Moments escrita por Adriana Santos


Capítulo 19
You make my heart race


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiii. Mais um capítulo pra vcs. Estou desanimada, pois n tenho recebido reviews. Estou pensando em pôr a fic movida a reviews...



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RECOMENDO A LEITURA: https://fanfiction.com.br/historia/258318/No_Pique_De_Londres_-_Segunda_Temporada

#Perspetiva Harry#

Acordei com uma dor enorme nos braços. Arregacei as mangas da bata de Hospital e reparei que tinha os braços cheios de cicatrizes. Depois lembrei-me do que tinha acontecido. A notícia de Caroline. A discussão com a Sophie. Eu a beber e a cortar-me. Uma lágrima escorreu e eu deitei a cabeça para trás. A minha vida não era nada sem a Sophie, ela era a mulher da minha vida, ela completava-me. Sempre sonhei que seria com ela que eu constituiria a minha família, e não com a Caroline. O filho que Caroline esperava até podia ser meu, mas nós nunca seríamos uma família. Nunca.

Tinha dois fios ligados a mim. Arranquei-os e levantei-me. Calcei os meus chinelos e comecei a andar vagarosamente para fora do quarto. Consegui ir até à entrada sem que ninguém me visse, um facto verdadeiramente memorável. Quando lá cheguei, vi os rapazes sentados e Lissa chorava agarrada ao Niall. Perguntei-me o que se passaria. Ela de certeza que não estava assim por minha causa. Aproximei-me mais para ouvir a conversa. Tive de voltar rapidamente para trás, pois aproximou-se um médico.

Liam: Senhor doutor, como está o Harry?

Médico: Ele está melhor. Já está estável e a recuperar depressa. Amanhã à tarde já deve ter alta.

Louis e Liam suspiraram de alívio, mas Lissa continuava a chorar. Só depois percebi o que se passava.

Niall: E a Sophie?

Sophie? O que estava a Sophie a fazer no Hospital? Será que lhe tinha acontecido alguma coisa de grave? Só de pensar nisso o meu coração começava aos pulos.

Médico: A menina Roth teve de ser operada de urgência. Mas devo dizer que ela teve muita sorte de ter sido transportada para o Hospital depressa, porque se não tivesse sido assim, ela provavelmente não tinha sobrevivido.

Vi os olhares chocados deles. Eu continuava a tentar descobrir o que tinha acontecido à Sophie.

Médico: O acidente que ela sofreu foi muito grave. Apesar de tudo, conseguimos estancar o sangue a tempo. Os cortes nas pernas e braços vão sarar rapidamente, mas o que nos está a preocupar mais neste momento é o corte na cabeça. É um corte muito profundo e vai demorar algum tempo para recuperar.

Lissa: Mais ou menos quanto tempo?

Médico: 1 mês, 2 no máximo.

Zayn: Mas ela vai ficar bem, não vai?

Médico: Sim. A paciente está estável e está a reagir bem à medicação. Apesar de tudo, daqui a pouco tempo ela poderá ter alta.

Niall: Onde é que ela está? Ela já pode receber visitas?

Médico: Ela está no quarto 216, logo a seguir ao quarto do sr. Styles. Mas ainda não pode receber visitas.

Lissa: Meu Deus, como é que eu vou contar isto aos pais dela?

Liam: Não penses nisso agora. O melhor é deixa-la recuperar, para depois ela poder falar com os pais. É melhor assim.

O médico foi-se embora e eu regressei ao meu quarto. Só de pensar que ela estava no quarto ao lado, eu ficava…bem, eu ficava de muitas maneiras. Feliz por ela estar perto de mim. Mal por ela estar tão perto e eu não a poder ver. Entre outros.

Vesti uma bata mais aberta, de manga curta, e deitei-me. Comecei a pensar na minha vida, que, por sinal, era uma bela merda. A Caroline dizia que estava grávida de mim. Eu estava internado num Hospital. A mulher da minha vida odiava-me. Como ficaria a banda nesta confusão toda? A minha cabeça estava um caco, eu apenas conseguia pensar que iria ver a minha Sophie, quer os médicos deixassem quer não.

#Perspetiva Sophie#

Eu sentia-me como um iogurte fora de prazo: estragada. Doía-me o corpo todo, parecia que me tinham passado com um trator por cima, mas o que me doía mais era a cabeça. Com muito esforço consegui fazer com que as minhas pálpebras se abrissem e observei o ambiente à minha volta. Eu estava num quarto de Hospital, como mil e uma máquinas ligadas a mim. O cheiro a desinfetante invadiu as minhas narinas e eu fiz uma careta; eu odiava esse cheiro.

Aos poucos, comecei a mexer-me. Mexi os pés. Depois as pernas. A minha caixa torácica subia e descia. Eu conseguia bater palmas. Estava tudo OK, menos a minha cabeça, que estava ligada.

As lembranças do acidente invadiram-me e as lágrimas começaram a cair. Lembrei-me da minha discussão com o Harry e dos olhares chocados de Lissa e dos rapazes; lembrei-me da viagem de carro e do choque contra o camião. Depois disso, apaguei por completo.

A minha garganta implorava por água. Tentei chegar à garrafa de água que repousava na mesa ao lado da minha cama, mas não consegui pega-la. Comecei a fazer uns barulhos que eu juro que não eram humanos, estava frustrada por não conseguir chegar à maldita garrafa. A minha garganta parecia fogo. Estava para carregar no botão que chamaria a enfermeira quando a porta do meu quarto se abre e eu vejo o Harry. Ele envergava uma bata de Hospital igual à minha, o que indicava que ele também estava internado. Ele estava pálido, os seus caracóis estavam mais bagunçados do que o habitual e os seus olhos pareciam tristes. Mas o que me chamou mais à atenção foram as cicatrizes que ele tinha nos braços. Matava-me vê-lo assim, magoado, mas o que ele me tinha feito não tinha perdão. Mas a minha curiosidade era maior do que a China e, sem consciência do que fazia, perguntei-lhe o porquê das cicatrizes.

Harry: Cortei-me.

Não eram simples cicatrizes de quem se tinha cortado por acidente. Ele tinha-se mutilado. E só de pensar que ele o tinha feito por minha causa, eu sentia-me como se fosse lixo.

Ele sentou-se numa cadeira perto da minha cama. A sua presença costumava acalmar-me, mas, naquele momento, estava a pôr-me doida. Eu tinha uma vontade enorme de me levantar, agarra-lo pelo colarinho e perguntar-lhe o porquê de ele me ter feito aquilo. Eu só queria uma explicação, por mais insignificante que fosse para resolver o problema. Eu queria que ele falasse comigo e dissesse que estava arrependido e que me queria de volta, que dava a volta ao mundo para mostrar que me amava. Eu queria que ele me provasse o seu amor por mim e me beijasse. Sim, eu queria beija-lo e abraça-lo e dormir agarradinha a ele, mas ele tinha-me magoado e ele é que tinha de se redimir. Mas ele permanecia calado, ora olhava para o chão ora olhava para mim.

Lembrei-me que, finalmente, tinha arranjado alguém que me passasse a garrafa de água. Aleluia.

Eu: Harry, podes passar-me a garrafa de água?

Ele levantou-se e pegou na garrafa. Quando ma entregou, as nossas mãos tocaram-se. Um choque atingiu-me, tal como um desejo enorme por ele.

Ele estava cada vez mais próximo, pois, ele ia beijar-me. Mas, também, o que podia eu fazer? Não era como se eu pudesse fugir, não havia maneira de evitar o seu beijo. E, também, uma parte de mim desejava aquele beijo. Eu queria ter força o suficiente para o beijar e depois pregar-lhe um grande par de estalos, tipo como se faz nos filmes. Mas eu nem conseguia pegar numa garrafa de água.

Os nossos lábios estavam prestes a juntar-se quando entra a enfermeira no quarto. Eu tirei a tampa da garrafa e comecei logo a beber a água, como se não fosse nada comigo. Harry afastou-se e a enfermeira passou-lhe um raspanete.

Enfermeira: Sr. Styles, o menino não sabe que não se pode levantar? Vá, volte lá para o seu quarto.

A enfermeira encaminhou o Harry para fora do meu quarto. Mas antes de sair, Harry sorriu-me, aquele sorriso lindo que me matava. Eu sorri-lhe fraco. Quando ele saiu, eu senti que uma parte de mim tinha saído com ele. Uma parte que nunca mais regressaria.



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Notas finais do capítulo

AI MINHA NOSSA QUE TRISTEZA SOPHIE E HARRY ESTÃO MESMO SEPARADOS :( MALIKISSES



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