Vampires In London escrita por The Ordinary Star, Hillary McKarter, Lianina9


Capítulo 1
Capítulo 1- Fugir


Notas iniciais do capítulo

Oi!!! Aqui vai o primeiro capitulo. Espero que gostem. =)



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_Por aqui! Ela foi por este lado!- Pude ouvir a Irmã Mia gritar.

Por alguns minutos vi outras irmãs se juntando a ela e depois desaparecendo na escuridão da noite. Foi neste momento que pulei da árvore que estava escondida e cai no chão de pé. Me espreguicei por um momento e em seguida me dirigi ao lado oposto em que as Irmãs foram.

Você deve estar se perguntando quem sou eu e o que eu estou fazendo. Bem, meu nome é Anne Melaine e tenho 15 anos. Meus olhos são castanhos mel e meu cabelo, que vai até o meio de minhas costas, é preto escuro. Meus pais morreram misteriosamente quando eu tinha três anos de idade e desde então eu moro neste inferno de orfanato católico de Londres. Não que eu não goste da comida daqui (ela é ótima), mas eu não suporto mais viver num lugar cheio de regras, onde não podemos sair daqui sem conseguirmos pais. As crianças daqui vivem sorrindo e fazendo graças para os homens e mulheres que chegam aqui como se fossem algum tipo de celebridade ou coisa assim, mas eu não. Eu não vou beijar os pés dessas pessoas que eu nunca vi na minha vida. É por isso que eu me escondo no meu quarto e só saio quando eles foram embora. Esse é o motivo de até hoje não conseguiram ninguém para me adotar. E o que eu estou fazendo agora? Eu estou fugindo deste lugar. Estou tentando me salvar. Eu quero ver Londres. Sempre imaginei como poderia ser. Cansei de esperar alguém me tirar daqui, é por isso que eu mesma vou fazer isso. Pra onde eu vou depois desta fuga? Bem, isso eu não sei direito. Ouvi falar que eu tinha um irmão mais velho. Ele me salvou e me trouxe pra cá na noite em que nossos pais morreram. Não sei bem como ele é ou se realmente existe, mas no momento eu não tenho opção. Vou procurá-lo e pedir se posso viver com ele. É isso que eu desejo do fundo do meu coração. Encontrá-lo e viver feliz com ele.

Cheguei perto do portão e me escondi atrás de um arbusto. Como eu esperava: Estava sendo vigiado pela gorda da Irmã Jenna e mais dois guardas. Olhei a minha volta e encontrei um par de olhos felinos me olhando. Repentinamente me surgiu uma idéia. Eu tirei do meu bolso um dos biscoitos que roubei da cozinha e coloquei-o no chão me afastando um pouco do doce. O bichinho se aproximou cautelosamente e só depois de ter confiança absoluta é que comeu o biscoito. Peguei outro biscoito, me aproximei devagar para não assustá-lo e entreguei-lhe, que o devorou numa só mordida. O terceiro eu apenas o mostrei e assim que percebi que o gato estava totalmente concentrado no alimento eu o joguei para perto da Irmã. No mesmo instante que a Irmã Jenna viu o felino se aproximando rapidamente, ela pulou em cima de um guarda desesperada dizendo que era alérgica e os dois guardas entraram em desespero também, pois não sabiam o que fazer, principalmente o que a carregava já que estava quase perdendo o equilíbrio com o peso da Irmã. Eu rapidamente peguei uma pedra média e taquei-a nas costas do guarda que estava com as mãos livres e o fiz estremecer até cair no chão. Eu comecei a correr até o portão, desviando dos três. Jenna até tentou me pegar, mas quando ela fez um movimento com o braço acabou fazendo o guarda perder totalmente o equilíbrio e cair com ela no chão. Assim que cheguei perto do portão fechado, subi uma árvore próxima e o pulei. Cai meio desajeitada na calçada, mas assim que me levantei comecei a correr até finalmente chegar numa rua cheia de pessoas.

 A cidade era realmente bonita. Cheia de luzes por todos os lados, porém estas tampavam algumas estrelas que sumiram de minha vista desde que eu me afastei do inferno. Eu podia ver as pessoas bem agasalhadas, mas com roupas lindas que aposto que me custaria os olhos da cara para ter umas iguais. Mesmo a noite e um pouco longe eu podia ver o London Eye brilhando e suas cores sendo refletidas pelas águas do rio próximo. As lojas ainda abertas me chamavam a atenção. O Starbucks ali próximo me dava uma vontade de entrar toda vez que a porta se abria e um ar cheiroso e quente passava pelo meu rosto. Mesmo não querendo eu chamava a atenção. Meu cabelo estava todo cheio de folhas e bagunçado e tanto minha blusa branca de manga comprida quanto minha calça estavam sujas e rasgadas em alguma parte do corpo, mas o pior de tudo era que eu não sabia mais o que fazer. Eu nunca pensei direito como eu faria para achar meu irmão. E agora eu estava fora do orfanato sem nem sequer saber onde dormir esta noite. O que faria?

_Está perdida, pequena? –ouvi uma voz masculina sussurrar na minha orelha.

Assim que me virei, vi um lindo rapaz de pele pálida, alto, com olhos castanhos e cabelo escuro olhar pra mim com um sorriso misterioso na face. Olhei para os lados verificando se ele estava mesmo falando comigo, o que o fez dar um pequeno risinho.

_Sim, perguntei pra você. –disse ele escondendo o riso com uma mão.

Por um momento, me deu branco no que dizer. Eu me esqueci de tudo. Estava hipnotizada por aqueles olhos escuros como a noite e penetrantes. Eu devia estar parecendo uma boba olhando para ele desse jeito, estava quase certa que daqui a pouco ele me olharia assustado com meu olhar e logo se afastaria. Mas ele permaneceu ali com aquele sorriso impenetrável e que me deixara curiosa. Ficamos olhando um para o outro por algum momento até ele finalmente quebrar o silêncio com sua voz animada.

_Tem uma sorveteria ali, você quer me acompanhar? –disse ele apontando para uma quadra escura que levava até uma loja colorida e iluminada.

Eu até poderia negar, mas eu, por alguma razão, estava meio atraída por ele e não queria que nosso papo terminasse assim, então acabei aceitando. Ele sorriu e começou a andar na minha frente. Enquanto nós atravessávamos a quadra escura um silêncio se formou e eu não sabia o que devia falar para quebrá-lo. Estava escuro e isso me deixava um pouco com medo, mas eu tinha que ser forte para não deixá-lo ver isso. Eu tinha que quebrar esse silêncio.

_Hum... E-EI! –gritei sem querer. Ele virou para mim parecendo preocupado.

_Alguma coisa de errado? –perguntou ele.

_Ah! N-Não. Desculpe. Eu não queria... Como você se chama? –perguntei, atrapalhada.

Ele abriu um sorriso sereno e disse menos animado do que antes:

_ Pode me chamar de Zayn Malik.

Zayn Malik. Não me parecera um nome estranho, mas guardei esse pensamento apenas para mim. Em troca daquela resposta, eu apenas sorri e disse:

_É um nome muito bonito. O meu é...

De repente, ele pegou o meu braço e perguntou sério:

_Você não se lembra de mim?

_Hã? –fiz, confusa.

De repente, senti-o puxar o meu braço e me envolver. Eu, por um momento, quase que me esqueço de como respirar. O que estava acontecendo? Eu podia ouvir sua respiração meio abafada, mas por alguma razão não conseguia sentir seus batimentos, o que era estranho, pois estávamos tão perto um dos outros que eu tinha certeza que ele podia ouvir meu coração bater rapidamente parecendo que iria explodir a qualquer momento. Eu, de repente, ouvi ele sussurrar para mim parecendo estar incomodado com algo.

_Me perdoe por isso, Anne. Mas eu já esperei demais por este dia e não quero voltar atrás agora.

Anne?! Arregalei os olhos. Como ele sabia o meu nome? E o que ele estava falando sobre “...esperei demais por este dia”? Nem pude pensar nisso direito. Percebi um braço de Zayn pousar na atrás da minha cabela enquanto o outro segurava meus dois pulsos. Ele me empurrou para uma parede, me prendendo e repentinamente senti ele furando meu pescoço com seus caninos que pareciam mais dois canivetes do que dentes. A dor que me surgiu era insuportável, era como se eu estivesse recebendo facadas por todo meu corpo. Eu não sentia mais minhas pernas, por isso logo cai sentada no chão, mas isso não o parou de me morder. Eu berrava e lágrimas saiam dos meus olhos sem dificuldade. Senti meu sangue saindo do meu pescoço e sendo sugado por ele ou escorrendo sobre meu corpo. Meu coração, que antes martelava sem parar, perdia a velocidade e cada vez eu ficava com mais dificuldade de respirar. Logo, meu grito se perdera na escuridão e eu tentava achar ar, sem sucesso. Percebi que o rapaz parara de me morder e me olhava sério com a boca manchada com o meu sangue. Eu queria me aproximar e batê-lo perguntando o que estava acontecendo, mas meu corpo eu não conseguia mais sentir e não consegui mais achar ar para encher meus pulmões. Meus olhos foram se fechando aos poucos, porém deixando-me ver o rapaz se aproximando de mim antes de eu apagar totalmente.


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Notas finais do capítulo

E ae? O que acharam?