Crise Existencial escrita por Bia Salvatore
Estava já a chegar ao meu quarto quando me deparei com ele na minha cama.
-Stefan…Parece que te enganaste no quarto. – Parecia bêbedo ou algo do género. Só sabia que estava terrivelmente perturbado.
-Tens muita piada, Stefan! Eu estou no quarto certo. O do vilão! – Outra vez não! Ele estava a fazer-se passar por mim!
-Eih! Eih! Eih! Calma lá! Não vais fazer aquilo outra vez. Eu sou o irmão mau. – Aproximei-me da minha cama, para o tentar tirar dali. Era um dia para esquecer em certas partes, porque outras…
-Ok! Então Damon, salvaste a donzela em apuros? – E enquanto o dizia, o Stefan colocou os braços por baixo da cabeça. Esta atitude era minha, não dele.
-Se estas a falar da Elena, sim salvei! Pensei que também lá ias estar para mostrares o lado bom dos irmãos Salvatore. – Comecei a ficar irritado. É da Elena que estamos a falar!
-O lado bom? Bem, isso cabe a ti mostrar. Tu, agora, és o irmão bom. Já falamos sobre isto, lembras-te?! – Tinha-se levantado e tinha-se posto à minha frente com o seu riso hilariante, que qualquer um quer fazer parar.
-Oh! Diz lá! Tu sabias onde ela estava e mesmo assim não foste lá. Ela quase matou um homem, Stefan! – Estava mesmo a virar-lhe costas, quando ele saltou para cima de mim. Cai-mos os dois no chão, que estava tao frio como a nossa relação naquele exacto momento, e não me deixou sair dali.
-Ouve-me com atenção! Eu fui lá, eu fui! E tu só não ouviste porque estavas demasiado encantado a mexer-lhe no cabelo e tudo mais. – Com isto largou-me e mostrou todo o sofrimento através do seu olhar.
Eu levantei-me e quis desesperadamente um Bourbon, mas o Stefan chamou-me e eu tive de parar, queria saber até que ponto os seus pensamentos já tinha vagueado.
-Ela vai ter de escolher, Damon. E olha…eu não vou interferir mais, já não mereço ficar com ela.
Eu fiquei incrédulo com o que ele tinha dito. Olhei para ele com sinceridade e mostrei-lhe que não era bem assim. Mas em instantes vi-me sozinho no meu quarto. Esqueci o Bourbon e fui tomar banho. Precisava de sentir a água morna a escorrer pelo meu corpo, para limpar todas as impurezas, que até ali perduravam.
Depois fui-me deitar na minha cama com lenções de seda, era desta tranquilidade que eu precisava. Mas todo o meu corpo estava mais descontrolado que uma bomba prestes a explodir, e iria continuar assim até ela tomar uma decisão.
Enquanto todas as preocupações da minha vida fossem a decisão dela ou a fúria do meu irmão, eu iria conseguir controlar o incontrolável.
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