Eu Te Amo? escrita por KRS


Capítulo 13
Sem andar


Notas iniciais do capítulo

Oi amoras =)
Então esse capitulo tá meio tenso, provavelmente depois de ler ele vocês vão querer me matar de tanta raiva.
Bom, espero realmente que vocês estejam gostando da fic, to adorando escrever ela =)
BOA LEITURA =D



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–Ele o que? – ela falou com a voz trêmula.

–Ele morreu Mand. – falei.

Mand não disse nada. Ela não fez sequer um ‘’hum’’. Fiquei preocupada, pensei que algo podia ter acontecido, ela poderia ter passado mal.

–Mand? – falei.

Ela demorou para responder, mas falou:

–Oi?

–Você tá bem? – perguntei preocupada.

–Era algo que já se esperava não é mesmo? –ela falou chorosa.

–É sim... – respondi.

–Vou sentir falta dele, muita mesmo. – Mand falou, e nesse momento tudo que passei com meu pai veio a minha mente, todos os momentos bons, e até mesmo os ruins.

–E o enterro? – ela perguntou.

–Eu e a Tia estamos cuidando disso. Não vai ser nada muito glamoroso vai ser simples, só para a família.

–Eu não vou. – Mand falou decidida. – Não vou aguentar.

–Eu entendo, e aceito isso.... – respondi.

–Dê lembranças a Tia por mim. E dá tchau pro pai por mim também. – Mand falou chorando.

Não aguentei e comecei a chorar também. Parecia que minha vida era chorar naqueles últimos dias

Desligamos o telefone, eu estava a 2 meses e meio longe de Londres. O natal seria no dia seguinte, e eu jurava que poderia passar com meu pai mas não foi possível. Daquele dia em diante o Natal era pra mim o pior dia de todos.

O enterro aconteceu, e nesse dia o sol que saiu foi o mais bonito que já tinha visto, a única coisa que conseguir pensar naquele dia foi ‘’descanse em paz pai’’. Depois de alguns dias eu e minha Tia decidimos o destino da casa, o resolvido foi que iriamos vender. Minha Tia iria morar com o filho dela, ou seja, meu primo. Os dias foram se passando e se completaram 3 meses. A 3 meses eu estava em Londres tendo a melhor vida que poderia imaginar, com amigos maravilhosos e o cara que eu amava.

Me despedi da minha Tia e do meu primo e voltei para Londres. Eles me levaram até o aeroporto, como na vinda, eu viajei de tarde e cheguei de noite. Porém dessa vez foi mais tarde, quase 00:00 o horário que cheguei.

Não levei muita coisa, dava para levar as bagagens sem táxi já que o aeroporto era perto da faculdade. Eu só conseguia pensar ‘’UAU!’’ Londres era tão linda, ali era meu lugar, eu tinha certeza disso.

Peguei minha mochila e fui andando em direção a faculdade, as ruas não estavam tão desertas, estava meio frio, então fui correndo para fugir do frio. Atravessei uma das ruas, e acho que acabei não olhando para ver se vinha um carro.

ERIC’S POV

Eu estava na sala de recepção do hospital, todos me olhavam estranho, de canto de olho, aquela com certeza não era uma sensação boa. Eu estava com curativos na perna, um na mão e outro na cabeça, acho que me machuquei mesmo.

A única coisa em que conseguia pensar era na garota que atropelei, será que ela iria ficar bem? Acho que foi algo feio, bem feio. A recepcionista me chamou para assinar um papel, eu não estava em boas condições mais fui. Assim mesmo.

–Sr. Eric Hendry? – ela falou com a voz suave.

–Eu mesmo. – respondi.

–O Doutor Joe quer falar com você. Por aqui por favor. – a moça falou me guiando até uma sala.

Ela abriu a porta e me deixou sozinho com o médico. Me veio um embrulho no estômago, pelo visto boa coisa não podia ser.

–Sr. Eric? – o Doutor falou com a voz grossa.

–Eu. – falei sem graça.

–Tem idéia do que fez rapaz? – ele falou puxando a cadeira para eu me sentar.

–Sinceramente não. Pode me explicar por que estou aqui? Só me lembro de ter batido o carro em alguém. – falei.

–‘’SÓ’’? Você atropelou uma menina. Isso é pouco? – ele falou sério.

Naquele momento um peso enorme veio em minha consciência.

–Ela está muito mal? – perguntei com a voz trêmula.

O Doutor demorou para responder depois me olhou mais sério do que já estava.

–Ela corre o risco de perder os movimentos das pernas. –ele disse frio.

Eu não soube o que responder. A única coisa que conseguia pensar era ‘’eu sou um monstro’’.

–Perder o movimento das pernas? – falei.

Ele assentiu com a cabeça.

–Eu posso falar com ela? – perguntei.

–Ela está medicada no momento, só será possível visitas mais tarde. Fale com a recepcionista. –o Doutor falou saindo da sala.

–Ela vai ficar bem não vai? – eu disse.

–Eu realmente espero que sim. – ele respondeu fechando a porta.

Fiquei ali sentado com um sentimento de culpa enorme, eu tinha acabo de ‘’destruir uma vida’’, a menina que atropelei devia ser tão jovem quanto eu, devia estar começando a vida, e eu tinha acabado de destruir isso.

Fui até a recepção do hospital falar com a moça que estava lá para me informar sobre o horário de visitas, ela disse que os pacientes poderiam começar a ser visitados a partir das 14:00 da tarde, só que ainda eram 10:49.

Fui me sentar de novo e senti meu celular vibrando em meu bolso, quando vi no visor era Nicole, minha irmã.

–Onde você tá? -ela perguntou nervosa.

–No hospital. – respondi morto de sono.

–Como assim no hospital? O que você fez agora Eric? – ela falou.

Respirei fundo e comecei a falar.

–Atropelei uma garota. – respondi.

–VOCÊ O QUE? – ela disse mais nervosa ainda.

–É, eu atropelei uma garota.

–Como você fez isso? – Nicole dizia revoltada.

–Sai bêbado de uma boate, não vi ela e acabei batendo. – respondi.

–Em qual hospital você está? – ela perguntou.

–Estou no The States. – respondi.

–Estou indo para ai agora. – ela falou desligando o telefone.

Não demorou 15 minutos para Nicole chegar no hospital. Quando ela me viu sentada na sala de recepção me fuzilou com os olhos. Veio até mim e olhou a nossa volto, quando viu que não tinha ninguém ali me deu um tapa no braço.

–AAI – falei.

–Seu idiota! Como você faz uma coisa dessas?

–Agora não ok? To preocupado com ela. – falei frio.

Nicole ficou me olhando e depois se sentou ao meu lado.

–O que o médico disse? – ela falou.

–Que a garota pode ficar sem andar. – respondi sério.

Nicole ficou pasma.

–Sem andar? Eric, o que você fez.... – ela começou a falar.

–Eu sei que fui um monstro Nicole, não precisa ficar me lembrando disso. – respondi.

Ela se se encostou na cadeira e me falou:

–Você precisa descansar

–Não antes de ver ela.

–Eric, você precisa ir para casa – Nicole falou.

–E dai? Quer que eu deixe ela na mão? Eu já acabei com metade da vida dela. – respondi.

–Que horas você vai vê-la. – Nicole perguntou.

–Só é permitido depois das 14:00. – respondi.

–Vou ficar aqui com você. – ela falou.

Eu não respondi.

–E o pessoal? – perguntei.

–Que tem eles?

–Você contou alguma coisa?

Nicole negou com a cabeça.

–Não acho que eles devam saber disso. – ela disse.

Eu e minha irmã ficamos ali sentados conversando sobre o que iriamos fazer. De repente eu teria que ir na policia caso a coisa se agravasse mais. No final decidimos que eu iria pagar tudo que fosse necessário para a recuperação da garota. Depois disso nós domos comer algo, eu estava virado e ainda não tinha ingerido nada. O tempo passou rápido, quando vi já eram 14:13. Fui correndo até a recepção e falei com a moça loira novamente, ela me levou até o quarto da garota. Nicole me olhou de um jeito tenso, ela parecia apreensiva. Eu estava muito nervoso para ver o estado em que a menina ficou. Será que ela iria me odiar? Bom, eu acho que sim.

Ela moça segurou a maçaneta da porta e a puxou. Eu segurei sua mão e falei ‘’eu faço isso, por favor’’ olhando para a maçaneta. Ela me olhou e falou.

–O tempo máximo é 20 minutos. – disse a moça saindo dali.

Respirei fundo e puxei a maçaneta. Vi uma menina deitada na cama. Ela estava com vários curativos. Quando vi seu rosto não pude acreditar, aquilo não poderia estar acontecendo. Minhas pernas simplesmente ficaram bambas e eu sem palavras, sem saber o que fazer.

A menina que atropelei era Marina. Minha amiga, amiga da minha irmã, ex-namorada do Niall Horan da One Direction. Ela abriu os olhos e me viu.

–Eric? – Marina disse com a voz fraca.

–Marina... – falei.

–O que está fazendo aqui? – ela perguntou.

–Vim te ver . – falei tentando sorrir.

–O médico me disse que fui atropelada, é verdade? – Marina disse.

Eu assenti com a cabeça. Nesse momento lágrimas começaram a escorrer. Eu não queria acreditar que tinha atropelado Marina, não podia ser ela.

–Por que está chorando? – ela perguntou.

–Preciso te dizer uma coisa. – falei.

–Diga. – ela respondeu com dificuldade.

–Você provavelmente vai me odiar depois disso, e talvez não queira nem olhar na minha cara. – falei apreensivo.

Ela não respondeu.

–Mari...eu...

–Fala logo. – ela disse.

Eu demorei para responder, mais eu tinha que dizer aquilo, eu tinha que falar a verdade.

–Mari fui eu quem te atropelei. – falei.

Ela não respondeu. Não teve reação alguma.

–Marina? – perguntei.

–Eu tô bem não to? – ela perguntou começando a chorar.

Eu estava com medo de falar o que realmente poderia acontecer com ela, mas eu tinha que dizer, eu causei tudo aquilo, agora teria de assumir as consequências.

–Eric, responde.... – ela dizia fraca.

–Marina você....

Parece que Marina tinha juntado todas as poucas forças que tinha e disse um forte ‘’FALA’’.

–Você pode parar de andar. – falei me odiando.

–Eric.....como você... – ela falava assustada.

–Marina eu tô me odiando o suficiente por nós dois. Eu sinto muito. – falei.

–Sai daqui por favor. – Marina disse chorando.

–Mari... – falei.

–SAI! POR FAVOR! – ela falou implorando.

Eu não queria piorar a situação então sai. Quando fechei a porta queria morrer. Eu tinha acabado com a vida de uma amiga minha.



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Notas finais do capítulo

E então? Que acharam?



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