Escolhas escrita por Rosa Scarcela


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Estou muito feliz pela quantidade de reviews que venho recebendo... Agradeço do fundo do meu coração...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/231958/chapter/6

02 anos depois

Eu voltei para Forks em cada oportunidade que tive e mesmo que a casa dos Swan não ficasse no caminho para nenhum lugar que eu quisesse ir, sempre passei na frente com a esperança de ver Bella por um ou dois segundos.

Minha mãe me mantinha informado, apesar de não haver muitas notícias. A única coisa sabida era que Bella desapareceu depois que fui embora. Nunca mais foi vista. Charlie, por outro lado, passava os dias mais lúcido. Ele nunca comentou com ninguém o paradeiro de Bella e, pelo que minha mãe me disse, ninguém teve coragem de perguntar.

Nunca tive um relacionamento com Tanya, apesar de vivermos sob o mesmo teto. Depois que Lilly nasceu, ela voltou a Harvard e coube a mim cuidar do bebê praticamente sozinho, mesmo que eu também estivesse estudando. Emmett nunca conheceu a filha e nas vezes que nos falamos por telefone, não se deu o trabalho de perguntar por ela uma única vez.

Meus pais e os pais de Tanya nos visitaram tantas vezes nesses dois anos quanto eu podia contar com os dedos da mão esquerda. Acho que sabiam da nossa infelicidade e ver, pessoalmente, o que tinham causado deixava-os mais culpados.

Porém, acordar todas as manhãs e ver minha Lilly com seus olhos grandes e lábios rosados me encarando, esperando meu beijo de “Bom dia”, anulava as partes ruins da minha vida. Ela passava o dia na creche enquanto Tanya e eu estudávamos, mas cabia a mim levá-la e buscá-la. Eu também a banhava e dava de comer porque, se dependesse da mãe, ela morreria de inanição.

Tanya se envolveu com muitos caras da faculdade, mas eu a havia proibido de levar qualquer homem para casa. Deveria respeitar a mim e a filha.

Me envolvi demais com a criança, que eu amava como se fosse minha. Ela era toda parecida com Tanya e Emmett. Tinha os cabelos loiros e lisos da mãe e os furinhos na bochecha como o pai. Felizmente, sua personalidade era minha, acredito que pela convivência.

A primeira palavra dita por Lilly foi “papai” e eu quase fiquei desidratado de tanto que chorei. Ela nem tinha completado um ano e já falava pelos cotovelos. Passava horas me contando de seu jeito como tinha sido seu dia. Como o babão que eu sempre fui, ouvia atentamente e interagia na esperança que ela me entendesse também.

Em momentos como este, Lilly mostrava-se uma verdadeira Cullen. Falava sem parar. Isso era tão Alice.

Deixei Tanya na casa dos pais e segui com Lilly para a casa dos meus. Fomos recepcionados por Esme e Alice completamente animadas e excitadas.

- Meu Deus, como ela está grande, filho!

Lilly agarrou meu pescoço e apenas olhou para a avó. Por mais que eu amasse meus pais, eu não era altruísta ao ponto de esquecer o que fizeram comigo. Jamais os perdoaria. E às vezes eu tinha a impressão que minha princesinha sentia tudo que acontecia ao seu redor, pois não aceitou o abraço oferecido por minha mãe e apenas sorriu para minha irmã. Não me senti mal ao ver a face triste delas. Eu estava calejado.

- Nosso quarto está pronto? – perguntei subindo as escadas.

- Sim. E o berço de Lilly foi levado para lá.

Minha cama de casal era a mesma desde que parti. Encarei o móvel recordando os incríveis momentos que passei ali. As vezes que dormi abraçado com Bella. Nossas noites de amor.

Infelizmente, éramos apenas Lilly e eu. Me recusava a pensar se Bella seguiu sua vida com outra pessoa. Linda e amável, não seria difícil encontrar alguém que a amasse como ela merecia. E esse alguém nunca mais seria eu.

- Papai, quelo papazinho - minha princesinha me tirou dos devaneios. Ela tinha este poder. Era a única que me salvava dos momentos de depressão.

- Humm... Será que a vovó Esme já deixou seu papazinho pronto? – sorri.

- Selá que tem batatinha? – animou-se.

Seguimos para o banheiro e eu coloquei a banheira para encher. – Primeiro um banho e depois nós descemos para comer, combinado?

- Combinado!

Emmett chegou da faculdade naquela noite também. Tratou Lilly como se fosse uma criança de qualquer vizinho e foi encontrar com os amigos para uma festa – daquelas que eu era acostumado a frequentar.

Lilly e eu dormimos cedo. Há muito tempo eu não ficava mais tão à vontade na casa de meus pais. Deslocado era a palavra que melhor descrevia a sensação de estar no meio de tanta gente hipócrita.

Não via a hora dos feriados acabarem para eu voltar à minha vida com minha filha. Já vinha até pensando na hipótese de pedir o divórcio a Tanya. Eu ficaria com Lilly e ela com todos os bens, até meu carro. Uma proposta irrecusável a meu ver.

Acordei com Lilly deitada em cima de mim. Tentei colocá-la de volta na cama sem perturbá-la, pois era muito cedo, mas ela abriu os olhos, já sorrindo.

- Bom dia, princesinha linda do papai.

- Bom dia, papaizinho lindo da Lilly.

Ri com a novidade. Lilly crescia rapidamente. Se eu piscasse, perderia as novidades, como sua primeira frase completa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Escolhas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.