Edição 74 Jogos Vorazes Por Clove escrita por Lucia Ludwiig


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é beeeem grande, especialmente para André Everdeen. Boa leitura!



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Encontramos com Cato e a estilista dele, que eu não sei o nome. Cato está muito perfeito, com uma roupa de soldado.

– Você está maravilhosa!

– Obrigada Cato. Você está legal.

– Só legal?

– Quer que eu diga que está magnífico?

– Aham.

– Acabei de dizer, então.

Ele riu e nos preparamos para entrar. Estamos indo muito bem, as câmeras estão apontadas para nós. Quando estou dando o máximo de mim, vejo algo pegando fogo no telão. A menina do 12 está realmente em chamas! Todos estão olhando para ela e pro chorão, e esquecem de mim e de Cato.

– Cato, aquela enxerida está roubando nossos patrocinadores.

– Eu vou arrancar a cabeça daquela menina. Concentre-se.

– Aquele menino também...

Terminamos o desfile, e todos aplaudiram os tributos do 12. Que raiva. Fico à sós com Cato no corredor.

– Cato, eu tô por aqui com ela.

– Uns patrocinadores a menos não fazem diferença. Não é possível que ela tenha chamado tanta atenção assim.

– TODOS estavam olhando para ela e pra ele, Cato. Com certeza conseguiram bastantes patrocinadores.

– Calma. Eles não devem ser bons com nada. Ainda temos a nota individual. Quando os patrocinadores olharem a nota deles, com certeza vão vir direto pra nós.

A loira do 1 passou por nós, e deu uma piscadela pra Cato. Cato devolveu.

– Cato? Ela piscou pra você?

– Parece que sim né?

Eu tô com tanta raiva, que eu só olhei pra ele e saí. Aquilo me deixou com ódio. Acho que... na verdade, tenho certeza, que estou gostando de Cato.

Começo a chorar quando entro no meu quarto. Nem sei o motivo. Aquela loira... Será que o Cato gosta dela? Não! Preciso me concentrar em outras coisas... Acabei dormindo com a cara inchada. O vestido ainda estava no meu corpo, menos o casaquinho. Tirei e tomei um banho.

Me arrumei para tomar o café, hoje é dia de treino. A minha sorte, é que eu acordei bem cedo, são seis e meia da manhã. Desci, e dessa vez, Cato ainda não chegou. Um banquete me aguarda, mas não sei se posso comer qualquer coisa. Mas estou com fome. Não como desde o almoço do dia anterior. Resolvo comer de tudo um pouco. Calina chega quando estou comendo pão. Ela pergunta se eu só tinha comido aquilo, e eu disse que sim. Mentira, porque eu comi três torradas, dois pedaços de bolo, uma maçã e já estava no terceiro pão.

– Calina, acha que aqueles tributos do 12 pegaram muitos patrocinadores.

– Acho o que não é nada bom. Então, hoje é o primeiro treino, e você e o galã tem que chamar atenção.

– Fomos bem no desfile?

– Sim. O galã estava com uma cara fechada no começo, mas depois melhorou. Parabéns mocinha.

Fiquei feliz por Calina ter gostado. Ela parecia estar feliz também, o que não era comum. Não entendi porque ela chamava Cato de galã, nada a ver. Tá, ele é um galã, mas não precisa ficar dizendo isso... Quando ela tava indo embora, ela disse assim:

– A propósito mocinha, coma mais. Ontem você não jantou, deve está com fome.

– Obrigada Calina.

Aí, eu comi bastante. Cato chegou junto com Oliver, quando eu tava saindo. Ele olhou pra mim e disse bom dia, mas eu não respondi. Será que o “galã” não entende que eu não estou nem um pouco a fim de falar com ele? Vou para o meu quarto e troco de roupa para o treinamento. Quando vou saindo do quarto, eis que Cato me aparece.

– O que foi Clove? Por que não quer falar comigo?

– Sai do meio, eu quero passar.

– Não até você me explicar o motivo.

– Cato, eu não te devo satisfação.

– Foi por causa do que aconteceu ontem à noite?

– O quê? Você acha que depois de você piscar pra uma garota bem na minha frente, vai ficar tudo bem?

– Eu não entendo o porquê d...

– Eu tenho sentimentos seu grosso! É a primeira vez que ela passa na sua frente, e você já dá mole? Cato, se quer acabar com os sentimentos dos outros, vai em frente, desde que não seja eu.

– Você tá com ciúmes, é isso?

– Não seja bobo, menino. Sai do meio.

– Tá, então tchau.

Ele saiu do meio, me deixando passar. Quando eu estava um pouco à sua frente ele fez um “ei”, e quando eu olhei, ele piscou pra mim. Que lindo! Ele entendeu porque eu fiquei irritada. Mas é lógico que eu fingi que ele é um grosso, só pra manter a forma.

Chegamos, e só falta a dupla do 12. Eles finalmente chegam, e pra surpresa de todos, permanecem com as mãos dadas. Começamos o treinamento. Eu e Cato fomos para às armas, assim como os outros carreiristas. Pego uma faca e arremesso, bem no alvo. Pego três agora, e as três acertam na mosca. Decido pegar uma espada, e de novo, acerto. Fico nisso o tempo todo, e percebo que Cato conversa com a loira. Idiotas. Pego uma faca e arremesso com tanta força, que a faca entorta quando bate no alvo. Olho para Cato e ele me olha também. Ele vem em minha direção e diz algo como “já entendi”. Ele pega uma espada e arremessa também, e claro que acerta. Ele vem no meu ouvido e fala “tá bom pra você?”. Ódio é a única coisa que posso sentir agora. Reparo nos outros tributos que não são carreiristas, e a maioria está em estações de sobrevivência, exceto o negro e alto do 11, que dá um pouco de medo. A garota que pegou fogo estava fazendo alguns nós. Tomara que ela se enforque naquilo. O treinamento finalmente acaba, e eu saio na frente de Cato. Acabo o encontrando no corredor dos quartos e ele puxa o meu braço.

– Tá maluco menino?

– Olha, por que é que você não me deixa em paz?

– Como assim?

– Você não deixa nem eu olhar pra Glimmer.

– Esse é o nome daquela garota?

– É sim. Para com esses seus ciuminhos bobos!

– Cato, nós viemos aqui para fazer inimigos, e não amigos.

– Podemos fazer aliados.

– Aliados que vão ter que te matar depois!

– É isso que você vai fazer quando restar só eu e você? Me matar?

– Não, eu não teria coragem. Mas e ela? Você sabe? Acho que não né...

Eu saí. Cato ficou lá, pensando nas minhas palavras. Eu vou para o meu quarto. Será que Cato pensa que eu vou matar ele? Eu não teria coragem e acho que ele sabe disso... Será que ele vai me matar? É possível, aí ele ficaria sozinho com a tal de Glime, Glimmer, sei lá. Ela é mais preferível do que eu. Tomo um banho e vou almoçar. Oliver e Calina estão lá, mas Cato não.

– Mocinha, você viu o galã por aí?

– Não... Eu vou comer esse prato verde aí?

– Sim, sim. Quando o galã chegar, diz pra ele comer aquela comida ali, viu garota?

– Aham.

Alface, alface, alface... Folha, folha, folha... É só isso que ela dá pra gente comer! Oliver e Calina se retiram, e Cato não custa aparecer. Ele me encara um pouco e se senta.

– Cato, a Calina disse que é pra você comer aquela comida ali viu?

– Tá.

A gente tá num silêncio mortal a quase dez minutos, até que Cato fala:

– Você gosta desse tipo de comida?

– Cato, eu não quero conversar, tá legal?

– Tá né, fazer o quê?

Eu vou saindo e ele se levanta também. Eu não entendi, sabe, porque que ele se levantou. A comida dele ainda tá toda no prato. Ele vem em minha direção e pega o meu braço.

– Ei, me desculpa. Eu não queria ser grosso do jeito que eu fui.

– Tá.

Eu dei um sorrisinho e saí, mais não significa que eu não tô com raiva dele.



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Notas finais do capítulo

O de sempre, reviews.



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