Shadow Touch escrita por Lady TMS


Capítulo 38
Capitulo 37




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–Senhor – o empregado se aproximou discretamente e entregou um bilhete a Jonh.

Ele esperou cerca de dez minutos antes de se levantar.

– Se me derem licença, eu tenho um assunto que precisa ser resolvido.

Ele atravessou a sala e caminhou com passos rápidos até os fundos da casa já temendo o pior. Com Johana nunca poderia se saber...

No entanto, encontrou-a sentada calmamente enquanto Ed andava em círculos murmurando para si mesma.

– Ó. Aí esta você – Johana se levantou.

– O que esta acontecendo?

– Bom... Acho que Ed precisa ir conosco amanha.

– Entendo... Porque acha isso?

Johana olhou para Ed. Ela mordia o lábio.

– Tem certeza que é seguro contar para ele? – falou

– Não sei, mas não temos outra opção...

– Me contar o que? – Jonh respondeu impacientemente.

Ed suspirou, mas logo em seguida começou a falar. Quando terminou, Jonh podia sentir uma dor de cabeça se aproximando.

– Entendo. No entanto, eu não posso te ajudar – falou

– Lógico que pode. Se levássemos ela...

– Não. Você não entende? Só de estarmos falando disso é traição. Há um motivo para as herdeiras de Meredith ser banidas. São perigosas, volúveis... Olha o que aconteceu da última vez que ficaram soltas...

– Você não pode estar falando sério...

– Eu estou. Meu trabalho é proteger e ensina-la. E deus sabe que isso já é o suficiente – ele coçou a cabeça – Além disso, qual é o seu plano? Como você pretende passar pelo portal sem que as bruxas saibam, com uma pessoa a mais?

– Poderíamos dizer que ela é uma acompanhante, ou que ela precisa ir para terminar os vestidos.

– É muito arriscado. Além disso– se voltou para Ed – seria uma partida só de ida. E quando Johana e eu voltarmos como vamos explicar o seu sumiço?

– É só forjarmos a morte dela. Francamente... Não é tão complicado.

Então inesperadamente Jonh começou a rir.

– Acho que você o deixou louco – Ed sussurrou – Mas um louco muito atraente...

– Para... – Johana deu uma cotovelada – Mantenha o foco. Eu estou tentando mais que você salvar sua vida – e depois- faça algo. Ele não para de rir.

– Não posso me ajudar. Ele me dá medo, tem essa aura em volta dele...

– Você esta ficando louca também – se voltou para Jonh até que ele parou de rir e se sentou.

– Você percebe que esta tentando me fazer trair as pessoas que me contrataram para trair? - Jonh comentou

– Vendo desse ângulo...

– E que, além disso, isso me deixa sem aliados? Se eu for pego não tem como sair vivo.

– Eu vou ser sua aliada. Já é o suficiente...

– Nesse momento não é...

Johana suspirou

– Ed sabe quem sou eu. Se não a ajudarmos vão vir atrás dela, e aí sabe-se lá o que poderão fazer.

– Não entendi seu ponto.

– O ponto é. Ela pode usar essa informação em troca de liberdade...

– Eu nunca faria isso – Ed interrompeu.

– Lógico que faria, e eu não a culparia. Já que não a ajudamos.

Jonh pensou por um momento e depois assentiu.

– Tudo bem. Ela irá conosco. Ed vá até um dos empregados e diga que iremos logo após os convidados irem embora. Para se apressarem com os preparativos.

Ela fez uma mesura e rapidamente saiu pela porta dos fundos.

Johana suspirou de alivio e agradeceu.

– Não me agradeça. Não estou te fazendo um favor – Jonh falou.

–Não?

– Não. Esta mais para um acordo de negócios.

–Não estou entendendo.

Johana mal podia ver seu rosto na luz fraca do cômodo, nem ajudava que ele estava de cabeça abaixada olhando para suas mãos, então não sabia o quão sério Jonh estava, até que ele olhou nos seus olhos.

– Preciso que quando for à hora você me nomeie como seu futuro marido.

O que?

Ela riu nervosa dando uns passos para trás.

– Do que está falando? – sua voz saiu esganiçada a traindo

– Preciso que diga que irá se casar comigo. Será um casamento de conveniência. Isso significa...

– Eu sei o que significa – ela o cortou – o que eu não entendo é porque faria isso?

– Você pode chegar a ter uma das famílias mais poderosas, mas sozinha não vai conseguir. Você não tem reputação, dinheiro, modos. É uma forasteira. Não conhece nada desse mundo. Vai precisar de alguém do seu lado que tenha tudo isso para conseguir aliados. Ou nunca ganhará de Morrish. O homem que esta controlando sua família agora.

Ela sentiu o momento exato que as palavras dele a derrubou. Ele não tinha confiança nenhuma nela.

Sua cabeça podia quase que instantaneamente ligar os pontos. Explicava o por que dele ficar de olho nela no outro mundo, ou das várias vezes que quase se beijaram e porque ele queria que as pessoas que estivessem na muralha os vissem no rio.

Provavelmente o fato de ele ser seu tutor já devia ter marcado ela como pertence de Jonh.

Ela fez uma careta tentando segurar o nó da sua garganta. Como podia ser tão estúpida?

A única coisa que ela tinha visto desde que chegou aqui era manipulação e segundas intenções. Como pôde cair tão fácil? Mesmo depois de ter visto quantas vezes Jonh havia mentido para ela...

– Não me olhe assim – Jonh falou baixinho – eu... eu sou terrível com essas coisas. Não queria que soasse tão frio. É só que... Pensa bem... Eu poderia te ajudar, seria mais fácil...

– O que você ganha com isso? – ela falou se encostando na parede.

John parecia totalmente alheio aos seus sentimentos e foi só por isso que se forçou a parecer calma. Ela não queria nem pensar que se ele tivesse pedido de outro modo... Talvez... Talvez houvesse sido diferente.

– Eu preciso me casar. Se já possuísse uma noiva não precisaria que ir a bailes e cortejar por meses alguma garota de boa família. Seria um estorvo a menos. Além disso, você não tem parentes, o que agregaria sua família – que já é notável - a minha. Eu poderia... Eu preciso ter esse poder todo.

– Você combinou isso com as bruxas? Foi por isso que não fui escolhida por mais ninguém?

– Mais do que isso. Eu te encontrei.


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