Unknown I escrita por KahKaulitz
Notas iniciais do capítulo
Acho que esse é o meu capítulo preferido, mesmo sendo bem difícil escolher um preferido de uma fic que eu mesma escrevi.
Espero que gostem tanto dele quanto eu.
Congelei ao ler o bilhete. Isso era uma “experiência” então? Mas quem havia feito isto comigo e por quê? E eu teria de escolher? A decisão me parecia óbvia: homem.
Antes que eu pudesse terminar de analisar o bilhete, algo começou a tocar em minha cama. Procurei a fonte do som e encontrei meu celular entre as cobertas.
- Alô?
- Georg, vamos sair? Preciso comprar fones novos, o Bill estragou os meus. – Tom falou do outro lado da linha.
- Eu não fiz nada, Tom! – ouvi Bill gritar, o que me fez rir.
- Vamos. – respondi.
- Beleza. Já falei com o Gustav, ele vai nos levar.
- E o seu carro? – perguntei.
- Eu não sei aonde eu guardei as chaves. Eu tinha até comprado gasolina pra ele. O Bill deve ter escondido. – ele respondeu.
- Que merda, Tom, eu não fiz nada! Para de colocar a culpa de tudo em mim! – Bill gritou novamente.
- Cala a boca, Bill. Eu sei que foi você. Você sempre faz essas coisas comigo, não sei o que você...
- Tchau, Tom. – o cortei, rindo, e desliguei sem esperar uma resposta.
Poucos minutos depois, os três apareceram de carro na porta de minha casa e fomos até a melhor loja de eletrônicos da região. Assim que chegamos, Tom nos arrastou até a sessão dos fones de ouvido.
- Hey cara, olha aquelas belezinhas ali. – Tom me cutucou, apontando para duas garotas que não estavam muito longe de nós.
Tom ficava jogando todo o seu charme de longe, e as duas agiam como se estivessem gostando. Pouco depois de Tom escolher e pagar seus fones, as duas vieram até nós.
- Olá. – a mais alta falou, toda melosa enquanto se esfregava em Tom.
- Oi gatinha, como vai? – ele disse mexendo em seu piercing.
- Melhor agora. – a garota se aproximou mais ainda de Tom.
Ele me entregou a sacola para poder segurar na cintura da garota com as duas mãos e a beijou. Bill, Gustav e eu nos entreolhamos e saímos da loja. Resolvemos esperar a pegação terminar do lado de fora para não termos que ficar observando aquilo.
Tom saiu da loja logo em seguida da garota, e tudo o que fazia era se gabar de que tinha pegado a tal garota atirada.
- Viu cara, ninguém resiste aos encantos do Tom Kaulitz aqui. – ele falou.
- Aham, claro que sim, Tom. – Bill bufou, já cansado desse assunto. – Vamos?
Então de repente, uma viatura policial parou na frente da loja. O policial entrou e pouco depois saiu acompanhado pelo cara que estava no caixa e o dono.
- Foram eles! Eu vi eles saindo de fininho da loja. – o cara do caixa disse ao policial, nos deixando confusos.
- Com licença, será que vocês podem esvaziar os bolsos? – o policial pediu.
Dentro de nossos bolsos havia somente nossos celulares, chaves de casa e carteira. Mas no de Tom havia uma coisa a mais.
- Rá! Eu sabia! Ele pegou um dos nossos pendrives mais caros! – o cara disse.
- Hey cara, espera aí! Eu não peguei isso! Nem sei como ele foi parar aqui! Eu só vim pra comprar um fone de ouvido. – Tom tentou se defender.
De fato, Tom não havia pegado nada. E nós nem passamos perto de pendrives, não tinha como termos pego.
- Os quatro para dentro do carro. Agora! – o policial nos empurrou até onde a viatura estava.
- OS QUATRO? COMO ASSIM? – perguntei revoltada e Tom me olhou com uma careta. – Tá, desculpa.
- Mas policial, eu não roubei nada! – Tom tentava se defender, o que foi inútil, já que ele nos mandou calar a boca.
- Tom, como aquele pendrive foi parar no seu bolso? – Gustav perguntou enquanto seguíamos para a delegacia.
- Eu não faço a menor ideia. – ele respondeu irritado.
- E aquela garota? – Bill perguntou.
- O que tem ela? – indagou Tom.
- Ela chegou em você do nada, te beijou e saiu sem levar nada. – ele observou. Nossa, que menino inteligente.
- E aquela outra garota que estava com ela saiu em que ninguém percebesse. – eu disse, me lembrando de tê-la visto saindo discretamente da loja.
- Tom, acho que armaram pra cima de você. – Bill concluiu.
- Pra nós então, né?! Todos nós estamos indo para a delegacia. – ele disse mal-humorado.
- Vamos, todos para fora. E sem tentar fugir! – o policial nos fez sair do carro assim que chegamos.
- Seu policial, eu não roubei isto! – Tom tentou mais uma vez.
- Então como foi parar no seu bolso, garoto? – o policial perguntou.
- Eu não sei. Acho que foi uma garota que eu beijei na loja. Ela pode ter colocado lá. – ele respondeu e o policial riu.
- Você quer mesmo que eu acredite que foi uma garota que colocou no seu bolso?
- Mas foi isso que aconteceu. – Bill se meteu.
- E por que uma garota faria isso?
- Para a amiga dela poder sair da loja sem pagar o que queriam sem quem ninguém percebesse. – Tom respondeu.
- Como se garotas fizessem essas coisas. – o policial falou rindo, então percebemos que havíamos perdido de fato.
- Não tem nenhuma câmera de segurança lá? – perguntei.
- Tem, só que não são todas que ficam ligadas. – Bill respondeu com a cara fechada, mas até assim ele ficava lindo.
Depois de duas horas detidos na delegacia, o policial nos disse que nós só poderíamos sair de lá se, e somente se, algum responsável viesse nos tirar. Nunca, nem mesmo nos meus sonhos, eu havia imaginado parar em uma delegacia por causa de um roubo, e o policial nos deixou bem claro que se fossemos garotas não passaríamos nem 10 minutos lá dentro. Que irônico.
- Vamos ligar pra mãe do Georg! – Tom falou eufórico.
- Não! Tá ficando louco, Tom? – relutei.
- Porque? A sua mãe nem vai fazer nada com você! – ele alegou.
- Nada além de um castigo, né?!
- Pirou, Georg? Você nunca ficou de castigo. – Bill disse.
Nunca? Será mesmo que a mãe do Georg e da Mariana eram a mesma pessoa?
Eu não queria ligar para a minha mãe, assim como os outros também não, o que resultou em uma quase briga. Foi quando o mesmo policial apareceu, rindo muito.
- Seus idiotas! – ele disse. – O dono da loja retirou a queixa porque as câmeras estavam desligadas e porque mais coisas sumiram. Se mandem logo daqui.
A minha vontade era de socar a cara daquele policial. Ele ficou brincando com a nossa cara durante duas horas por causa de nada? E agora que eu tinha força para causar um belo estrago naquela cara dele, a vontade não faltou.
- Vem, Georg, vamos embora. – Bill me puxou, pelo jeito, a cara de raiva estava mais visível do que eu imaginava.
- Você não estava pensando em bater no policial, estava? – Gustav me perguntou enquanto seguíamos até onde o carro estava estacionado.
- Na verdade, sim. – eu respondi pensativa.
- Ia causar um belo estrago naquele policial. – Tom disse rindo.
- E ia nos fazer passar a noite na cadeia. – Bill completou, também rindo e fazendo eu e Gustav rirmos também.
Até nos momentos difíceis aqueles caras conseguiam me fazer rir. Fizeram-me esquecer da minha raiva em segundos com algumas simples frases que mais ninguém havia conseguido antes. Tinha certeza, eram o tipo certo de amigos que eu precisava.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Amoras, quero muito saber o que vocês acharam desse capítulo, o que estão achando da fic e tudo mais. Comentem, por favor *-*