Always At Your Side escrita por Ágatha Geum


Capítulo 15
Nova tática


Notas iniciais do capítulo

Gentee consegui da uma fugidinha e aqui está mais um capitulo... Esse ainda não é o capitulo do beijo...
Pois precisamos desse para ter o do beijo...
Queria muito dividir esse capitulo... Mais a cena do beijo ia demorar séculos para sair... Então fiz esse gigantesco...hehe
O titulo se refere a nova tática que Damon usará para conquistar Elena...
Espero que gostem...
Boa leitura...



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Seu corpo precisava de descanso urgentemente, mas Elena não sentia vontade de estar na sua cama. A noite parecia ter ficado quente subitamente, mesmo que suas janelas avisassem que o tempo mudaria bruscamente em NY. Seus olhos castanhos perambulavam de um lado para o outro dentro do seu quarto vazio como se buscasse algo para fazer. Poderia ficar utilizando a internet, mas não havia nada ali que a mantivesse acordada até que sábado chegasse.

Sábado. O dia em que havia aceitado pintar a casa de Lexi junto com os demais. Maldita hora que havia prometido sua presença. Agora teria que ir. Elena não era de quebrar promessas.

Depois de ter ficado sabendo do episódio entre ela e Damon, seu cérebro parecia insistir em recriar a cena em que os dois tiveram um rápido envolvimento. Elena sabia que estava sendo masoquista demais em imaginar o ato, mas dentro de si um sentimento de raiva parecia corroer todo o respeito que algum dia sentira por April. E, o pior, é que estava se sentindo uma estúpida por tentar anular a existência da amiga de sua vida, afinal, ela ter dormido com Damon não era um motivo crucial para terminar uma amizade de anos.

O fato era que Elena estava se sentindo muito mal. Depois dos dias que havia passado com Damon, pensar algo ruim dele - ou até mesmo relembrar dos deslizes dele - já não faziam parte de seus pensamentos até mais uma verdade a respeito do seu caráter vir à tona. Ela sentia uma vontade de chorar, mas o lado da sua mente que ainda não havia se entorpecido com a raiva, insistia em lembrar que aquilo não era motivo para ela ficar chateada. Damon sempre dormira com todas. Era capaz que tenha dormido até com Katherine. E que diferença faria?

Elena não queria aceitar, mas aquilo fazia toda a diferença. Ela idealizou um Damon perfeito e sentia-se frustrada por toda aquela imagem construída ser destroçada só porque ela sentira um pouco de esperança em confiar no "novo" Damon. A versão melhorada. A versão que a encantou como nenhum garoto conseguira fazer antes. Ver tudo se dissipando, a machucava, mas ela estava com a mente a mil para entender o que realmente estava sentindo. Damon havia mudado, de fato, poderia ter mudado, mas era a questão do passado te condena que a morena não conseguia se desprender. Ela acreditava que jamais olharia nos olhos dele e diria que o amava. Era algo distante demais para duas pessoas que sempre fizeram questão de se odiar.

Talvez, em todo esse tempo, odiar Damon fosse seu escudo defensivo contra todas as sensações que ele poderia lhe causar. Elena almejava qualquer garoto em sua vida, mas parecia que a vida só parecia lhe trazer Damon Salvatore. Desde que estava na escola e agora como uma mera auxiliar de escritório, Damon ainda parecia um fantasma na sua vida. Isso era agoniante e ao mesmo tempo autoexplicativo. Se a vida lhe trazia Damon Salvatore todas as vezes que tentava fugir, algum motivo isso teria e no fundo Elena sentia-se disposta a descobrir qual seria a lógica para tudo isso. Parecia ser algo interessante e o fato de estar bem ensaiada na arte de odiar Damon Salvatore, ela se contentou em saber que os danos seriam menos graves.

Sentindo a cabeça doer, a jovem resolveu arrumar sua cama e deitar. Seu pijama desalinhado confessava de que ela nem se olhara no espelho para ver como estava. Simplesmente havia chegado a casa, tomado outro banho, escovado os dentes e se jogado no primeiro pijama que estava na sua frente. Nem se tocara de que a calça que vestia era diferente da blusa. Puxando o edredom, ela subitamente se lembrou do urso que Damon havia lhe dado. Sem medir sua atitude, fora até o guarda-roupa e o observou por algum instante. Cautelosamente, pegou o urso e caminhou com ele até sua cama. Quando resolvera deitar, levou um susto ao ouvir a campainha tocar.

– Mas que diabos!

Elena erguera o olhar para o relógio. Ficou indignada ao ver que já eram quase uma e meia da manhã e resolveu ignorar a campainha. Quando estava deitada pronta para apagar o abajur, a campainha tocara mais uma vez, fazendo suas bochechas esquentarem de raiva. Descendo as escadas rapidamente, Elena temia que seus pais saíssem da cama. Correndo em direção a porta, a jovem pegou as chaves, mas antes dera uma consultada no olho mágico.

Seu coração parecia ter parado no instante que vira Damon do outro lado.

Aquilo só poderia ser mais uma tentativa de uma brincadeira de mau gosto. Se preparando psicologicamente para o que fosse a jovem afastou o cabelo - mal seguro em um coque - e abrira a porta com a pior expressão que conseguira colocar em sua face.

– Desculpa ter vindo tão tarde...

– Desculpa mesmo, Salvatore. - Elena apertou a maçaneta da porta. Isso lembrava que ela não poderia perder o controle.

– Eu queria conversar com você. - Damon começou, segurando a torta que pegara na casa de Bonnie em mãos.

– Isso não é hora para conversar. - respondeu Elena o mais seca que pode. - Estou cansada e amanhã eu tenho que acordar cedo.

– Para ir na casa da Lexi?

Depois da pergunta, Elena percebeu qual o motivo que o trazia ali. A famosa necessidade de dar explicações.

– Eu não sei se vou. Minha tia pediu para eu ajudá-la amanhã e talvez seja isso que farei.

– Hmm... Isso não tem nada a ver...

– Não! - negou Elena antes que ele terminasse. Levou um susto ao ver a luz do corredor acender. - Olhe, você fez o favor de acordar meus tios. Eles virão me encher o saco.

Antes mesmo que Elena pudesse explicar o que estava acontecendo, Damon empurrou-a entrando na sala e parando na frente da tia de Elena que a olhava completamente confusa.

– Desculpe ter vindo incomodar tão tarde, mas eu precisava conversar com sua sobrinha. - disse Damon estendendo a torta na direção da tia de Elena, fazendo-a ficar horrorizada.

– Oh! Claro! É realmente muito tarde, mas não precisava trazer uma torta para conseguir um horário para falar com Elena. - disse a Sra. Gilbert, lançando um olhar estupefato para a morena.

– Sua sobrinha é um pouco difícil de lidar. - sussurrou Damon, balançando a cabeça.

– Eu ouvi isso. - disse Elena cruzando os braços.

– Acho preferível que conversem lá fora. Se seu tio souber que um rapaz veio aqui de madrugada te ver, arrancará seus cabelos.

– Nós não temos o que conversar tia. - disse Elena, lançando um olhar de socorro que sua tia fizera questão de ignorar.

– Tenho sim, muito que conversar. Principalmente pelo fato dela ter bebido demais na casa da Bonnie.

– Elena...

– É mentira, tia. - Elena caminhou até sua tia, empurrando-a em direção as escadas. - Realmente nós temos o que conversar.

– Okey. Não fiquem até tarde.

– Sem problema, Sra. Gilbert. Espero que aprecie a torta. - disse Damon lançando o famoso sorriso irônico na direção de Elena.

Elena empurrou Damon para fora sem olhar para trás, pois tinha certeza que sua tia continuava parada observando a cena sem entender nada. Ao fechar a porta, virou-se para ele bruscamente sentindo que o mataria a qualquer momento.

– O que você quer afinal? - perguntou Elena, incisiva.

– Vamos sentar. Adorei o banquinho que tem aqui perto da escada.

A morena revirou os olhos e caminhou até o banco. Sentou-se a uma boa distância do moreno que resolvera balançar os dois para frente e para trás.

– O que você quer?

– Quero que apenas me escute e prometo ir embora logo.

Damon parou de balançar o banco e virou-se na direção de Elena. Ela sentiu sua respiração ficar um pouco mais rasgante, como se alguém estivesse espremendo seus pulmões.

– Como quiser! - Elena dera de ombros e passou a olhar para qualquer outro canto, para mostrar que não estava dando a mínima para o que Damon tinha a dizer.

– O que aconteceu entre April e eu foi um erro. - começou Damon, calmamente. Queria tirar a culpa que sentia dentro dele.

– Como todos os seus casos. - completou Elena dando um risinho desdenhoso.

– É, pode ser. - concordou Damon balançando a cabeça. - Era a festa de formatura e foi uma coisa muito rápida.

– Poupe-me dos detalhes.

– Rápida e sem sentido. Nós dois nos sentimos horríveis depois que a ficha caiu.

– A ficha só cai depois que a porcaria está feia. Parabéns, Damon, algo mais?

– Eu pensei que ela tivesse te contado. - continuou Damon, se controlando para não se irritar com Elena.

– April não me conta as coisas com a mesma facilidade que a Bonnie, Lexi ou Caroline.

– Isso que é amizade.

Elena virou-se para ele fitando-o com frieza.

– Você veio aqui para que afinal? Sentir menos remorso? Para julgar minhas amizades? Eu não quero saber das suas desculpas, Damon, e até agora não entendi as razões de você estar aqui me dizendo que o que houve entre você e April foram algo rápido e sem sentido.

– Você deveria ser menos egoísta e parar de ver as coisas com seu umbigo, Elena. - Damon alteou uma sobrancelha, encarando-a seriamente. - Eu vim aqui te explicar o que houve. April queria vir, mas eu não deixei.

– Opa, desculpa! - Elena erguera uma das mãos mostrando indiferença.

– Caramba, Gilbert. Estou aqui tentando te explicar, se você não quer saber o problema é teu.

– Se sabia que eu não queria saber por que veio?

– Porque você ficou chateada em não saber.

– Damon, nada que vem de você me importa.

– Ótimo então! Desculpe ter feito você perder sua noite.

Damon levantou fazendo Elena encarar sua costa ainda abobalhada. Ela estava irritada, não pelo fato de Damon ter vindo explicar o que havia acontecido, mas pelo fato dele ter dormido com uma das suas melhores amigas. Ela sabia que havia acontecido há muito tempo e que não fazia sentido cobrar isso agora, mas ela queria que fizesse sentido. Queria que ele se sentisse culpado.

– Damon, eu estava realmente confiante de que você havia mudado. Que você estava sendo uma pessoa bacana pela primeira vez na sua vida. Eu realmente estava ficando feliz com isso, até você quebrar minhas pernas. Para que me pediu e fez coisas sendo que me machucaria depois?

Ele parou e dera um longo suspiro. Realmente seu juízo não estava dos melhores e estar com Elena era a única forma dele se sentir melhor. Tentar ser uma pessoa legal, aquele cara que ela nunca tinha conhecido, fazia parte dos seus planos desde que pisara novamente em NY.

– Não foi minha intenção. -Damon virou-se na direção dela, não escondendo o pesar. Ele sentia muito.

– Nada para você é com intenção. Você sempre vê os danos depois. - Elena alisou a testa sentindo as mãos tremerem. Agora a vontade de chorar parecia muito maior do que antes, mas ela se recusava a fazer isso na frente dele.

– Eu vim aqui tentar esclarecer um erro que sua amiga não teria feito por insistência minha. Acho que não é justo você julgá-la por ter feito e não ter te contado. - Damon estava parado na pequena escada, encarando-a. - Não vim aqui limpar minha barra ou aparecer de anjo na sua frente. Eu nunca fui santo e acredito que nunca vou ser. Então antes que acuse April de alguma coisa, acuse a mim.

Damon fizera uma pausa, como se estivesse recuperando o fôlego.

– Eu realmente sinto muito, Elena.

– Você fala isso como se fizesse questão de te ver como um santo como todas as outras o vê.

– Você está se remoendo, Elena, e isso é óbvio.

– Porque estaria me remoendo?

– Porque de alguma forma você se importa.

Elena o encarou com firmeza, pois sabia que não poderia baixar a guarda agora. Ela tinha em mente que não se importava, mas seu coração avisava que realmente ela se importava.

– Vamos ser racionais, Damon. Eu não me importo. Eu só fiquei chocada por ela não ter me contado e eu ter ficado sabendo pela boca de um Stefan bêbado. Se ele tivesse continuado, o que mais eu ficaria sabendo de você?

Damon olhou para cima como se buscasse ar. Sentia-se exausto e o que mais queria naquele momento era sua cama.

– Qualquer coisa de ruim, aposto. - respondeu ele, calmamente.

– Como se o que soube hoje não fosse o bastante. - resmungou Elena, mais para si mesma do que para ele.

– Você vai a casa da Lexi amanhã? - perguntou Damon, encarando-a.

– Acredito que sim. - respondeu Elena, com a voz fraca. - Não dou certeza.

– April ficaria feliz. - Damon lhe dera as costas, caminhando até o carro. Parou mais uma vez, agora com as mãos nos bolsos, virando-se para ela. - Eu ainda espero que deixe passar um tempo com você.

– Te vejo por aí, Gilbert. – ele disse

Elena ficou parada onde estava vendo-o sumir de vista. Mesmo que seu corpo sentisse todo o cansaço do mundo, ela preferiu ficar na cadeira se balançando com a cabeça nas nuvens. O que estava acontecendo alí, nem ela sabiam ao certo, mas estava tudo muito estranho. Ela e Damon... A situação. Tudo estava virando um nó na cabeça da morena que resolveu não pensar mais nisso, caindo no sono na cadeira mesmo.

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Ao trancar a porta atrás de si, achou estranho ver a luz do quarto de Damon acessa. Quase sorrateiramente, subira as escadas chegando até a porta semiaberta de Damon.

Ao entrar no quarto, vira o amigo capotado sobre a escrivaninha com o notebook aberto. Stefan praguejou por pensamento o fato de o amigo trabalhar demais e dormir de menos. Sem demora, fechou todos os programas que Damon usava e fechou o objeto com cautela quando se dera conta de um pote de comprimidos ao lado do braço direito do moreno.

– De novo? - Stefan meneou a cabeça negativamente a se ver diante de comprimidos para dormir.

– O QUÊ?

Damon dera um sobressalto. Sua respiração ficou rápida demais devido ao susto que havia levado. A se ver diante de Stefan e vendo que o amigo segurava seu pote de comprimidos, esperou que Stefan iniciasse um sermão.

– Já te disse para parar de usar isso, cara.

– É... Eu sei... Mas estava sem sono e amanhã o dia vai ser puxado. Faz tempo que não tomo. - respondeu Damon com veemência.

– Acho bom mesmo. - Stefan pegou o pote e colocou no bolso. - Como foram as coisas com a Gilbert?

– Normais. - respondeu Damon se espreguiçando na cadeira. - De boa, já perdi qualquer tipo de esperança.

– Desculpe pela gafe de hoje. - disse Stefan, sincero.

– Não precisa se desculpar. Eu teria cometido à mesma coisa se achasse que meu melhor amigo soubesse do que havia acontecido.

Stefan balançou a cabeça positivamente.

– Se a Gilbert não melhorar com você falarei com ela.

Damon riu.

– Não seja tolo. Não estamos mais no colegial.

– Mas ela não pode te julgar por isso.

– Stefan, para a Elena eu sou um completo vadio. Deixa-a pensar desse jeito. É a garantia dela.

– É... Pode até ser, mas não é certo ela ter uma imagem errônea de você por algo que aconteceu há anos.

– Ela só não teria uma imagem mais grotesca da minha pessoa se gostasse de mim o que de fato não acontece. Eu continuo sendo o ser repugnante, pegador e vagabundo.

Stefan riu do comentário e permaneceu onde estava ao ver Damon se levantar e se jogar na cama.

– Quando sair apague a luz e feche a porta.

Percebendo que o amigo não estava muito a fim de papo, Stefan apagou a luz e fechou a porta. Ele já não conseguia esconder o quanto estava preocupado com as atitudes e comportamentos do melhor amigo que pareciam piorar conforme os dias iam se passando.

No dia seguinte...

Damon sorrira e passara pela porta fechando-a com cautela. Sem pressa, caminhou até a sala, pegando as chaves do carro e se entregando a brisa gélida da tarde. A única coisa que esperava era que aquele dia fosse muito melhor que o anterior.

Lexi estava bastante inquieta. Já passava do meio dia quando estava a postos na cozinha preparando alguns lanches para os amigos que prometeram vir até sua casa ajudar na singela reforma. O lugar estava uma perfeita baderna. Jornais estavam espalhados pelo piso surrado e os móveis estavam quase um em cima do outro para dar espaço. Os objetos de enfeite, ainda estavam seguros nas caixas de papelão e todas suas roupas estavam protegidas da poeira por grossos plásticos. Todo esse processo só manteve a mente da jovem ocupada. Já que sua melhor amiga não poderia ajuda-la, pois estava com raiva de sua amiga April. Que por ironia também morava ali naquele apartamento. April por sua vez não queria lembrar-se do fato de ter dormido com Damon.

Por mais que tivesse tentado esquecer, o sentimento de culpa a invadia com extrema imprudência fazendo seus nervos subirem. Dormir com Damon foi um dos motivos que a fizera estudar bem longe de suas melhores amigas, pois por mais que não houvesse nada entre ele e Elena, a culpa existia e só doía mais quando estava perto da melhor amiga. Não fora algo intencional, mas ela nunca teve controle dos seus atos. A partir daquele dia, havia prometido não se alterar com bebidas, mas era algo completamente inútil já que haviam comparecido a todas as festas do campus durante seus quatro anos na faculdade.

Depois de Katherine, April era considerada a mais baladeira e não era à toa que era a companhia perfeita para Matt. Ela sempre teve seus sentimentos bastante confusos, nunca tendo certeza de quem realmente gostava. Aos 14 achava que amava Tyler e que faria qualquer coisa por ele. Aos 15 achava que Niklaus era um perfeito cavalheiro e de certo modo o namorado perfeito. Aos 16 achava que Stefan era tudo de mais perfeito na sua vida e aos 17 anos achou que Damon seria seu marido ideal, caindo na besteira de se perder nos lençóis com o garoto que sempre dissera ser apaixonado por Elena. Sua cabeça era confusa, assim como toda sua vida. Sentia inveja de Bonnie por ter encontrado o par perfeito e se perguntava quando isso iria acontecer com ela. O que a deixava mais aliviada, era saber que sua inveja era algo saudável, pois sempre desejou que qualquer uma de suas amigas fossem as mulheres mais felizes do mundo.

Mas, no fundo, ela sabia que tinha ferido Elena. A expressão em seu rosto quando Stefan dissera de seu envolvimento com Damon a deixou absolutamente branca, exatamente da mesma cor da toalha de mesa da casa dos pais de Bonnie. Seus olhos pareciam vidrados e, o pouco brilho que havia, se dissipou com a mesma facilidade com que ela fora embora. A única certeza que April tinha desde que saiu do evento catastrófico era acertar e esclarecer as coisas com a morena, mesmo já estando convincente de que com ela nunca mais poderia olhar na sua face.

O que April não entendia era como duas pessoas como Damon e Elena conseguiam fugir do que sentiam com tanta facilidade. Dando um sorriso de lado, ela se recordava de todas as vezes que Damon tentou conquistá-la e de todas as vezes que ele recebera um não. Era engraçado como eles agiam um com o outro. Os corpos dele pareciam responder da mesma maneira, mas existia algo dentro deles que os repelia um do outro. Isso na mente de April era completamente confuso. Quando se desejava alguém com tanta intensidade - no caso de Damon, lembrou-a - era impossível se repelir da maneira como eles se repeliam. Haveria a necessidade de estarem juntos, de conversarem, de ser uma pessoa só. Era claro que Elena sentia vontade de tocar Damon, mas suas mãos pareciam estar presas por fortes cordas enquanto Damon evitava bancar sempre o imaturo.

Lexi dando um suspiro, ela finalizou os lanches e dera uma consultada no relógio. Havia combinado com Stefan antes do meio-dia, mas parecia que ele estava babando no sofá enfrentando a ressaca do dia anterior. Sua relação com ele havia mudado bastante desde que ele ficara solteiro. Passaram a conversar muito mais e até se tornaram confidentes. Lexi era ciente de que o moreno era irresistível, mas não queria arranjar problemas futuros por ter se envolvido além da conta com ele. Sua companhia era agradável e a fazia sentir-se segura. Ao contrário de Tyler e Damon, Stefan a fazia rir de verdade e isso era reconfortante.

April e Lexi já estavam ficando impaciente quando a campainha finalmente tocou. Correram para atender e se surpreenderam ao ver Damon parado na soleira. Ele parecia não ter dormido, assim como April. Parecia que a lembrança de Elena na noite anterior agia entre os dois como se fosse um fantasma. Se adiantando para que ele entrasse, April fechou a porta atrás de si e manteve certa distância, caso as garotas chegassem e tirassem conclusões erradas.

– Você poderia ter vindo com Stefan. - disse Lexi, calmamente. Realmente seria conveniente se eles tivessem vindo juntos. Iria poupar mais uma cena desconfortante.

– Eu resolvi vir sozinho. Stefan só complicaria as coisas. - Damon não se sentou. Encostou-se a e na parece e cruzou os braços parecendo uma estátua.

– O que ele complicaria? - perguntou April desentendida.

– A gente precisa conversar April.

April tentou respirar, mas parece que o ar não estava muito a fim de chegar a seus pulmões.

– Não temos o que conversar. Eu só preciso falar com uma pessoa e ela definitivamente não é você.

Lexi apenas escutava tudo. Ambos queriam que ela ficasse ali caso alguém chegasse.

– Eu só quero saber por que você não contou para a Elena. - Damon a encarou com firmeza.

– Eu não vi motivos para contar a ela. Eu tinha medo de... - April fizera uma pausa. -... De machucá-la.

Damon enrugou a testa.

– Machucá-la? Acredito que se tivesse contado na época, não teria sido tão doloroso.

– Damon, não complique as coisas. - April o encarou com a mesma firmeza. Sentia medo. Medo de perder a amizade de Elena. - Você tinha planos de falar com Elena naquela noite, não se lembra?

Ele realmente se lembrou de que estava bêbado e de que havia se aproximado de Elena para tentar lhe dizer algo. Aquilo que ainda estava guardado e que ele não teria coragem de dizer. Não agora.

– Eu lembro. - confirmou Damon ainda pensativo. - Eu acabei desistindo, depois do que houve entre nós dois.

– Vai me dizer que não ferraria tudo? Elena ficaria puta demais da vida.

– Elena não tem motivos de ficar puta da vida comigo.

– E por que você acha isso?

Damon resolveu se sentar. Suas pernas protestavam, parecendo que havia corrido quilômetros para chegar até onde Lexi e April moravam.

– Elena nunca deu atenção para mim, April. Eu não sei o que você, Lexi, Stefan e Bonnie veem nessa situação. Não existe Damon e Elena. Isso nunca vai existir. - Damon alisou a testa.

– Você poderia ser menos negativo, Damon. - disse April sentindo um pesar muito grande ao olhar Damon. Ele parecia sofrer. Sofrer muito. - Por que você não tenta se aproximar mais dela, hein? Sei lá... Vocês poderiam ser amigos.

Damon a encarou.

– Amigos? - ele riu, balançando a cabeça. - Quando eu estou perto daquela maluca eu tenho vontade de agarrá-la. Tem noção do meu autocontrole?

Riram.

– Você precisa tentar Damon. - disse Lexi em um tom de apoio. - Uma aproximação nunca é demais. Bonnie e Jeremy deram certo.

– Não há nada de Bonnie e Jeremy em mim e na Elena.

– Eu sei. Mas eu acho que você deveria passar mais tempo com ela sabe! Ela precisa conhecer você como eu conheço até mesmo Stefan. Ela só tem a visão do Damon galinha. Remova isso da cabeça dela. O caminho vai ser mais fácil, acredite.

Damon parou por alguns momentos, pensativo. Lembrou-se da tarde deles no Café e de como aquele momento fora completamente especial. Todos os seus problemas passaram a não existir e a única coisa que pensava era agradar a garota que sorria pela primeira vez em sua direção sem querer enforcá-lo. Queria reviver aquilo, mas tinha em mente que certos pontos da sua vida não eram dignos de reprise.

– Eu não sei do que a Elena gosta. - Damon encolhera os ombros, perdido.

Lexi sentou-se ao lado dele ficando empolgada. Falar de Elena era com ela mesma.

– Ela é meio caseira, sabe? Mas ela gosta de umas baladinhas de vez em quando. Ela gosta bastante de pubs.

– Isso deu para notar.

Lexi enrugou a testa.

– Eu levei ela para sair uma vez, foi divertido, mas eu estraguei tudo.

– E como assim você não nos conta? - April lhe dera um leve empurrão, rindo.

– Eu ando esquecendo as coisas. - mentiu Damon. Aquele momento com Elena ele havia guardado como algo particular e não iria compartilhar com ninguém.

– Certo! - Lexi juntara as mãos empolgadas. - Hoje é sábado, chame-a para ir ao cinema.

– Isso é coisa de casal. - Damon revirou os olhos.

– Como amigos. Amigos vão ao cinema e comentam o filme depois tomando sorvete. - Lexi disse muito pausadamente, como se tivesse todo o cuidado para que tudo o que havia dito entrasse perfeitamente na mente de Damon.

– Hmm...

– Olhe Stefan pode me ajudar a pintar, assim como as outras meninas. Se Elena vier, tire-a daqui. - disse Lexi, apoiando uma mão no ombro de Damon. - Ainda está claro ela não vai achar que é um encontro.

– Mas você quer conversar com ela, não? – disse ele encarando April

– Eu acho que certas coisas podem esperar. - disse ela, balançando a cabeça positivamente.

Naquele momento, a campainha tocou e, pela quantidade de vezes, só poderia ser Stefan... Ao abrir a porta, sentiu uma ponta de tristeza. Katherine, Jeremy, Bonnie, Matt e Stefan estavam reunidos à sua porta, Exceto Caroline, Tyler e Elena. Caroline e Tyler resolveram tirar o dia para sair.

– Elena disse que precisava ajudar a tia dela e não poderia vir.

Damon ouvira a resposta de Bonnie, que ainda estava parada. Ele dera um riso abafado e pensou como Elena poderia ser tão mentirosa.

– Tudo bem. Eu já esperava que ela não viesse. - Lexi dera espaço para eles entrarem. - E, Caroline e Tyler?

– Os dois resolveram sair. - disse Stefan,

Lexi lançou um olhar para Katherine, que manteve uma distância considerável de Stefan. - Eu não estou correndo o risco de morrer, não é?

– Claro que não! Stefan é um caso superado. - afirmou Katherine com frieza, indo abraçar a amiga.

– Ela ainda me ama. - disse Stefan despojado.

– Amo bem longe de mim. - respondeu à morena, apertando os ossos de Lexi.

– Se Elena estivesse aqui o clima ficaria mais arriscado de morte. - comentou Bonnie, fazendo Lexi rir.

– Acho que todos irão sair daqui parcialmente vivos. - disse Lexi, buscando o ar depois do abraço apertado de Katherine. - Mas eu acho que Damon não vai poder ficar.

– Como assim?

Damon olhou perdido para os presentes. Não esperava essa atitude repentina de Lexi.

– Ele lembrou que vai ter que fazer algumas coisas... Infelizmente. - Lexi lançou um olhar cortante para Damon fazendo-o levantar.

– Pô! Só porque ia pintar a cara dele de rosa! - exclamou Stefan, rindo.

– Muito engraçadinho. - Damon lhe dera um soco de leve no ombro.

– Que compromisso é esse? - perguntou Bonnie, curiosa.

– Trabalho. Meu pai acabou de me ligar. - mentiu Damon, dando um olhar perdido para Lexi que piscara dando suporte.

– Seu pai enche o saco, nunca vi. - protestou Stefan.

– Você o conhece! - Damon vasculhou o bolso em busca da chave do carro. - A gente se vê depois. Vamos marcar de fazer algo junto.

– Boliche. Estou louca para jogar boliche. - disse Katherine, lembrando muito crianças que babavam atrás de um doce.

– Brincadeira de velhos. - disse Stefan balançando a cabeça.

– Então não vá! - cortou Katherine, secamente.

– A gente combina. Deixaremos na mão de Bonnie. Ela tem os melhores planos.

– Pode deixar comigo. Adoro planos. - Bonnie dera saltinhos no meio da sala, arrancando risos dos presentes.

Ao se despedir de todos, Damon não sabia ao certo o que estava fazendo. Entrou no carro sentindo-se afoito e rumou para a casa de Elena. Para sua sorte, o trânsito estava supertranquilo para um final de Novembro, ainda mais se tratando da chegada do Natal que sempre apinhava as calçadas de NY de gente. Sua mente parecia misturar todos seus pensamentos, deixando-o completamente confuso. Quase batera na traseira de um carro que se esqueceu de dar a seta e xingou baixo pela impertinência do motorista. A única coisa que queria era chegar logo, mesmo estando confiante de que Elena bateria a porta na sua cara.

Ao estacionar, ficou dentro do carro por alguns segundos. Podia ver as cortinas voando para fora da janela e o banco que havia sentado com Elena na noite anterior completamente intocado. Queria saber o que estava fazendo e no que estava pensando. Elena nunca lhe daria o espaço que ele queria, mas as vozes de Lexi e April logo o alertaram. Era uma condição razoável para quem nunca tivera nada, a não ser mero desprezo.

Acabou decidindo em sair do carro e travara as portas. Se for para receber um ar rude e palavras cortantes, ele já estava pronto para isso. Como ninguém. Com rapidez, caminhou até a porta, esticou o dedo até a campainha e a tocou levemente. O barulho ecoou por toda a casa, fazendo com que passos agitados chamassem sua atenção. Quando a porta foi aberta, Damon realmente pensou que aquele dia não seria de sorte.

– Ah! O namorado da minha irmã.

Damon olhou para os lados, desentendido.

– Eu não sabia que ela tinha te convidado para o almoço. - disse Meredith medindo Damon de cima abaixo.

– Na verdade, eu não vim para o almoço e nem sou o namorado da sua irmã.

– Não é o que parece. Fiquei sabendo que você veio aqui ontem de madrugada falar com ela. Minto?

As notícias voam rápido, pensou Damon inquieto.

– Eu vim resolver algumas coisas com sua irmã. - respondeu Damon calmamente. A última coisa que ele precisava era discutir com a irmã de Elena.

– Ela está ocupada, quer deixar recado?

Damon se perguntou como alguém poderia ser tão irritante.

– Não! Eu preciso falar com ela agora.

Antes que pudesse revidar com outra resposta, a tia de Elena abriu mais a porta para saber com quem Meredith conversava. Ficou estupefata ao ver o mesmo garoto da noite anterior, parado mais uma vez na porta da sua casa.

– Desculpe aparecer em menos de 24 horas na sua casa, Sra. Gilbert, mas eu precisava falar com Elena. - disse Damon, ignorando a presença de Meredith que parecia irritada demais.

– Elena está na cozinha terminando de fazer um bolo. Entre, por favor.

Damon hesitou.

– Er... Eu acho que não vai ser uma boa ideia. - disse Damon contraindo os olhos. Meredith não deixou de sorrir de satisfação.

– Não seja bobo. Amigos da Elena sempre são bem-vindos aqui. - Jenna abrira mais a porta para Damon entrar.

– Eles não são amigos, Tia. - disse Meredith fechando a porta assim que Damon havia entrado.

– E é o quê então?- Jenna olhou de Damon para Petúnia confusa.

– São na...

– Não somos namorados. - negou Damon rapidamente. - Mas, eu acho que a senhora já deve ter ouvido de mim. Sua sobrinha alguma vez já chegou irritada em casa xingando tal de Salvatore?

Jenna pensou um pouco e logo encontrou a lembrança da sobrinha com as bochechas vermelhas xingando o tal Salvatore de todos os nomes possíveis.

– Eu lembro de algo desse tipo.

– Ela me xingava. E, como eu sei que não devem ter sido xingamentos bons, impossível eu namorar sua sobrinha.

– É, realmente. - concordou Jenna.

– Não vai me expulsar? - perguntou Damon, confuso.

– Eu não sou tão grosseira. Agora você atiçou minha curiosidade em saber por que minha sobrinha te xingava tanto.

Damon escondeu um sorriso amargurado.

– É uma longa história. - Damon colocou as mãos nos bolsos.

– Terei o tempo para ouvir. Você vai ficar para o almoço, certo?

Damon sentia-se encurralado. Se, se autoconvidasse para o almoço, uma Elena assassina avançaria em seu pescoço.

– Eu só queria falar com ela. - disse Damon, limpando a garganta.

– Irei chamá-la. Fique à vontade, Salvatore.

– Obrigado! - agradeceu Damon, rindo baixo ao ouvir a tia de Elena lhe chamando de Salvatore.

Parecia que os minutos de espera pareciam horas. Enquanto aguardava, Damon aproveitou para dar uma olhada na sala. Havia fotos da família por todas as partes e uma que, definitivamente, ele conhecia. A foto de formatura estava em um quadro médio no centro da estante bem polida. Por um súbito momento, o moreno queria voltar para aquela época para ver se poderia ser um garoto como Tyler. Por mais que cometesse suas doideiras, Tyler sabia lidar e cuidar de uma namorada e de situações inesperadas. Era só ver como ele tratava Caroline e de como sofria para concretizar seus sonhos.

Sua mão não hesitou em pegar o quadro. Os rostos eram jovens e cheios de esperança. Agora pareciam velhos e assustados com medo do que a vida lhes preparava. Damon era um daqueles que tinha medo, pois achava que não tinha feito muito com sua vida. Por mais que morasse sozinho, ainda tinha assistência dos pais, o que fazia ele se sentir completamente imaturo. Sentia saudades daqueles tempos, mas era algo que ele sabia que jamais voltaria. Em breve, cada um realmente seguiria seu caminho e ele não deixava de se perguntar qual seria o seu.

Depositando o quadro de volta no lugar, Damon ouvira passos atrás de si. Eram passos firmes. Os passos de Elena.

– O que você está fazendo aqui?

Ele se virou. Não ficou nada surpreso ao fitar uma Elena completamente enlouquecida.

– Eu queria...

As palavras haviam sumido da sua mente. Uma escuridão tomou conta de seus olhos, fazendo-o se apoiar na estante. Ele quase desmaiará na frente de Elena.

– Você está bem? - Elena dera um passo à frente, preocupada. Sua expressão ficou mais amena ao encarar o rosto pálido de Damon. - Você comeu alguma coisa?

– Eu estou... Eu estou legal. - disse Damon se recompondo e voltando a encará-la. Encheu-se de surpresa ao ver a expressão de Elena.

Ela suspirou.

– Você comeu alguma coisa?

– Está me convidando para o almoço?

Ela cruzara os braços.

– Já entendi! - Damon respirou fundo. Fazia horas que não havia comido. - Eu queria saber o que você vai fazer hoje?

O queixo de Elena caiu.

– Como assim?

– Eu queria ir ao cinema, quer ir?

– Você não ia trabalhar hoje? - perguntou Elena confusa.

– Não, eu não ia.

Elena mordera o lábio inferior. Ter seu sábado ao lado de Damon não era seu plano perfeito. Na verdade, nem tinha planos.

– Hmm... Eu acho que você não tem condições de sair. - disse Elena dando mais um passo à frente. Parecia que Damon estava protegido por uma barreira de choque.

– Eu tenho sim, se não tivesse não teria conseguido dirigir até aqui.

Elena meneou a cabeça.

– Acho melhor... Acho melhor você sentar. - disse ela, indicando o sofá.

– Eu estou bem, é sério. Só estou sem comer a muito tempo.

– Bom... Você é sortudo então. Eu estava pronta para te expulsar, mas minha tia quer que você fique.

Elena estava sem jeito com a animação de seus tios por causa de Damon. Enquanto ela estava ali com ele, de certo sua tia estava colocando mais um lugar a mesa para loucura de Meredith que não gostava de dividir estrelismo com ninguém.

Como se Damon almoçando com os Gilberts fosse algo de puro estrelismo.

– Sua tia é adorável.

A garganta de Elena secou.

– Não é porque você deu a ela uma torta, que ela está sendo adorável.

– Não é?

– Digamos que boa parte sim. - disse Elena dando um sorriso de canto.

– Você não respondeu minha pergunta.

– Depois do almoço eu te respondo, pode ser?

– A grande mania de Elena Gilbert ter que pensar em tudo.

– Não é tão fácil assim, fique sabendo disso. - disse Elena.

– Só o fato de você pensar já é meio caminho andando. - Damon riu, balançando a cabeça.

– Então considere um não como resposta. – disse ela brincando.

– Tem chance de reaver o caso?

– Não por enquanto. - Elena balançou a cabeça negativamente.

– Eu vou fazer você mudar de ideia.

– Como você ainda consegue ser tão irritante?

– E você tão teimosa?

Damon a fitou nos olhos e Elena sentiu suas pernas cederem. O olhar dele era desconcertante demais. Ela poderia esquecer seu nome se o fitasse por muito tempo.

– São nossos mecanismos de defesa. -disse Damon, por fim.

– É... Pode ser... - Elena alisou a testa. - Sente-se melhor?

– Estou melhor sim.

– Ok! Acho melhor irmos almoçar antes que minha tia nos chame aos berros.

Elena lhe dera as costas e começara a andar. Parou no mesmo instante ao ver Damon parado no mesmo lugar.

– Não vem?

– Isso realmente é um convite?

– Lembre-se: minha tia quem te convidou e não eu. - respondeu ela sorrindo.

Sem pensar muito, Damon acompanhou Elena a passos lentos, pois sentia seu corpo muito fraco. Não demorou muito para se servir e ser bombardeado com as perguntas da Sra. Gilbert. Do outro lado, Elena tentava ser discreta, mas não escondia sua preocupação com Damon. Mesmo com prato cheio, ele comia muito pouco e sua face ficava cada vez mais pálida.

A preocupação reduziu o apetite de Elena. A inquietude começou a deixá-la desconfortável. Queria um momento a sós com Damon, mas ele parecia estar se divertindo.

Se divertindo como a muito tempo não havia.

Continua...



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Notas finais do capítulo

Xoxoxo
Não me matem... O capitulo ficou gigantesco e nao deu para por o beijo!! Mais no próximo terá...
Próximo capitulo vocês vão amar...
Data para o próximo capitulo: 04/08/12 ou seja AMANHA!
Talvez eu poste o capitulo do beijo na parte da manha...