Escolhas escrita por Rosa Scarcela


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Nossa, eu já estava deitada, pronta para dormir, e resolvi correr aqui para postar este capítulo que estou louca para saber a opinião de vocês. Bom, para quem está esperando, tem um pouquinho da Bella e otras cositas más...
ACHO que amanhã não terá capítulo. Explico: Meu pai vai trocar o piso da minha casa e, por esta razão, todos os móveis serão torados do lugar e os que dependem de energia para funcionar, consequentemente, serão desligados. Mas também tenho uma boa notícia... Farei um ou dois capítulos extras (e não programados em princípio). Um deles, com certeza, será no Ponto de Vista do Carlisle. Já estou com as ideias e vou ver se consigo escrever antes do final de semana.
Chega de falar... Vamos ao capítulo...



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Tomamos café-da-manhã sozinhos na cozinha. A casa estava silenciosa. Era cedo, mas éramos acostumados a acordar antes que os demais. E depois que todos acordassem, os preparativos para Ação de Graças acabariam com o nosso sossego.

Lilly estava sentada no meu colo enquanto eu segurava sua mamadeira de leite puro e tomava meu chá com bolachinhas caseiras.

- Papai – me chamou quando abaixei sua mamadeira para que ela pudesse respirar. – Quelo passiá. Você qué? - Sorri. Eu fazia todas as suas vontades e ninguém se atreveria a me criticar.

Coloquei um vestido florido de mangas compridas, casaco, luvas e meia-calça de lã em Lilly e vesti calça jeans, tênis e casaco de moletom. De mãos dadas, fomos até nosso carro onde a acomodei em sua cadeirinha de segurança.

Liguei um CD de músicas infantis que minha filha era apaixonada e comecei a dar voltas por Forks procurando algo que ela fosse gostar. Inevitavelmente, passamos em frente à casa dos Swan e qual não foi minha surpresa ao ver Bella correndo no gramado nevado atrás de um garotinho de cabelos arrepiados.

- Eric! – gritou e eu freei imediatamente.

- Ai, papai! – Lilly gritou, rindo.

- Desculpe, princesa – olhei para ela sem querer desviar o olhar de Bella.

- Que tuto!

Me virei de volta à casa dos Swan e ela ainda estava lá. Agora segurava a criança no colo e estava de olhos arregalados em nossa direção.

Só tive uma reação: me aproximar de Bella. – O papai já volta – disse para Lilly e sai do carro largando a porta aberta.

Assustada, Bella correu para dentro de sua casa e trancou a porta. Subi os três degraus de uma única vez e bati. – Bella? Por favor, fale comigo.

Já devia ter passado uns 10 minutos que eu chamava, batia na porta e só ouvia o silêncio quando o choro de criança me chamou a atenção. “Droga!”

Corri até o carro e peguei minha Lilly chorando. Beijei seus cabelos claros e a abracei forte. – Me perdoa, bebê.

Voltei com Lilly para a porta da casa de Bella e bati mais uma vez. Eu precisava tentar falar com ela. Não sabia o que dizer, mas eu tinha que insistir.

Mantive-me agarrado à Lilly como se ela me desse forças para o que eu estava prestes a fazer. Para minha surpresa, Charlie abriu a porta e me encarou.

- Bom dia, senhor Swan – ele assentiu. – Será que eu poderia falar com a Bella?

Ao ouvir o nome, Lilly me soltou e virou-se para Charlie. Não sei o que se passou pela cabeça dele, mas a confusão ficou bem clara nos seus olhos.

- Ela não está. Minha filha partiu quando você a deixou – acusou-me ríspido.

Estava certo que me precipitei. Mudei de tática imediatamente.

- Desculpe incomodar. Se a vir, poderia dizer que eu gostaria de falar com ela?

Charlie Swan bateu a porta na minha cara.

Só percebi que estava chorando quando Lilly levou suas mãozinhas ao meu rosto e tentou secar as minhas lágrimas. – Não chola, papai.

Apesar do frio, levei Lilly à praia de La Push, onde tantas vezes estive com Bella. Acho que nunca tinha visto minha princesinha se divertir tanto. Mesmo com medo da água, ela aproveitou cada momento na areia. Fizemos um castelo bem grande que foi levado pelas ondas quando o mar ficou mais agitado, desenhamos no chão e deixamos nossas mãos marcadas na lama.

Não demorou muito para o tempo escurecer e fechar, então voltarmos para casa. Estávamos realmente sujos e Esme nos olhou com cara de horror. Não me abalei. Lilly e eu subimos para um banho bem quente de banheira e só reaparecemos no horário do almoço.

- Você não acha que Lilly pode pegar um resfriado levando-a para a praia, Edward? – era a primeira vez em meses que meu pai dirigia a palavra à mim e era para criticar. Eu queria ter deixado passar, mas nunca escondi que ainda estava magoado com todos eles.

- Lilly é minha filha e apenas eu posso dizer o que é bom para ela ou não.

Eu até queria me reunir com eles para a refeição, mas foi mais forte que eu. Segui até a cozinha, peguei algumas frutas e biscoitos, coloquei em uma sacolinha de tecido e fui para a rua.

- Hoje nós vamos almoçar em um restaurante, Lilly. Você vai gostar.

Eu tive culpa por tudo, acredito que até mais que todos os envolvidos, mas foi uma grande covardia dos meus pais e dos pais de Tanya me obrigarem a assumir uma responsabilidade que não era minha. Eu daria um jeito de contar à Bella que estive com outra e buscaria seu perdão até meu último suspiro, mas eu nunca tive esta chance. Além de trai-la, ainda a feri da pior maneira. E pelo que eu tinha visto antes, ela fez como recomendei. Seguiu com sua vida. Estava casada. Tinha um filho. Assim como eu.

Antes de tirar Lilly de sua cadeirinha, corri até o porta-malas e peguei um grande guarda-chuvas que mantinha guardado para situações como aquela. Forks era uma cidade muito chuvosa. Corremos e rimos até chegar ao restaurante simples, mas acolhedor. Devia ser o único da cidade aberto em pleno Ação de Graças e por isso estava lotado, à exceção de uma única mesa com quatro lugares vazios bem no canto do salão.

Enquanto dei as instruções à atendente sobre a refeição da minha filha, o sino da porta anunciou que mais alguém entrava. Do meu lugar, não dava para enxergar de quem se tratava, apenas ver que alguns funcionários abriram um sorriso e foram cumprimentar a pessoa. Voltei meu olhar para Lilly que também estava olhando para trás, já que estava de costas para a porta e, quando percebi, um garotinho que devia ter a idade de Lilly apareceu, andando sozinho e nos encarou.


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Notas finais do capítulo

E aí???