Recomeçar escrita por Bonequiinha


Capítulo 43
43- Passagem de tempo.


Notas iniciais do capítulo

ola minhas gatinhas, como vao? esper oque beem.
mais um capitulo para voces. e agradecendo cada reviews postado para fic. muito bom para mim. agradeço de coraçao.
duas novas leitoras resolveram nos alegrar com seus reviews.
------Kris--------
---Daniela Everdeen-----
espero que fiquem muito a vontade flores. muito feliz pelos seus lindissimos comentarios.
entoa sem mais... aproveitem o capitulo e boa leitura.



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Os meses se passaram, ora rapidamente, ora vagarosamente. Ultimamente ando muito ansiosa pelo nascimento de minha chutadora, tanto pelo lado bom, quanto pelo ruim. Minha pequena tem se mexido cada vez mais. É uma coisa esquisita e confusa. Acordo sempre pela noite ao sentir o corpinho mexendo dentro da minha barriga. O volume tem me deixado exausta e preguiçosa, mais do que o costume. A dificuldade de respirar e de me locomover tem aumentado quase que o dobro agora, o bom é que faltava poucas semanas para ela poder nascer. Dr. Erick disse que tenho que esperar apenas um mês e alguns dias. Mas a pior parte são os pesadelos. Antes eu tinha pesadelos, vez ou outra, pois tinham se controlá-dos . Mas eles aumentaram. Todos os dias acordo entre gritos e choros. Meus pesadelos tem se predominado, a maioria, se não for todos, sobre minha pequena menina morta. A criança que eu carregava no ventre nascendo morta, sendo arrancada de mim, ou simplesmente me rejeitando. O choro era inevitável, era enlouquecedor. Tê-la em meus braços e então... ela desaparecer.



A Sophie já estava se adaptando ao nosso distrito. Havia se passado um mês desde seu nascimento, e ela estava tão maior e bela. A criança era mesmo bonita, seus olhos verdes emolduravam perfeitamente em seus cabelos castanhos. Vê-la me fez sentir muito mais ansiosa e com medo. Ela era tão pequena e tão indefesa que me fazia sentir ridícula com esse medo que não tinha explicação.



Estou com 8 meses. Dr. Erick me alertou que esse estágio da gravidez merece muita cautela. Disse que eu não deveria fazer qualquer atividade que exija muito esforço e tive algumas restrições quanto a minha alimentação. Peeta tem estado muito cuidadoso e tão eufórico quanto eu. Ultimamente tenho mantido um cárcere em minha própria casa. Alguns ursos estão se preparando para o processo de hibernação. Semana passada uma menina, Becky, foi ferida por um, ele atravessou a cerca e a atacou. Minha mãe cuidou de Becky ate ela recupera-se. A sorte dela foi que o urso distraiu-se com outra coisa e a deixou, ate alguém pega-la. Peeta não é capaz de me deixar andar sozinha pelas ruas desertas do Meadow. Ele sempre está ao meu lado. Ás vezes, quando me sinto sufocada, ele passeia comigo no fim da tarde. Johanna, Delly, Anne e Nick sempre me fazem companhia quando Peeta sai para ir a padaria. Ele tem ensinado Rick a fazer pães, como ele ausentou-se bastante da padaria, pois único momento em que ele se dedica a ela é nos momentos de fazer os pães e quando tem alguém comigo.



Conseguimos conciliar nossa vida pessoal, com nossas vidas juntos. Pela manha ele vai à padaria e ensina Rick suas técnicas. Ele diz que é ótimo ensina-lo, pois assim quando a nossa criança nascer, alguém poderá substitui-lo quando ele não puder ir a padaria. Tenho ficado com Delly, Anne e Johanna ou as vezes visito Sarah e vice-versa. Delly aceitou ser definitivamente a discípula de Portia. Ela tem feito  notações e rabiscos de desenhos, mais algo em mim diz que é não só isso realmente.



Gale e Delly estavam entrando em um possível namoro. Todos murmuravam algo ou parabenizava-os. Hazelle e Haymitch estavam definitivamente juntos. É engraçado ver Haymitch apaixonado ou namorando. Ele se tornava um pouco cômico.



No fim de um dia monótono, Peeta e eu decidimos arrumar o quarto que era de Prim para nossa filha. Peeta havia pintado de um rosa bem claro e estava fazendo alguns desenhos nele. Delly sempre o ajudava. Minha mãe havia me entregado algumas roupas de bebê, roupas que haviam sido minhas e de Prim, Effie havia ligado, avisando eu assim que a criança nascer, ela viria nos visitar e traria presentes e roupas para minha filha. Não que precisasse de mais roupas, acho que as que têm sejam suficientes.



Em um dia Peeta disse para mim. “Katniss, o que acha de construímos um berço?” sua pergunta me faz parar de comer. Olho para ele.


“Como? Não temos nenhum habito de marcenaria” digo o obvio a ele. “Gale sabe...” Delly diz enquanto desenha uma linda flor na parede. Peeta olha para ela e depois para mim. Delly e eu o fitamos por um longo segundo. Peeta apenas revira os olhos. “O que foi? Vocês me olham como se eu detestasse Gale” ele fala voltando a sua pintura. “eu não me importo em pedir a ajuda a ele” ele finalmente diz.


Olha para Delly. “Pode ate ser bom para acabar com essa falta de dialogo entre nós” Delly olha para mim e sorrir levemente.



Dias depois Gale bate a nossa porta. Essa é a primeira vez que ele vem em espontânea vontade a nossa casa. Seu rosto não contem traços de rejeição. “Oi Catnip” ele diz assim que abro a porta em seu velho tom brincalhão. Peeta se posiciona logo atrás de mim assim que escuta a voz de Gale. Os dois se olham por um minuto, ate Peeta erguer a mão para Gale. “Vamos entrando, então.” É só ai que consigo respirar novamente.



“Que bom que você tenha vindo” Peeta diz assim que sentamos no sofá. Antes que Gale possa responde, Delly entra no cômodo. “Olá” ela diz em uma puxada de ar. Ela caminha lentamente pela sala, talvez decidindo onde irá sentar, ao meu lado ou ao lado de Gale. Bem, ela decide-se sentar perto de Gale.



“Gale...” Peeta começa em uma conversa casual sobre o que iria ser feito. “Ok, deixe isso para depois, Delly já me contou tudo.” Gale diz olhando para Delly. Peeta troca um olhar comigo. No começo a conversa tomou um caminho meio estranho, não sabia dizer ao certo o por quê, mas depois foi lentamente ficando mais suave e simples.



Então os dias seguintes foram todos dedicados a construção do berço. Mais Peeta não se limitou apenas no berço. Depois veio uma cômoda, uma prateleira vertical e outros móveis que ele tinha em mente. Toda tarde nos reuníamos no quintal da minha casa. Depois de algumas semanas se dedicando, Peeta já dominava com perspicácia a técnica de Gale. Mais o que mais me surpreendeu, foi vê-los juntos, sorrindo e conversando, uma coisa que jamais pensei ver. Achei que não viveria para ver isso, mas isso era o que deveria acontecer, já que não existia mais competição entre eles.



Nesses meses vim observando também, Delly e Gale. Em como os dois juntos, parecia tão perfeitos. Agem naturalmente. Os sorrisos que soltam, os olhares, as conversas, até um simples tocar de pele parecia tão significativo.



Em aproximadamente um mês, minha filha já poderia vim ao mundo e tanto eu quanto Peeta, não tínhamos um nome certo, e o medo de tê-la me apavorava. Pensar quem ela pode vim nascer a qualquer momento me assusta. Pensar que ela vai vim para um mundo horrendo, e que já foi pior no passado. Pensar que eu, a garota em chamas, vou ser sua mãe me assusta mais ainda. As vezes me pego chorando no banheiro, sozinha, sempre as escondidas de Peeta. O medo me arrasava, e eu não sei explicar o motivo ou o por quê dele ainda existir, mais eu só posso dizer que o medo não ia embora. Eu apenas tentava não pensar nisso, aproveitava tentar aproveitar minha gravidez ao máximo, como se a qualquer momento minha filha pudesse ser tirada de mim. Peeta, quando percebe minha angustia, sempre diz que não preciso ficar apreensiva a esse medo, que nada vai acontecer. E se um dia acontecer, ele nunca deixará nada de ruim ocorrer comigo e com nossa menina.



Uma coisa que anda me incomodando é o motivo da minha mãe ter passado todos esses meses aqui. Ela nem ao menos mencionara quando teria que voltar para o dois, ou se voltaria. Sinto-me mais próxima a ela, como se a ligação entre nós tivesse se fortificada bruscamente, como se a gravidez abrisse os meus olhos para a formação mãe e filha. Mas acho que a minha mãe está aqui porque ela sabe, mais do que eu, que eu não saberia me virar na situação que estou agora sozinha, não sem ela.



Alguns dias atrás um homem alto, moreno claro, veio ao doze. Ele se chamava Hugo, e veio inspecionar o crescimento do nosso distrito a mando de Paylor e da capitol. Havia sido liberado uma verba, não muito, mais o suficiente para fazemos algumas mudanças. Só teríamos que escolher que melhoria teria que vim primeiro. Ele estava hospedado em uma das casas da vila dos vitoriosos e não saberia por quanto tempo ficaria. Daqui a alguns dias ele irá participar da reunião no Edifício da Justiça, juntamente com Gale, Delly, Haymitch e outros supervisores do doze. Já havia ocorrido outras reuniões antes. Delly me dizia que não era nada de mais, apenas coisas atoas e simples.



Sinto-me inútil ao passar o dia inteiro em casa. Folheio o livro de meu pai. Vejo que não tenho dado a devida atenção a ele ou ao meu livro de memorias, logo que ele não estava concluído. Teria que conclui-lo.



Algumas semanas atrás, minha mãe começou a me ensinar fazer tricô. É uma coisa pitoresca, mais bem útil. No começo eu tinha tanta pratica quanto um pedaço de pau, mais eu venho adquirindo habilidades. Já consegui fazer até um par de luvas para minha filha. Annie também me ensina. Ela é tão boa quanto minha mãe. Ficamos horas e horas confeccionando as roupinhas de bebê. É ate algo terapêutico, me acalma enquanto não tenho Peeta.



Um dia estava com Annie e minha mãe, fazendo tricô, quando percebo Peeta parado na soleira da porta nos observando. Me assusto ao vê-lo parado com um sorriso nos lábios. Quando ele percebe que foi visto, ele anda em minha direção. “O que?” pergunto um pouco envergonhada. Ele sorrir novamente e diz.


Isso é novo, estranho. Uma coisa que jamais pensei ver.” ele diz. “Você e elas... fazendo tricô”.Não era só eu que me sentia surpresa com a mudança. “Antes nossos hobbies eram outros” ele termina.



“As cosias mudam, sabia?” digo a ele e o beijo. Mais sei o quanto ele estar certo. Tricô, ficar em casa, confecções de moveis, pinturas do quarto de bebê, ter amigas fies, ser mãe, nada disso estava na minha lista. Isso não era nada do que eu queria para minha vida, mais isso mudou, mudou desde que me percebi apaixonada por esse garoto risonho. Peeta me mostrou coisas que já mais pensei que poderia ver, me ensinou coisas que jamais pensei que existia e me deu cosias que jamais pensei que queria. Tudo mudava. Dias à procura de caças ficaram para trás, adormecidos. Agora minhas novas habilidardes eram voltadas pra minha menininha. Uma vida de um lar. Pensar nisso era engraçado.



Nesses últimos dias peeta tem se ausentado quase praticamente da padaria, ele ia apenas duas ou três vezes na semana, Rick era quem o substituía. Tenho que agradecê-lo por ter me dado esse privilegio. Peeta ao meu lado, era tudo que eu podia querer.



As visitas de Johanna também me fazia muito feliz. Ela sempre me alegrava com seu sarcasmo e mau humor fingido. Ela vinha varias vezes ao dia e passava quase a maior parte do tempo comigo.



Ohm, Johanna?” Peeta disse em um dia em que estávamos no quarto e Johanna estava presente. “Você sabe o significado da palavra privacidade?” Johanna deu um longo sorriso provocador “Não...” ela disse, voltando a vasculhar o meu criado-mudo. “Posso te ensinar?” Peeta pergunta.


Johanna o olha seriamente. “Não, estou bem aqui, obrigado.” ela disse em seu tom debochado e volta a bisbilhotar minhas coisas. Eu apensa sorrio. Ver ela e Peeta brincando era engraçado. “Não adianta, não irei sair daqui” ela disse depois de Peeta a encará-la por um longo minuto. “Esse bebê precisa de coerência, e ter um pai padeiro apaixonado e uma mãe desmiolada não ira fazer bem a essa criança” ela termina.



E por acaso você irá faze-lá bem?” eu digo. Ela acena. “Claro, com certeza!” seu sorriso era bonito. Percebo que Johanna havia tornado-se uma mulher com um sorriso nos lábios. “É bom você aproveitar, você tem apenas poucas semanas até eu te expulsar daqui” Peeta volta a brincar com ela enquanto acariciava meu cabelo. “Você não é tão forte quanto eu, padeiro.” ela diz e percebo um olha desafiador. Ótimo. “Ah, não?” Peeta pergunta entusiasmado e Johanna assente.



Depois do debate entre Peeta e Johanna decido ir ate o novo quarto de minha filha. Ele está impecável. As persianas em tom claro combinam perfeitamente com as cores da parede. Havia algumas bonecas ali empilhadas na prateleira branco. As bonecas haviam sido minhas e de Prim. O berço ficava próximo a janela. Gale havia feito um enfeite bem acima do berço. Era uma cosia que girava e se movimentada aleatoriamente. O pequeno guarda roupa continha poucas roupas, mais todas delicadas, algumas feita por minha mãe e por Annie. Não percebo quando Peeta entra no quarto, só me dou conta quando sinto sua mão em meus ombros.


Sabia que te encontraria aqui” ele diz passando sua mão por minha cintura. Não digo nada, apenas absorvo o momento. Era inacreditável, Peeta e eu estávamos formando uma família, estaríamos com nossa pequena em torno de um mês e pouco e isso me assustava. “Vamos nos deitar, já me livrei da Johanna” ele me guia ate o quarto, onde repouso sobre seu corpo.



Estou assustada” confesso a Peeta. Há uma pausa. “Eu também estou, mais a minha felicidade é mais forte que qualquer medo.” ele diz acariciando minha barriga. Quando de repente nossa filha chuta. A respiração de Peeta para por um segundo, ate começar novamente. Por mais que ele sempre sentisse isso, ainda impressionante para ele. “Nós te amamos filha,” ele sussura para nossa filha. “Papai e mamãe ama você.” Peeta começa a cantarolar uma musica familiar. Escuto-a com cautela. Não sei se é para mim ou para a criança em meu ventre, mais me agarro a ela. Então pouco a pouco começo a relaxar e sentir minhas pálpebras preguiçosas. Peeta soltas a notas de uma musica infantil. “Eu também amo você Peeta” digo a ele e caio em um sono profundo.


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Notas finais do capítulo

e ai preciosas? agradeceria cada review ja postado. kkkk
e amores uma novidade.
proximo capitulo, sei que voces irao amar. hihihi
ahhh e bom fim de semana a todos.
e ja sebem ne? dicas, sujestoes e criticas sao bem vindas!!!
bjao