Edição 74 Jogos Vorazes Por Clove escrita por Lucia Ludwiig
Notas iniciais do capítulo
Bem pequenininho... Tá quase na hora da arena!
Eu acordo, me arrumo e desço para o café. É hoje. Oliver e Calina já estão aqui em baixo, rindo pacas. Foi só Calina me ver que fechou a cara.
– Bom dia Calina! Bom dia Oliver! Do que estão rindo?
– Tá vendo alguém rindo aqui, mocinha?
– Não agora, mas...
– Então não estamos rindo. Só queria dizer que a entrevista foi boa.
– Valeu, mas não mereço nem uns parabéns?
– Moça, isso não passa mais do que sua obrigação.
– Obrigação? Desde quando isso é minha obrigação?
– Desde quando você virou um tributo que tem que ganhar para viver, e que para isso, precisa conseguir patrocinadores, consequência de um trabalho bem feito. Sua obrigação. E esteja pronta rápido.
Calina falou essas palavras tão pausadamente e de uma forma tão ignorante, que deu vontade de pegar a faca que seguro e arremessar nela. Tento me controlar pra que isso não aconteça. Continuo passando a geleia na torrada, e comendo minha comida, Calina se levanta se sai. Percebo agora, que eu nunca conversei com Oliver, e vejo uma oportunidade.
– Oliver, o que você achou das entrevistas?
– Boas, mas eu não tenho que cuidar de você.
– Você não se preocupa comigo?
– Isso é tarefa pra Calina. Mas só um aviso, se você comer todas essas torradas de uma vez, vai passar mal.
Ele se levanta e sai. Tô nem aí, essas torradas tão uma delícia. Depois de instantes Cato chega e se senta.
– Oi Clove...
– Hm... Que é, hein?
– Ontem, hein? Elevador...
– Cala a boca Cato!
– Boca...
– Ôh! Para menino!
– Hm... Sei...
Ele ri pacas e come o pão com queijo. Eu termino e vou saindo, quando Cato fala:
– É hoje.
– Eu sei.
– Está pronta?
– Vou dar últimos retoques.
É hoje. E eu vou ter o prazer de matar a “garota quente”, como o Caesar disse. Arrumo o meu cabelo e prendo em um rabo de cavalo, e depois disso, desço ao encontro de Cato, Oliver e Calina. Eu acho estranho quando chego e encontro Ed e a estilista de Cato.
– Ed! Você veio!
– Vou te acompanhar agora. Vamos?
Respiro.
– Vamos.
Subimos ao último andar, e o aerodeslizador está me esperando. Quando entro dentro dele reparo os outros tributos que irão me acompanhar, e para o meu azar, a garota quente está aqui. Logo chega uma mulher que espeta algo no meu braço, mas eu nem sinto a dor. Diferente de uma menina negra, muito pequena, aquela que tirou sete, do 11. Ela deu um gritinho, e não me seguro, solto um riso. Encaro a garota quente só para provocar, e ela evita olhar nos meus olhos. Cato está aqui também, ao meu lado. E tem uma menina que me parece ser muito esperta, a ruiva. Logo chegamos ao nosso destino.
Eu desço, e sou levada a uma sala onde fico sozinha com Ed.
– Bom, queridinha, daqui a pouco você estará na arena.
– Verdade.
– Bem... Pega essa roupa aqui e se troca naquele banheiro.
Acho que Ed ficou um pouco triste ao se despedir de mim. Quando saio, ele me dá um abraço apertado e me deseja sorte. Sou levada a outra sala, onde me colocam dentro de um tubo. Fico sozinha, até que ele começa a subir. E sobe muito devagar! Quando percebo, estou na arena.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
AAHH! Eu tava tão animada com a parte da arena que nem consegui escrever direito. Fiquei me sentindo como se estivesse lá, no lugar dela. Uau! Merece reviews?