Contamination - Depois Da Vida escrita por Fenix
- O que?! – Pergunta Ana, lhe estranhando.
Abismado, Nathan vai se aproximando.
- Ana, sou eu... – Ele diz.
Bruna para de andar, vira-se e encara Nathan. Ana fica com uma expressão séria, sem reconhecê-lo.
- O Nathan... – Ele estica o braço para acariciar seu rosto.
Centímetros de sua pele, Ana segura sua mão, gira debaixo de seu braço, levando-o para as costas e o puxa para cima, Nathan fica um pouco inclinado para trás.
- Eu não te conheço – Diz Ana, ao seu ouvido.
Leonardo e Ian ficam um pouco assustados com a prática de Ana.
- Ana... – Diz Nathan – Eu sou seu primo... Estava na sua casa antes de ser chamada para uma cidade, quando o caos começou você me pediu para cuidar da sua mãe... Enfrentamos aquelas coisas juntos... Achei que tinha te perdido!
Bruna se aproxima e segura à mão de Ana, que rapidamente olha para ela.
- Calma... Ta tudo bem... Pode soltá-lo! – Diz Bruna.
Ana o empurra para frente soltando-o, logo fica ao lado de Bruna, as duas encaram Nathan, que coloca a mão no ombro.
- Ela sofreu uma perda de memória, se for mesmo primo dela... Ela vai lembrar – Diz Bruna.
- Ta legal, estou comovido, o encontro de família, mas da pra apertar o passo, por favor? – Diz Ian, impaciente – Antes que esses caras comam a gente vivos!
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Do lado de fora, em frente ao portão de grade que prendia os vampiros na rua, o grupo corre até uma porta de ferro rolante.
- Atrás daquela porta, fica o V.T.U. (Veículo de pacificação noturna)... A prisão o manteve no caso de rebelião – Diz Nathan.
Ana e Bruna encaram os vampiros batendo contra o portão, eles chegam à porta.
- Dezesseis rodas, placas de aço e jatos d’agua... Acomoda vinte pessoas – Explica Nathan – Tem dez toneladas... Você dirigi com estilo e passa por cima deles!
- A tranca está emperrada... Mas acho que consigo abrir – Diz Jensen.
- Quando chegarmos à costa, vamos passar para um barco – Diz Bruna.
- Só que... Vamos precisar de mais armamento, senão não vamos passar nem desta porta – Diz Leonardo.
- Eu tenho armas – Diz Nathan, encostando-se a parede – Quando fui designado, usávamos um lugar no porão como um arsenal... Tinha todas as armas que podem imaginar!
- E quem te garante que sua unidade não levou as armas quando te deixaram ai? – Pergunta Jensen.
- Porque no final de tudo... – Nathan da uns passos para frente – Tinha muito mais armas do que pessoas para usá-las.
De repente um barulho estrondoso, Bruna, Ana e Berry viram-se rapidamente, todos arregalam os olhos.
- Não pode ser! – Murmura Bruna.
Um machado é fortemente batido contra o portão, uma rachadura se forma ao lado.
- Vocês dois vão até as armas – Diz Ana, para Bruna e Nathan – Leonardo vem comigo!
Eles se afastam correndo, Ana e Leonardo vão em direção ao portão, próxima, Ana da uns passos para trás ao se deparar com X-Lion, um ser de 2.16 altura, batendo o machado contra a porta.
- Ai meu deus! – Diz Ana, se afastando.
A cada batida um som estrondoso, o portão está firme.
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- Mas então, o que era aquilo? – Pergunta Nathan, caminhando rápido pelo corredor ao lado de Bruna.
- Como eu vou saber?
- Parecia que já o conhecia – Diz Nathan.
- Ta bem... – Diz Bruna, eles não param de andar – O nome dele é X-Lion, é um vampiro que se infectou diversas vezes, o vírus Lion não pode ser combatido, não a uma cura... Ele só vai evoluindo...
- Então aquela coisa já foi um daqueles pequenos?
- Basicamente sim!
- Como vamos detê-lo? – Pergunta Nathan.
- Com muita sorte! – Responde Bruna.
Eles param em frente a uma porta de elevador, juntos conseguem abri-la, em seguida se deparam com os andares inferiores completamente submersos.
- O que isso? – Pergunta Bruna, analisando a água sem querer acreditar.
- Eles bombeavam a água para fora da prisão, sem energia, alguns dos níveis mais baixos se encheram – Diz Nathan – Tem mais dois andares lá pra baixo.
- E o arsenal ta muito longe? – Pergunta Bruna, séria.
Nathan da um sorriso de canto.
- Lá embaixo!
X-Lion continua a bater com o machado gigante contra o portão, bem próxima aos braços dos vampiros, Ana olha para o lado.
- Leonardo anda logo! – Diz Ana, agitada.
Leonardo se aproxima com um pedaço de ferro e põe na porta para impedir a entrada dos vampiros.
- CUIDADO! – Ana rapidamente segura a gola de sua camisa e o puxa para trás, por milésimos de segundos um vampiro não agarra a garganta de Leonardo.
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Bruna e Nathan estão se equipando para mergulharem no vão do elevador, Bruna está com sua bolsa aberta com diversas armas, Kerry se aproxima deles correndo.
- Onde você pensa que vai? – Pergunta Nathan.
- Fui campeã de natação no colegial – Diz Kerry.
Bruna e Nathan se levantam.
- É mesmo é? – Ele diz, sorrindo.
Bruna pega uma arma e a entrega para Kerry.
- Toma... Pega! – Diz Bruna, ela olha para o lado e entrega outra arma para Nathan.
Ele lhe encara.
- Você vai confiar uma arma a mim? – Ele pergunta, surpreso.
- Vou! Porque não?... Afinal, se tentar algo vai ter que me enfrentar – Diz Bruna.
Ele pega a arma com um sorriso.
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O portão passa a tremer, ele já se abria um pouco para frente.
- Leo atira nesse filho da mãe – Diz Ana.
Leonardo saca sua arma e aponta para o centro do peito de X-Lion, ao atirar, a bala nem chega a perfurar a pele, então tentava mais vezes no mesmo lugar e não o parava.
- Mas que droga é essa? – Leonardo fica sem saber o que fazer.
Ana fica assustada e da uns passos para trás.
Jensen solda o portão de ferro para poderem entrar.
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Bruna se aproxima da porta do elevador, fecha os olhos e da um pulo, em seguida vai nadando sendo guiada pelas paredes. Com uma lanterna a prova d’agua, ela ilumina um cano grosso “Cano de ar para o elevador central. Ela continua a nadar, um pouco longe, o cano cria uma rachadura, depois um impacto forte dentro dele, em seguida a mão de um vampiro passa pelo buraco feito no cano.
Kerry e Nathan vão logo atrás de Bruna. Depois de algum tempo nadando, Bruna se levanta ofegante, escalando uma escada, logo depois saem Nathan e Kerry inspirando fundo. Bruna caminha em direção ao corredor, Nathan e Kerry vão nadando até a escada. Ela puxa uma espada de trás do coldre e fica em posição de ataque iluminando o final do corredor.
Kerry fica entre Nathan e Bruna, os três iluminam uma porta de ferro no final do corredor, Nathan acende um sinalizador e o lança até o final do corredor, ele bate contra a porta e fica um pouco afastado, Nathan e Kerry apontam as armas. Assim que dão uns passos para frente, com um barulho na água, Kerry se vira, um vampiro lhe morde no pescoço.
- AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH – Naquele instante pula com ela para dentro da água.
Bruna e Nathan viram-se rapidamente, Bruna fica assustada, até que um vampiro sai da água correndo, ela estica o braço e faz a espada atravessar a cabeça dele, Bruna solta a espada e o deixa cair para trás. Nathan vai atirando rapidamente nos vampiros que saiam da água, Bruna da uns passos para trás negando com a cabeça.
- VAMOS EMBORA, SÃO MUITOS! – Grita Bruna.
Eles viram-se e saem correndo, Bruna abre a porta e espera Nathan, que para em frente e atira nos vampiros.
- Entra logo! – Bruna o puxa para dentro e fecha a porta.
Dentro do arsenal, era um breu completo, Bruna acende um sinalizador, portanto se deparam com mais de mil tipos diferentes de armas, bombas e munições, ela leva seu olha para as submetralhadoras.
- Muito legal! – Diz Bruna, sorridente.
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Jensen consegue abrir a porta com a ajuda de Ian, em seguida caminham para dentro do local admirando o veículo enorme em sua frente, Berry os seguia com uma arma nas mãos.
- Nossa! – Diz Ian.
Ana e Leonardo vão empurrando o carro da polícia em direção à porta, a rachadura na parede está quase chegando ao final do muro, os parafusos do portão estão sendo praticamente arrancados do concreto.
- Meu deus! – Diz Ana.
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Bruna e Nathan estão preparando uma grande bolsa com munições e armas, ela está sentada em cima de uma mesa carregando uma submetralhadora.
- Tem muitos lá fora, não da pra voltar por ali – Diz Nathan.
Ela olha para o duto de ventilação e da um sorriso de canto.
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- Ai droga! – Diz Jensen, caminhando até o motor do veículo, que encontrava-se sendo suspenso por correntes.
- Que você quer dizer com ai droga? – Pergunta Ian – E que motor é esse?
- O que acha que é isso aqui? – Pergunta Jensen, passando a mão na testa a apoiando o cotovelo no motor.
- Não me diga que isso vai ali dentro – Ian fica exaltado.
- Acha que consegue montá-lo? – Pergunta Berry.
- Talvez, mas levaria uma semana – Diz Jensen, indignado.
- Não... E o que vamos fazer? – Pergunta Berry, em frente a Jensen, porém um pouco afastado.
Ian respira fundo e olha para eles.
- Eu sei! – Ian saca a arma.
Sangue é jorrado no rosto de Berry, Jensen cai morto no chão com um tiro na cabeça, Berry fica em pânico, com seus olhos arregalados ele observa o corpo, em seguida leva seu olhar assustado para Ian.
- Ian... O que foi que você fez?
Ian o encara ofegante e sério.
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