RECOMENDO A LEITURA: https://fanfiction.com.br/historia/229152/one_direction_a_path_you

2 dias depois…

#Perspetiva Harry#

Eu só tinha saído do Hospital há algumas horas e já estava a empanturrar-me de comida no Nando’s. O médico recomendou cuidado e disse para eu não voltar a repetir a “gracinha”. Sim, senhor doutor.

Apesar de saber muito bem, a comida do Nando’s não me ajudava a esquecer a Sophie. Eu não era como o Niall, que comia até se fartar quando estava triste. Quando estava triste, eu gostava de viajar até Holmes Chapel e falar com a minha mãe. Ela era o meu grande apoio, tinha sempre uma palavra reconfortante para mim e via sempre o lado positivo das coisas. Mas desta vez não havia um lado positivo. Eu tinha feito asneira com a Sophie e não tinha volta a dar.

Viajei até à minha terra-natal. A minha mãe recebeu-me de braços abertos, mas percebeu que algo me incomodava. A Gemma estava fora com o namorado, por isso, podia falar abertamente com a minha mãe sem me preocupar que alguém estivesse a ouvir. Gemma era minha irmã e eu adorava-a muito, mas eu não conseguia falar tão facilmente com ela sobre estas coisas como eu conseguia com a minha mãe.

Sentamo-nos no sofá.

Mãe: Querido, o que se passa? Porque estás assim?

Eu: Tu já deves saber da história da Caroline…

Mãe: Sim, eu já sei. Mas devo dizer-te que eu não acredito muito nessa história.

Na altura em que eu estava com a Caroline, a minha mãe e a minha irmã avisaram-me sobre ela, tal como Louis. Eu não lhes liguei muito, mas naquele momento eu percebi o quão estúpido fui por não lhes ter dado ouvidos.

Eu abracei a minha mãe e comecei a chorar baixinho. Ela começou a mexer nos meus cabelos, um hábito que ela tinha desde que eu era pequeno.

Mãe: Filho, não chores por causa disso. Essa história vai ser esclarecida, tenho a certeza.

Eu: Não é por causa disso que eu estou a chorar.

Mãe: Então, o que se passa?

Eu: É a Sophie. Mãe, ela deixou-me e por minha causa teve um acidente de carro. Ela está internada no Hospital.

Eu contei-lhe tudo, incluindo a história de eu me cortar. Ela deixou cair uma lágrima e abraçou-me mais forte. As lágrimas caiam fortemente dos meus olhos e a minha mãe começou a embalar-me como que se tratasse de um bebé.

#Perspetiva Sophie#

A semana foi passando e eu tive alta. O médico deu-me um monte de recomendações, e blá blá blá. Eu tinha ouvido um raspanete dos meus pais, e, a muito custo, convenci-os a não virem para Londres e a deixar-me ficar cá durante mais 4 meses. Era o tempo suficiente para eu me recuperar e pensar na minha vida. Eu tinha de ultrapassar o facto de o Harry me ter mentido. De cada vez que eu pensava nos momentos de paixão que eu tinha tido com ele, doía-me o coração. Todo o amor, todo o carinho, tudo, foi uma mentira. Mas eu era uma rapariga forte e iria caminhar com a cabeça erguida. Por essa altura, a minha separação do Harry já era pública. Algumas fãs perceberam o porquê de nós nos separarmos e apoiaram-me; outras ficaram mesmo furiosas e começaram a mandar-me hate dia e noite. Pensei em apagar a minha conta no Twitter, mas depois percebi que não era por causa de coisas mesquinhas como essas que eu seria mandada abaixo. Então, continuei a viver a minha vida como se nada fosse.

Lissa andava atrás de mim que nem um parasita. Não me deixava um momento, até se tinha mudado para o meu quarto. Quando eu tomava banho ou queria simplesmente fazer as minhas necessidades, ela ficava do outro lado da porta. Quando ela saía para fazer compras, pedia à nossa vizinha que ficasse de olho em mim. Por amor de Deus, eu já não era nenhuma criança! Mas Lissa era a minha melhor amiga e estava preocupada comigo, era normal que ela fizesse todas essas coisas para me proteger.

Com todas as confusões, acabei por nem festejar o meu aniversário. Consegui convencer Lissa a irmos jantar fora, só nós as duas. Quer dizer, não foi bem “jantar fora”, foi mais “buscar o nosso jantar super calórico e comer em casa”. Mas foi bom na mesma.

Vesti-me (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=56885187) e fiquei na sala à espera da Lissa para irmos ao Starbucks. Ela desceu (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=56885413) (sim, aquela rapariga era completamente viciada em coisas que tivessem aquele bigode), pegou nas chaves do carro (sim, ela tinha comprado um carro) e fomos comprar o nosso jantar. Para nosso azar, estava lá um monte de fotógrafos, que começaram a tirar-nos muitas fotografias. Era normal que eles tirassem fotos à Lissa, afinal, ela era a namorada do Niall. Mas a mim? Eu e o Harry tínhamos acabado, mas os paparazzi não me largavam nem por um segundo. Começava a ser irritante.

Finalmente conseguimos entrar no Starbucks. Fizemos os nossos pedidos, e, enquanto esperávamos, estivemos a ver televisão. Um certo assunto chamou a minha atenção. A repórter falava sobre Caroline e Harry.

Apesar da notícia da gravidez de Caroline, os One Direction permanecem os mesmos. Fontes próximas dizem que “a notícia não abalou o desenvolvimento da banda”, apesar de todos nós pensarmos que o facto de saber que vai ser pai abalasse Harry Styles. Ele finalmente decidiu falar sobre o assunto: “a Caroline pode estar à espera de um filho meu, mas nós não nos vamos juntar outra vez”. Caroline Flack, a famosa apresentadora do The Xtra Factor, não pareceu muito contente com as declarações do seu ex e pai do seu filho. Mas ele ainda disse mais: “não me vou juntar a uma pessoa que não amo. A mulher da minha vida está longe de mim, mas eu vou continuar a ama-la”. Será que ele se refere a Sophie Roth?

Lissa olhou-me e eu sorri-lhe fraco. Os nossos pedidos chegaram, nós pagamos e regressamos a casa.

#Perspetiva Harry#

Eu só esperava que Caroline tivesse percebido bem a mensagem. Eu não ia voltar para ela nem morto. Eu não a amava. Ela tinha de enfiar isso dentro da sua cabecinha de uma vez por todas.

Caroline telefonou-me para nos encontrarmos. Afirmou que o assunto da conversa era o “nosso” filho, mas eu sabia perfeitamente que ela me iria falar da nossa relação.

Dirigi-me ao parque e, pouco tempo depois, apareceu Caroline. Ela vinha com um vestido castanho e, apesar de estar apenas de 2 meses, já se notava a barriga de grávida. Fiquei um pouco confuso ao pensar “e se o filho for mesmo meu?”. Eu só esperava que ela estivesse a mentir, porque, se fosse verdade, era melhor esquecer a Sophie de vez.

Caroline sentou-se ao pé de mim e tentou beijar-me, mas eu desviei-me. Ela olhou-me, confusa, mas logo voltou ao seu estado de alegria.

Caroline: Olá meu amor.

Eu: Diz logo, Caroline. O que queres de mim?

Caroline: Ai credo, Harry. Estás a ser muito rude para mim, que sou a mãe do teu filho. Ou filha.

Dito isto, passou a mão na barriga. Eu agarrei-lhe na mão, impedindo-a de continuar com o movimento.

Caroline: Harry, larga-me, estás a magoar-me!

Eu larguei-a e olhei-a com cara de nojo.

Caroline: Harry, tu és o pai desta criança. Quero que o assumas em público.

Eu: Caroline, eu quero propor- te uma espécie de “acordo”.

Caroline: Diz.

Eu: Eu vou assumir essa criança como se fosse minha.

Caroline: “Essa” criança é tua.

Eu: Tanto faz. Mas desde já te aviso.

Caroline: O quê?

Eu: Quando a criança nascer, nós vamos fazer um teste de ADN. E aí saberemos se o filho é mesmo meu.

Levantei-me e fui-me embora, deixando Caroline a falar para o ar.