Contamination - Depois Da Vida escrita por Fenix


Capítulo 5
Invasão




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- Você estava pilotando o avião – Diz Nathan.

- Como sabe disso? – Bruna da uns passos para trás.

- O Dewey não é o único que sabe das coisas – Diz Nathan, puxando o braço.

Bruna fica encarando seus olhos azuis claros e brilhantes.

- Que bom que você conseguiu – Diz Nathan – Quem sabe não põe juízo na cabeça deles?

- Me explica – Diz Bruna.

Nathan se agacha em frente à porta sem tirar seu olhar de Bruna.

- Não é óbvio? Eu não sou prisioneiro – Ele diz – Eu não devia estar aqui!

Ela caminha calmamente para lateral da cela lhe observando, Nathan se levanta.

- Eu trabalhava numa unidade militar – Conta ele – Usávamos esse lugar como um hangar, a coisa já estava feia quando a ordem chegou vinda do governador de libertar os presos... Precisávamos de maior número de pessoas possíveis para lutar contra aquelas coisas... E foi um caos... Estávamos fugindo quando uma gangue de prisioneiros me atacou... Talvez... Devem ter achado que eu era algum guarda... Eu acordei, minha unidade havia partido e eu estava aqui... É a ideia deles de piada!

Bruna lhe encara levanta as sobrancelhas.

- Não acredita em mim não é?

Bruna da um sorriso e lhe encara suavemente.

- Vem cá... Eles acreditam?

- Você tem que me tirar daqui – Diz Nathan.

- Estamos presos de qualquer jeito.

- É verdade!... Mas eu posso ajudar!

Leonardo se aproxima com Dewey, ele passa por Bruna.

- Já ouviu o bastante? – Pergunta Leonardo, ao passar por ela.

Bruna olha para o lado e os observa caminhando.

- Achou alguma coisa? – Ela pergunta.

- Não! – Responde Leonardo.

- Eu conheço um caminho para a gente sair daqui- Diz Nathan.

Bruna vira o rosto e segue o caminho de Leonardo, Nathan vai até a porta e lhe observa se afastar.

- Se me tirar daqui eu faço o mesmo por você!

Bruna o ignora e continua a andar.

- VÃO PRECISAR DE MIM! – Ele grita.

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- Verificaram o que ele anda dizendo? – Pergunta Bruna, para Leonardo, enquanto desciam a escada para o refeitório do bloco B.

- O caminho dele? – Leonardo da uma risada abafada – Ele não vai dizer nada enquanto não o soltarmos, e não vamos soltá-lo... É um assassino!

- Sério?! – Bruna encara Leonardo.

Ele para de andar e vira-se para ela.

- Vejo nos olhos dele!

- Como pode ter certeza? – Ela pergunta.

- Conheço as pessoas.

- Interessante! – Eles voltam a caminhar, então param em frente a uma mesa, Bruna vira-se para Leonardo – Então me diz, o que vê quando olha os meus olhos?

Leonardo da um sorriso de canto.

- Uma garota doce e calma!

Bruna pega sua mochila que estava nas costas, tira um rolo de pano dentro e o abre na mesa, revelando diversas armas, munições, facas, espadas e bombas.

- Wow! – Diz Leonardo, surpreso – Caramba!

Bruna da um sorriso aberto e leva seu olhar à Leonardo.

- Sou uma garota preparada – Ela diz.

Ela pega uma pequena bolsa preta, a abre na mesa espalhando diversas moedas de 50 centavos, Leonardo apoia o pé no banco e o braço no joelho.

- O que você pretende fazer com tudo isso ai? – Ele pergunta.

Bruna senta no banco e vai empilhando as moedas em cinco.

- É um robe – Ela diz.

- Um robe? Ta legal – Diz Leonardo – A gente se vê amanhã!

Ele se afasta, Bruna fica concentrada separando as moedas.

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Ana e Jensen ficam na cobertura, Ana analisa Titan.

- Não tem ninguém no deck – Ela diz, um pouco desconfiada.

- Os seus amigos estão lá? – Pergunta Jensen.

Ela fica um pouco calada e olha para ele ao seu lado.

- É, e-eu acho que sim – Ela responde.

- Se lembra deles?

- To lembrando! – Diz Ana – Aos poucos!

Eles olham para Titan.

- Nada que faça muito sentindo – Ela diz.

Então põe o binóculo novamente e volta a observa o navio com a visão noturna.

Dewey está lendo jornal em frente a cela de Nathan, até que ouve um barulho baixo, ele olha para os lados e não avista ninguém, o barulho volta a acontecer, então fica encarando o breu em sua volta, Dewey levanta-se da cadeira, observa Nathan cochilando sentado no chão encostado na parede de vidro.

No chão do banheiro da ala B, seguindo para parte dos chuveiros, o chão está rente, até que os ladrilhos se envergam para cima.

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Na manhã do dia seguinte, na rua deserta de Los Angeles, um barulho de metal arrastando no asfalto é ouvido, de repente um ser de 2.16 de altura, muito forte, com um pano envolvido no rosto e uma roupa de açougueiro, segue a rua em direção a prisão, arrastando com sigo um enorme machado que pesa cerca de 200kg sujo de sangue, espinhos saindo de seus ombros e um ancora enorme está amarrada em sua cintura.

Os vampiros estão batendo contra o portão de grade, suas mãos passam pelos espaços e ficam gritando, a quantidade de vampiros vai aumentando a cada segundo, o portão está preso no concreto da parede, que vai se rachando ao lado do prego groso.

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Bruna segue Leonardo até o banheiro da ala B, eles passam pelas pias indo até os chuveiros, que eram apenas tubos de ferro em uma ala se divisória.

- Ainda temos água corrente – Diz Leonardo.

- Que civilizado – Diz Bruna.

Eles param até o chuveiro do meio.

- Fazemos o melhor – Diz Leonardo, sorrindo.

Em seguida abre o chuveiro, Bruna põe a mão na água e da um sorriso.

- Ta fria!

- O nosso melhor só vai até ai – Ele diz – São pra você – Ele lhe entrega a toalha.

- Obrigada! – Agradece Bruna.

Eles se encaram por uns instantes, ela da um sorriso.

- Acho que... Vou te deixar agora! – Diz Leonardo.

- Eu acho melhor! – Diz Bruna, sorrindo, sendo gentil.

- Estou do lado de fora caso precisar – Diz Leonardo, ele vai se afastando.

- Obrigada! – Diz Bruna.

Sozinha, ela da um sorriso encantador, vira-se e põe seu coldre no banco, ela tira o colete, quando segura a blusa ouve um barulho, logo vira-se para trás.

- Leo?... Leonardo! – Bruna o chama.

Rapidamente pega uma Pistola 9mm de seu coldre e vira-se para o lado, devagar vai caminhando pelo banheiro, de repente ouve o barulho novamente, ela vira-se para o outro lado caminhando na direção com a arma apontada e um olhar sério.

Ela chega a outra parte do banheiro, local onde secava as toalhas, ela vai se aproximando,  sua respiração fica mais tensa, ela puxa a toalha e depara-se com Dewey, que rapidamente leva as mãos.

- Relaxa querida! – Diz Dewey.

- Cai fora daqui! – Diz Bruna, com seu olhar sério e amedrontador, seu tom de voz fica grave e frio.

- Ta legal, eu já vou indo nessa – Diz Dewey.

Ele se afasta, Bruna o pega pela gola da camisa e o leva para ala dos chuveiros com a arma apontada em seu queixo.

- Calma, calma – Dewey repetia.

Ela o larga e o empurra para frente, logo aponta a arma.

- Suma da minha frente! – Diz Bruna, com seu olhar frio.

A retina de Bruna fica um pouco avermelhada, Dewey arregala os olhos ao vê um vampiro se levantar atrás dela. Ele abre a boca mostrando os dentes afiados, Bruna rapidamente se vira e atira no peito dele, a bala atravessa o corpo e bate na parede, Dewey vira-se para fugir, no entanto um vampiro pula do teto em sua frente e o morde no pescoço.

- AAAAAAHHHHHHHHH – Ele grita.

Dois vampiros saltam do teto caindo no centro dos chuveiros, eles correm até Bruna, a retina dos olhos dela ficam vermelhas. Ela corre até eles, da um salto, seu pé é apoiado na cabeça do vampiro e o leva para trás até ser esmagada no chão, Bruna se vira e atira no outro que corria em sua direção.

Ao vira-se, avista o corpo de Dewey ser levado para um buraco no solo, seus olhos voltam ao normal, Bruna fica ofegante encarando o buraco.

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Jensen e Ana ficam agachados em frente o buraco, observam a enorme  profundidade, no final algo passa correndo.

- Mas que cheiro é esse? – Pergunta Ian.

- Devem ter vindo do esgoto – Diz Bruna.

- Dewey disse que tinha ouvido algo se movendo atrás da parede – Diz Leonardo, analisando o corpo dos vampiros no chão – Devem ter vários caminhos por aqui!

- O que?! Então aquelas coisas entram em qualquer lugar? – Pergunta Ian, nervoso.

- Nós precisamos sair daqui – Diz Berry.

- Titan enviará ajuda – Diz Kerry.

- NINGUÉM VEM NOS BUSCAR, SERÁ QUE VOCÊ NÃO ENTENDE? – Grita Ian – Nós temos que nos ajudar sozinhos – Ian se aproxima de Bruna – Bruna o seu avião...

- Não cabe todo mundo – Diz Bruna.

- Então a gente tira na sorte e... – Diz Berry.

- NÃO! – Grita Bruna – Todos sairemos daqui, ninguém ficará para trás.

- Ótimo! – Diz Ian – E como faremos isso? Como vamos sair daqui? Em fila única?

Bruna leva seu olhar para Leonardo tendo uma ideia.

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- VOCÊ FICOU LOUCA É? – Grita Ian.

- Eles não querem que a gente saia – Diz Berry.

- Isso mesmo, é perigoso – Diz Ian.

- Jensen, o que acha? – Pergunta Leonardo, em frente a cela se Nathan.

Ele por sinal estava em pé em frente a porta.

- Bom, eu acho que a gente não tem outra escolha – Diz Jensen.

- Isso é loucura, Kerry, Kerry olha pra mim, o que acha? – Pergunta Ian – Nem você é tão estúpida!

- Eu acho que sou – Diz Kerry – Concordo com o Jensen! Se ele acha que sabe o caminho, eu quero ouvir!

Bruna da um sorriso debochado olhando para Ian.

- Tudo bem! – Ela vai até a porta da cela.

- ISSO É UM ENGANO – Grita Ian – Eu acho bom ficarem de olho nele!

Bruna tira o cadeado e Leonardo lhe ajuda a puxar a porta, eles se afastam, Nathan ajeita a luva em frente à porta, Bruna o encara com um sorriso.

- Fiquei me perguntando quanto tempo levariam – Diz Nathan, depois da um sorriso.

Ele desce a pequena escada saindo da cela, para ao lado de Ian e fica lhe encarando, Ian fica olhando para os outros e para Nathan.

- Bu! – Nathan assusta Ian que o faz da um passo para trás.

- É isso ai, agora vamos sair logo daqui – Diz Bruna, ela vira-se e passa ao lado de Ana.

Que por sua vez estava de frente, Nathan lhe avista e fica com um olhar inacreditável, ele lhe observa por um tempo, tendo certeza de que era ela, Nathan fica um pouco ofegante.

- Ana? – Nathan a conhecia.


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