Torque. escrita por Bittersw33t


Capítulo 4
Capítulo 3 - Sensações


Notas iniciais do capítulo

Hello lindíssimas(os)! Aqui está mais um capítulo pra vocês, e dessa vez não demorou tanto hein? hohoho, tô aprendendo. E obrigada á todas pelos reviews (riko-nee, jusamurai, SheWolf, Alexia Uchiha, Sam, Sophie Hatake, Eveebaby, Meilyn, Pamy e Kuranlaaura) esse capítulo é dedicado a vocês ♥ Boa leitura!



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Voltas e voltas que me atrasam, e me levam de volta para o meu purgatório.

Você.
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Haruno, Sakura.

Eu tinha que sair dali.

Eu já estava exausta de ficar esperando naquele quarto como uma enferma inválida; a remota possibilidade de Naruto estar em apuros me sufocava. E se ele pensava que iria me manter refém ali por muito tempo, estava muito enganado.

Então apesar de cansada fisicamente e psicologicamente, me forcei a levantar e ir em direção à porta, não deveria ser tão difícil sair dali, certo? Não custava tentar, peguei um bisturi e uma faca cirúrgica que eu acreditava ser de Kabuto por precaução, e abri a porta.

Entretanto, fraquejei assim que cheguei ao corredor, afinal, eu não sabia que tipo de criaturas haviam por aquele lugar, mas eu já estava determinada a sair dali. E não saberia se eu seria capaz de olhar para o rosto dele de novo sem ter sentimentos contraditórios.

E então comecei minha jornada por aqueles corredores bifurcados e aparentemente sem fim. Sem falar que era um lugar bem sombrio, e devo admitir, combinava direitinho com Orochimaru.

“– Então Karin, como foi sua aventura no quarto do seu adorado Sasuke-kun?”

Ouvi burburinhos ecoando do corredor, e o pior foi não saber de que lado vinham, corri para aonde estava parcialmente mais escuro. Apesar de sentir meu coração acelerar, me concentrei na fuga.

“– Deixa eu ver em que patamar de relacionamento nós estamos... hum, já sei, no que eu falo: Isso não é da sua conta, seu idiota.”

Bufei, e vendo que a conversa não se alongou, continuei a andar. Porém parei diante de uma rachadura na parede que me era familiar... Eu me lembrava dela por quê tinha o formato certinho de um N, uma rachadura aliás que eu havia visto não fazia nem dez minutos.

‘– Não pode ser.’

Eu tinha uma teoria, por isso andei mais um pouco e sim, lá estava o N novamente. Concentrei todo meu chakra e executei o famoso jutsu

“– Genjutsu no Kai.”

E então a atmosfera no corredor tremulou, confirmando o que eu suspeitava.

Logo que o genjutsu foi desfeito, percebi que havia números na porta, nos quais facilitaria e muito, a procura pelo “meu” respectivo dormitório onde estariam minhas roupas e quem sabe, minhas armas.

Procurei no fundo de minha consciência enevoada o maldito número da placa de metal que eu usei como arma para me defender.

‘220, responda!’ – Gritou a voz do homem em minha mente.

Ah, sim, eu era a ‘prisioneira 220’.

“– Quanta dignidade...” – Bufei.

Devo dizer que Orochimaru era bem sutil ao manter suas “cobaias” presas aqui, além de os trancarem em cubículos, duvido muito que qualquer um que tenha conseguido escapar tenha sequer percebido que estes corredores estão equipados com genjutsus.

Então comecei a correr; corri como nunca, corri como se estivesse vivendo aquele dia doloroso novamente, em que quase perdi duas pessoas importantes para mim de uma vez só. Porém, dessa vez, meu objetivo era outro.

Era escapar de lá, fugir dele.

‘– Irônico

Foi quando eu estava passando pelo quarto 127 que fui notar que o aspecto da escuridão havia se tornado mais sólido. Talvez fosse mais uma armadilha, mas eu estava impaciente e segui adiante.

“– Olha, olha se não é a garotinha de Konoha.”

Paralisei diante dessa voz, eu a reconhecia vagamente mas alguma coisa estava errada, havia algo naquele timbre. Virei esperando pelo pior, mas o quê vi foi um Kabuto com uma aparência horrível.

“– Meu Deus, o quê fizeram com você?” – Murmurei sem pensar.

E ele riu, ou o quê se assemelhou a uma risada, porque o que saiu foi um som assombroso, e quando eu pensava que nada poderia ficar pior ele veio em minha direção, andando quase como um zumbi; sem saber o que fazer, eu congelei. Mas, ele parou bem ao meu lado, e eu quase acreditei que meu coração iria sair pela boca.

“– É hora de você começar a se prevenir.”

Dito isso, ele passou por mim, indo pelo caminho que eu tinha pegado. Eu não havia entendido o que ele falara e não fazia ideia do que se tratava, sem falar que eu duvidava seriamente se ele estava cem por cento consciente de seus atos, por isso apenas respirei fundo e voltei a correr para continuar a procura pelo meu suposto quarto.

Quando finalmente o encontrei, suspirei aliviada; abri a porta, lembrando tarde demais que eu havia trancado um homem aqui, então aproveitando que o lugar estava parcialmente escuro, esgueirei-me em um canto em posição de ataque esperando por qualquer barulho suspeito, mas nada quebrou o silêncio.

‘– Então ele realmente achou um jeito de fugir’ – Pensei, dando um sorriso culpado.

Quando finalmente me convenci de que não havia nenhuma ameaça no recinto, me dirigi até a pequena mesa, entretanto uma luz azulada se acendeu de repente e um rosto apareceu por trás dela; de imediato, tentei reconhecê-lo mas luz forte me impedia. Apalpei o bolso de minha roupa, a procura do bisturi ou a faca cirúrgica, entretanto me dei conta de que eu havia deixado em cima da mesa.

‘– Estúpida!’

Me xingando mentalmente, me preparei para o próximo ataque; ao perceber que ele estava se aproximando cada vez mais, pulei pra longe, e finalmente pude vislumbrar com clareza o indivíduo que continuava caminhando em minha direção; era o homem que eu havia prendido com o bastão de energia elétrica de antes.

“– Como fui burra por ter deixado esse brinquedinho com você!” – Falei, quando ele apontou aquilo para mim.

Fui andando para trás, apalpando qualquer coisa que me ajudasse naquele momento, porém constatei que estava mesmo encurralada, já que ele estava bloqueando a única saída daquele quarto.

Acreditando que dessa vez eu estaria perdida, suei frio diante da energia que se estalava pelo bastão, por um milagre um ruído vindo da porta chamou a atenção do ninja, que virou rapidamente e soltou o equipamento que bateu no chão com um estalido. Olhei para o objeto até ele parar de estalar, e então respirei aliviada.


Logo, me concentrei em tentar enxergar além das costas do homem, temendo a possibilidade de ter que lutar com alguém mais forte, avaliei o quarto a procura de algo que eu pudesse usar como arma, e vi o cabideiro no chão, pensando se o homem que estaria prestes a atacar o ninja tinha chamado a atenção do mesmo de propósito... seja o que for, ele havia evitado que mais de trinta mil volts passasse pelo meu corpo.

Então, inesperadamente assisti o homem caindo para frente num estado de completa imobilidade quase como se estivesse sido congelado, assinalando uma luta perdida.

Passado o momento de tensão, caí sobre meus próprios joelhos, contemplando um breve instante de calmaria. Porém me levantei, recordando que havia uma terceira pessoa no confronto com o guarda, e sem pensar em mais nada, me levantei rapidamente, pronta para mais um ataque.

Mas ninguém estava lá, o quê não diminuiu em nada a agonia que eu estava sentindo, afinal, eu não havia descartado a possibilidade de Kabuto ter voltado e dessa vez, querer me atacar para valer; por esse motivo, rapidamente me pus a continuar a procura pelos meus pertences.

Só o que achei foram minhas roupas, apesar de frustrada, eu já imaginava que não iria encontrar minhas armas, o homem que me vendeu provavelmente era esperto o bastante para tirar todo e qualquer material que eu pudesse usar contra ele. Peguei minhas roupas, e me dirigi para fora do quarto.

Assim que saí do recinto, algo me puxou e me encostou na parede do corredor com força, me encurralando com os dois braços; me controlei para não me irritar ao me fazer me sentir como uma criancinha.

“– Não acha que me deve um ‘obrigado’?”

Senti meu coração acelerar, e minhas mãos tremerem, porém não mostraria que estava alterada para ele. Mesmo estando ciente de sua aproximação, me recusei a me encolher, ao invés disso, ergui a cabeça e o encarei.

“– Obrigada, ‘Sasuke-kun’.” – Respondi sarcástica.

“– Hun.”

Após isso, compartilhamos um olhar de pura nostalgia. Apesar de quê, a três anos atrás meu obrigada teria sido genuíno.

“– O quê você estava planejando ao sair de Konoha?” – Ele soltou indo direto ao assunto, olhando pra mim com um larvado olhar de interesse.

Por um momento, considerei contar a ele meus reais objetivos, mas estava receosa sobre o quê ele iria fazer com essa informação. Não acreditava que ele fosse capaz de tirar vantagem de Itachi - o possível suspeito - talvez ter sequestrado Naruto, ou que visse isso como uma oportunidade de matar a ambos, porém, o homem que eu estava encarando era um desconhecido.

‘- Mesmo que esse desconhecido esteja respirando com dificuldade’ – Pensei, vendo que o peitoral dele subia e descia rapidamente embora ele tentasse disfarçar. Respirei fundo, me concentrando em ignorar esse mero percebimento.

“– Eu...vim para...” – Comecei, já me castigando por gaguejar.

Abaixei a cabeça, ciente de que eu era péssima com mentiras. Então, aproveitando que nós estávamos naquele pseudo abraço, só pensei em uma coisa.

“– Eu vim atrás de você. E vou atrás de você para onde você for.”

Apesar de ter dito isso mais para assustá-lo, estar acompanhada do time deles seria a forma mais fácil de ir atrás do paradeiro de Naruto, sem falar que seria bem menos arriscado.

Eu sabia que havia muitas contradições em minha justificativa, afinal, eu havia mostrado querer sair daquele lugar, e não continuar ali. Levantei a cabeça, preparada para qualquer expressão de total desprezo vinda dele, porém, ele estava me analisando. Sem reação, senti minhas bochechas queimando.

‘– Droga. Por que ainda me comporto assim?’

“– Não deveria nem ter saído de Konoha." - Ele murmurou, endurecendo as feições.

Olhei para ele, á procura de qualquer expressão significativa, qualquer expressão que me lembrasse o antigo Sasuke-kun.

“– Mas já que está aqui, vai ser útil para algo."

As palavras estavam no ar, mas ele não quis dizer. Ele não me achava capaz de ajudá-los. Meus olhos arderam reencenando aquela patética atitude de quando eu ainda tinha doze anos.

“– Hey, hey, hey, o quê está havendo aqui?” – Soou uma voz do corredor.

Inevitavelmente, dei um gritinho de surpresa, me sentindo como se tivesse sido pega fazendo algo que não deveria. Olhei para homem que se aproximava, o reconhecendo do quarto da onde trataram meus ferimentos, porém ele estava sem a espada, logo atrás veio a ruiva que pareceu não gostar muito de mim. Parecendo se divertir, o ninja parou e levantou as mãos

“– Opa atrapalhamos alguma coisa?”

Continua...



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Notas finais do capítulo

Aqui estamos mais uma vez, e aí o quê acharam do capítulo? quero opiniões!!!!! Nesse eu fiquei realmente empacada, mas espero que tenham gostados dos sutis momentinhos de emoções, huhuhuhuu. Quero sugestões para ponto de vista do próximo capítulo! Até lá, beijos.