Recapitulação:

Hinata é uma jovem princesa de 8 anos, órfã de mãe, muito doce e meiga que vive com seu pai Hiashi feliz em Konoha, onde é amada por todo seu povo.

Ela é chamada carinhosamente pelo apelido de Branca de Neve, devido à cor da sua pele e pureza lembrarem a neve.

Pelo bem do reino Hiashi se casa com Akemi a princesa do Reino do Som, após o casamento chegam à Konoha Kabuto, o irmão da princesa e seu filho Naruto, a quem Hinata se afeiçoa à primeira vista.
No entanto o menino parece esconder alguma coisa e a relação entre ele seu pai e tia levantam suspeitas na doce princesa.

Hinata fica ainda mais intrigada, quando o menino supostamente fica doente e ela decide revelar suas suspeitas a seus amigos, sendo que ela toma conhecimento de que mais mistérios rondam a chegada de Kabuto e Naruto à Konoha.
Shino decide encontrar uma forma de descobrir o que há por trás deste mistério.

Naruto relembra com dor a morte de sua mãe e Kabuto o ameaça se ele não seguir com os planos de Emi. No entanto, mesmo se arriscando Naruto decide ajudar Hinata.

Quando decide sair pela janela em um ato arriscado Naruto acaba se deparando com Kiba que viera ajudá-lo a pedido de Hinata.

Juntos eles entram no castelo através de uma passagem secreta que o loiro conhece e se encontram com Hinata e Shino que os aguardavam.

Enquanto isso Hiashi descobre que na verdade Akemi é Orochimaru, um poderoso mago, que o havia enganado esse tempo todo, para conseguir tomar o reino de Konoha.
O rei é nocauteado por Kabuto e levado para a prisão.

Naruto tenta dizer a verdade a Hinata e seus amigos, mas é impedido por Orochimaru, que os faz pensarem que é mesmo um traidor e o estava ajudando este tempo todo de livre e espontânea vontade.

Trecho do capítulo anterior:

– Agora que já sabe a verdade, princesa, venha comigo, vou levá-la para ver um rei que está muito saudoso de sua preciosa filhinha. – interrompeu mais uma vez Orochimaru estendendo sua mão na direção de Hinata.

– Papai? Onde ele está? – perguntou a menina assustada.

– Venha comigo e eu lhe mostrarei.

Hinata fez menção de pegar a mão de Orochimaru, mas Kiba e Shino se puseram à sua frente.

– Não tão rápido. – disse Kiba – Não vamos deixar você levá-la.

Shino nada disse apenas desembainhou a espada que se encontrava em sua cintura e apontou para o mago.

Orochimaru começou a rir, levantou suas mãos e de suas mangas surgiram cobras arroxeadas que se enrolaram aos corpos dos garotos, sem dar a chance deles sequer reagirem.

Akamaru tentou ajudá-los, mas o pequeno cãozinho só se tornou mais uma vítima dos répteis, que também se enrolaram ao redor de seu pequeno corpo.

– Kiba! Shino! – exclamou Hinata preocupada.

– Se quiser que seus amiguinhos se mantenham vivos, venha comigo. – ameaçou o mago com um sorriso maldoso.

Hinata assentiu, aproximando-se de Orochimaru. Durante o trajeto de poucos metros seu olhar se deteve em Naruto que estava parado observando a cena tristemente.

O garoto abaixou a cabeça, uma lágrima escapou dos olhos da princesinha. Ela então desviou seu olhar de Naruto, o menino que havia se tornado tão importante para ela e voltou-se para aquele homem pálido que a observava com um sorriso debochado.

Orochimaru tomou a pequena mão de Hinata e começou a guiá-la na direção do castelo.
Shino e Kiba ainda se encontravam emaranhados pelas cobras arroxeadas.

– Não vai soltá-los? - perguntou a princesinha preocupada com seus amigos.

– Não se preocupe assim que você estiver com seu pai, minhas serpentes os soltarão. - respondeu o mago calmamente.

Hinata assentiu, seguindo-o.

Naruto observava a cena em um misto de raiva e indignação, não só por não poder fazer nada para ajudar a princesa, como ter compactuado com tudo isso. Como ele desejava não ter sido fraco e revelado todo o plano de Orochimaru quando tinha tempo.

Mas e agora como ele poderia ajudar e provar a princesa que nunca desejou trair sua confiança e lhe causar mal?

Esses pensamentos não saíam da mente de Naruto enquanto ele observava a garota que tocara seu coração afastar-se cada vez mais de si.

Neste capítulo:

Enquanto caminhava Hinata observava amedrontada o longo e tenebroso corredor onde se encontrava. Era a primeira vez que a menina visitava as masmorras do castelo.
O homem ao seu lado andava tranquilamente dirigindo de vez em quando um sorriso cínico à princesa que se negava a acreditar que ela, seu pai e todo o reino de Konoha haviam sido enganados pela imagem da falsa princesa Akemi.

O pior de tudo é saber que havia sido enganada por Naruto. Desde que o vira pela primeira vez, Hinata sentira algo diferente, um bom sentimento havia surgido em seu coração.
Ela julgara que ele fosse um bom garoto, um bom amigo, mas no fim ele demonstrara o contrário. Traíra sua amizade. Seu coração se entristecia ao pensar que durante este breve dia que passara com ele, estivera errada em seu primeiro julgamento.

– Chegamos, princesa. - a voz cínica de Orochimaru tirou a princesinha de seus pensamentos, fazendo-a voltar seu olhar para a frente, onde havia uma porta de madeira, que continha uma pequena janelinha com grades.

– Quem está aí? - perguntou uma voz conhecida por trás da porta.

– Papai! - exclamou Hinata aproximando-se.

– Hinata! Você está bem? - perguntou Hiashi fitando a filha com preocupação através da pequena janela.

– Ela está ótima, veio lhe fazer companhia. - disse o mago cruelmente - Sugiro que se afaste da porta, se não quiser que sua filhinha saia machucada.

Sem nem discutir o rei, rapidamente seguiu a instrução de Orochimaru.

– Já estou distante.

Nesse momento Orochimaru segurou Hinata com seu braço e com um movimento de mãos destrancou a porta, jogando a menina para dentro. A princesa foi amparada pelos braços do pai, que ficou feliz em rever sua querida filhinha.

– Ele fez algo a você, filha? - perguntou Hiashi desviando o olhar de Hinata e dirigindo-o a Orochimaru com uma expressão ameaçadora.

Apesar de parecer calmo, Hiashi tinha um temperamento forte. E mesmo que soubesse que não tinha qualquer chance contra o mago, não saberia do que seria capaz se ele tivesse feito algum mal a sua filha.

– Não papai, estou bem. E o senhor? - perguntou a doce menina ainda nos braços do pai, fitando-o com ternura.

– Também estou bem, não se preocupe. - respondeu o rei dando um leve sorriso e ao mesmo tempo acariciando os cabelos da filha.

– Que cena comovente. - comentou o mago cinicamente - Vocês terão tempo suficiente para curtirem seu momento pai e filha à vontade enquanto estiveram aqui.

– Quanto tempo nos deixará neste lugar? - perguntou Hiashi apreensivo.

– O tempo necessário para que o povo me aceite como o novo rei de Konoha.

– Não machucará ninguém não é? - perguntou novamente o rei preocupado.

– Se não for necessário. - respondeu o mago friamente - Mas fique tranquilo sou bem persuasivo quando quero, então não será difícil fazer todos concordarem. - acrescentou sorrindo cinicamente.

– E depois disso? O que fará conosco?

– Pra que se alarmar, majestade? Por enquanto aproveite o tempo com sua querida filhinha, depois veremos. - disse Orochimaru dando um sorriso sarcástico enquanto saia da cela e voltava a trancar a porta com sua magia.

Sentindo um aperto em seu coração, Hinata desvencilhou-se dos braços de seu pai e aproximou-se rapidamente da porta.

– Espere! E quanto a meus amigos? Irá libertá-los, como prometeu?

– Não se preocupe, cumprirei com o prometido. Não tenho interesse algum em machucar crianças agora. - disse o mago, olhando, através da pequena janela da porta, para a face inocente e preocupada da princesinha com seu par de olhos amarelos e malignos - Bem, agora terei que deixá-los, afinal tenho um reino para conquistar. - acrescentou rindo.

E assim o ninja deu às costas para a cela, caminhando em direção às escadas que davam para a saída da masmorra, deixando pai e filha desolados.


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Shino e Kiba, que ainda estavam no jardim presos pelas cobras de Orochimaru, tentavam a todo custo se soltar, assim como Akamaru que gania assustado.

– Não se movam! - exclamou Naruto - Só vai piorar as coisas.

– E você acha que vou te dar ouvidos? - perguntou Kiba com desdém - Não acredito em traidores. - o garoto então começou a se debater com mais vontade, mas ao mesmo tempo sentiu que o abraço da serpente que o prendia se tornava cada vez mais apertado.

– Pare com isso, Kiba, ao menos nisso Naruto está falando a verdade. - observou Shino, mantendo-se parado.

No entanto seu aviso fora tarde demais, pois o garoto de cabelos castanhos estava começando a sufocar. Kiba sentia o corpo da cobra comprimir sua caixa torácica, que por sua vez pressionava seus pulmões, impedindo-o de respirar. Seu corpo antes rígido começava a ceder ao aperto do animal, sentindo uma grande fraqueza ele começava a fechar seus olhos, mas um lampejo de luz azul o fez despertar.

Ele viu Naruto, não, dois Narutos controlando uma pequena esfera de energia na mão, correndo em sua direção e dirigindo a esfera azul contra o corpo da cobra que o prendia, desintegrando-a no mesmo instante. Devido à força do golpe Kiba caiu pra trás.

Aliviado por voltar a respirar ele fitou incrédulo os dois Narutos que nesse momento faziam o mesmo com as cobras que envolviam Shino e Akamaru.

Quando terminou, a cópia de Naruto desapareceu instantaneamente e cansado o garoto sentiu uma imensa fraqueza que fez suas pernas bambearem, fazendo com que ele caísse para frente, mas antes de atingir o chão seu corpo foi amparado pelo garoto de armadura.

– Você... tem magia?! - exclamou Kiba surpreso aproximando-se lentamente do garoto louro que estava deitado no chão, arfando de cansaço.

– S-Sim. - respondeu Naruto recuperando-se - Mas não tenham medo... não quero fazer mal a vocês.

– Isso já deu pra perceber. - comentou Shino calmamente fitando o garoto por trás de seu elmo - Mas então por que mentiu?

– Será que não está nos enganando agora, só pra conquistar novamente nossa confiança? - questionou o garoto de cabelos castanhos desconfiado.

– Contarei minha história a vocês, e depois de ouvi-la vocês poderão decidir se devem ou não confiar em mim. - disse Naruto com convicção levantando-se.

– Tudo bem. - concordou Shino.

– Tudo bem? - ironizou Kiba incrédulo - Não temos tempo pra conversar, não. A Hinata foi levada. O reino está sendo tomado. Temos que fazer alguma coisa.

– E o que poderemos fazer sozinhos? - questionou Shino - A cidade deve estar sendo tomada pelos cavaleiros de Orochimaru, provavelmente meu pai e a guarda real do rei estão lutando contra eles neste momento. Nossa única chance é confiar em Naruto e ver o que ele tem a dizer. Se pudermos fazer alguma coisa melhor com a ajuda dele, não acha? - concluiu seriamente.

Kiba calou-se, não havia como contestar isso. Então dando-se por vencido, o garoto assentiu.

– Certo. Mas caso não queiramos ser pegos novamente por Orochimaru ou de seus guardas devemos sair daqui.

– Venham por aqui! - chamou Naruto se pondo à frente deles, atravessando o jardim e se dirigindo com cautela para o castelo.

Os dois garotos e Akamaru o seguiram. O garoto louro não adentrou o castelo e sim contornou a grandiosa construção, dirigindo-se à uma parede que se encontrava entre duas das torres mais altas do castelo. Por sorte não havia nenhum guarda por perto.

Kiba reconheceu aquele lugar.

– Vamos entrar por aquela passagem de antes? - perguntou ele, lembrando-se de quando Naruto mostrou-lhe uma passagem secreta que dava para os interiores do castelo.

– Sim. - respondeu o garoto louro simplesmente, tateando a parede novamente e pressionando o tijolo que abriu a passagem secreta.

– Mas o que vamos fazer aí dentro? Sentar e tomar chá, enquanto você nos conta sua história? - ironizou o garoto de cabelos castanhos.

– Não. Andaremos enquanto conto minha história a vocês, e ao mesmo tempo nos dirigirmos até a masmorra do castelo para resgatar Hinata. O que acha da ideia? - perguntou Naruto com um sorriso maroto.

– Essa passagem também dá para a masmorra? - perguntou o garoto de cabelos castanhos surpreso.

– Sim. Esta passagem interliga todas as entradas secretas do castelo. - revelou Naruto.

– Presumo que essa conversa será longa. Você tem muito o que explicar. - comentou Shino seriamente enquanto adentrava a passagem.

– Acredito que terei tempo suficiente para contar minha história. - disse o garoto louro seriamente - Não vai entrar? - perguntou ao notar que Kiba continuava parado na entrada.

– Não antes de você. - respondeu o garoto ainda desconfiado.

Naruto deu um leve suspiro e assentindo entrou, sendo seguido por Kiba e Akamaru.

Assim que todos estavam dentro da passagem, Naruto tocou novamente o tijolo e ela fechou-se atrás dos garotos.

– Vamos! Temos um longo caminho pela frente. - disse o garoto louro se pondo à dianteira e começando a andar.


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Orochimaru dirigiu-se ao grande salão do trono, onde Kabuto o estava aguardando para dar-lhe as boas novas.

– E então? Como está a guerra civil? - questionou o mago tranquilamente.

– Apesar de resistentes a guarda real e o povo estão começando a ceder. - respondeu o jovem de cabelos brancos dando um sorriso cínico.

– Ótimo. Logo não só este reino, mas todo o país do fogo será meu. - vangloriou-se Orochimaru, enquanto sentava-se no trono, e em seguida apanhava a coroa sobre a almofada na cadeira que havia ao lado, e colocava-a em sua cabeça, dando um sorriso cruel.

Neste momento adentraram o grande salão, dois guardas de Orochimaru que carregavam um objeto comprido escondido sob um manto negro.

– Ele foi encontrado, majestade. - disse um dos guardas retirando o manto negro e revelando um grandioso espelho.

O objeto tinha o formato de um pentágono, era emoldurado com uma moldura feita de cobre, a qual continha as extremidades arredondadas, nela havia variadas formas esculpidas entre arabescos, folhas e olhos rubros que pareciam piscar, devido ao seu intenso brilho. O vidro do espelho apesar de ser totalmente negro, refletia todo o ambiente para o qual estava voltado.

Os olhos do mago brilharam ao se deparar com o estranho objeto. Maravilhado Orochimaru levantou-se de seu trono e aproximou-se do espelho negro.

– Então é este o... - começou Kabuto reconhecendo o objeto.

– Lendário Espelho Premonitório dos Uchihas. - completou o mago satisfeito.

– Então ele existe mesmo, não era somente uma lenda. - comentou o jovem de cabelos brancos surpreso.

– Meu caro Kabuto, as lendas tem sempre um fundo de verdade. - replicou Orochimaru calmamente - E felizmente para mim me aliei a feiticeiros habilidosos.

– Mas como os feiticeiros da Akatsuki conseguiram adentrar o clã isolado dos magos Uchiha? - questionou Kabuto - Isso é praticamente impossível.

– Não para nós. - disse um jovem de cabelos louro compridos presos em um rabo de cavalo, adentrando o salão, juntamente com mais oito pessoas. Todos vestiam longas túnicas pretas, das quais seis possuíam nuvens vermelhas costuradas nelas - E não só conseguimos como lhe trouxemos um presente, senhor Orochimaru. - vangloriou-se.

– Não fale como se fosse o líder do grupo, Deidara. - comentou um homem de aparência incomum, sarcasticamente. Sua pele era acinzentada, ele possuía guelras e olhos de tubarão.

– Não enche, Kisame. Só estava informando nossos feitos ao senhor Orochimaru. - rebateu Deidara com raiva.

– Que presente me trouxeram? - perguntou o mago curioso, ignorando a discussão entre os dois feiticeiros.

– Konan. - disse um jovem de cabelos alaranjados, dirigindo-se à única mulher do grupo que se encontrava ao seu lado. Era uma bela jovem que possuía cabelos arroxeados curtos e olhos em tom mel. Ela assentiu e dirigiu-se a duas pessoas que estavam um pouco atrás, cujas cabeças se encontravam cobertas com capuzes negros.

Uma delas possuía uma altura mediana e a outra era menor.

Konan empurrou levemente as duas para a frente e retirou os capuzes, revelando seus rostos.

Assim que fitou a face pálida dos dois garotos de cabelos negros, o sorriso de Orochimaru se escancarou. Tratavam-se de um adolescente e um menino de mais ou menos 8 anos de idade. Eles se pareciam muito. O garoto mais velho possuía cabelos compridos, presos em um rabo de cavalo, enquanto o outro, possuía os cabelos mais curtos, arrepiados na parte de trás.

– Quem são esses garotos? - perguntou Kabuto.

– Os filhos de Fugaku Uchiha, líder do clã Uchiha. - respondeu o mago satisfeito.