Unknown I escrita por KahKaulitz


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Antes de postar, eu quero dar um avisinho pra vocês.
Muitas leitoras estão achando que a Mariana da história TROCOU de lugar com o Georg, ou que se "APODEROU" do corpo dele e que por esse motivo, ele que estaria mandando os bilhetinhos. Gente, desculpa se a fic deu a entender que isso aconteceu, mas não é bem assim. Na verdade, é como se a Mariana nunca tivesse nascido, como se tivesse nascido um menino, e não uma menina. Georg, não Mariana. Então, quando ela desejou ter nascido homem, isso que teria acontecido e por isso que os pais dela continuam sendo os mesmos, o colégio, quarto, e tudo mais, continua sendo igual, só que ela não tem a lembrança de toda a vida vivida como o Georg. Não sei se deu pra dar uma clareada nas ideias, mas eu sugiro que voltem os capítulos e leiam com essa perspectiva. Miiiiil perdões por ter causado esse desentendimento.
Bom, depois desse texto gigante, vou deixar vocês com o capítulo.



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A fome que eu estava sentindo quando a aula acabou era tão intensa que achei que fosse desmaiar a qualquer momento, então por este motivo, saí correndo de volta para casa.

- Por que a pressa, Georg? – Tom perguntou divertido. – Não vai esperar a sua Ashley baby hoje? – Eu fazia até isso por aquele par de olhos azuis? Que fraco eu era.

- Estou morrendo de fome, Tom. – respondi, ignorando a segunda pergunta.

- Você poderia matar a sua fome com ela. – ele levantou as sobrancelhas.

- Ah, claro. – disse rindo.

- Você vai na festa de amanhã, Georg? – Bill perguntou.

- Que festa? – deixei escapar. – Tanto faz, acho que sim.

Nunca fui muito chegada às festas que o povo do colégio dava, mas pelo jeito, meu eu masculino era o tipo de cara que não perdia uma. Então, eu teria mesmo de ir e fazer de conta que estaria me divertindo.

- Já arrumou seu carro? – Gustav perguntou.

Carro? Eu tinha um carro de verdade? Daqueles que dá pra andar DENTRO? Com motor e tudo mais? Não podia acreditar. Era muita emoção para um dia só, e a primeira coisa que eu faria quando chegasse em casa seria procurá-lo.

- Não. Será que rola uma carona? – perguntei sorrindo. Por mais que meu carro estivesse perfeito, eu não sabia dirigir bem o bastante para correr o risco.

- Folgado você, vá andando! – Tom respondeu, fingindo estar bravo, mas seu ar de riso o entregava.

- Eu passo na sua casa amanhã, relaxa. – Gustav disse rindo.

Chegamos, então, no ponto onde nos separávamos e cada um seguia para a sua casa, que eu não lembrava – se algum dia eu soube – aonde a casa de cada um deles ficava. Me despedi e fui correndo para a minha, doida para ver meu carro.

De fato, eu havia feito um mau julgamento deles, e só agora percebia. Eles eram caras legais e eu me sentia muito bem com eles. Se um dia eu voltasse a ser uma garota, iria querer virar amiga deles e talvez mais do que só uma amiga do Bill. Mas como eu era o Georg por fora, não podia ficar pensando essas coisas com o Bill, iria acabar pegando mal para mim.

Assim que entrei em casa, joguei minha mochila em qualquer canto e corri até a garagem. Lá estava ele. Meu Mustang 67. Nem conseguia acreditar que eu tinha o carro dos meus sonhos. Confesso que estava meio acabadinho e tive mais certeza disso quando entrei no carro, que estava uma verdadeira bagunça.

Tinha de tudo lá dentro, o que me assustou e muito. O interior do carro era a versão piorada do meu quarto. Atrevi-me a abrir o porta-luvas e vi lá dentro camisinhas, cd’s, balas e mais camisinhas.

Meu corpo congelou ao reparar que entre os cd’s havia um pedaço de papel. “Você tem até amanhã à meia noite para decidir se vai querer ser homem ou mulher para sempre.”

Coisas muito estranhas haviam acontecido comigo em um único dia, então aparecem bilhetinhos aleatórios, mas nenhum que falasse realmente o que estava acontecendo comigo. “Estou ficando doida, isso sim”, falei comigo mesma seguindo para a cozinha.

Comi muito mais do que comia quando garota e fiquei pensando se era sempre assim e como eu fazia para me manter tão gostoso. Troquei algumas palavras com minha mãe durante o almoço e pude reparar que a relação era diferente, e não havia problema com o fato de eu sair de noite e voltar tarde. Além disso, eu era tratada como o “queridinho da mamãe” que conseguia tudo.

- Já está na hora de retocar a sua progressiva, filho?

Progressiva? Bem que eu havia achado estranho o meu cabelo como homem ser tão liso e perfeito enquanto como mulher era um lixo.

- Ainda não, mãe. – respondi pensativa, passando a mão pela raíz.

Segui para o meu chiqueiro, ou melhor, quarto, tentando descobrir mais coisas sobre o meu eu masculino; Porém, no meio de tanta bagunça seria um pouco difícil. “Droga, vou ter que arrumar”, maldito Georg que não sabia manter a zona em ordem.

Só de olhar para o estado do quarto dava preguiça. Começei organizando todas as roupas jogadas pelo quarto em um canto. A grande maioria das peças eram camisetas, o que fez com que a pilha ficasse grande mais rápido. Além de roupas, muitas folhas com anotações totalmente aleatórias estavam espalhadas por todos os cantos. Nas paredes, alguns posters de bandas e, embaixo da cama, uma caixa cheia de revistas que achei melhor nem olhar. Ao lado cama, notei que havia mais um pedaço de papel.

INSTRUÇÕES PARA ESCOLHA:

Depois de ter certeza de qual sexo escolher, você deverá dizer ao seu reflexo no espelho se você deseja ser GEORG ou MARIANA até o final de seus dias. Após a escolha feita, você não se lembrará mais das 48 horas que passou durante a experiência. Você tem até a meia noite de amanhã para se decidir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha me redimido um pouco com vocês pela confusão e por ter deixado vocês morrendo de curiosidade. SHUHASUSAH
O que acharam desse capítulo, amoras? Comentários, por favor! *-*