Torque. escrita por Bittersw33t


Capítulo 3
Capítulo 2 - Confusa


Notas iniciais do capítulo

Hey! Aqui está mais um capítulo feito com muito amor e carinho para vocês, hahahaha. Obrigada a todos que deixaram reviews (Sarah Ariel, Sam, Mine Tódero, Sophie Hatake, Daniela Miih, Pamy e Eveebaby), esse capítulo é dedicado a vocês ~ ♥



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Pedaços de passado, e um gosto amargo de solidão.

Capítulo 2

Confusa.

Karin

Olhávamos atônitos para a cena que se desenrolava.

Ao ouvir barulhos vindos do quarto de Juugo nos dirigimos até lá ás pressas, Suigetsu me impediu de entrar assim que chegamos, por que não sabia dizer se havia perigo no recinto; obviamente não tentei dissuadi-lo, eu era esperta o bastante para saber que Juugo era uma ameaça a todos nós.

Procurei por Sasuke – que havia chegado a pouco – em meio a fumaça que ia se dispersando aos poucos, encontrei-o a tempo de vê-lo executar o já conhecido jutsu, assisti as duas cobras enormes saírem do que seriam seus braços e imobilizar Juugo por completo que agora ria dissimuladamente. Vi os lábios de Sasuke se moverem assim que botou os olhos na ninja, mas eu estava longe o bastante para não conseguir ouvi-lo.

“ – É uma ninja de Konoha!” – Exclamou Suigetsu após um tempo analisando o quarto e parecendo se divertir com a situação. A surra que eu queria dar nele naquele momento estava fora de escala.

Olhei para a onde o pateta apontava e vi um corpo frágil encostado na parede, toda ferida e com uma estaca de madeira enfiada em uma de suas pernas. Por um momento quase senti pena da pobre garota, mas então me perguntei de onde aquela criatura que eu nunca tinha visto havia surgido, e por que teria parado justamente no quarto de um das mais perigosas “cobaias” de Orochimaru.

É muita burrice

Bufando, entrei no quarto já estilhaçado. Ergui o nariz e olhei para os três ninjas, esperando por respostas.

“ – Eu não vou limpar isso.” – Falei para Suigetsu ao passar por ele, que revirou os olhos com gosto, e fui em direção á Sasuke-kun.

Ele estava encarando a ninja, com a mão na estaca e quando todos menos esperavam retirou-a de súbito fazendo a garota gritar, para depois desfalecer. Não consegui achar um adjetivo adequado para aquele ato, talvez tivesse sido um ato de caridade, ou de pura crueldade.

“ – Você a conhece, Sasuke-kun?” – Tomei coragem de perguntar.

“ – Levem-na para um dos quartos de experimentos de Kabuto. Lá terá tudo que precisamos.” – Ele falou, desviando-se de minha pergunta. Em seguida ele se dirigiu ao corredor, segui-o esperando por respostas.

“ – Sasuke-kun, você está bem? Quer que eu...?”

“ – Volte para lá e faça o que mandei.”

Apesar da frustação que eu sempre sentia ao ouvir algo desse tipo, apenas segui seus passos com o olhar até ele desaparecer totalmente na palpável escuridão do corredor.

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Eu já estava exausta daquele dia, e ansiava por minha cama; sem falar que não aguentava mais um Juugo recém-arrependido por ter quase matado a ninja desconhecida. E para variar, nesse momento ele estava na beirada da cama da garota ainda inconsciente, pedindo perdão a ela, á Deus e ao mundo.

“– Já ouviu a expressão ‘não adianta chorar sobre o leite derramado’”? – Falei pra ele, tanto pra quebrar o silêncio quase mórbido quanto para tentar apressar ele em suas infinitas lamentações.

“– Respeite-o. Ao contrário de você, ele se arrepende quando faz algo errado.” – Murmurou Suigetsu para depois me lançar um sorriso debochado.

“– Eu odeio esse quarto, não podemos sair daqui logo?” – Falei, ignorando-o.

“– Humph. Sasuke nos disse para esperarmos a gracinha acordar. Eu não obedeceria, mas eu realmente quero ver essa belezinha de olhos abertos.” ···.

‘– Belezinha?’ – Analisei a figura desacordada, e só o que consegui ver foi aquela odiosa cor de cabelo. Quem no mundo teria cabelo rosa nos dias de hoje? E ainda mais sendo uma ninja, posição que normalmente exige discrição; aquilo parecia um grande, “por favor me matem”.

“– Talvez devamos aproveitar que estamos aqui, para examinar sua visão.” – Falei para Suigetsu.

“– Isso me cheira a recalque.”

Recalque? Eu já ia virar a mão na cara dele, por quê com o Suigetsu era o jeito mais fácil de fazer ele parar de falar asneiras. Porém um movimento vindo da cama, fez Juugo ficar apreensivo.

“–Eu acho que a princesa está acordando de seu sono de beleza.” - Cheguei perto da cama e fiquei encarando a garota;

Em pouco tempo ela abriu os olhos e, confusa após recobrar a consciência, pulou para trás olhando furiosamente para Juugo; Ademais, com agilidade, ela saltou para o outro lado da cama, agarrando uma seringa e apontando em nossa direção. Nós sabíamos que ela estava em desvantagem, porém resolvemos fazer o jogo dela, e a esperamos dar a primeira palavra.

“– Onde estou?”

“– No covil de Orochimaru.” – Respondeu Juugo, surpreendentemente parecendo vulnerável.

– Sim, o quê eu quero saber em que parte se localiza o covil.”

“– Tomando como referência a vila da Areia, estamos a 400km leste. Bem longe de casa, não é ninja de Konoha?” – Respondeu Suigetsu com um sorriso lascivo no rosto.

“ – Como você veio parar aqui?” – Murmurei. A garota me olhou por um instante parecendo confusa ao procurar por respostas em sua mente provavelmente nublada.

“ – Encontrei um ninja de olhos peculiares no meio do caminho, e ele me encurralou e injetou algo que não sei identificar.” – Ela respondeu categoricamente.

“ – Psh, maldito Hakuouki. Ele traz pessoas e as vende para Orochimaru usá-las como cobaias.” – Esclareceu Suigetsu.

“– Onde está...?” – Continuou a garota enquanto vasculhava o quarto com o olhar, e cuja expressão foi se suavizando á medida em que constatava que só havia nós quatro no recinto.

“– Sim?”

“– Orochimaru.”

“– Ele foi morto á dois dias por Sasuke, estávamos indo chamar Juugo para enfim sair deste lugar, quando encontramos você.” – Falei e senti que ela estremeceu diante das palavras.

“ – Afinal, qual é o seu nome, garota?”

“ – Sakura Haruno.”

“ – Nós somos Juugo, Karin e Suigetsu.” – Juugo subitamente falou, tentando simpatizar com a menina. O quê não foi uma boa idéia, pelo olhar desconfiado que ela lançou para nós e para o lugar.

“– Por que estou nesse quarto?”

“- Caso não se lembre, foi quase morta por Juugo” – Continuei, percebendo que Juugo exibia uma expressão de pura melancolia.

“– Você foi trazida para cá para nós tratarmos de seus ferimentos, que provavelmente após o seu grande e fabuloso salto de autodefesa devem estar se abrindo.” – Falei claro o bastante para ela entender o sarcasmo. Porém, ao contrário do que eu pretendia, isso só serviu para ela erguer o nariz e falar orgulhosamente:

“ – Não era necessário tratamento, sou uma ninja médica. Mas muito obrigada, vai facilitar o trabalho.” –
Declarou rendendo boas risadas por parte de Suigetsu.

‘ – Maldita ingrata

Como eu não era obrigada a ficar lá ouvindo a odiosa risada debochada de Suigetsu, dei meia volta para sair do quarto, deparando-me com Sasuke-kun. Ele lançou um rápido olhar pela sala, e pela mesinha de metal do lado da cama, que usamos para depositar as gazes sujas de sangue.

– Já tratamos dos ferimentos, embora ela se queixasse disso.” – Falei deixando transparecer um tom de pirraça. Olhei pra ela para ver se ela tinha entendido o recado, porém ela estava olhando para o chão.

“– Ela nos disse que é ‘ninja médica’ e não precisava de tratamento.” – Continuei provocando, vendo que ninguém na sala se habilitava á pronúncia.

“– Não acho que precise de intérprete, mas obrigado pelo seu tão mal executado serviço.” – Suigetsu falou.

– Ninja médica, huh?” – Murmurou Sasuke. E eu entendi antes de ele pôr em palavras.

“- Sasuke-kun, não acho que seja boa ideia.”

Suigetsu que também não era burro, se levantou e olhou para a ninja.

– Bem-vinda ao time. Estávamos mesmo precisando de uma ninja médica. ” – Urrou ele, com um sorriso de escárnio.

“ – Não pretendo me juntar ao time.” – Ela murmurou baixo, porém todos ouvimos.

E então uma tensão tomou conta da sala. Por mim, eu mandaria essa individua pra bem longe do covil, olhei para Sasuke á procura de qualquer indicio do que ele pretendia fazer, porém ele apenas a olhou displicente, dando-lhe as costas logo em seguida.

– Pois bem, não a obrigarei a ficar." - Ele finalizou, com um tom mais ríspido que de costume.  E então se dirigiu a saída, dando um último breve olhar para a sala. 

– Mas boa sorte ao sair
.” - Acrescentou. 

E com um sorriso de satisfação no rosto, sai de lá sentindo os olhos da pobre ninja em minhas costas. Eu não sabia do que ela era capaz, mas sentia que iríamos saber logo logo.

“– Sasuke-kun, vo-..” – Comecei.

“– Não me siga. Tenho coisas a fazer.” – Sasuke murmurou assim que saímos do quarto, e antes que eu pudesse falar algo, ele desapareceu.

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Continua...


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Notas finais do capítulo

Hey all! Que ponto de vista inusitado, né... pois é, é bom experimentar novas coisas, hohoho. O terceiro capítulo está por vir, e vai ser do ponto de vista da nossa lindérrima Sakura, então relaxem. E outra, espero MESMO MESMO MESMO que estejam gostando da história! E se gostarem, deixem reviews, beijos!