Always At Your Side escrita por Ágatha Geum


Capítulo 24
Reecontro...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...
Bom nesse capitulo Elena vai reencontrar um certo alguém e Damon vai contar o seu verdadeiro estado ao seu melhor amigo.
BiaSalvatore... Obrigada pela recomendação, Linda... Ameiii!!
Obrigada a todas pelos comentários...
Boa Leitura...



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Elena engoliu o choro e seguiu para um restaurante. Lá comprou o seu almoço e o de Damon. Logo que saiu seguiu rumo à farmácia. Ao chegar à farmácia, Elena ainda estava apreensiva. Parecia que a todo corredor que ia alguém a perseguia pronto para lhe bombardear com perguntas com relação a Damon. Perdera as contas de quantas vezes seu celular a assustou - denunciando ser uma Meredith histérica, perguntando onde diabos ela havia se metido - fazendo seu coração fazer malabarismos dentro de seu peito.

A verdade é que estava chateada com a sua idealização de mulher que havia criado para a mãe de Damon. No jantar em que acidentalmente fora inclusa, Elisabeth parecia longe de ser aquela mulher aristocrata que adorava humilhar as outras pessoas que não pertenciam à elite nova-iorquina com uma poupança larga e um futuro promissor assegurado por pais ricos. Ela pareceu ser a pessoa mais doce do mundo e o fato de Damon fugir sempre dela era totalmente inexplicável.

Como fugir de alguém tão doce?Perguntou-se ela, após aquele momento traumático. Desde que estudara com Damon e sua turma, nunca havia ouvido falar de Elisabeth. Nem mesmo Tyler pronunciava seu nome quando se reuniam sozinhos para colocar as conversas em dia. Agora, ela entendia perfeitamente o que levava seu namorado evitar qualquer contato com sua mãe e ela só esperava que ao menos seu pai fosse mais simpático do que sua esposa.

Depois de ter saído daquele carro, uma dor de cabeça consumiu a morena que estava longe de ter sua consciência cem por cento. Seus olhos expressavam seu incômodo e sua irritabilidade com qualquer pessoa que entrasse no seu caminho dentro daquela farmácia. Até com uma senhora de idade Elena se estressou, sendo que isso nunca acontecia. Percebeu que ficar enfiada naqueles corredores não era a melhor solução e resolveu partir até o balcão. Cansou de girar o local que nem uma barata tonta e, do jeito que seu humor estava afetado, era bem provável que comprasse um remédio errado.

Calmamente, ela esticou a receita na direção do farmacêutico e aguardou.

Distraída com alguns remédios que havia em cima do balcão, Elena pegou uma cartela de aspirina já pensando em tomar duas delas.

Dando um suspiro, ela virou-se na direção oposta e viu uma silhueta conhecida. Ele parecia bastante distraído com uma conversa, justamente com a senhora que ela quase havia chutado alguns segundos antes. Sentindo as bochechas esquentarem e seu corpo gelar, sentiu vergonha de si mesma ao reconhecer a figura de Josh Smith em uma das prateleiras de produtos de beleza.

– Vó, a senhora não tem mais idade para usar isso - disse ele, segurando uma cesta cheia de shampoo.

Ela abafou um riso. Lembrava-se claramente do quanto à vó de Josh era um tanto quanto perua. Adorava ir ao salão de beleza todos os finais de semana e, quando sentia muito estresse - isso se realmente sentia - passava alguns dias internada dentro de um SPA. Ela era muito divertida e Elena se surpreendeu ao saber que sentia falta dela.

Quando o farmacêutico voltou, todos os remédios dos quais Damon precisava estavam diante de seus olhos. Ela não escondeu a surpresa ao ver a quantidade grande presente no balcão já que a receita parecia muito pequena.

– É tudo isso mesmo? - ela indagou, pegando a receita e dando uma olhada.

– Sim, são todos os remédios nessa listagem. Você deverá acompanhar os horários que estão marcados aqui - o rapaz indicou uma linha que separava os remédios da quantidade de horas que deveria ser tomado. - e aqui.

Elena meneou a cabeça positivamente, ainda com os olhos fixos na receita. Não era possível que alguém com anemia precisasse de todos aqueles remédios sem mais nem menos. Pela primeira vez em todo o seu dia, sentiu que Damon estava lhe escondendo alguma coisa e preferiu desanuviar a mente para não ficar mais tensa e irritadiça do que já estava.

– Está certo. Pode embrulhar para mim, por favor?

– Claro.

Ela mordeu o lábio inferior, virando o corpo da direção que Josh supostamente estaria. Sentiu uma ponta de alívio ao notar que ele havia desaparecido. Ao sentir um leve empurrão de encontro ao seu ombro, dera um sobressalto e sentiu as bochechas corarem ao ver o loiro dizer seu nome com certa empolgação.

– Elena Gilbert.

A voz de Josh parecia um choque contra seu peito com uma insistência absurda. Tentando parecer a mais despreocupada possível, olhou para ele, sem se mover muito, dobrando a receita e colocando dentro da bolsa.

– Josh Smith

Ele ainda tinha aquele sorriso de metralhar qualquer garota. Continuava bonito, da mesma forma e aparência que a do dia em que havia deixado ele no aeroporto.

A última coisa que ela precisava para piorar sua dor de cabeça, era encontrar seu ex-namorado. Damon enlouqueceria se soubesse que seu ex, aquele que havia ido para fora do país, era justamente o cara que ele mais detestava na vida. Ou melhor, dizendo seu “inimigo”.

– O que faz perdida aqui? Nossa, que saudades de você.

Elena sentiu as bochechas esquentarem quando ele a abraçou. Tentou manter a calma e o abraçou de volta, quase sufocando ao sentir seu forte perfume adocicado que era sua marca registrada.

– Saudades também, Josh. - Elena se afastou desconcentrada, ajeitando os cabelos. - Eu moro aqui, esqueceu? Você quem foi o traidor e abandonou suas raízes.

Ele sorriu mais uma vez, olhando para os lados. Com certeza estava à procura da sua avó.

– Eu voltei. Terminei uma boa parte do meu curso de Medicina e resolvi voltar e me formar aqui.

– Você também enfiado na Medicina. Eu havia me esquecido disso.

Josh não conseguiu disfarçar uma ponta de chateação ao notar que Elena realmente o havia deletado de sua vida.

– Estou no quarto ano agora. Acabei de ser contratado para ajudar em um hospital como voluntário.

– Se for no hospital principal de New York, é provável que você encontre Tyler. Ele conseguiu um emprego no laboratório.

– Ele está fazendo Medicina também? - perguntou Josh, surpreso.

– Medicina é para os gênios. - respondeu ela, apoiando as mãos no balcão ao ver que o farmacêutico voltava com o embrulho que parecia muito maior para a quantidade de remédios que havia lá dentro.

– Tenho que concordar em partes com você. - sorriu Josh, olhando interessado para o embrulho. - Está doente?

– Não. Minha tia anda com uns problemas de saúde. - mentiu ela, pegando o pacote e vasculhando a bolsa atrás de sua carteira.

– Que chato. Mande lembranças a Sra. Gilbert por mim. Sinto saudades do bolo de chocolate que ela sempre fazia quando eu estava lá na sua casa. - disse Josh, arrancando um meio sorriso de Elena. Ela não parecia muito interessada na conversa e, se não fosse esperto, seria difícil encontrá-la no meio do caos londrino novamente.

Rapidamente, pediu um pedaço de papel para o rapaz que ainda permanecia estático do outro lado do balcão.

– Poderíamos marcar um dia para conversarmos, o que acha? Você deve ter muita coisa para contar. - Josh pegou o papel e a caneta que estava em seu bolso e escreveu alguns números. Entregou-o para Elena que ficou estupefata ao ver o número de telefone dele.

– Claro! - Elena alisou a testa nervosamente, pegando o papel e colocando-o dentro da bolsa. Subitamente, sentiu uma vontade de se ver livre dele. Como se estivesse se sentindo sufocada. - Eu espero que dê tudo certo na sua faculdade, Josh, de verdade.

– Você está usando o mesmo tom de conversa da última vez que nos falamos. - Josh endireitou-se. Estava ereto e uma expressão mais dura tomou conta de seu rosto. - Não gosto disso.

– Josh, preciso te lembrar de que não estamos mais juntos, mas não vejo oposição em sermos amigos.

– Você sabe que isso não é o bastante para mim, Elena. Você terminou comigo por nada.

Elena nem se lembrava ao certo o motivo principal de ter terminado com Josh. Simplesmente havia colocado fim ao relacionamento que havia começado no ano de formatura dele. Ela ainda estava no primeiro ano do colegial e ele já estava com a cabeça rumo à faculdade.

– Não foi por nada, Josh. E, por favor, eu não estou a fim de discutir isso dentro da farmácia.

– Então, aceita almoçar comigo amanhã?

– E você tem tempo para almoçar?

Josh enrugou a testa, confuso.

– Por que pergunta dessa forma?

– Ora, médicos não tem hora para almoçar. Digo isso pelo meu amigo Tyler.

Segurando a carteira com firmeza, ela passou a caminhar em direção ao caixa para pagar pelos remédios. Não via a hora de sumir de perto de Josh.

– Não seja irônica e não tente escapar, Elena. A gente precisa conversar e você sabe disso. - disse ele, seguindo-a.

Ela entregou o cartão de crédito para a caixa e aguardou. Queria e muito saber por que diabos Josh tinha que aparecer justamente naquele dia e naquele local. Parecia que sua tortura psicológica e emocional estava apenas começando e parecia que não teria fim.

– Não temos o que conversar, Josh. - Elena pegou o cartão de volta e o colocou de qualquer jeito na carteira. Não estava sabendo como ser simpática com toda aquela pressão repentina de Josh. Rapidamente, lembrou-se do por que havia terminado com ele. - Acho que já deixei bem claro que sobre o relacionamento que tínhamos nada mais pode ser feito.

Elena só não contará que naquela época ela estava incrivelmente apaixonada por Damon e não conseguia mas namorar Josh amando outro. Mas um mês depois soube que Damon havia ido embora.

Josh dera dois passos à frente. O suficiente para fazer Elena hesitar.

– Josh...

– Elena, só um almoço. - ele a observou pegar a sacola com o embrulho dentro, tentando encarar os olhos dela, mas ela continuava relutante.

– Ok, só um almoço. - disse ela, dando de ombros. - Me diga o horário e o local.

– Mesmo lugar de sempre às 14h00min.

Mesmo lugar de sempre, Josh só poderia estar de brincadeira com ela.

– Escolha outro lugar.

– Eu quero este lugar.

– Então eu não vou, simples assim.

Elena lhe deu as costas caminhando até a saída da farmácia com passos firmes. Rapidamente, tirou a chave do carro de Damon do bolso, destravando automaticamente as portas.

– Tudo bem, escolha o lugar.

– No pub perto do hospital. Lá é um bom lugar e bastante público.

– Não quer ser vista comigo em público? - perguntou Josh, desacreditado. Elena não poderia estar falando sério.

– Josh, o "lugar de sempre" foi o local aonde nós íamos quando éramos um casal. Agora, não somos nada. Então, se você ainda quer uma amizade, não force a barra, ok? O pub é suficiente e sermos vistos por lá, não vai ser alvo de fofoca.

– Posso te fazer uma pergunta? - Josh alteou uma sobrancelha com uma expressão de curiosidade.

– Claro!

– Você está namorando com outra pessoa?

Elena engoliu em seco. Não estava em seus planos, em qualquer dia de sua vida, dizer logo para Josh que estava namorando com Damon Salvatore. Quando os dois começaram a namorar, o moreno realmente havia sido uma pedra no sapato dos dois chegando a aparecer-nos mesmos locais dos encontros, comprando chocolates e outros mimos para Elena e que deixavam Josh enfurecido. Se dissesse que estava com Damon, provavelmente Josh iria enfartar ou até mesmo querer dar o troco.

– Estou sim. - respondeu Elena, com toda a firmeza que conseguia colocar na voz. - E, nesse instante, eu preciso ir encontrá-lo.

– Agora eu entendo porque está tão afobada e indiferente. Você nunca me tratou desse jeito. Nem mesmo quando terminamos. - Josh dera de ombros, ligeiramente decepcionado.

Era fato que havia voltado a NY com Elena na cabeça. Mesmo que tivesse feito quatro anos da sua faculdade em Londres, mas era nos Estados Unidos que seu coração estava. Correu atrás de sua transferência e, assim que pisou no país, a primeira coisa que veio em sua mente era encontrar a ex-namorada que parecia muito diferente do que ele era acostumado. Ela parecia madura demais com uma ponta de tristeza nos olhos. Seu semblante parecia cansado e toda sua doçura e paciência parecia ter se dissipado.

Ele estava se deparando com outra Elena Gilbert. E, honestamente, ele não sabia se seria capaz de amar essa nova mulher que não fazia questão e nem sentira saudades de estar com ele.

– Não comece com ironias, por favor. - pediu Elena, calmamente. Não queria começar uma discussão, pois sabia que Damon iria perceber seu estado de espírito e não conseguiria esconder como seu dia tinha prosseguido assim que havia saído de sua casa.

– Certo. - concordou Josh com um aceno de cabeça. - Então, amanhã às duas?

– Amanhã às duas. - repetiu Elena, abrindo a porta do carro.

– Posso fazer outra pergunta antes de você ir?

Ela virou-se, sabendo perfeitamente qual era a pergunta que viria a seguir.

– Claro.

– Com quem você está namorando?

Ela dera um suspiro. Parecia que sua vida estava gostando de se complicar a cada dia. O que custava dar mais um nó?

– Damon Salvatore.

Ela entrou no carro e fechou a porta. Ela viu a expressão de Josh do outro lado da janela como se tivesse recebido um soco no estômago. Ela estava sem ar e imaginava que o ex-namorado estava da mesma maneira, pois nem havia se movido para retrucar.

Parecia que anunciar seu relacionamento com o garoto era um crime com o qual ninguém saberia lidar.

Stefan e Lexi entraram na casa entre risos. O local estava completamente em silêncio e eles imaginaram que não havia ninguém em casa. Calmamente, se jogaram no sofá, alheios do mundo. Stefan não poderia estar mais feliz com seu novo emprego e Lexi não poderia estar mais empolgada com relação a isso. Era muito bom estar de volta e passar mais tempo com aquele que costumava ser seu melhor amigo.

– Bonnie é uma piada.

– Eu nem quero ver quando for o dia do casamento dela. Ela vai estar fora do controle. - disse Lexi, já imaginando a cena. Bonnie ainda precisava confirmar a data de seu casório e depois do episódio de hoje com certeza a jovem faria de tudo para acelerar os trâmites.

– Eu ainda acho que ela está sendo precoce com essa decisão de casar. - Stefan dera de ombros, pensativo. Relacionamentos não era o seu melhor e pensar em casamento com toda certeza nunca faria parte dos seus planos.

– Ela e Jeremy se amam, Stefan. - Lexi virou-se na direção dele, meneando a cabeça negativamente. - E não é certo você considerar o relacionamento deles como algo precoce já que eles praticamente se beijam na boca desde os 10 anos de idade. Eles já cresceram namorando, nada mais justo do que casarem na casa dos 20.

Stefan revirou os olhos e dera um empurrão em Lexi fazendo-a revidar. Logo em seguida, levantou-se do sofá puxando-a pela mão.

– Quer comer alguma coisa? - perguntou ele, caminhando em direção a cozinha.

– Eu estou com sede. Daqui a pouco vou ter que ir à faculdade resolver o problema da minha matrícula. Quero voltar a estudar logo.

– Acho digno que estude. Não seria nada justo você ficar de vadiagem em NY enquanto eu trabalho.

Lexi lhe dera um peteleco na orelha. Stefan parou no meio do corredor, levantando as mãos ameaçando fazer cócegas na jovem. Os risos ecoavam alto no ambiente atraindo a atenção de Damon que surgiu com um prato onde pendia um sanduíche para enganar sua fome.

– Estou com dor de cabeça. Poderiam rir mais baixo. - disse ele, secamente.

Stefan e Lexi pararam com a brincadeira no mesmo instante. Ao olharem para Damon, ele parecia muito mais sério que o normal. Como se tivesse se tornado um ranzinza de uma hora para outra.

– Você está falando sério? - perguntou Stefan, cruzando os braços e alteando uma sobrancelha.

– Claro que não, otário. - Damon revirou os olhos e passou por entre eles indo até a sala. Consultou o relógio que estava na estante e começou a se preocupar com a demora de Elena. Pensou em ligar, mas era melhor ela imaginar que ele estava descansando e não preocupado. - O que fazem aqui há essa hora? Pensei que não tivessem hora para voltar.

Stefan e Lexi voltaram para a sala. Lexi sentou-se e Stefan permaneceu em pé, encarando o melhor amigo. Ele não parecia nada bem. Seu rosto estava pálido e suas mãos tremiam quando ele pegou o sanduíche e o levou até a boca dando uma mordida generosa. Intimamente, queria que Lexi não estivesse ali, pois poderia interrogar o amigo da melhor maneira que ele conseguia.

– Ficamos com a Bonnie até agora resolvendo algumas coisas do casamento. Ela está desesperada e disse que, se no próximo encontro você e Elena não aparecerem, ela jamais os perdoará. - explicou Stefan, sentando-se na mesa de centro.

– É complicado. Eu teria ido, mas tive a minha consulta, você sabe. - respondeu Damon, dando uma olhada de esguela para Lexi que parecia muito interessada no assunto.

– Hum, eu entendo.

Stefan sabia que Damon não conversava confortavelmente com Lexi presente.

– E como foi à consulta? - retomou Stefan, ao perceber que o silêncio era evidente. Damon moveu-se desconfortável no sofá, mas ele achou que era para melhorar sua posição.

– Foi tudo bem. - respondeu Damon, fazendo Stefan lhe dar um peteleco na testa. - O quê?

– "Foi tudo bem"? - Stefan exclamou, indignado. - É isso que você me dá como resposta? De certo Elena sabe mais coisa do que eu.

Damon revirou os olhos mais uma vez, dando outra mordida em seu sanduíche.

– Ela sabe menos que você, acredite.

Fora a vez de Lexi se mover desconfortável no sofá. Sem muitas opções, colocou-se de pé deixando um Stefan desconcentrado.

– Eu acho que é melhor eu ir andando senão a secretaria da faculdade vai fechar e eu ficarei em eterno vácuo.

– Tem certeza que quer ir? Você nem comeu e nem bebeu nada. - disse Stefan, enrugando a testa.

– Eu comerei alguma coisa no caminho. - Lexi sorriu para o amigo. - Nos vemos na próxima reunião da Bonnie, Damon Se cuide ok?

Damon meneou a cabeça positivamente e esperou Stefan se despedir de Lexi para que pudessem conversar melhor. Quando ouviu oclickda porta, largou o prato na mesinha.

– Conte-me tudo, não me esconda nada. - disse Stefan, em um tom mandão, voltando para a sala e se jogando no sofá. - O que aconteceu no hospital? Você não me parece nada bem, cara.

– Eu estou bem. - respondeu Damon. - E vou ficar bem.

– Não é essa a resposta que eu preciso, Dam. - disse Stefan, voltando a cruzar os braços e o encarando de expressão fechada. - Você está escondendo alguma coisa e não acho certo você esconder de mim. Sou seu melhor amigo e a melhor pessoa que você tem para conversar agora. Eu sei que Elena é sua namorada, mas eu te conheço há mais tempo.

Damon dera um suspiro. Era difícil esconder as coisas de Stefan já que ele o conhecia melhor que até mesmo seus pais. As expressões dos dois eram muito parecidas como se fossem irmãos gêmeos. Um sempre sabia quando o outro estava mentindo ou escondendo alguma coisa. Em momentos como aquele Damon queria saber esconder melhor seus problemas e sentimentos como fazia com facilidade com Tyler, Matt e Elena. Eles eram ingênuos e acreditavam em qualquer coisa que ele dissesse.

E para ele era muito útil que Elena continuasse acreditando no que dizia, pois assim ele teria tempo o bastante para reverter seu quadro antes que a verdade viesse à tona.

– Ok! - Damon fizera uma pausa, se ajeitando melhor no sofá. - Prometa que não irá contar nada ao Tyler e muito menos há Matt. Se eles souberem, vão direto contar para a Elena.

– Como se eu não soubesse disso. Mesmo que eu quisesse contar a eles eu não poderia - afirmou Stefan

- Por que diz isso? – Damon disse curioso.

- Matt sumiu com a nova namorada a Rebekah e Tyler quando não está trabalhando está com Caroline. – Disse Stefan, dando toda a atenção ao amigo. – Agora me conte.

– Okey... Eu disse a Elena que eu estava com anemia e foi a mesma coisa que eu disse ao Tyler assim que fui liberado dos exames. - começou Damon. Seu cérebro agia a mil por hora. Ele queria escolher as palavras certas para dizer seu problema sem assustar o amigo, mas era evidente que seria impossível.

Dando um suspiro, ele continuou.

– O que não é toda a verdade.

Stefan o encarou, sem dizer nada. Queria que ele falasse tudo para interromper só depois.

– A verdade é que... - Damon fizera outra pausa, sentindo suas mãos tremerem. Seu corpo parecia ter ficado completamente gelado e uma tontura escureceu sua visão por alguns segundos. -... Eu estou com...

– Damon, pare de suspense. Você sabe que eu não gosto disso. - retrucou Stefan, impaciente.

Damon encarou o melhor amigo com certo pesar.

– Eu estou com leucemia, Stefan. Inicial, mas não deixa de ser um câncer.

Stefan sentiu seu coração bater mais forte como se estivesse pulsando na garganta. Aquilo só poderia ser mais uma piada de mau gosto do amigo. Aquilo simplesmente não poderia ser verdade.

– Você está mentindo, Dam. Com essas coisas não se brinca.

– Olhe bem para mim e veja se estou mentindo.

Eles se encararam por um longo tempo em silêncio. Damon apreciou o rosto saudável do amigo tentando lembrar qual foi à última vez que vira o seu rosto daquela maneira. O mesmo fez Stefan, observando o amigo abatido e fraco como jamais vira antes. Agora parecia que tudo fazia sentido.

– Suas fraquezas, dores de cabeça e seus vômitos repentinos eram por causa disso?

– Em partes. - Damon juntou as mãos, respirando fundo. Seus pulmões reclamaram como se estivessem sendo rasgados por uma navalha. - Eu estava com anemia há um tempo, mas adiei meus exames e não me cuidei. Ela já era bastante profunda e o doutor já havia me alertado, mas achei que estava imune a desgraças. Bem... Fui completamente tolo.

– Mas não tem como curar?

– É algo inicial, vou precisar fazer tratamento. Se eu fizer certo, logo eu me recupero. - Damon deu de ombros. - Eu não disse nada a Elena para ela não ficar preocupada. Eu posso me recuperar sem ela saber o que tenho de verdade. Eu vou dar o melhor de mim para ficar bom logo e nem vai aparentar que tive um princípio de câncer.

Damon parecia tranquilo ao dizer aquilo, mas Stefan não estava. Estava preocupado. Damon poderia ser um cabeça dura às vezes, mas, naquele momento, era difícil acreditar que ele seria responsável por ele mesmo ainda mais com um princípio de doença como aquela.

– Eu acho melhor você voltar para casa. Sua mãe pode cuidar de você.

Damon boquiabriu-se.

– Você só pode estar de brincadeira comigo, né? Eu jamais voltaria para a casa dos meus pais, ainda mais doente desse jeito.

– Dam, sua mãe ama você. Totalmente ao contrário da minha. Se você voltar, vai se recuperar mais rápido e Elena jamais vai precisar saber que você esteve prestes a ficar internado no hospital só Deus sabe até quando. - interveio Stefan, com firmeza. - Você precisa se cuidar, Damon. Isso não é brincadeira.

– Eu só preciso ir ao hospital duas vezes por semana e tomar meus medicamentos. Não é nada avançado. Se fosse, acredite você estaria falando comigo em um hospital e não em casa.

Stefan levantou-se, impaciente.

– Então eu acho melhor você abrir o jogo com a Elena.

– Não vou fazer isso.

– Caramba! Você não quer que ninguém cuide de você, pelo visto.

– Não quero que ninguém se preocupe por algo que ainda é pequeno. Eu posso resolver. Para que irei causar pânico desnecessário?

– Como disse, sua mãe te ama e de certo Elena também. Elas são as mulheres da sua vida. Pensa Damon. Você não pode fazer isso sozinho com a rotina que você tem. Você trabalha o dia inteiro e estuda, acha mesmo que vai aguentar?

Damon encarou o amigo sentindo a irritação tomar conta de seu corpo. Com um pouco de dificuldade, colocou-se de pé, parando diante de Stefan.

– Eu vou aguentar. E se você duvida disso, você é a última pessoa que eu vou querer perto de mim.

Ele parecia convicto da decisão chegando a assustar Stefan que parecia petrificado no meio da sala. O silêncio perdurou até ouvirem o próximoclickda porta, trazendo uma Elena Gilbert completamente afobada para dentro da casa.

– Nem uma palavra sobre isso.

– Tudo bem. - concordou Stefan, de má vontade.

Damon deu as costas ao amigo, caminhando até a morena, abraçando-a como se fizesse muito tempo que não a via. Ele não queria pensar nos problemas, queria apenas esquecer que talvez o pior pudesse acontecer em sua vida.

Ele não precisava de reviravoltas.

Ninguém precisava de reviravoltas.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Xoxo...
Talvez o próximo capitulo tenha hot... Não sei ainda... Bom tentarei postar mais um hoje...
Bjuss