Recomeçar escrita por Bonequiinha


Capítulo 44
44- Diferente do Planejado - Parte I


Notas iniciais do capítulo

oi meus amores.
olha eu aqui, depois de passar muito tempo sumida. mais eu explico.
semana passada foi semana de simuladao na escola, em que fazermos simulados para provas do enem, faculdades e essas coisas e ainda por cima estou dando uma de babar. minha vizinha começou a trabalhar e eu fico com o bebe dela.
espero que entendam minha dificuldades, mais estou conciliando tudo e prometo nao demorar para postar o proximo capitulo.
sei que vao adorar esse. rsrsrs.
bjo e amo voces. xeru.,



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'Mais um dia’ penso comigo mesma. Mais um novo e grande dia. Estou vendo Peeta se arrumar. Nosso distrito estar com uma estação controversa, frio, calor, calor e frio. Hoje amanheceu com um frio intenso. Lá fora há uma névoa densa, mas apenas a vejo pela minha habitual janela, já que esse era o único meio de contato com o mundo que eu estava tendo ultimamente. Peeta iria a padaria essa manhã. Era horrível pesar em ficar longe dele, principalmente nesses dias tão intensos. Eu estava nervosa, confusa, com medo e cansada.

“Volto logo, ok?” ele diz com meu rosto entre suas macias mãos. Eu aceno para ele, tentando converse a mim mesma que eu ficaria bem. Mas eu não me sentia bem essa manha. Sentia um aperto dentro de mim. Dou-lhe um beijo tentando me confortar. Seus olhos azuis estavam amenos essa manha. Eu havia percebido que quando o dia estava frio, seus olhos ficavam mais escuros e quando estava mais quente, seus olhos ficavam mais claros, como azul do mar ou do céu. Uma coisa que só poderia vim de Peeta. Eu vou com ele ate a porta, como eu sempre fazia.



Um aperto fica em meu peito enquanto o observo ir. Sinto seus passos relutantes, então, ele some da minha vista. Tanto eu quanto Peeta não precisamos de qualquer dinheiro vindo da padaria, tinhamos um dinheiro vitalício do capitol. Então nós estávamos tirando o dinheiro ganho na padaria para o levantamento do nosso distrito. para construção da escola destruída.



Leva algum tempo para que eu possa conseguir me mexer. Eu definitivamente não queria me mexer, não queria entrar na espaçosa casa que se encontrava vazia. Nesse exato momento estava acontecendo uma reunião no edifico da justiça, minha mãe foi me substituir, já que eu estava incapacitada, destinada ao descanso tedioso em minha casa. O que me confortava era saber que Johanna estaria aqui em poucas horas.



Ao fim de um longo tempo pensando, decido finalmente subir e procura algo que pudesse me ocupar. Não queria ficar atoa. Isso daria espaço para pensar nos malditos pesadelos que me assombravam toda noite. Noite passada eu mal havia dormido direito. E quando finalmente pegava no sono, uma criança de olhos azuis com a língua cortada aparecia tentando me estrangular. Eu acordava me debatendo ao gritos e via que Peeta já estava acordado, me esperando despertar apavoradamente.



Irei começar pelo meu quarto, um pouco de organização não prejudicaria em nada. Começo pela desordem do que eu chamaria de guarda roupa. Havia roupas espalhadas pelo canto inteiro. Quando estou perto de terminar, ouço a ruidosa campainha tocar. Nossa, como odeio realmente esse barulho! Oh, certo, Johanna provavelmente havia se adiantando hoje, ela era mais do que imprevisível. Solto um sorriso em meu rosto ao perceber que não ficaria mas tão só.



Mas abro a porta para me decepcionar com a figura que estava tocando campainha.



Layla estava em uma expressão seria mais, podia ver um sorriso fraco brotar em seu rosto a ver minha cara de decepção. Estou em uma reluta para fechar a porta e subir correndo para meu quarto, mais não queria ser rude ou medrosa. Eu não tinha medo de Layla. E eu não devia ter, não alguém quem passou duas vezes pelos Hunger Games, não se deve assustar tão facilmente



“Não vai ser gentil e me convidar para entrar?” ela diz com um péssimo tom. Hesito, até ela mesma tomar iniciativa e entrar. Fecho a porta em seguida e a sigo enquanto ela vasculha com os olhos ao redor da casa. “Peeta pediu que eu pegasse a chave da dispensa” ela diz e eu só aceno.



Eu começo a questionar. Porque o próprio Peeta não veio buscar? Ele sabia que não me dava bem com Layla. Mas eu acho ele só poderia estar ocupado demais. “Ô garota, eu tenho muito o que fazer, se você se apressasse eu adoraria” ela diz enquanto eu ainda fico imobilizada por ela estar aqui. Eu sabia que não era uma visita amigável. Alguma coisa em Layla me fazia querer correr e proteger minha pequena. Como se ela oferecesse risco ao meu bebê. Minha mão desce, defensivamente, para minha barriga. Afagando e protegendo minha menina. O olhar de Layla segue meus movimentos e percebo uma faísca de raiva aparecer em seus olhos.



Mexo-me vagarosamente e vou ao quarto, buscar o molho de chave que Peeta deixava em cima do nosso criado mudo. Desço as escadas com a chave grudada em minhas mãos. Então eu vejo Layla olhar o quadro que tinha como pintura minha irmã Prim. Algo na expressão do seu rosto me faz recompor meu espirito guerreiro e não deixar que ela me amedronte.



Quando olho novamente para Layla, a encontro me fitando com olhos agressivos. Uma expressão sombria se formava em seu rosto. Entrego-lhe a chave desejando que ela saísse logo da minha casa. Ela me olha nos olhos dar um sorriso de deboche e vira-se, mais algo a faz para bem no meio do seu trajeto Então ela volta a ficar de frente para mim e me encarar agressivamente.



“Sabe Katniss, a vida é muito injusta.” ela diz com raiva. “Você estar feliz não está?” ela diz em uma voz morta e acusadora. “Você estar muita feliz.” Ela continuava me fitar com os olhos agressivos.“Todos podem fingir e afirmarem que você foi nossa salvadora, que você é especial, que você nos trouxe de volta a vida. Mas eu sou sincera o suficiente para dizer que nada disso é verdade. Que o que você fez só nos trouxe uma desgraça.”


Suas palavras se chocam de frente comigo. Eu não acreditava que ela estava aqui agora para em insultar. “Você só nos amaldiçoou. Podíamos estar passando por necessidades, mas nada que pedisse uma rebelião, não do jeito que você a conduziu. Sabe quantas pessoas morreram, Katiniss? Sabem quantas pessoas você matou?” um tremor passa por meu corpo, o medo se instala em meu coração. As piores palavras que eu estava evitando, as que mais me perseguiam, estavam sendo ditas agora na minha frente. Layla tinha uma postura arrogante. “A vida é mesmo muito injusta Katniss.” Ela diz meu nome com muito desprezo.



“Olhe para você” ela me olha dos pés a cabeça. “Você está ai, com uma vida, uma família e meramente feliz” ela diz. “Mas olha para mim” posso dizer que estava formando-se lágrimas em seus olhos. “eu perdi tudo, você me tirou tudo.” suas palavras pareciam navalha cortando a minha pele.



“Por sua causa de tudo isso eu pedir minha mãe, meu pai e minha irmãzinha.” ela diz Ferozmente e um solavanco se passa dentro de mim. “É, eu também tinha uma irmã e você a matou. Os pacificadores atiram enchei na sua cabeça e ela caiu morta bem na minha frente.” ela já estava a gritar. Eu paralisada com suas palavras, como se suas palavras fossem uma corda a me deixar pendurada.

“Desde aquele dia de tiros e fogo em diante, todos os meus sonhos são sobre ver você morta, ou matar você com as próprias mãos. Mas sabe? Eu confesso que fiquei feliz quando soube que sua irmãzinha tinha sido morta também. Talvez a dor igualasse as coisas, mais não ajudou. Apenas piorou. E ver você ai...feliz... mesmo depois de toda essa trágedia, me faz querer matar você, faz a dor só aumentar” um tremor mais forte passa por meu corpo. Sabendo que minha criança podia estar desprotegida. Eu sabia que Layla era avessa a mim, mais nada tão alto ou horrível assim. Tento não transparecer o medo que percorria meu corpo. Mas estou apavorada com suas palavras.



“Sabe Katniss, é duro perder tudo o que tem. Mas você por outro lado vive sua vida como se nada mais importasse, que tudo estava resolvido. Como você consegue dormir a noite sabendo que matou muitas vidas?” um estado de enjoou me ataca pelas palavras de Layla. Essas eram as palavras que nunca pensei ouvir, eram as palavras que sempre me assustavam, e que sempre evitei. Eu sabia que tudo isso era verdade.



“Você não merece viver, não merecer ter essa vida, não merecer ter alguém, principalmente como o Peeta.” Essas ultimas palavras me tiram do torpor que eu estava. Olho para ela firmemente.

“E quem merecia tudo isso? Você?” tento colocar os mesmo tom de desprezo na minha voz como a que ouço de Layla. Ela parece gostar me ver a rebatendo. “Sim, eu sou merecedora disso tudo. Eu não causei a desgraça de ninguém.” ela diz ironicamente. “Você não sabe de nada” digo em alto tom. “E você sabe? Você? Uma garotinha mimada que só sabe causar a destruição?”



Uma raiva cresce dentro de mim agora. Não por essa garota estar a minha frente, na minha casa e me insultando, mas sim por ela falar tão abertamente, comigo, que ela quer a Peeta. Eu sabia disso desde que a vi, mais ela nunca me falou isso como agora e eu nunca fiquei com tanta raiva, como agora. Tento tirar a raiva ou o ódio de meu corpo, mais não consigo, mais tenho que tentar, não por mim, mais por minha filha.



“Eu tentei deixar pra lá... eu tentei, mais acho que só vou estar feliz quando você pagar por tudo que me fez.” Minha respiração torna-se ofegante e meu instinto de defesa se sobre sai, Layla é uma ameaça e eu tenho que me defender. Essa ideia aumenta quando sinto ela locomove-se para perto de mim.



“Toda noite antes de dormir imagino mil e uma forma de você morrer, mil formas de alguém ou até eu mesma te matar. Minha irmãzinha não tinha culpa de sua rebeldia, mais ela pagou. A sua criança não tem culpa de nada, mais ela vai que pagar também” quando mais perto Layla se aproxima de mim, mais eu pego distancia dela. Meus pés vão lentamente para trás cada vez que ela se movimenta para frente. Eu sabia que era ridículo fugir dela assim, mais eu não tinha outra escolha. Se fosse a antiga Katniss eu enfrentaria Layla sem medo. Mas não posso, não com minha criança no meu ventre. “Tenho certeza de que tudo que eu sinto só ira acabar quando eu ter certeza que você não existe mais” sinto uma pontada sobre meu ventre. Será minha criança sabia do que
estava acontecendo? Ela podia pressentir?



“Acho melhor você ir embora” tento parecer tranquila, embora uma dor começasse a surgir sobre meu estomago. Layla ri com minha frase. “Embora? Você quer que eu vá embora...” ela diz, parecendo triunfante. “Eu esperei por isso por muito tempo. Sempre esperei esse momento chegar para eu poder descarregar toda raiva e ódio na pessoa que me tirou a minha vida”. Cada vez que Layla me acusava, com tanta convicção, que eu era causadora de todo o seu mal, eu sentia um aperto entre meu coração. Meus medos e aflições estavam sendo jogados por cima de mim. “Eu queria de alguma forma que você sentisse cada centímetro de dor que eu senti, cada medo e angustia que passei” Seus olhos arregalados me fazia sentir mais medo, como se ela não estivesse em sua consciência normal. Seus punhos cerrados afirmavam mais a minha ideia. Eu podia sentir seu ódio por mim na sua transpiração.



Por tanto tempo queria ter esse momento com você. Bem, nos meus melhores sonhos, você estar no chão e eu com seu sangue em minhas mãos” a forma caótica dela ressaltar isso me deixa alarmada. Eu estava realmente começando a me assustar com suas frases e afirmar a minha tese de que ela não estava sã.



Vou pedi pela ultima vez Layla. Quer fazer o favor de se retirar da minha casa?” digo pacientemente, embora eu começasse a me sentir nauseada.



Ou o que?” ela diz presunçosa. “Você vai me matar? Vai fazer o mesmo que fez com minha irmã?” seus insultos me davam nó na garganta e uma imensa vontade de chorar. Eu queria colocar ela para fora, mais nesse estado, não tinha forças suficientes para nada. Eu me sentia inútil mais do que nunca, sem como me proteger e pior, sem como proteger minha criança. “Sabe oque você é, Katniss?” ela diz dando outro passo a minha frente. “Você é uma assassina.O sorriso em seus lábios reforçavam tudo. Então ali estava a verdade. “E eu acho que sou a única capaz de admitir, que você é uma assassina” sinto minhas mãos ficando tremulas e suor percorrendo em minha face. “Todos dizem que não. Mas acredite, na verdade todos tem é pena de você, ‘a garota que perdeu o papai e teve que se virar para salvar a mãe maluca e a irmã pé no saco.’ Sei bem como é esse tipo, a que sempre que parecer a vítima. Mas você não me engana, eu sei quem você realmente é”



Eu não tinha mais forças para me afastar agora. Eu a sentia cada vez mais perto, centímetros e centímetros sendo encurtados pela garota que estava a me enfrentar. Seus olhos arregalados ,sua voz maldosa e sua expressão agressiva me assustava, mas meu foco direcionado a suas mãos cerradas em punho, suas mãos que vinha em minha direção, na direção da minha menina.



Então sua mão passa por cima da minha barriga. “Ninguém quer que algo aconteça com essa criança, não é mesmo?” a maldade estava presente em sua voz enquanto eu estava imóvel e vendo-a passar suas mãos por minha barriga. Eu definitivamente me sentia inútil. Então eu encontro uma um resto de força e uma determinação que não tinha percebido ainda. Minha mão esquerda agarra a mão de Layla, que se estende por meu umbigo. Agressiva era a forma como minha mão agarrou seu pulso e o levou para longe da minha criança.



“Tira sua mão daí!” Exclamei. Ela parecia surpresa, mais seu olhar logo se recompôs. “Por que se não...?” ela diz. A raiva transparece agora. “Já disse para você sai daqui!” Digo . Ela ri, se sentindo excitada com minha raiva. “Bom, isso é bom.” Ela diz “Mas eu não tenho medo de você.” Ela grita a ultima frase. “Saia da minha casa” minha voz torna-se em gritos. “Sai daqui, sai logo...” era tudo que eu gritava. Gritava a plenos pulmões, com toda força que encontrava. “Você não percebe? Eu não vou sossegar a ter ver você acabada, até ver essa criança morta” nossos gritos cruzavam-se estridentes.




“Eu vou fazer da sua vida um inferno. E, se depender de mim, essa criança não irá vim ao mundo” ela diz em outro grito enquanto eu via seu corpo pula contra o meu.



'É agora,' penso 'ela vai me atacar'. Mas antes que seu corpo se choque sobre o meu indefeso corpo, Layla cai no chão, é jogada para outro rumo. Layla se recompôs imediatamente. Seu olhar passa de mim, confusa, até para o olhar de uma Johanna ofegante e raivosa. Meu rosto confuso clareia-se agora. Johanna arremessou Layla para longe de mim antes que ela pudesse me alcançar.



Eu não sabia que você tinha um cão de guarda” Layla diz em escarnio. “Você vai ver o que esse cão de guarda vai fazer com seu pescoço” Johanna diz com raiva transbordando em sua voz. Uma dor forte e intensa cresce sobre minha barriga. Então vejo Johanna cruzar o espaço que existia entre ela e Layla. “Pare!” eu grito antes que Johanna se lance sobre Layla. Eu não queria que ninguém se machucasse, principalmente agora que a dor aguda agravava-se. Johanna me obedece, por mais que elá pareça confusa e avessa a isso. “Isso, bom cãozinho” Layla diz em ironia.



Suma daqui Layla” digo em um grito de dor. Um sorriso satisfatório ainda cruzava o rosto de Layla, como se ela tivesse percebido minha dor gotejante, ou como se ela não tivesse medo da Johanna. Layla hesita um pouco e então finalmente diz. “Bem, acho que o Peeta’ está a minha espera, precisando de mim.” Nome de Peeta em sua boca me fez ter outro solavanco e fez a dor pulsar sobre minha barriga.



Johanna e Layla ainda trocavam algumas ofensas, mais eu não conseguia mais escuta-las. Suas vozes estavam tão distantes e fora de sintonia. Apenas consigo entender Johanna dizendo para Layla. Isso não via ficar assim, você não me conhece’ então segundos depois a porta se fecha com um som estridente. Johanna ainda estava com a visão direcionada a porta, bufando de raiva. É quanto minha visão se embaça e me apoio na dobra a mesa que estava próxima a mim. Então Johanna se foca em mim.“você está bem?” Ela pergunta já ao meu lado e me segurando. “Estou, só uma tontura.” Finjo par,qa ela, sabendo que era mais do que isso, pois uma dor forte surgia sobre minhas costas.


Vamos, vou deitar você na cama.” Ela diz. Eu não sabia se teria forças para caminhar e subir as escadas. Johanna parece perceber minha reluta e me apoia sobre seus braços. Eu não conseguira relutar, eu queria descaçar meu corpo em algo macio, mais não tinha forças suficientes para caminhar. Johanna sobe as escadas com um pouco de facilidade, como se meu peso não fosse nada. A dor aumentava mais e mais.



A dor melhora quando, depois de Johanna me deitar nos lençóis macios, e ela traz um copo d'água. Aos poucos a dor vai diminuindo. Ela não some, mais diminui potencialmente. Johanna ficou ao meu lado durante longos minutos. Reclamando e bufando de Layla, falando coisas como Eu vou arrancar o coração dela, ou ' Vou rachar o crânio dela com meu machado. Eu a impedi todas as vezes que ela quis ir correndo alarmar Peeta, sobre tudo. Eu sabia que isso, em parte, era uma desculpa para ver Layla. No fim, ela prometeu em ficar do meu lado.

Como você estar?” ela diz depois de algum tempo. “Bem” digo a ela. “Certeza?” ela me olha com sua cara duvidosa e eu só aceno, ainda sentindo uma dor sobre minhas costas e minha barriga. “Eu vou arrancar o coração daquela garota” Johanna diz com raiva novamente. “Pare com isso. Layla é apenas um pobre e infeliz garota.” Digo e Johanna me olha incredulamente. Seu olhar questionador me faz rir, mais o pequeno riso causa uma dor profunda no que posso chamar, começo da minha barriga.



Se eu não tivesse chegado a tempo ela teria feito algo com você, ou com o bebê” Johanna ficava eufórica novamente. “Calma, estar tudo bem, eu estou bem, ela não iria me fazer nada” Johanna me olha com uma cara desafiadora, mais resolve não me dizer seus planos. “O que ela falava antes?” Johanna diz com uma voz calma novamente. Eu não queria relembrar suas falas, não queria pensar no que ela me disse, nas verdades faladas por ela. Eu sabia que se desse espaço a tudo aquilo, iria ficar depressiva e eu não queria, principalmente com Johanna aqui.



Depois de algum tempo Peeta chega em casa.



Como vai a garota mais bonita desse mundo?” olho para seu rosto rosado pelo sol e tento sorrir, mais uma dorzinha fina me impedia ate de mexer as pernas. Ao perceber minha expressão debilitada Peeta aproxima-se rapidamente de mim. “O que aconteceu?” ele fala eufórico e é quando Johanna levanta-se. “Você não imagina…” eu a interrompo. “ um mal estar” digo interrompendo Johanna e olhando para ela rispidamente. Não era uma boa hora para Peeta saber o que Layla fez . Eu não a estava culpando por eu ter tirando tudo de sua vida, eu sei que eu era culpada.

“Você está bem agora?” Tento me concentrar na expressar preocupada de Peeta. Eu aceno sentindo outra pontada de dor. Johanna ainda continuava a me fitar freneticamente. “Tem certeza?” a voz aflita de Peeta me desperta novamente para sua presença. “Eu estou bem, só preciso de um banho” digo a ele. “Quer que eu a leve?” ele pergunta. Olho para ele com um sorriso nos lábios. “Não, obrigado, eu sei caminhar.” digo levantando da cama e lutando contra uma dor enorme que me fazia querer dobrar-me no chão. A dor havia aumentado agora e cada passo que eu dava ela só piorava. Eu tentava ignorar os pares de olhos que me fitavam agora. “Katniss…” bato a porta antes de ouvir o resto da frase que Peeta iria dizer.



Apoio-me contra a porta e deixo transparecer a dor agora. O que estava havendo comigo? O que estava acontecendo? Eu não sei dizer se essa dor era normal, mais também não queria alarmar ninguém a toa, eu esperaria mais algum tempo. Se a dor persistir eu iria contar a Peeta. Movo meus pés lentamente ate a banheira. Eu o ligo e a deixo enchendo com a água na temperatura morna. Uma água quente iria me fazer melhorar,concerteza. Tiro, com cuidado, cada peça de minha roupa e coloco um roupão, esperando a banheira encher. Não era um processo tão demorado.



Brinco com a água com as mãos. A sensação da quentura era boa. Então outra pontada me ataca. Me curvo com a dor e é quando percebo um sangue. Um minuto de confusão me passa. Layla havia me ferido? Onde? E quando? Mais ai percebo de onde aquele sangue vermelho estava saindo.



Ele saia entre minhas pernas.O sangue saia de dentro de mim. E agora que eu havia percebido, uma dor estava presente também. Um momento de vertigem me ataca. Uma dor latejante vindo da minha barriga se sobre sai agora. Quando penso em me levantar e me mover para chamar Peeta, uma tontura vem. Apoio-me sobre a parede e lentamente vou escorregando para o chão. O que estava acontecendo? Eu estava em perigo, ou pior, minha filha estava em perigo?



Peeta!” grito em uma voz estrangulada. Agradeço por não ter trancado a porta do banheiro. O rosto de Peeta se contrai a me ver sentada sobre uma poça de sangue. Tento me focar em seu rosto, mas tudo estava embaçado, sem nitidez. Só percebo Peeta me levantar para poder me tirar daquele chão horrendo. Sou depositada sobre a cama macia.



Katniss...” Ouço uma voz distante me chamar, mas não ela não estava tão distante. Peeta estava bem ao meu lado. “Chame o Dr. Erick!” ele grita para Johanna que sai em correndo pela porta. “Fale comigo Katniss, olhe para mim...” ele dizia bem próximo, mais sua voz estava tão distante, tão longe. Eu queria poder dizer a ele que estava aqui, mais eu não encontrava minha voz. Então uma dor maior apareceu por mim e um som de dor emergiu. A dor era intensa e latejante. Doia tudo, desde minha barriga até minhas costas . Mas tudo que eu podia pensar era em minha filha. O que estava acontecendo com ela? Porque isso estava acontecendo comigo?



Perguntas e mais perguntas se passavam por minha cabeça. Volto ao ouvir outra voz, desta vez a do Dr. Erick. Tento mexer meu rosto para ter certeza que era ele realmente. Mesmo com minha visão embaçada eu o via e escutava também, mais não conseguia compreender nada do que ele e Peeta diziam. Eu queria perguntar ao Erick o que estava acontecendo e se minha filha estava correndo risco. Mas minha voz não aparecia. E a dor não sumia, pelo contrario ela parecia cada vez mais forte, e mais forte, e mais forte. Queria alcançar a voz de Peeta, mas ele estava tão distante... Meu único medo era que algo acontecesse a minha filha.


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Notas finais do capítulo

e ai minahs gatoras lindas? gostaram? tem dicas? mandem para mim.
e adoro cada uma. (ui, to escrevendo rapido, pq o bebe ameaçou chorar) bjos e ate.