My Dear Clove escrita por meerareed


Capítulo 5
As entrevistas


Notas iniciais do capítulo

Elizabeth é a escolta, ok?
Não sei se quando eu escrevi, eu coloquei esse negoço.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/233984/chapter/5

Eu vou até o quarto dela. Ela estava trancada no banheiro, gritando consigo mesma. Ela faz isso de vez em quando. Então, resolvi sentar na cama dela e esperá-la. Ela ficou alguns minutos gritando e se xingando. Depois eu ouço um choro. Eu arrombo a porta e me deparo com ela na frente do espelho quebrado. Sua mão estava sangrando.

– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – Eu falo gritando.

– Porque você está no meu quarto e porque você entrou no meu banheiro? EU PODERIA ESTAR NUA, CATO!

– NÃO MUDE DE ASSUNTO! – Grito pegando o sua mão e lavando na pia – Porque você fez isso, pequena?

– Raiva... E talvez medo. E se aquela menina do 12 for melhor que eu? E se ela ganhar?

– Duvido, baixinha. Ela provavelmente só ganhou aquela nota porque transou com os idealizadores mesmo. – Digo rindo. Ela ri junto comigo. Eu termino de limpar o sua mão e levo-a para a sua cama.

– Você não me respondeu aquela pergunta.

– Que pergunta?

– Sobre você achar a loira azeda mais bonita que eu.

– Ela é bonita, mas para mim, você é muito mais. – Digo sorrindo. Depois que eu disse isso, Clove me beija. Como da outra vez, ela estava chorando. Mas dessa vez, foi ela que me beijou e ela também tomou a iniciativa de começar outra coisa. Ela se deita me fazendo deitar por cima dela. Enquanto eu a beijava e ao mesmo tempo tirava sua roupa, Clove lutava com a minha calça.

– Deixa que eu te ajudo. – Falo, abrindo o zíper e tirando a minha calça. Eu beijava o pescoço dela enquanto ela lutava para manter seus gemidos baixos o suficiente para que nós não houvéssemos problemas. Aquela não foi a minha primeira vez, mas posso dizer que foi a mais marcante. Era com a menina que eu amava. Com quem eu partilhava segredos. Foi com Clove.

***

– Você sabe que hoje é a entrevista, não sabe? - Diz Clove. Ela estava do meu lado, já vestida. E eu apenas com o lençol pelo corpo.

– Oi? Ah... sei sim. – Digo.

– Vai se arrumar. E olha, aquilo ontem não aconteceu, ok? – Ela pisca para mim.

Claro que não existiu. Seria melhor para nós dois se fingirmos que aquilo não aconteceu. Pois nós iríamos para uma luta e nos apaixonar não seria certo.

Eu saio do quarto dela enrolado no lençol. Lá no meu quarto, me visto e depois desço. Ela já estava tomando o seu café da manha, quando a escolta pergunta:

– Clove, você estava com dor ontem, pois eu ouvi uns gemidos vindos do teu quarto e...

– Eu tinha me machucado ontem no treinamento. Quando eu fui limpar o ferimento novamente ontem de noite, acabou ardendo. – E pela primeira vez na vida, senti firmeza em uma mentira da Clove. Ela olha para mim e dá um pequeno sorriso.

– Cato e Clove, depois eu quero conversar com vocês sobre a entrevista – Brutus fala ainda de mal humor.

– Mas eu sou a mentora dele. – Enobaria fala

– Eu os conheço melhor que você, então eu cuido deles hoje. – Brutus fala sério com Enobaria. Enobaria fica com raiva mas aceita.

– Primeiro com você, Cato. – Ele fala se levantando – Clove, fique com a Elizabeth. E Elizabeth, a ensine como se comportar lá.

Eu me levanto e acompanho-o até a sala. Ele se senta na cadeira e eu sento em uma na frente dele.

– Seja você mesmo, mas não tente não bater no Ceasar, ok? E seja mais educado. Agora eu vou fazer perguntas para você e você vai respondê-las.

Ele faz perguntas para mim e eu as respondo, tentando não ser rude. Ou chato. Eu respondo elas facilmente parecendo confiante e preparado. O que é exatamente como estou.

No almoço, todos nós nos reunimos novamente na mesa. Cada um comia sua refeição em completo silencio.

– Se vocês forem assim, vocês irão se dá bem. - A escolta comentou. - Não se preocupem.

Eu rezava para que ela estivesse certa.

***

De tarde, fomos entregues aos estilistas e as equipes de preparação. Eles arrumaram meu cabelo para cima em um topete, colocaram um pouco de maquiagem e tiraram a barba rala que começara a crescer em meu rosto. Depois disso, a minha estilista me deu um terno meio azulado e que cintilava, uma calça e um sapato preto também. Eles me deixaram perfeito.

– Um perfeito idiota – Diz Clove batendo no meu braço – Brincadeira, campeão, você está bonito.

Clove estava com um vestido vermelho que a deixara mais linda do que já era. Apesar de está maquiada, ela continuava a mesma, pois ainda dava para vê as sardas no rosto dela.

– E você está absolutamente linda – Digo a ela

– Obrigada. – Ela diz sorrindo.

Nós já estávamos na fila, quando a Glimmer foi chamada para ser entrevistada. Ela estava extremamente sexy naquele vestido rosa claro e nude. Seus cabelos loiros e ondulados estavam soltos e caiam nos seus ombros. Ela foi extremamente simpática na entrevista.

– Para de ficar secando a loira azeda.

– Oi?

– PARA DE FICAR SECANDO A LOIRA AZEDA!

– Ciúmes?

– Claro que não – Ela fala revirando os olhos. Logo, Marvel é chamado. Ele até que foi mais inteligente do que o normal, agindo educadamente, mas mostrando seu lado caçador e um assassino através do olhar feroz. Marvel também era um assassino nato e sem coração, assim como nós. Logo que a entrevista dele termina, Clove é chamada. Ela entra sorridente e cumprimenta Ceasar. Ela senta e tem uma boa conversa com ele. Logo, os 3 minutos passam, e eu sou chamado. Vou até o palco e quando subo, a platéia grita e aplaude alto.

– Bem-vindo, Cato!

– Obrigado, Ceasar – Eu sento na cadeira.

– Então... Como você está se sentindo aqui na capital e sabendo que está nos jogos?

– Bem. É uma honra representar o meu distrito...

– Você é um lutador. – Ele me interrompe

– Estou preparado. Estou forte e cheio de vontade – Eu falo e olho para a platéia sorrindo. Logo, continuo - E sim, eu lutava e malhava lá no meu distrito, então posso dizer que eu sou um lutador.

– Você acha que vai se dar bem nos Jogos? Ganha-los?

– Eu acho que eu tenho uma boa chance de vencê-los. Sou forte, e posso dizer que eu sou ótimo na luta de espadas.

– O que fez você se voluntariar? – Ceasar pergunta olhando nos meus olhos

– Eu mesmo. Eu sou fã do Jogos, então quis participar. E alem do mais, posso dizer que estou preparado fisicamente e psicologicamente também. – Depois que eu falo isso o tempo acaba.

– Que pena, nosso tempo acabou. UMA SALVA DE PALMAS PARA CATO, DO DISTRITO 2!

Saio de lá e sento ao lado de Clove.

– Exibido.

Sorrio.

– Inveja?

– Claro que não. Eles também me amaram o.k. – Ela fala com os olhos grudados na tela da televisão. Todas as apresentações se passaram rápido. Elas foram entediantes e clichês. Mas quando Peeta, o garoto loiro do 12 do nada ficou com uma cara triste, resolvi prestar atenção. E Clove também.

– Então, Peeta, me conta. Tem alguém especial em casa?

– Não, não tenho.

– Para um rapaz bem-apessoado como você deve ter alguma garota especial. Vamos lá, Peeta, qual é o nome dela?

– Bem, há uma garota. Sou apaixonado por ela desde sempre. Mas tenho certeza que ela não sabia que eu existia até a colheita.

– Ela tem namorado?

– Não sei, mas muitos garotos gostam dela.

– Então olha só o que você vai fazer. Você vence e volta pra casa. Ela não vai poder te recusar nessas circunstâncias, vai?

– Não sei se vai dar certo. Vencer... não vai ajudar nesse caso.

– E porque não?

– Porque...porque...porque ela veio pra cá comigo. - Ele falou, arrancando suspiros triste da plateia.

– Que falta de sorte

– Não é uma coisa legal

– Bem, acho que todos aqui entendem a sua situação. Seria difícil não se apaixonar por aquela jovem – Diz Caesar - Ela não sabia?

– Não até agora.

A única coisa que eu sinto nesse momento é raiva. Muita raiva. Agora é que eu vou matar eles mesmo. Mas primeiro vou deixá-los sofrerem bastante... Depois do hino, voltamos para fila e depois formos para o nosso andar. Clove vai para o quarto dela e eu a sigo. Quando ela chega lá, ela soca o espelho novo. Dessa vez, não me intrometo.

– MAS QUE PORRA! – Ela fala com raiva – EU VOU MATÁ-LOS DE UMA FORMA LENTA E DOLOROSA, VOCÊ VAI VER! -

– Pode fazer isso, mas deixa um para mim.

– Sem problemas – Ela diz lavando a mão cortada. Ela passa uma pomada que tinha no seu quarto. Amanhã aqueles cortes já teriam sido curados.

– Aquilo é só uma estratégia, Clove.

– Eu não sei. Qual a vantagem de usar isso como estratégia? Se ele acha que isso vai fazer a Capitol mudar as regras, ele está muito enganado... Mas pensando bem, isso iria conseguir mais métodos de vencer, conseguindo patrocinadores ou a se tornar famoso depois. Pensa comigo, se ele ganhasse, e a garota morresse, a Capitol ficaria com pena dele e ele viraria o novo queridinho da Capitol. Eu acho. – Ela fala olhando para mim. Depois ela joga maquiagens e perfumes que estavam na pia para chão e grita – PORRA!

– É, eu sei. Mas não se preocupa. Amanhã nós matamos aqueles dois. O conquistador e a magrela. – Olho para ela e sorrio. - Até amanha.

– Até amanhã, vencedor. - Guarde facas para mim amanha.

– Sem problemas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Porra, que nome de merda esse que eu coloquei no capitulo ¬¬
Enfim, comentem, o.k.? :D