Contamination - Depois Da Vida escrita por Fenix


Capítulo 4
Refugiados na prisão insegura




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- Olha só – Jensen entrega o binóculos para Bruna.

Já os três debaixo de uma tenda ao lado do avião, com uma mesa em frente tendo um rádio gravador e diversos objetos.

- Olhar o que? – Pergunta Bruna.

- Lá! – Jensen aponta para frente.

Bruna põe o binóculo e observa o mar, ao longo, avista um navio de carga.

- Está vendo? – Pergunta Leonardo.

Ela da um pouco de zoom e observa o nome do navio “Titan”.

- Não é uma cidade – Diz Jensen.

Bruna remove o binóculo.

- É um navio – Ela diz dando um sorriso bufante.

- Eu gravei isso das ondas curtas – Jensen mexe no rádio gravador.

Bruna analisa o navio novamente.

- Aqui é Titan transmitindo em uma frequência emergencial, não há infecção, prometemos proteção e segurança, alimento e abrigo...

Bruna abaixa o binóculo, porém continua com seu olhar ao navio.

- É a mensagem que ouvimos – Ela diz – Devem ter descido a costa resgatando as pessoas – Bruna põe o binóculos na mesa.

- Aqui é Titan transmitindo em uma, AAAHHHH...

Bruna olha para o rádio rapidamente.

- O que foi isso?

- Hm, eu não sei... – Responde Jensen – Essa foi à última vez em que ouvimos... De repente... Pararam!

- Isso foi há dois dias – Diz Leonardo, atrás de Bruna com os braços cruzados.

Ela olha para trás lhe observando.

- Desde então lançamos sinalizadores – Diz Leonardo – Então quando chegou, achamos que foi enviada.

Ela olha para o lado com uma respiração forte e volta a analisar o navio que estava dentro da neblina.

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Subindo uma escada de ferro, Bruna encontra Ana, que admirava o mar e o navio ao longo.

- Ana – Diz Bruna, se aproximando.

Ana a segue com o olhar até ficar ao lado, Bruna aponta para o navio.

- Aquele navio, aquele é Titan – Diz Bruna.

- Eu sei! – Diz Ana, normalmente.

- Você se lembra? – Pergunta Bruna.

- Eu... Me lembro da praia – Diz Ana.

Flash Back on

Botes negros com guardas vão se aproximando da costa, Ana Beatriz sai do helicóptero já os observando.

- As pessoas vinham nos ajudar! – Conta Ana.

Ela e os demais passageiros vão saindo do helicóptero, os botes param na areia e logo os guardas vão saindo sem qualquer arma.

Flash Back off

- E o que houve? Porque você não foi com os outros? – Pergunta Bruna, preocupada.

Ana bufa olhando para o lado, ela morde o lábio inferior e leva seu olhar para Bruna.

- Eu não sei!... Disso eu não lembro! – Em seguida das duas olham para o navio.

- Temos que chegar até o navio – Diz Bruna, com uma expressão decidia e um olhar frio.

 O satélite da Livit Corporation recebe o sinal de Bruna Mozzi e sua última fala.

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Já de noite, Jensen vai para ponta da cobertura que estava iluminada com tochas, ele levanta sua mão com o sinalizador e o atira para o alto, a luz verde clareia o céu negro sem estrelas. Jensen olha para baixo ao pegar a tocha, Leonardo está na torre de vigia ao lado do grande portão de grande, ele acende a tocha de fora e com um olhar sério, observa os vampiros de braços esticados gritando para ele.

Descendo a rua, indo para o subterrâneo, um vampiro está conseguindo cavar ao meio da terra.

Com uma tocha, Leonardo guia Bruna até o refeitório, cada ala da prisão era iluminada por diversas tochas.

- Bem vinda a sua nova casa – Diz Leonardo – As celas do bloco B.

Bruna observa as cadeiras no espaço vazio e leva seu olhar para cima, observando os corredores e as celas.

- A Kerry vai cozinhar – Diz Leonardo, pegando um prato e uma bandeja.

Kerry está fazendo um feijão ralo em uma panela rasa, ela o mexe com uma colher, apoiando a panela em uma grade e um galão com fogo.

- O cardápio não é muito variado, mas ela é mestre no que faz – Diz Leonardo, se aproximando de Kerry.

Bruna pega um prato, Kerry da uma risada.

- Eu não trouxe boas notícias – Diz Bruna, encarando-a normalmente.

- Acostume-se a decepção – Diz Kerry – É o que o meu agente dizia!

- Você era atriz? – Pergunta Bruna.

- Vim para Hollywood seguir um sonho e acabei servindo mesas – Diz Kerry.

- Saiam da frente que estou com fome – Diz Ian, entrando na frente de Bruna.

Kerry o serve, e junto o Berry. Bruna encara Ian seriamente e respira fundo.

- É, obrigado hein – Ian se afasta, Berry o segue.

Bruna volta seu olhar em Kerry.

- Conheci muitos idiotas como ele na época – Diz Kerry.

- Qual a história dele? – Pergunta Bruna, levando seu olhar para Leonardo.

- Antigamente ele era um grande produtor de filmes de terror – Diz Leonardo – É MUITO DIFÍCIL LHE DAR COM ELE!

Ian olha para trás, o encara e volta sua atenção para comida. Kerry serve o prato de Leonardo.

- O Berry era estagiário dele e ainda não sacou que o mundo mudou – Diz Leonardo.

Bruna, Leonardo e Kerry sentam numa mesa perto de Ian e Berry, eles põe as bandejas na mesa e logo sentam, Bruna toma um gole da água e põe o copo na mesa, Kerry fica olhando pra Bruna por um tempo.

- Aquele seu avião, acha que ainda voa? – Pergunta Kerry.

- Ainda voa, mas só cabem duas pessoas – Responde Bruna.

- Poderíamos levar para Titan um de cada vez – Diz Kerry.

- Acho que ela já teve sorte de pousar uma vez, cinco ou seis vezes seria suicídio – Diz Leonardo – Sem querer ofender!

- Não me ofendi! – Diz Bruna, olhando para Leonardo, em seguida da um sorriso.

Ela o encara por uns instantes e da um sorriso abafado, então olha para Kerry.

- Deve ter outra maneira de sairmos daqui – Diz Bruna – Precisamos chegar até o navio, e rápido!

- Bom... Te-em um... – Diz Kerry, com receio de falar.

- Ham ham – Leonardo nega com a cabeça disfarçadamente.

Bruna leva seu olhar sério para ele.

- O que? – Pergunta Bruna.

- Não é nada – Diz Leonardo.

Bruna continua encarando-o, ele respira fundo, olha para Kerry e depois para Bruna.

- Seria perda de tempo – Diz Leonardo.

- Adoro perder tempo! – Diz Bruna, em seguida um sorriso de canto.

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Leonardo e Bruna descem a escada do bloco de segurança máxima.

- Quando a coisa fica preta, nos refugiamos na prisão – Diz Leonardo – Parece que tem as paredes mais altas e mais fortes – Eles caminham pelo corredor largo, que dava em uma ala vazia com uma cela de vidro no centro, a ala era completamente enorme – É o que temos para manter aquelas coisas lá fora... Quando chegamos aqui, os guardas e os presos já tinham ido embora... Acho que... Quando as pessoas começam a comer umas as outras... Não havia razão para mantê-las presas.

Eles saem do corredor e vão se aproximando da cela que havia um senhor sentado no banco.

- Achamos que o lugar estava abandonado – Diz Leonardo – Até que fizemos uma descoberta!

Leonardo fica em frente ao senhor, Bruna olha para a cela e avista um homem, musculoso, com suas costas definida, sentado de costas para a porta.

- Dewey – Diz Leonardo – Já pode descansar!

- Já estava mais que na hora – Diz Dewey, fechando o jornal – Odeio ficar aqui embaixo, ouvi movimentação nas paredes...

Bruna e Leonardo olham para o breu que cercava o local.

- Então vamos vê – Diz Leonardo, ele olha para Bruna, que olhava fixamente para o breu ao lado – Eu volto num minuto!

Ela acentua com a cabeça.

- Vamos! – Diz Leonardo, obrigando Dewey a se levantar.

Leonardo saca sua pistola de prata e caminha em direção à escuridão. Devagar e cautelosamente, Bruna vai se aproximando da cela de vidro inquebrável, avista o homem de cabelos castanhos, usando um macacão cinza, botas pretas e um cinto groso. Ele se levanta ainda de costas, se vira devagar e caminha tranquilamente até a porta, Bruna o analisa, observa suas feições perfeitas, o rosto um pouco quadrado e olhos azuis bem claros. Ele para diante a porta e lhe encara por segundos, eles trocam olhares tensos, de repente ele passa o braço pelo espaço da porta onde passa a comida, Bruna inclina-se um pouco para trás.

- Nathan! – Ele se apresenta.


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