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2 meses depois…

        #Perspetiva Lissa#

        2 meses se passaram e a vadia da Caroline continuava a insistir que o filho que ela carregava no ventre era do Styles. Eu já não aguentava ver a Sophie tão em baixo, ela sempre dizia que estava bem, mas eu conhecia-a e sabia que ela estava triste. Eu tinha cortado o contacto com o Styles, depois do que ele fez, não tive coragem de voltar a falar com ele. Nem coragem nem vontade. Apesar de, ao início, ele dar a entender que não voltaria para a Caroline, não foi isso que ele fez. Uma semana depois de ele ter feito aquela declaração à imprensa, apareceu junto à Caroline. Aos beijos e abraços. Será escusado dizer que partiu o coração à Sophie ver aquilo.

        Apesar de tudo o que se estava a passar, eu conseguia manter um sorriso no rosto. O meu loirinho fazia-me cada vez mais feliz. Na semana anterior ele tinha-me levado a conhecer a sua família. Os seus pais foram muito simpáticos para mim e o seu irmão começou a mandar-lhe bocas. Para o calar, Niall deu-me um valente beijo, daqueles que deixa uma pessoa tonta depois de ser quebrado.

        Eram 22 horas. Eu estava na sala a ver televisão quando me aparece a Sophie, toda produzida (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=56983454). Ela já tinha tirado o curativo da cabeça e tinha passado a vestir-se melhor. Dizia que era uma mulher nova e que já tinha esquecido o Harry de vez. Mas, mais uma vez, eu não acreditei nela.

        Eu: Onde é que a menina Sophie vai assim vestida?

        Sophie: Vou a uma discoteca. Queres vir?

        Eu: Não, obrigada. Tenho coisas combinadas com o Niall. Ele vem cá jantar.

        Sophie: Tá. Mas vê lá se deixam comida no frigorífico.

        Demos uma risada e ela saiu. Momentos depois, oiço a campainha a tocar. Levantei-me e fui abrir a porta, dando com o meu loirinho muito sorridente.

        Niall: Boa noite, princesa.

        Eu: Boa noite, príncipe.

        Ele deu-me um selinho e entrou. Fomos até à cozinha e fizemos massa com atum. Sujamos a cozinha toda, tínhamos de a limpar antes de Sophie chegar, senão ela matava-me.

        #Perspetiva Harry#

        Estava sentado no sofá de casa da Caroline, a pensar o quão vadia ela era. Ameaçou-me e ainda me obrigou a ir viver para casa dela.

        -Flashback on-

        - Harry, eu vou ser direta. Ou te juntas a mim ou a tua ex namoradinha vai sofrer.

        - O quê? Estás doida? Eu nunca me vou juntar a ti. Eu odeio-te.

        - Então a tua amiga vai sofrer. Eu sei onde é que ela mora. Eu sei a sua rotina. Posso pôr gente da minha confiança atrás dela. Ela nunca mais terá paz.

        - Tu és mesmo uma vadia.

        - Mas eu não a vou fazer sofrer só a ela. Como é que se chama a amiguinha dela? Lissa? Sim, é isso. Lissa. Essa também vai sofrer e, consequentemente, o Niall vai sofrer. Vocês são como irmãos, não é? Se ele sofre, todos vocês sofrem.

        Eu permaneci em silêncio. Eu não queria que ninguém sofresse.

        - Bem me parecia. Harry, o melhor para todos é ficares comigo.

        - Está bem. Mas aviso-te: se fizeres sofrer alguém, eu separo-me logo de ti.

        - Harry, aqui quem manda sou eu. Eu é que faço as regras. E as regras dizem que tu vais deixar o Louis e vais viver comigo. Fico à tua espera. Tu sabes onde fica a minha casa. Não demores.

        Caroline saiu, deixando-me a pensar na minha vida. Eu tinha acabado de me arruinar a mim próprio.

        -Flashback off-

        Caroline apareceu, num vestido branco esvoaçante. Já se notava a barriga de 4 meses. O que me custava mais era pensar na criança que iria nascer. Ela seria quem mais sofreria. Nenhum ser merecia uma mãe como Caroline.

        Ela sentou-se ao meu lado e ligou a Tv. Agarrou-se ao meu braço. Eu permaneci imóvel, nem mesmo a televisão me distraía da grande merda que era a minha vida.

        #Perspetiva Sophie#

        Quando cheguei à discoteca, havia uma fila enorme para entrar. Como eu não estava com paciência para entrar, pus em ação todo o meu charme. Minutos depois já estava lá dentro. Fui até ao bar e pedi um Martini duplo. Eu iria beber como nunca, dançar como se o mundo acabasse no dia seguinte e provavelmente curtir com alguns rapazes.

        Fui para a pista de dança. Nem todas as piriguetes juntas a dançar chegavam aos meus pés. Não era por acaso que eu e a Lissa éramos das concorrentes mais fortes para o Concurso Internacional de Dança Contemporânea. Pouco tempo depois eu já estava pedrada de todo. Despi o casaco e atirei-o para um sítio qualquer. Por essa altura já um rapaz se tinha aproximado de mim. Eu dançava agarrada a ele, esfregando-me nele. Parecia uma vadia. Mas o que eu fiz depois ainda foi pior. Subi para cima do balcão e comecei a dançar que nem uma prostituta. O barman entregou-me uma garrafa de vodka e eu despejei-a por mim abaixo. Os rapazes espreitavam por baixo do meu vestido, mas não tiveram muita sorte porque eu levava uns shorts vestidos, que não se viam. Só mesmo quem olhasse para debaixo do vestido é que os via. Um deles convidou-me a descer e a ir com ele até à casa de banho. Ótimo. Sexo sem compromissos. Era mesmo o que eu estava a precisar.

        Quando ele abriu a porta de uma das divisões da casa de banho, já nos estávamos aos beijos e ele sem camisola. Foi uma questão de segundos até eu despir os shorts e ele me arrancar o vestido. Tirou as calças e os boxers, eu tirei as cuecas e pronto. Minutos depois saímos. Eu dei-lhe o meu número e nós voltamos às nossas vidinhas inúteis e patéticas.

        Já o dia irrompia no céu quando eu saí da discoteca. Estava pedrada de todo, muito mais pedrada do que aquando da festa da Lissa nos E.U.A. ia com uma garrafa de cerveja na mão, a cantar “We Are The Champions”. Não conseguia manter o equilíbrio, andava de um lado para o outro que nem uma barata tonta. Nem sei como consegui guiar o carro até casa. Quando abri a porta, ouvi o som de alguém a comer. Fui até à cozinha e dei com o Niall a comer as minhas bolachas favoritas. Devido ao estado em que eu estava, deu-me uma vontade enorme de o estrangular.

        Eu: Niall, mas que merda é que tu pensas que estás a fazer?

        Niall: O que foi?

        Eu: Estás a comer as MINHAS bolachas. Passa p’ra cá.

        Arranquei-lhe o pacote das mãos e subi para o meu quarto. Pelo caminho passei pela Lissa, que me disse um “bom dia”, ao que eu apenas respondi acenando. Tranquei-me no quarto e deixei-me cair em cima da cama. Comecei a pensar na vontade que eu tinha de estar com o Harry. Eu tinha saudade dos seus cabelos, dos seus olhos brilhantes, dos seus abraços, dos seus beijos…o Harry completava-me, e como ele estava longe de mim, eu não estava completa. Sentia um vazio enorme dentro de mim. As lágrimas começaram a cair, mas eu limpei-as rapidamente. Eu não podia pensar nisso. O Harry estava noutra. Eu também tinha de superar e seguir em frente.

        Enfiei o pacote todo pela goela abaixo, acabei de beber a cerveja e enfiei-me debaixo dos lençóis, tentando dormir.