My Dear Clove escrita por meerareed


Capítulo 6
O banho de sangue


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :D



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Não conseguia dormir. Estava pensando na Arena, nos mortos, em sangue, na Clove e na nossa noite... E se ela morresse? Eu... Eu não suportaria voltar para casa como vitorioso e ter que olhar para o pai dela me fitando. Eu lembro como se fosse nessa tarde. Ele batendo em Clove e mandando-a acertar todos os alvos. Caso contrario, ela ficaria sem jantar. Todas as noites, ela fugia de casa e ia para minha pedir comida. Minha mãe a amava mais do que me amava, então sempre acolhia e ajudava Clove sempre que ela precisava.

Durmo e quando acordo, parece que não dormi nem 20 minutos. Estava cansado e sonolento, mas ao mesmo tempo estava meio ansioso. Finalmente estaria na Arena. Arrumo-me, tomo meu café da manha e depois, com Enobaria, ando até o aerodeslizador. No elevador, Enobaria fala:

– Preparado, garotão?

– Sempre.

– O.k. Você já sabe o que fazer. Na cornucópia, vão ter muitas armas. Pegue-as. Se junte com Clove e os carreiristas do 1 e com a menina do 4. Matem todos que vocês puderem na cornucópia. – Ela fala me encarando. Todos que eu puder... a primeira vai ser a menina do 12. Nesse momento, o elevador para e se abre. Enobaria e eu saímos. Ela segura o meu ombro e diz com aquele sorriso sanguinário dela:

– Até mais, garotão.

– Até – Digo sorrindo e indo até o aerodeslizador. Chegando lá, sento em uma cadeira e vejo alguns tributos lá. Aos poucos os outros vão chegando e os últimos são os do 12. Quando todos estão presentes, uma mulher passa por todos nós falando “Estende o braço” e aplica rastreadores no nosso braço. Quando chego ao destino, pacificadores me levam até um quarto no subsolo onde a minha estilista me entrega um tipo de casaco especial para a Arena.

– Você consegue, garotão.

– Eu sei, mas obrigado.

– Vinte segundos - Escuto uma voz.

– É melhor você ir – Ela fala. Olho para ela e sorriu. Olho para o cilindro de vidro e uma voz fala “10 segundos”. Ando até e entro. Fica aproximadamente uns 15 ou 20 segundos e total escuridão, mas quando olho para cima, uma luz começa a entrar no elevador. Levanto a cabeça. Com os olho semi-serrados, começo a subir. Sinto o vento bater no meu rosto, vejo a cara de medo dos tributos e o rosto sem preocupação dos carreiristas, vejo o chifre cheio de armas. Vejo as armas. Vejo os alvos. O que será que o povo da Capitol está pensando agora? Provavelmente rindo das caras de medo dos tributos mais fracos. Até eu estava rindo por dentro da cara deles. Quando escuto a voz de Claudius Templesmith:

– Senhora e senhores, está aberta a septuagésima quarta edição dos Jogos Vorazes.

A contagem de 1 minuto começa. Olho novamente para Clove, que ainda está de olho nas facas. Depois olho para Marvel, que está olhando para os tributos e sorrindo. Depois para Katniss, a garota do 12, que está pensativa e está olhando para o arco, que é para onde Glimmer está olhando também.

O gongo soa. Todos nós corremos. A maioria em direção as armas ou mochilas, menos uma garota de cabelos ruivos que parecia uma raposa, que correu para as arvores. Eu consigo pegar uma faca e mato um garoto que não sei de que distrito é. Depois disso, pego uma lança e guardo a faca, pois ela seria de Clove. Vejo Marvel em cima de um tributo, apunhalando ele varias vezes com uma faca. Procuro os garotos do 12, mas não consigo achar eles. Devem ter ido para floresta. Depois, Glimmer olha me olha com pavor, mas é Clove que grita:

– CATO, OLHA PARA TRÁS!

Me viro e vejo o garoto do cinco correndo em minha direção com uma espada, e antes dele me acertar, passo a lança por sua barriga. Levanto ele sobre a lança, observando seu rosto repleto de dor e medo. Sinto o sangue sair de sua boca e cair em meu rosto. Sorrindo, o deixo de lado e volto para o banho de sangue. Continuamos a matar os tributos da cornucópia, até restar somente Clove, Glimmer, Marvel, a garota do 4 e eu. Nós pegamos todos os suprimentos que precisamos e armas e que conseguiríamos carregar, e entramos na floresta. Teríamos que caçar os outros tributos e matá-los. Teríamos que conseguir um lugar para acampar. Quando achamos esse lugar, arrumamos o acampamento.

***

Estava começando a escurecer quando os canhões começam a soar. Um... Dois... Três... Quatro... Até Onze. Olho para Marvel que está sorrindo muito

– Nossa... foi fácil. Parabéns para nós – Glimmer fala.

– É. – Clove comenta revirando os olhos.

– Então, temos que dormir. E um de nós tem que ficar de vigia – Eu falo.

– Eu fico – Clove diz olhando para mim. Concordo. Não confiaria neles como vigia. Não agora.

O hino de Panem toca e os rostos dos tributos mortos aparecem. Quando termina, Glimmer sorri.

Um barulho estranho e repentino vem das folhas de um arbusto. De repente, o garoto do 12 aparece. Clove estava pronta para lançar a sua faca quando ele fala primeiro.

– Eu sei onde a Katniss está. Eu só quero me aliar com vocês!

– Conquistador... - Falo - Pensei que você amasse a magrela.

– Aquilo foi uma estratégia. Eu a quero morta. – Ele fala olhando diretamente para mim com um sorrisinho sonso no rosto – Então? Aliados?


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Notas finais do capítulo

Comentem, pois isso deixa a autora feliz, sabe?