o meu quarto- dei enfase no andar para que Edward entendesse bem

-Você quem manda- disse ele e caminhou ao meu lado até meu quarto

Agradeci por meu quarto estar minimante arrumado naquele dia, sem nenhum sutiã ou calcinha jogado por lá, meu quarto era pequeno e básico, possuía uma cama de casal, uma escrivaninha onde encontrava-se meu velho computador, com um telefone em formato de boca ao lado, no chão havia um tapete preto comum, e havia uma pequena porta, onde ficava um pequeno closet, onde havia milhares e milhares de coisas jogadas, agradeci também pela porta dele que estava fechada, de bagunçado no meu quarto só havia algumas roupas jogadas perto da janela, a prateleira de livros empoeirados e minha cama desarrumada.

-Então o que viemos fazer aqui?-perguntei, rezando para que aquele vampiro não fosse abusar de mim, se bem que não seria má ideia

DROGA JULLY! Concentre-se Edward só quer te ajudar.

-Deite-se de costas por favor – fiz exatamente o que ele pediu com todo cuidado já que minhas costas doiam

Edward sentou-se na ponta da cama evitando ficar muito perto, então suas mãos ficaram no meio de minhas costas exatamente onde doía, sua mão gelada mesmo por cima da blusa aliviou um pouco minhas dores, mas então Edward pressionou levemente as mão sobre o local.

-Aaaaaaaai seu doido! Ta doendo

-Desculpa – Edward parecia um pouco envergonhado – Será que eu poderia levantar sua blusa, só para ver como está o machucado?

-Pode – respondi, eu estava meio envergonhada primeiro dia que eu to passando com o cara e já acontece tudo isso...

Edward levantou com suavidade minha blusa, mas só o minimo toque de suas mãos geladas em meu corpo já deixava um rastro quente em mim, por mais contrária que essa ideia parecesse, segurei o tremor ate que senti suas mãos passando levemente por onde estava doendo, e então elas desceram mais ou menos até um pouco acima de meu quadril, só eu que tava louca, ou aquilo era algo extremamente sensual, que começava a me deixar de calcinha molhada?

Ah merda eu tinha que me concentrar não poderia parecer uma cachorrinha, eu tinha que ficar controlada, porque Edward não era qualquer um e não me daria bola nem muito menos transaria comigo, ele parecia amar ainda sua antiga esposa que ao que parece estava morta, eu não entendia direito a história ainda ficava confusa em minha mente.

-Jully me responda está doendo muito quando passo a mão?- Edward perguntou, sua expressão era um pouco mais relaxada, porém ainda era de preocupação.

-Porque?- perguntei

-Você não quebrou nada, mas do meio de suas costas até seu quadril, está bem roxo, acho que pomada funciona, Mas tenho que ter certeza que a dor não está muito além do normal

-Não está bem tranquila, ainda mais com as suas mãos que são geladas elas aliviam um pouco a dor- falei e então Edward recuou as mão envergonhado

Foi ai que percebi que Edward alisava minhas costas suavemente, aquilo estava gostoso mas parecia uma atitude totalmente involuntária o que o deixou meio constrangido, Edwad levantou-se da cama e disse:

-Vou falar com Carlisle sobre isso e ver se da pra adiar pra mês que vem sua entrevista, porque você terá que fazer exame médico para ser admitida no hospital, só que se você aparecer com um hematoma desse no trabalho, sem querer ofender mas baseado no seu histórico iriam pensar em desistir de sua contratação

Ele explicou sério, olhando-me como se eu fosse uma criança que precisasse entender e aprender cada palavra que ele havia me dito, respirei fundo e despejei minhas preocupações em cima dele.

-Mês que vem?- perguntei incrédula

-E enquanto isso eu morro de fome? Porque ainda tenho que pagar o hospital da minha avó, e tenho que comprar comida, pagar água, luz e essas coisas, e como vou fazer estou sem emprego! - praticamente berrei desesperada

Edward respirou fundo e encarou-me se explicando como se eu fosse uma criança novamente.

-Eu achei que quando Carlisle tivesse feito o trato com você teria explicado que seus custos com sua avó não seriam mais seu problema, já que se você tentasse pagá-los provavelmente não consegueria, então não se preocupe mais com isso, imagino que o dinheiro para você pagar o hospital já estava separado, então guarde-o por que esse será o dinheiro que você fará suas compras que se bem distribuídas darão até o começo do próximo mês, embora eu não me importe em te ajudar financeiramente, percebi que seu dinheiro para as contas também já estava separado, então não se preocupe vai dar tudo certo

-Você tem certeza que tudo da minha vó será pago por vocês? Não é de mais não? Sei lá, para uma pessoa que vocês nem conhecem- falei meio espantada, era meio estranho como eles agiam, pessoas não costumavam ser assim, ai lembrei-me que eles eram vampiros mas pera...

Vampiros são maus e eles são bons, é mais nada nessa vida fazia o minimo sentido.

Percebi que Edward me encarava curioso.

-Eu daria tudo para saber o que você está pensando agora – ele falou com uma voz agoniada

-É difícil não poder ler minha mente?

-Você não imagina o quanto

Levantei-me da cama com certa dificuldade, e apanhei minha bolsa q eu não sabia como havia chego até meu quarto.

-Onde você vai?- perguntou confuso

-Comprar uma pomada ou algo para passar nas minhas costas – respondi

Ele segurou-me e me fez sentar na cama.

-Deixa que eu faço isso por favor, me sinto culpado por não poder ter te defendido ou batido naquele canalha aquela hora é o minimo que poso fazer – seus olhos eram tão intensos aquela hora que não pude fazer nada além de concordar

-Eu já volto e por favor cuide-se

Edward saiu como um jato de me quarto, deixando-me sozinha com meu pensamentos confusos e magoados, porque quando tudo estava dando razoavelmente certo vinha algo e estragava tudo?

Caminhei até meu banho e a dor em minhas costas ainda era gritante, com a saída de Edward tudo que restava era a minha dor e a minha vergonha, afinal eu havia sido humilhada na frente de um cara que eu mal conhecia e apesar de ele ser legal isso ainda me envergonhava profundamente.

Lágrimas escorriam por meus olhos e de repente me veio uma vontade louca de jogar tudo para alto e simplesmente voltar a fazer tudo que eu fazia antes, porque e se afinal eu fosse uma vadia que não tem salvação, e se eu não merecesse nenhuma dessas oportunidades? Não era melhor acabar logo com essas expectativas que eles tinham com a minha melhora?

Sai do banho e nem me importei com o pijama que escolhi, e então comecei a procurar dentro de todas as minha bolsas qualquer tipo de droga ou bebida, eu chorava descontroladamente a procura disso, eu precisava daquilo eu precisava que meu único refugio proporcionado pela viagem que essas substâncias me causassem aparecesse e me engolisse desse mundo como sempre acontece, eu precisava daquilo como precisava do ar para encher meus pulmões, meu choro cai descontrolado, tão descontrolado quanto eu e minha mente nos encontrávamos, e quando decidi sair para procurar, Edward apareceu me segurando suavemente, mas mesmo seu toque sendo suave suas mão estavam firme como ferro sobre meus braços, e então ele me encarou e eu como um ato mal pensando ou sei lá o abracei caindo aos prantos como uma criança perdida e machucada.

Não sei por quanto tempo chorei, só sei que foi tempo o suficiente para Edward me sentar no sofá, mas ele não se afastou de mim, apesar de seus braços serem um pouco frios, eu ainda chorava manchando sua camisa de linho branca, minha cabeça estava apoia em seu ombro, e Edward esfregava suas mãos em meu braço, mas eu percebia que ele não sabia ao certo o que fazer com a menina chorosa que se encontrava ao seu lado.

Quando meus começaram a arder e não saiam mais lágrimas eu então afastei-me dele envergonhada, mas levantei a cabeça para o encarar, Edward parecia pouco confortável, mas respirou fundo e me olhou seriamente.

-Escute Jully eu sei que hoje é o primeiro dia e está sendo difícil já que aconteceram coisas ruins hoje, mas não estrague isso está bem? É uma chance maravilhosa que Carlisle está te dando e não a desperdice por pouco, pense nos benefícios que trarão a você mais pra frente

-Eu sei Edward eu sei que estou errada sei que devo me aguentar não por mim mas por minha vó, o problema é que as drogas e a bebida me ajudavam a esquecer dos problemas e eu preciso de algo assim , é dificil resistir – tentei me explicar da melhor forma possivel

-Há outros modos de fugir disso...

-Como?

-Conversando, olha sei que não a pessoa com quem você queria desabafar, mas somos basicamente íntimos, você até chorou em meus braços, sinto o começo de uma amizade- Edward falou divertido, e funcionou por um segundo um sorriso sincero apareceu em meu rosto, era fácil conversar com ele, quando ele dava abertura

-Bom mas para sermos íntimos de verdade, temos que falar de nossas vidas, você da sua eu da minha, como vou confiar em alguém misterioso?

-Está bem então vamos combinar assim, você vai comer agora o que eu trouxe para você, e passaremos a noite toda falando de nossas vidas eu da minha e você da sua, o que você acha disso? - perguntou

-Interessante, mas amanhã não temos aula Cullen?- perguntei

-Caso você tenha esquecido Julliet amanhã é sabado- Edward piscou – Agora vá comer e enquanto isso vou buscar os remédios no carro- disse Edward, apontando para mesa, onde encontrava-se uma deliciosa macarronada, percebi que ela havia saído de um pote e não de nenhuma marmitex de restaurante

Nem liguei apenas ataquei o macarrão percebendo minha fome enlouquecedora, o macarrão estava maravilhoso eu nunca havia comido um tão bom, até mesmo o de minha vó perdia para esse, quando terminei de comer percebi que Edward me encarava de um modo impossível de ser decifrado, sorri meio sem graça.

-Se soubesse que você estava com tanta fome tinha trazido mais, só Renesmee e Jacob comem lá em casa

-Vampiros não comem nada?-perguntei

-Não as comidas tem um gosto repugnante para nós

-E quem faz a comida na sua casa?

-Minha mãe Esme

-Caramba! E ela sem experimentar consegue fazer isso?- falei referindo-me ao gosto maravilhoso do macarrão

-Ele teve muito tempo de treino, Esme gosta de cozinhar- explicou ele sentando-se em uma cadeira a minha frente, percebia-se de longe o carinho que ele falava sobre ela

-Esme não é sua mãe de verdade é?

-Não, na verdade eu estou antes na família do que ela -explicou

-Como assim?- perguntei curiosa, a história dos Cullen me intrigava era uma coisa que eu planejava descobrir

-É uma longa história...

-Temos a noite toda – sorri para ele

-É você tem razão, mas que tal irmos conversar na sala?

-Está bem...

Eu e Edward caminhamos normalmente até a sala, ele me fez perguntas sobre como estavam minhas costas e pra falar a verdade eu nem lembrava muito delas, embora meu andar fosse um pouco desconfortável devido a pontada que eu sentia, ele falou-me que mais tarde teria de passar uma pomada no local e eu não pude deixar de ansiar por isso, espantei o pensamento de minha mente perguntando sobre a história que ele havia prometido me contar.

Ele começou contando-me sobre Carlisle e seu pai e foi indo até chegar a sua historia, fiquei pasma ao saber que Edward era realmente bem mais velho do que eu imaginava ele tinha, ele me contou até mesmo como seus irmão chegaram a família, mas sua história parou por ali, eu sabia que tinha mais, só que me senti intrusa, então não perguntei o mais além...

-E você, conte-me sua história- falou ele, percebi que ele estava realmente curioso, lembrei-me que ele lia qualquer mente exceto a minha

-Não há muito o que contar...

-Tenho certeza que há, vamos conte-me – ele sorriu tentando me passar confiança

Respirei fundo, eu não queria aquelas lembranças, mas sabia que era necessário contar a ele, se ele ia me ajudar tinha que saber o porque cheguei até aqui, tinha que saber minha história desde o começo.

-Minha mãe se chamava laura, ela era bonita loira tinha um corpo que todas as mulheres sonham em ter, mas não tinha cabeça era vulnerável e fútil, meus avós sempre tentaram criá-la da melhor maneira mas ela sempre queria mais, então ela conheceu meu pai, ele era rico filho do antigo e falecido prefeito, Brad é meu primo por parte de pai, meu pai era irmão do atual prefeito, só que as mães deles eram diferentes, Louis o meu pai era o renegado filho da amante, mas mesmo assim tinha dinheiro, a diferença entre ele o irmão dele é que um é safado mas sabe camuflar já Louis não ligava para isso, e foi assim que minha mãe se apaixonou por meu pai, os dois drogados transando por todos os cantos da cidade e foi assim que Louis engravidou minha mãe ainda adolescente

-Ela ficou grávida de você? - interrompeu-me Edward

-Não a primeira gravidez dela foi de meu irmão mais velho Mike, ele foi embora e me largou assim que fez dezoito anos, as vezes ele me manda um cartão postal e pede pra eu ir morar com ele, mas se ele realmente me quisesse não teria me deixado sozinha naquela casa, mas voltando ao passado – respirei antes de voltar a contar

-Laura contou para meus avós que apesar de achar tudo muito precoce aceitaram, mas quando o conservador pai de Louis soube, o deserdou colocando-o para fora de casa, Louis não tinha dinheiro, apenas tinha uma casa que ele havia comprado na zona mais obscura da cidade onde ele fazia suas festinhas, regadas a sexo bebidas e todos os tipos de drogas, ele obviamente culpou minha mãe, mas mesmo assim não deixou de levá-la para viver naquele lugar terrível, Laura simplesmente proibiu meus avós de irem visitá-la, nessa mesma época meu avó teve um infarto e morreu, segunda minha vó morreu de desgosto de ver sua filha grávida indo morar em um beco e se destruindo daquela forma, minha mãe lógico não aceitou as acusações e simplesmente proibiu minha vó de ver Mike, após cinco anos que meu irmão viveu em um inferno eu nasci – respirei fundo, agora seriam as lembranças mais dolorosas

-Não sei como eu estou viva até hoje, porque o tanto de maus tratos que sofri, sem contar nas drogas pesadas que minha mãe usou durante a gravidez e a vezes que ela apanhou na verdade era para eu estar morta ou pelo menos com uma deficiência muito grave, mas enfim estou viva , minha vida não foi fácil como a de Mike, sempre que iam me bater Mike me defendia e acabamos levando uma surra maior ainda, eu e Mike éramos parceiros, e a cada briga barulhenta ou festa suja que eles faziam, dormíamos de porta trancada abraçados como se formássemos um escudo de proteção em torno de nós – lágrimas começaram a tomar meus olhos nessa hora – Mas quando eu fiz seis anos de idade a pior das piores coisas aconteceu – nessa hora as lágrimas escorriam sem parar de meus olhos – Eu estava deitada dormindo, até que senti mãos fortes em meu corpo, não podia ser Mike e não era, era Louis ele passava as mão em lugares que eu nem sabia que tinha, e me olhava de um jeito tão repugnante que me dava nojo e foi assim que ele me atacou, como fez todos dias até o dia que ele morreu, Mike tentava me defender mais ele não podia fazer nada não tinha o que fazer, uma vez meu irmão levou uma facada me defendendo, mas não dava Louis era forte de mais

Edward me encarava atônito parecia que nem ele acreditava no que eu estava contando a ele, mas era verdade essa era a historia de minha vida, eu me acalmei e contei o resto de minha história para Edward que ainda parecia pasmo, eu não queria que ele sentisse dó de mim, mas que sentimento as pessoas poderiam ter por mim além de pena?

Passei a noite conversando com Edward, ele era leve legal e tranquilo, ajudou-me a passar as pomadas em minhas costas, cuidou de mim e foi gentil, aquele homem de olhos de cor estranha e um sorriso sensual estava ali do meu lado, e eu rezava para que meu coração tão inexperiente nessa área não acabasse confundindo pena e solidariedade com amor, eu tinha medo de me apaixonar por Edward, porque se em apenas um dia eu estava me apaixonando, imagine em um ano.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!
e por favooooor comenteeeeeem!



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