Good Life? escrita por halmina


Capítulo 4
A Partida... E Hã?!


Notas iniciais do capítulo

Eu estou furiosa! O meu nyah está passado e não me diz quantos leitores eu tenho, mas sei que já são alguns. Mas comentários? Onde? Agradeço a 'AlphaSensei' por me deixar um lindo review. Eu fui ao teu perfil e nós somos muuuito parecidas.
Gostei deste cap, fiz rápido e com carinho. Não sei porquê, mas eu entusiasmo-me a escrever esta fic e os caps ficam com o dobro do tamanho dos habituais.
Ok, ok. Vou parar de chatear e deixar-vos ler. As músicas desta vez são, meio desconhecidas para alguns:
TheMe - Ayabie (ouvi e gostei muito)
Message - MYNAME (viciei, é muito foda)
Ah! As coisas em inglês estam traduzidas por hábito. Entre « » é quando eles estiverem a falar japonês, porque eu não consigo escrever assim nem vocês conseguem ler. Em itálico são as falas do outro lado do télemovel.
Leiam, pls.



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POV Amanda


A Dani estava tão mal. Ela pode ter aquela fachada de durona e má, mas quando algo de mal acontece ela é… Apenas mais uma rapariga. Não chora em público. Não dá a outra face. Não deixa uma ofensa passar. Ok, nisso é diferente das outras. Ela é uma rapariga muito direta, percebem? Só mostra os sentimentos para as pessoas em quem confia. Mais ou menos… Sabem aquela coisa de rapariga séria e grosseira? É só metade da Daniela. Quando ela não precisa de manter as aparências é… Ahh. [Isto foi um suspiro.] É muito fixe. Torna-se simpática, fofa e, principalmente, infantil. Que é uma coisa que ela não mostra a toda a gente. Para mim e para a Bea ela é sempre boa. Claro, que com aquelas respostas tortas e irritação características. Mas nunca se chateia connosco, por mais idiotas que sejamos, nem é má para nós.

Por isso é que vê-la assim me doeu tanto.

Eu amo a nossa Dani. Não sei dizer se é mesmo amor, ou se é aquele sentimento que se nutre pelas amigas. Sei que é mais forte que pelas outras pessoas. Até gosto mais dela do que da Bea! E ela é a minha amiga mais antiga. A Bea… Conheço-a quase desde que nasci, porque as nossas mães eram, e são, melhores amigas. Como eu e a Bea-chan, agora. Mas eu acho que gosto mesmo mais da Dani.

– Dani. Eu não quero que vás! – choramingou a Bea, pousando a cabeça no colo da azulinha. Eu estava no meio delas, abraçada à Dani, por isso acabou por ficar meio deitada em cima de mim.

– Eu também não quero ir! – ela exclamou – Pensas que sim? – perguntou, com mágoa na voz. Ela estava muito emotiva. Noutra altura nunca teria acusado a Bea de pensar numa coisa dessas.

A Beatriz também ama a Dani. Mas eu tenho a certeza que é um amor amor. Não um amor amigo. É daqueles que, normalmente, são sentidos pelo sexo oposto. Mas eu, como alguém que está apaixonado pela amiga, não sou assim tão preconceituosa. Sabem porque é que eu, nestes quatro anos que conheço a Dani, nunca tentei avançar? Porque sei que ela corresponde os sentimentos da Bea. E mesmo que elas não vejam isso, eu vejo. Não sou masoquista, muito menos sentimentalmente. Prefiro sofrer na expetativa, do que levar um fora da rapariga de que gosto e perder a melhor amiga. As melhores amigas… Pois, se a Bea soubesse que partilhamos a paixão, também deixava de me falar.

– Claro que não, Nuki! Só que eu estou triste… - ela respondeu cabisbaixa. Talvez por ela estar mesmo desolada, ou talvez pela Dani ter duvidado dela. Eu não sei! Estas duas são muito confusas. Ah! Nuki é a alcunha da Daniela, tem a ver com a paixão dela pelo Reita. É estúpido, mas foi um nome que ficou…

– E também não quero que te vás. Mas prefiro eu estejas longe e confortável do que num orfanato. – disse-lhe, com um sorriso fofo. Ela parou de chorar e… Quer dizer, ela já tinha parado há um tempo, mas limpou as lágrimas e riu.

– Só tu me percebes Ama-chan. – ela disse, abraçando-me e afastando a cabeça da Bea. Eu deitei-lhe a língua de fora e ela, muito adultamente, imitou-me. Era assim que eu gostava, todas juntas e divertidas.

– Não me chames Ama-chan! Eu já te disse, ‘-chan’ é japonês, e eu sou k-popper. – expliquei-lhe.

– Tu gostas de the GazettE né? – a Dani perguntou, já sabendo a resposta.

– Ela ama. – afirmou Bea, com uma voz zombeteira. Aquela má!

– Então… - disse a Nuki sugestiva – É j-rock. Não és totalmente do k-pop.

– Mas não me chames Ama-chan. Ama, não. É um nome foleiro.

– Tudo bem. Min-chan… - a sério?! ‘Min’ de minorca e de Taemin, meu amor. Ah. Ah. Ah. [Isto foi um riso irónico.] Que original...

– Que chatas! – exclamei, livrando-me do abraço da Dani tirando a Bea de cima de mim. Ela ainda estava meio deitada em cima de nós as duas. Levantei-me e fui para o outro sofá.

Era uma casa pequena. De solteiro. Tinha dois quartos, uma sala, uma casa de banho e uma cozinha. Ia-se dos dois pontos mais afastados da casa em sete passos. Era muito pequena, mesmo. E ela vivia lá com os pais. Antes… O quarto dela era minúsculo, mas suficiente para uma pessoa. Já tínhamos começado a empacotar as coisas dela. As dos pais, que ela não quisesse, iam ser vendidas ou dadas às famílias carenciadas. A Nuki, não é muito materialista, não vai levar muitas coisas. Apenas as lembranças mais importantes, ou coisas de extremo valor para os pais.

O primo dela ficou de ligar.

– Ei Dani. E o teu primo? Já falaste com ele? – perguntei, e no momento seguinte o telemóvel dela começou a tocar.

– Numero desconhecido. – ela comentou. Atendeu e pôs em alta-voz. Era suposto nós ficarmos caladas?

Hello. (Oi.) – a outra pessoa enrolava-se a falar. [Já ouviram um japonês a dizer “l”. kkk] Acho que o primo dela pensava que não sabíamos falar japonês. Mas, realmente, quase ninguém sabe. Aqui, no ocidente. Pessoas incultas e desinteressadas.

– Yes? (Sim?) – respondeu ela.

Are you Daniela? (És a Daniela?) – ele tentou continuar. A Dani riu e resolveu ser boazinha.

– «Não te preocupes. Eu falo japonês.» - ela disse, e eu ri. Sim, aquele mesmo riso que me fez ser expulsa da sala. A Nuki fez-me um olhar mortal, e acabei por pensar que talvez tivesse sido um erro. Talvez ele pensasse mal de nós.

«Que alivio…»– ele suspirou, e depois ouviu-se um: «A amiga dela tem um riso engraçado.». Ou seja, ele também estava em alta-voz, e com os amigos ao lado. Amigos, porque ouvi mais umas… Duas ou três
pessoas a rir.

– «Deduzo que sejas o Takashima Kouyou, o meu primo.»

Hai. – ele concordou. Alguém lá atrás disse: «Ela não sabe quem tu és.» e outro respondeu «Não lhe digas.»«Lamento a tua perda.»

– «Também é tua!» - ela exclamou, a rir-se. Quando está mal a Dani-chan fica com as emoções… Confusas.

– «Não sejas má, Nuki.» - disse, em japonês para eles também perceberem. Ela e a Bea riram-se. Estão demasiadas pessoas a rir, isso é uma coisa minha.

«Nuki?»– perguntou alguém do outro lado. E… Eu reconhecia aquela voz de algum lado. [Para quem quer saber, era o Ruki a falar.]

– Hai. – respondi. Fiquei curiosa com a pergunta… - «Porquê?»

«Nada, nada. É parecida com a alcunha… De um amigo meu.»– Ok… Nuki vinha de Ruki. Estão a perceber? Ela ama o Reita e, supostamente, o Ruki também, só que (supostamente) os sentimentos dele são correspondidos. Para além de que ela ama o casal Reituki. Nada faria mais sentido do que a alcunha dela ser parecida com a do meu ídolo dos ídolos. O meu é o Ruki, o da Dani é o Reita e a Bea é apaixonada pelo Aoi. E todas nós adoramos o Uruha. E as coxas dele…

– «Mas porque é que me ligaste?» - a Dani perguntou, confusa. Talvez por a conversa estar a sair tão casualmente. Ela ainda nem conhece o primo.

«Ah. Era para saber se já tinhas o bilhete de avião? E onde é que eu tinha de te ir buscar.»– ele explicou.

– «Já tenho sim. E é para o aeroporto de – imaginem – em Tóquio. Sabes onde é?»

«Sei sim. Então… Adeus, né?

– «Acho que sim. O funeral dos meus pais é daqui a uma hora…»

«Boa sorte. E ja nee.»– ele despediu-se, e todos os amigos disseram: «Ja nee, Nuki-chan.»– respondemos e desligámos.

Depois fomos preparar-nos para o funeral. E a Dani voltou a chorar.


POV Ninguém


Já sabem com é um funeral, né? Muita tristeza e deceção. Lágrimas a correr. A Daniela quase se atirou para cima dos caixões dos pais. É daquelas alturas em que agradecemos ter amigas connosco. Bem… Todos choraram. Todos sofreram muito. E no fim do dia, foram para as suas próprias casas. Menos Amanda e Beatriz, que insistiram em passar a última noite em casa da azulinha. Ela não teve outro remédio se não aceitar. Ela só tinha a certeza de uma coisa, dali para a frente…

Ia sentir falta daquelas duas.


POV Daniela [Já no dia seguinte…]


Despedi-me delas e embarquei. Tínhamos feito uma coisa híper pirosa na noite anterior. Trocado colares. Sim, sim. Esquisito. Mas todas íamos sofrer com a falta umas das outras. Porque não ter uma lembrança? Para além das fotos. O meu colar tinha um ‘B’ e um ‘A’, o da Ama-chan um ‘D’ e um ‘B’ e a Bea um ‘D’ e um ‘A’. Não sei porque é que elas puseram o meu pingente à frente do delas mas… Tudo bem.

Embarquei. Ya, eu sei. Viagem longa. Muito bonita. Principalmente para alguém que nunca pôs os pés fora daquele país. Mas acham que eu estava com cabeça par pensar nisso? Eu estava tão triste. Primeiro perdi os meus pais, e depois as únicas pessoas com quem podia sempre contar. Esperemos que o meu primo também seja assim, de confiança e boa pessoa. Não que eu seja boa, mas não sou má. Muito… Se me dás doces eu sou logo muito querida para ti, acredita.

Falando de Takashima Kouyou. Eu estou a ficar desconfiada. Eu reconheci o nome de algum lado. A Bea e a Amanda também. A Ama-chan reconheceu a voz de um dos amigos dele. Vai que, com esta tristeza e confusão toda, nos esquecemos de algo importante. Ou, no mínimo, relevante.


POV Bea

– Hey, Ama-chan. Já sei de onde ouvimos o nome do primo da Dani. – disse à pessoa ao meu lado, apontando para a tela do ecrã. A única coisa que eu fiz foi pesquisar “Coxas do Uruha” no Google Images, como tantas vezes faço. Foi aí que me lembrei do verdadeiro nome do nosso ídolo coxudo.

– A Daniela está tããão feita. – ela comentou, sentando-se para observar a minha pesquisa. Até ela concorda, as coxas do Kou são muito gostosas.


POV Daniela


Devo ter adormecido durante o voo, porque não me lembro de nada. “Wow, estou a voar para o Japão!”, que fixe, “Então, de que te lembras?”, as pessoas hão de perguntar e eu respondo: “Nada.” Porque adormeci! Sou tão ridícula. Mas é um ridículo kawaii, né?

Já sabem. Coisas chatas. O avião pousou. Desembarquei. Fui buscar as malas. E pus-me à procura do meu primo. Cheguei ao átrio do aeroporto. Que enorme! Havia um grande tumulto na entrada, mas eu ignorei e procurei por alguém que, ou tivesse parecenças comigo, ou estivesse a chamar-me. Eu tinha um cartaz a dizer “Takashima Daniela”, por isso não devia ser difícil o meu primo encontrar-me.

[A partir daqui todos estão a “falar em japonês”, por isso não vou mais pôr « »]

A confusão começou a aproximar-se. Estranho… O que estava a acontecer ali? Ouviu gritos vindos de lá, no centro.

– Aoi! Não a vês? – perguntou alguém.

– Não Uruha. Onde será que a tua prima se meteu? – respondeu Aoi. Aoi?! Aquele Aoi? O da Bea? Por Kami. Isto não pode estar a acontecer. É impossível.

– Sei lá. – respondeu Uruha, o nosso ídolo – Quem é que avisou que nós vínhamos aqui? – perguntou ao amigo, olhando para ele. Yuu estava a tentar ver por cima dos ombros dos seguranças.

Aqueles ali eram dois dos meus ídolos. Dos meus maiores ídolos. Ídolos dos ídolos. Aqueles que me fizeram gostar de j-rock. Aqueles que me fizeram ser como sou hoje. Visual Kei e tal, foi com eles. Aliás… Eu estava mesmo vestida para os encontrar. Tinha umas calças pretas, com tiras nas ancas, uns coturnos e uma camisola… Dos the GazettE. Antes estava com um casaco dos BIGBANG vestido, mas tinha arrumado na mala por conta do calor. Não sei porquê, mas fiquei nervosa. Encostei-me para trás, pousei o cartaz no banco ao meu lado e fechei os olhos. Quando é que o meu primo chegava?

– Takashima Da-Daniela. – alguém leu a folha ao meu lado, tentando pronunciar o nome estrangeiro.

– Sou eu. – respondi, abrindo os olhos. Uruha! O Uruha estava a falar comigo. Esperem… O nome verdadeiro dele não é… Takashima Kouyou? Kami-sama. O meu primo é o Uruha.

– Takashima Kouyou, sou o teu primo. Mas podes chamar-me de…

– Uruha! – gritei, abraçando-o. Os meus olhos deviam estar muito brilhantes. Mas não admira. Era… Ele! O meu sorriso abriu-se imensamente e recusei-me a larga-lo. E ele só ria.

De repente, o meu telemóvel começou a tocar. Era a Bea. A avisar-me de quem era o meu primo…


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Notas finais do capítulo

Soh... Gostaram? Vá lá! Preciso de comentários. Eu estou a ficar sem inspiração para escrever. Brinks... Mas eu quero reviews. *faz birra*
Eu não tenho ninguém a quem dedicar o cap... Vou dedicar à Roxane, minha azulinha, que tem realmente o cabelo azul e odeia que eu lhe chame assim. Volto a agradecer à 'AlphaSensei'.
Espero que tenham gostado, a sério... Eu amei muito. Mas, bem, fui eu que escrevi. Né?
BjsS