Always At Your Side escrita por Ágatha Geum


Capítulo 25
Almoço


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...
Não me matem... Pois o capitulo Hot esta chegando...
Obrigada pelos comentários...
Aviso: O Josh não é uma ameaça ao casal Delena não gente... Ele não vai atrapalhar e sim ajudar... Elena e Josh vão ser durante toda fic apenas bons amigos... Eitha proximo capitulo Elena descobrindo a doença de Damon...
Nesse capitulo terá uma cena trágica....



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Os dias se passaram desde o episódio Josh Smith de volta a NY. Elena guardou o segredo até o dia em que encontrou o rapaz no pub combinado, ansiando que ele não pegasse pesado nas questões que envolviam ela e Damon. Claro que foi inevitável uma pequena discussão desacreditada vinda do loiro que não conseguia engolir o fato de que Damon Salvatore finalmente havia conquistado Elena Gilbert. Era como se um crime houvesse acontecido, pois seu mundo parou quando a morena anunciou seu namoro dentro da farmácia. Se ela estava feliz ou não, cabia a ele descobrir, já que continuou a perseguir a garota nos dias que se seguiram depois do encontro.

Damon continuava a ir ao hospital duas vezes por semana e tinha as dosagens de seus remédios controlados por Tyler e Caroline. Elena ainda não fazia ideia da sua doença e permaneceu guardando segredo mesmo que ela o indagasse todos os dias sobre seus remédios e suas idas ao hospital. Conforme o tempo ia passando, estava difícil bancar o mentiroso na frente da namorada que cuidava do seu bem estar com extremo zelo.

A fachada estava sendo eficiente para Damon, mas não estava sendo eficiente para Stefan. Os melhores amigos sempre que tinham oportunidade se bicavam sobre o assunto que fazia ambos ficarem sem se falar por diversos dias. Nem a mãe de Damon tinha noção do que estava acontecendo com o filho e não se surpreendeu em nada quando ele, juntamente com sua namorada e melhor amigo, cruzaram o grande portão da casa dos Salvatore.

Elena queria ter fugido daquele almoço na primeira oportunidade, mas Elisabeth fazia questão de lembrar Damon de que a presença de todos era importante. Matt, Rebekah, Tyler e Caroline não haviam chegado ainda, o que a deixou mais à vontade em perseguir o filho que não estava nem um pouco empolgado em debater sobre o que estava fazendo da sua vida.

A presença de Elisabeth parecia pior do que Elena imaginava. Ela não fizera questão de sorrir em sua direção, mas fizera questão de abraçar Stefan, mostrando onde estava sua preferência. Ao ver a cena, a morena imaginou que aquela reunião não seria fácil e a mãe de Damon com certeza não facilitaria as coisas para ela.

Naquele momento, ela queria e muito que Bonnie estivesse ali para te dar um certo conforto e segurança. Por mais que Damon estivesse com ela, segurando sua mão de maneira tranquilizadora, era como se ele houvesse deixado de existir, pois tinha sido sugado totalmente pela presença de sua mãe.

– Fico feliz que tenham vindo. - disse Elisabeth, oferecendo um sorriso afetado. A sala estava vazia, exceto por um homem que parecia muito ocupado no telefone dando instruções a uma jovem loira que estava muito atenta ao que ele dizia.

– Você praticamente nos forçou, mãe. - Damon disse, passando a língua entre os lábios secos.

A aparência de Damon havia mudado com o passar dos dias. Não estava saudável e parecia um pouco mais fraco. Elena sabia que era por causa do cansaço que ele sentia diariamente, sem nenhuma explicação. O inverno caia pesado em NY e Damon parecia pequeno demais para suportá-lo, estando o mais agasalhado possível com moletons e um sobretudo para manter o calor junto ao corpo.

– Não seja tolo, meu filho. - a mulher passou uma mão pelo ombro de Damon, fazendo-o ficar mais perto dela. Ele não parecia nem um pouco contente com aquilo.

– Não estou sendo tolo, estou apenas dizendo a verdade. - defendeu-se Damon, não soltando a mão de Elena enquanto sua mãe tentava lhe dar um abraço. - Pelo visto meu pai está em casa.

– Sim, ele não poderia perder esse almoço por nada, querido. - Elisabeth puxou Damon a todo custo, fazendo-o lançar um olhar preocupado na direção de Elena. - Marie está pegando algumas informações para prosseguir com o trabalho. Você sabe melhor do que ninguém que seu pai odeia ficar sem trabalhar.

Damon sabia perfeitamente disso, pois trabalhava com ele. Era difícil ter um dia de folga, sem ouvir os berros do pai do outro lado do corredor. Era um trabalho que ele adorava, mas com seu pai o perseguindo o tempo todo, virou algo rotineiro e sem nenhuma paixão.

– Seus amigos podem esperar aqui. - Elisabeth virou-se na direção de Stefan e Elena, abrindo o sorriso mais falso do mundo.

– Elena é minha namorada não minha amiga.

Elena sentiu suas bochechas corarem. Caminhou até o namorado e lhe dera um beijo na testa.

– Ficaremos bem. Stefan adora falar mesmo. - disse ela, dando de ombros.

– Pode ficar tranquilo, Dam. Esperaremos Tyler e Matt aqui.

Damon parecia mais tranquilo em saber que Elena não ficaria sozinha. Ao cruzar o grande corredor, ele se viu na sala, com uma secretária que se despedia e um pai largado na poltrona.

– Lembrou que tem casa? - perguntou Stevan, sorridente. Era o único que tinha um sorriso sincero dentro daquela casa.

– Eu sempre lembro, mas não tenho culpa se o senhor nunca está nela. - explicou Damon, dando de ombros, ainda encurralado pela mãe que não parecia nem um pouco disposta a soltá-lo.

Lentamente, Stevan levantou-se da poltrona e abraçou o filho. Por alguns segundos, ele achou que repartiria Damon ao meio, pois ele estava anormalmente magro.

– Você não me parece muito bem. - Stevan afastou-se do filho, erguendo o olhar em sua direção.

– Fraqueza, remédios demais, médicos demais, trabalho demais, faculdade demais. Não tem como ficar excelente com toda essa rotina. - Damon sabia que precisava ser ameno com a situação, pois ninguém ali sabia da sua verdade. E não seria agora que ela seria gritada.

– Entendo! - Stevan alteou uma sobrancelha, enquanto ainda observava o filho. Observava como se farejasse algo de errado. - Fico feliz que tenha vindo.

– É... Eu também. - disse Damon desgostoso, lançando um sorriso falso que lembrava muito o de sua mãe.

– Ótimo. - Stevan voltou a se sentar, ajeitando o terno. - Soube que está namorando.

– Estou sim. - afirmou ele, começando a sentir suas pernas doerem. Calmamente, desvencilhou-se de sua mãe e sentou-se no sofá mais afastado de seu pai. - Ela está aqui inclusive.

Elisabeth contraiu os lábios, observando o marido contragosto. Eles se encararam por alguns minutos, mas Stevan estava disposto a ignorar qualquer atitude vinda de sua esposa. Estava com a cabeça cheia e causar conflito em um almoço para tentar atrair Damon de volta para casa, não era uma ótima solução.

– Pensei que ela não viria. - seu pai riu, apoiando os braços na pequena poltrona. - Sua mãe deve ter apavorado a garota.

– Acertou em cheio. - disse Damon, lançando um sorriso torto na direção da mãe. - Ela não gosta da Elena, mas não posso fazer nada contra isso. Ela nunca gostou de nenhuma namorada mesmo. Minha sorte é que ela é minha mãe se não estava perdido.

Stevan riu com gosto, dando dois tapinhas no braço da poltrona.

– Quero muito conhecê-la. Ao contrário de sua mãe, nunca fui contra as suas namoradas.

– Seria mais ficantes, pai. Namorada mesmo só a Elena.

Elisabeth sentou-se no sofá como se fosse impossível ficar em pé. Ela mesma não conseguia entender os motivos de ter criado uma birra interna com relação à namorada do filho e, por mais que pensasse em atrapalhar, não adiantaria em nada, pois Damon era teimoso assim como seu pai.

– Então ela deve ser muito especial para você assumi-la dessa maneira. Fico feliz com isso, meu filho.

Damon meneou a cabeça positivamente e ficou em silêncio. Sua mãe tamborilava seus dedos nos joelhos, impaciente. Queria que o almoço fosse servido logo, pois começava a desejar nunca ter realizado aquele encontro.

– O que ela faz da vida? - retomou Stevan, fazendo Elisabeth dar um salto.

– Elena trabalha. Está juntando dinheiro para começar a faculdade no semestre que vem. Por enquanto ela faz alguns cursos, para engrandecer o currículo dela.

– Ela pensou certo então. Não adianta ir para a faculdade se você não tem base de nada. - Stevan meneou a cabeça positivamente, fazendo Elisabeth lançar uma expressão de terror.

– Eu acho totalmente o contrário. – interveio Elisabeth, com seu sorriso afetado. - Ela deveria ir para a faculdade, aprender a lidar como gente grande. Cursos são apenas cursos, não acrescentam em nada. Não sei como eu gastei tanto tempo para que Damon aprendesse a tocar piano.

– Eu ainda toco piano. - Damon revirou os olhos, como se aquilo fosse muito óbvio. - E não pararia só porque você não paga mais para mim.

Stevan parecia se divertir à beça com os dois. Nunca fora de se intrometer nos relacionamentos do filho, pois era algo que não interessava. Os relacionamentos só passavam a lhe interessar se afetassem a carreira promissora que queria para Damon. Enquanto não houvesse esse perigo, ele não fazia questão em ir contra ou a favor de qualquer namorada.

– Tocar piano é uma arte, Elisa, e você não deveria ser tão durona com relação a isso. - disse Stevan, calmamente.

– Não estou sendo durona, estou apenas colocando meu ponto de vista.

– Um ponto de vista um tanto quanto estranho, mãe, já que a senhora possui um diploma e não exerce a profissão. - Damon a encarou com os olhos estreitados. Sua mãe ruborizou por alguns instantes, fazendo-o se sentir satisfeito.

– Acho melhor eu verificar o almoço, antes que eu perca minha cabeça aqui.

Elisabeth levantou-se elegantemente e seguiu até a cozinha. Damon permaneceu quieto, sentindo calafrios percorrerem sua espinha e um fino suor começar em sua testa.

– Está tudo bem? - perguntou seu pai, olhando-o atentamente.

– Só frio. - respondeu Damon, tentando não concentrar o assunto em sua pessoa.

– Sua mãe disse que você anda doente. Está se cuidando?

– Sim, pai. Vou ao hospital duas vezes por semana e meu amigo anda controlando meus remédios.

Stevan pareceu estupefato.

– Seu amigo anda controlando seus medicamentos?

Damon dera de ombros.

– Isso é um absurdo, Damon. Você deveria voltar para casa para que sua mãe cuidasse de você.

– Não quero que ela cuide de mim.

– E por que não?

– Ela vai me prender em casa. Não vai me deixar ver a Elena. Vai começar a inventar desculpas para me manter aqui até eu melhorar. Desculpe, mas eu estou bem desse jeito. Estou melhorando gradativamente.

Stevan não parecia muito aliviado com a ideia de um amigo lhe dar as dosagens de remédios, mas preferiu não debater. Quando viu Elisabeth cruzar a porta mais uma vez, colocou-se de pé.

– Vamos. O almoço está servido. - disse ele, cruzando a porta e deixando Damon para trás.

O garoto se levantou com um pouco de dificuldade. Suas pernas tremiam e o mesmo calafrio que havia sentido, voltou a tomar conta do seu corpo. A passos lentos cruzou a pequena sala, se juntando aos amigos que já estavam dispostos em seus devidos lugares.

Com a ajuda de Stefan, sentou-se ao lado de Elena sob o olhar curioso de Elisabeth.

– Olá Caroline – disse Elisabeth sorridente.

– Oi Tia, Tio – disse Caroline.

– Casa cheia. Fazia tempo que não tínhamos reuniões como essa. A última vez que almocei com Stefan, Matt e Tyler a mesa, vocês mal tinham barba no rosto.

Stefan, Matt e Tyler riram do comentário do pai de Damon.

– Eu tinha até um pouco de barba vai. - brincou Matt, rindo. - Tyler que tem cara de bundinha de neném. Sempre teve.

– Andou reparando muito é? - perguntou Tyler, rindo também. - Se quiser, eu te dou umas dicas para ficar igual.

– Vão começar com a boiolagem? - indagou Damon, olhando para os dois amigos, dando um riso abafado.

– Você é o mais boiola daqui, Dam. - respondeu Stefan simplesmente.

– E então, Tyler, trabalhando muito no hospital? - Stevan cortou a brincadeira, antes que virasse bagunça, mantendo a mesma expressão calma.

– Claro! Já perdi as contas do quanto ando dormindo ultimamente. Adoro mesmo o que eu faço. - disse Tyler, totalmente empolgado.

– Que ótimo... E você Matt anda trabalhando muito? – disse Stevan.

– Sim, não para mais nem em casa direito... Quando não estou em casa estou com a minha namorada. – disse sorrindo bobo olhando para Rebekah que estava envergonhada.

– E quem é a jovem bonita ao seu lado? - perguntou Stevan, esperando seu prato ser servido.

– Essa é a Rebekah.

Rebekah sentiu as bochechas esquentarem. Ela era uma amiga de infância de Elena e Matt. E não queria ter ido até o almoço com as pessoas que mal conhecia. Nunca havia falado direito com Damon e seus pais e isso a deixava mais embaraçada que o normal. Stefan e Matt nunca perdera a oportunidade de encher sua paciência, então, ele era praticamente de casa.

– Prazer, Sr. Salvatore. - Rebekah meneou a cabeça positivamente, um pouco embaraçada.

– O prazer é todo meu, Rebekah. - respondeu Stevan educadamente. - Mora há muito tempo em NY?

– Na verdade em moro em Washington, mas fiquei um tempo fora. Fiquei na França. - começou ela, bebericando um pouco do suco que havia em sua taça. - Resolvi retomar minha faculdade de nutricionismo e consegui um emprego muito bom para me manter.

– Hum... - Stevan fizera uma pausa enquanto limpava os cantos da boca com o guardanapo. - Mora sozinha?

– Sim. Na verdade, eu moro em um hotel.

– Extremamente criativo. - ele riu, fazendo com que os demais retribuíssem a risada.

– Mas estou à procura de um apartamento. Se der certo, antes do Ano Novo já estarei com ele.

– Se precisar de alguma dica, posso conseguir para você. Conheço lugares formidáveis para se alugar apartamentos. - disse Elisabeth, encantada com Rebekah.

– Obrigada. - agradeceu a jovem, voltando a se concentrar na comida.

– E você, Stefan? Onde está sua namorada?

Stefan engasgou-se por alguns instantes. Era incrível como todo mundo lhe fazia a mesma pergunta desde que terminara o colegial.

– Nada de namoradas e acredito que vai continuar desse jeito por muito tempo.

– Stefan tem medo de mulheres. - disse Damon, entrando na conversa. Queria se distrair um pouco, pois o desconforto que estava sentindo poderia chamar atenção demais de seus pais.

– Não tenho medo. Só acho que agora não é hora.

– Nós homens somos um pouco complicados. Vocês que namoram, aproveitem o máximo que puderem. - Stevan deu o conselho, lançando um olhar ligeiro para Elena que parecia dura na cadeira. - Estou certo, Elena?

Ela parecia ter acordado naquele momento e sua alma voltada ao corpo. Quase derrubou o garfo quando Stevan lhe dirigiu a palavra.

– Com toda certeza. - afirmou Elena, tentando se recompor. Rebekah e Caroline lhe lançaram olhares tranquilizadores para ver se amenizava a atenção que agora se concentrava nela.

– Você conseguiu amarrar meu filho, só não maltrate muito ele. Damon é revolucionário no quesito sentimentos.

Elena abaixou as mãos, sorrindo da melhor maneira que podia. Sentiu um pouco mais de confiança quando Damon segurou uma de suas mãos, fazendo-a se virar no mesmo instante ao senti-la completamente fria.

– Que isso, pai. Pergunte ao Stefan. Para convencer Elena a namorar comigo tive que praticamente me vender na esquina mais barata de NY. - disse Damon, tentando acalmar a namorada que parecia menos tensa.

– Isso é verdade. - afirmou Stefan, calmamente. - Elena só esnobava Damon na escola. Era de dar pena. Ele sempre ia ao banheiro chorar toda vez que ela dava uma bica nele.

Stevan riu com gosto enquanto Elisabeth não expressara nenhum sentimento com a revelação de Stefan.

– Minha nossa, Elena. Você judiou do meu filho e não conseguiu resistir tanto tempo. - Stevan a olhava com tranquilidade, muito ao contrário de Elisabeth que parecia querer matá-la. - Pelo visto vocês cresceram juntos então?

– Sim, estudamos na mesma escola e no mesmo ano. - afirmou Elena mais confiante. - Damon não conseguia me deixar em paz. Ele tentou me convidar para o baile, mas acabei recusando.

– Recusou porque um palhaço entrou na minha frente, mas beleza. Eu te perdoo por isso, Elena.

Elena sentiu uma reviravolta no estômago. O palhaço era Josh e uma ponta de culpa começou a percorrer suas veias.

– Mas acabei aceitando sair com você, mesmo contra a minha vontade, Damon. - explicou Elena, lançando-lhe um sorriso.

– Ainda bem que aceitou, pois eu teria que voltar a chorar no banheiro o que não seria nada justo. - se defendeu Damon, dando um beijo no rosto da jovem que enrubesceu no mesmo instante.

– Para ser honesto, Sr. Salvatore, nós estamos muito felizes em ver Damon e Elena finalmente juntos. - Matt olhou para os dois, com um sorriso singelo. - Muitos que estudaram na nossa época não acreditavam que um dia eles namorariam. Agora, todos que sabem, ficam de boca aberta.

– Não era para menos, claro, Damon não pensava em relacionamentos até terminar a faculdade.

Elena respirou fundo quando Elisabeth entrou na conversa. Não queria perder a cabeça e resolveu se focar na comida.

– Relacionamentos acontecem o tempo todo. - disse Stefan, enrugando a testa. - E Elena e Damon só provam que os mais durões ainda podem ficar juntos.

– Nisso eu tenho que concordar. - disse Stevan, simplesmente.

– Relacionamentos deveriam acontecer só quando os sentimentos estão seguros para isso. - continuou Elisabeth, de olhos fixos em Elena e Damon. - E quando estamos maduros para enfrentar o que um relacionamento nos traz.

– Eu passei minha vida inteira amando Elena. Então... Meus sentimentos já estão maduros o suficiente.

– Sra. Salvatore, desculpe a pergunta, mas com que idade a senhora se casou com o Sr. Salvatore?

Tyler, Matt, Stefan e Damon se entreolharam em silêncio. Rebekah não precisou de muito esforço para saber que Elena já estava no seu limite de paciência.

– Nos conhecemos na adolescência. - interveio Stevan, alegremente. - Nos casamos depois da formatura.

– Que maravilha. - disse Elena, abrindo seu melhor sorriso, encarando a mãe de Damon. - Acredito que naquela época, o Sr. e a Sra. Salvatore não eram tão maduros para seguirem um relacionamento, já que haviam acabado de se formar e pelo visto não tinham muita experiência no caminho pra lidar com os problemas que um relacionamento oferece. Estou muito errada?

Elisabeth apertou o guardanapo com sua mão. Damon estava estupefato assim como seus amigos. Stevan manteve-se impassível como se a esposa tivesse merecido a resposta que lhe foi dada.

– Éramos crianças. - prosseguiu Stevan.

– Crianças? - indagou Elisabeth, sentindo a raiva tomar conta de seu corpo.

– Quem casa depois da formatura, ainda é uma criança. É o que minha mãe sempre me diz. - disse Elena, duramente. - E eu aprendi com os melhores, acredite.

– Meu filho também aprendeu com os melhores e é uma pena que tenha escolhido a opção errada.

– Namorar comigo é a opção errada?

– Elena...

Damon a chamou como se tentasse fazê-la voltar a si. Elisabeth estava vermelha e Stevan não estava nem um pouco interessado em interromper a discussão.

– Eu só quero a resposta, Damon. - disse Elena, mordendo o lábio inferior e voltando sua atenção para sua mãe. - Namorar comigo é a opção errada?

– Com certeza.

Elena empurrou a cadeira e jogou o guardanapo na cadeira. Não sabia exatamente onde estava indo, mas saiu da sala de jantar furiosa. Quando Damon fizera menção de fazer o mesmo, Caroline interveio.

– Eu vou atrás dela. - disse a morena, colocando-se de pé. - Com licença.

Damon não parecia nem um pouco aliviado em deixar a namorada andar sem rumo dentro de sua casa. Nem com a ida de Caroline as coisas pareciam ter se aliviado.

– Mãe, posso te pedir uma coisa?

– Claro.

– Cale a sua boca antes de aparecer com qualquer comentário que a ofenda. - Damon estava irritado e seu pai parecia ter acordado finalmente para o que estava acontecendo.

– Damon, olhe como você fala com sua mãe.

– Olhar como eu falo? - Damon levantou-se, derrubando a taça de suco. Sua cabeça parecia que iria explodir e o calor passou a invadir seu corpo como se ele fosse explodir a qualquer momento. - O Sr. estava mais preocupado rindo do que estávamos dizendo ao invés de fazer sua esposa ficar quieta. Elena é uma boa pessoa e não precisa ouvir as porcarias que vocês têm a dizer.

– Damon, se acalme. - Stefan levantou-se, apoiando uma mão sobre o ombro do amigo.

– Me acalmar? Sério mesmo que você está pedindo isso? - Damon apoiou as duas mãos na mesa. Sentia seu fôlego falhar e seu corpo pesar como se a terra estivesse puxando-o para baixo. - Eu só queria que vocês parassem de se meter na minha vida. Eu estou trabalhando como você quer... - ele apontou para o pai que estava chocado com a cena -... E faço faculdade para agradar você... - e voltou seu olhar para a mãe que estava horrorizada -... E a única coisa que faço por mim vocês me aborrecem, mas que diabos é isso?

Damon foi ficando pálido quando Tyler levantou-se e dirigiu-se até ele. O ar parecia faltar naquele pequeno espaço. Suas mãos estavam se apoiando com tanta força na mesa que era a única parte de seu corpo a ter uma coloração.

– Estamos visando seu melhor. - disse Elisabeth, impassiva.

Damon gargalhou. Uma gargalhada horripilante.

– Meu melhor? Ótimo. Pode deixar que dessa parte cuido eu.

– Eu não vou permitir que você namore aquela garota.

– Não se meta na minha vida. Eu namoro quem eu quiser. Sou maior de idade. Não preciso da sua autorização. Eu não moro com vocês. Eu me sustento, então, eu namoro com quem eu quiser. Se estiver incomodada com isso, se mate. E me deixe em paz.

No instante que Elisabeth levantou-se para revidar, um barulho surdo tocou o soalho bem cuidado da mansão da família Salvatore. Damon havia caído no chão com estrondo, sem respirar direito e se contorcendo para pavor dos que estavam ao seu redor. Seus músculos pareciam ter espasmos de segundo em segundo, relutando a receber ajuda que Tyler queria oferecer. Rebekah apenas assistia tudo abismada.

– Meu Deus! - exclamou Tyler, colocando a mão na testa de Damon. - Ele está com muita febre.

– E o que isso quer dizer? - perguntou Matt, desesperado, enquanto os pais de Damon rodeavam o filho apavorado.

– Se afastem. - pediu Tyler, mas ninguém parecia muito a fim de recuar. Damon se contorcia com toda a força e parecia totalmente inconsciente. - Ele está tendo uma convulsão. Stefan chame Elena e Caroline para dentro.

Stefan saiu feito um louco à procura de Elena e Caroline. Ficou aliviado ao encontrar as duas na sala de estar, conversando baixo, dando um sobressalto ao ver sua presença que mais lembrava a de um fantasma.

– O que aconteceu? - perguntou Elena, colocando-se de pé no mesmo instante.

– Damon. Ele está tendo uma convulsão.

Elena perdeu a cor. Sua boca abriu várias vezes na tentativa de dizer alguma coisa, mas se calou. Rapidamente, fez todo o caminho até a sala de jantar e ficou apavorada com o que via. Damon se debatia no chão com extrema força enquanto grunhia em busca de ar.

– Damon.

Ela pronunciou quase sem ar, ajoelhando-se diante dele. Stefan voltou até o local com Caroline nos calcanhares. Caroline branca feito papel. Seu primo estava ali se debatendo e tudo por culpa da sua tia.

– Elena, eu vou precisar da sua ajuda. - disse Tyler, pegando um guardanapo da mesa e tentando colocar entre os lábios de Damon para que ele não mordesse a língua. .

– Ok! Diga-me o que eu tenho que fazer. - Elena estava desesperada e seus olhos estavam cheios de lágrimas.

– Segure-o com a cabeça para o lado. - Tyler virou-se na direção de Caroline. - Pegue uma almofada.

– Certo.

– O que você está fazendo com meu filho? - perguntou Elisabeth, muito pálida.

– Eu quero que vocês se afastem pode ser ou está difícil? - perguntou Tyler entre dentes, enquanto observava Elena ajeitando Damon em seus braços.

– Vou chamar uma ambulância. - disse Elisabeth no mesmo momento, saindo da sala, quase trombando com Caroline que se encaminhou até o namorado, lhe entregando a almofada.

– Coloque aqui. - disse ele, tentando manter a calma. Era difícil lembrar-se dos métodos de primeiros socorros já que havia lido por vontade e curiosidade própria. Estava com medo de estar cometendo algum erro.

– Ele vai se acalmar? - perguntou Elena, alisando os cabelos do namorado, que parecia perder a força aos poucos, se debatendo um pouco menos.

– Acho que ele já está se acalmando. - Tyler estava sem fôlego, mesmo que não tivesse feito tanto esforço. Suas bochechas estavam afogueadas e suas mãos suavam. - Vamos Damon, eu sei que você consegue.

O silêncio perdurou pelo que parecia ser uma eternidade. Aos poucos, Damon cessava os movimentos, parando de se debater e salivar. Elena sentia seu coração bater na garganta enquanto sentia o corpo do namorado parar de se contorcer.

– Ele se acalmou. - disse Tyler, aliviado. - Vire ele, Elena. Deve ter muita saliva na boca dele.

Assim que viraram Damon, ele estava inconsciente. O guardanapo que estava em sua boca, fora tirado com cuidado por Elena que se apressou a pegar outro para limpar os lábios do namorado. As lágrimas escorriam quentes por seus olhos e ela não se dera conta de que estava soluçando.

Do lado de fora, podia-se ouvir as sirenes da ambulância. Stevan ajoelhou-se diante do filho e o pegou nos braços totalmente abalado.

– Vou levá-lo lá para cima. - calmamente, virou-se para Elena que parecia incapaz de se mover. - Venha comigo, Elena.

Ela meneou a cabeça positivamente e seguiu o pai de Damon. Elisabeth estava afoita do lado de fora da casa esperando que a ambulância chegasse logo. Matt e Rebekah estavam em transe com aquela situação. Stefan ainda estava pálido, ao lado de Caroline que perdera totalmente a voz.

– Tyler e Matt, a gente precisa conversar. - disse Damon, depois de uma longa pausa.

– Sobre o quê? - perguntou Matt desentendido.

– Sobre Damon. - Stefan apoiou uma mão sobre o ombro de Caroline, fazendo-a voltar à realidade. - Vamos para a sala. A mãe dele não pode nem sonhar com o que eu vou te dizer.

Tyler caminhou até a sala ao lado de Stefan, Matt, Rebekah e Marcela. Stefan não aguentava mais guardar aquele segredo só para si e, por mais que Damon tivesse pedido para que ele não contasse, seus ombros pesavam demais com toda aquela história.

E, vê-lo daquele jeito no chão, fora o ápice da sua fidelidade com relação ao seu segredo.


Continua...


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Notas finais do capítulo

Tensoooo!!!
Não me matem... No próximo capitulo ele já esta melhor...