Contamination - Depois Da Vida escrita por Fenix


Capítulo 2
Chegando na Antártica




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/231786/chapter/2

Hélio está pilotando o helicóptero olhando para frente, em sua testa havia uma feriada que sangrava aos poucos, a mulher caminha do fundo do helicóptero em direção a Hélio, com seu cabelo negro aos ombros e uma submetralhadora nas mãos, um macacão preto colado no corpo e bota de salto alto.

Ela vai se aproximando sem que ele perceba, próxima, Bruna põe a arma do lado da cabeça de Hélio.

- Uma última palavra! – Ela diz.

Hélio rapidamente se vira e injeta uma seringa no pescoço de Bruna, ela arregala os olhos e da uns passos para trás, ela abre a boca, sentindo suas veias arderem, Hélio levanta-se calmamente e põe no piloto automático.

Bruna cai fraca no chão, ela segura a seringa com a mão, um vírus vai rapidamente se espalhando pelo seu corpo, Bruna se debate no chão com os olhos arregalados, Hélio fica em pé ao lado da cadeira do polito, apenas lhe observando.

- Mas que prazer conhecer a verdadeira Bruna – Diz Hélio, com um sorriso no rosto.

A respiração de Bruna fica ofegante, ela não consegue tirar a seringa do pescoço.

- Dói não dói? – Pergunta Hélio, com um olhar frio e tom seco – E nós estamos apenas começando... Todos os seus poderes, rapidez, força, telecinésia, cura acelerada... Pode indo se despedir de todos eles!

Bruna tira a seringa do pescoço com um pequeno grito.

- O que você fez? – Ela pergunta, sem olhar para ele.

- O vírus que injetei neutralizará as células Lion dentro do seu corpo, resumindo... A corporação Livit está retomando a sua propriedade... – Hélio se aproxima de Bruna.

Ela fica sentada no chão com os abraços apoiados para baixo.

- Não respondeu as expectativas – Diz Hélio.

Bruna se levanta com dificuldade, ela olha para Hélio.

- Fora de circulação... – Diz Hélio.

Bruna lhe ataca com um soco, no entanto Hélio segura sua mão e a vira para trás, Bruna grita esticando o corpo, Hélio lhe chuta na barriga, Bruna bate contra a parede e cai no chão. Rapidamente levanta-se e tenta lhe bater no rosto, Hélio defende os dois ataques, em seguida a chutada, logo ele lhe soca na barriga, Bruna curva-se para frente, Hélio soca suas costas e a faz cair, naquele instante a chuta, Bruna rola para o fundo do helicóptero, Hélio caminha até ela, Bruna fica um pouco tonta, próximo ele a chuta tão forte que a lança na parede e depois cai no chão.

Bruna fica atirada no chão sem conseguir se mover, Hélio se aproxima mais um pouco.

- Eu esperava mais de você – Ele diz, em seguida tira a arma do casaco – Eu sou o que você era... Só que melhor!

Bruna olha para ele ofegante.

- Por favor, espera! – Ela diz.

Ele aponta a arma para sua cabeça.

- Ultimas palavras! – Ele diz.

- Obrigada!

- Por matar você?

- Por me tornar humana de novo! – Bruna leva seu olhar para frente.

Hélio vira-se rapidamente, o helicóptero estava próximo de uma montanha, o alarme passa a soar, ele corre em direção aos controles, no entanto não chega a tempo, os dois são arremessados para frente, em instantes de segundos, Bruna pega uma placa de ferro e põe em sua frente.

-----------------------

Por entre os destroços em chamas, Bruna sai da fumaça que cobria o local, tossindo e cambaleando, Bruna consegue sobreviver e afastar-se.

------------------------

- Aqui é Titan transmitindo em uma frequência emergencial, não há infecção, prometemos segurança, alimento e abrigo...

Seis meses depois

-Aqui é Titan transmitindo em uma frequência emergencial, não há infecção...

Titan – Antártica

Uma aeronave vermelha sobrevoa por uma floresta e um grande rio.

- Enquanto eu me vingava da corporação, os últimos sobreviventes pegaram um helicóptero para fugir...

Sobrevoando o mar, nota-se pequenos pedaços de gelo, em seguida uma devasta geleira que cobria kilometros de distancia.

- Eles foram para uma cidade na Antártica chamada Titan, recebemos transmissões de lá... Eles ofereceram, alimento e abrigo, proteção e segurança, um refúgio... Livre da infecção.

O avião pequeno, sobrevoa bem perto das geleiras, Bruna liga a câmera em cima dos controles, filmando-a.

- Três de Maio, são quatro horas da tarde, cento e setenta e sete dias sem sinal de vida... – Bruna respira fundo, ela olha para os monitores – Estou à 58.36 graus ao norte e 134.58 ao oeste, próximas as coordenadas de Titan... Mas sem sinal dela em nenhum mapa... Espero que Ana e os outros estejam bem.

-----------------------

Bruna pousa em um campo baixo onde havia diversas aeronaves, ela puxa a cabine para trás e sai do acento, ficando em pé na asa da aeronave, analisa o local. Bruna estranha, o local estava completamente deserto, mais de duzentos aviões, porém nenhuma pessoa, ela pula da assa para o chão e passa a caminha por entre os aviões.

Ela olha para os lados, ainda esperançosa, até que avista um corpo da cintura para baixo, surpresa, corre até o corpo, Bruna põe a mão na boca deparando-se com a pessoa atirada.

- J... – Bruna hesita em dizer o nome da garota de cabelos negros atirada no chão com uma poça seca de sangue em volta se sua cabeça.

Ela caminha por uma trilha de acesso a praia, durante a caminhada, avista dois helicópteros antigos, ela observa de longe o interior de um deles, não havia ninguém, calmamente, chega até a praia, ela arregala os olhos de repente. Bem próximo da beira da praia, o helicóptero da Livit, o mesmo usado por Ana e os sobreviventes, está pousado, Bruna caminha rapidamente em sua direção.

Chegando até ele, não havia ninguém, o que lhe tranquilizada, é que não tinha nada sujo de sangue. Bruna olha para trás ao longo da praia, então volta sua atenção para o helicóptero, indo para frente, analisa os bancos, avistando seu pequeno caderno vermelho que havia dado a uma passageira. Rapidamente o pega, logo o abre, lendo coisas sobre Titan, Bruna olha para frente.

Flash Back on

Ana liga o helicóptero, todos entram, Bruna olha para os vampiros se aproximando, ela põe a agenda no colo de uma menina e da um passo para trás, a garota fica agitada e olha para Bruna.

- Você não vem? – Ela pergunta.

Bruna se afasta negando com a cabeça.

- Tome conta deles – Diz Bruna – Boa sorte...!

Eles levantam vôo, a jovem menina olha para Bruna que ficava menor cada vez mais, ela da um sorriso e olha para o caderno vermelho em seu colo.

Flash Back Off

Bruna caminha em direção à orla da praia, próxima, senta ao chão, alguém lhe observa bem de longe. Bruna liga a câmera e a põe em cima de uma pedra ao seu lado. A pessoa que lhe espionava, fica atrás de uma árvore, agora um pouco mais próximo.

- Três de Maio, sete horas da noite – Bruna observa o pôr do sol no final do mar – Estou em Titan... Este lugar não existe... – Ela analisa o local – Apenas um campo vazio... E uma praia... Mas... Ouvimos as transmissões, alguém as enviou – Bruna olha para o mar – Alguém deve... – Ela olha para trás – Ter trazido às pessoas para cá... Só que, por quê?... E pra onde foram? – Ela pega a câmera e a aproxima de seu rosto – São sete dias... Não sei se aguento por mais tempo... E se eu for a última e não houver mais ninguém?... Ninguém para assistir essas fitas – Bruna olha para o chão, um pouco desacreditada, então volta seu olhar para câmera – Será meu castigo... Por deixar isto acontecer!

Uma pessoa afasta-se correndo seguindo a trilha, Bruna o avista.

- ESPERA! – Ela grita, se levantando rapidamente e correndo atrás da pessoa – ESPERA!

Bruna salta um enorme tronco, ela cai agachada e continua a correr.

- ESPERA, POR FAVOR!

Ela chega correndo até os aviões, Bruna para e olha para os lados.

- Olá! – Ela chama – Olá?... Responda!...

De repente uma pessoa cai em pé na asa do avião atrás de Bruna, ela respira fundo e vira-se devagar, logo a vampira pula em sua direção, elas caem no chão.

- AAHHH – Grita Bruna, ao cair.

Ela luta para não deixar a vampira lhe morder, Bruna a joga para o lado e rapidamente se levanta, a vampira abre a boca com a saliva escorrendo, com um grito corre até Bruna, ela se vira correndo, indo em direção a um avião, Bruna da um salto, indo até a assa do avião, depois um giro que quebra o pescoço da vampira, Bruna cai no chão e lhe observa.

Ela ouve um barulho do avião ao lado, naquele exato instante, vira-se sacando duas pistolas de prata, ela caminha em direção à porta do avião que batia com o vento, próxima, vários corvos saem dali indo para o céu, Bruna cobre o rosto com o braço e fica um pouco assustada.

Ela da um sorriso abafado, ao se vira recebe um soco que lhe joga no chão, logo uma mulher pula em cima dela querendo matá-la com uma faca, Bruna segura suas mãos, põe seu pé na barriga da mulher e a joga para trás, logo se levanta, Bruna avista suas armas caídas longe, olhando para a jovem mulher que lhe atacado, ela já corria em sua direção.

Bruna lhe encara seriamente, ao se aproximar bem, Bruna da um salto e passa por cima dela, a mulher se vira rapidamente e lhe ataca com a faca, Bruna inclina-se para trás, deixando a faca passar reto, ao voltar, soca o rosto da mulher, que da uns passos para trás, Bruna lhe acerta um chute frontal no estômago.

Em seguida salta, e a chuta no peito, lançando-a ao avião, a mulher bate contra a parede e cai desmaiada no chão, Bruna se aproxima dela, logo arregala os olhos e abre a boca inspirando forte. Ana Beatriz está atirada no chão bem na sua frente, com o mesmo traje desde a última vez em que se viram, Ana está completamente suja.

Bruna avista algo de metal no centro do peito de Ana, ela puxa sua blusa um pouco para baixo, revelando uma aranha mecânica que tinha sua superfície brilhante de cor vermelha, Bruna solta a blusa e fica encarando Ana, um pouco preocupada.

-------------------------

De noite, Bruna está analisando a aranha mecânica, ela leva seu olhar para o lado, onde Ana estava amarrada no pneu de um avião, perto dela havia uma luminária.

De repente Ana abre os olhos se debatendo, ela tenta se soltar loucamente, puxando os braços e batendo as pernas, Bruna vai se aproximando e agacha em sua frente, porém um pouco distante.

- Calma... Calma – Diz Bruna, amigavelmente – Ta tudo bem!

Ana lhe encarava com um olhar enfurecido e seus dentes trincados, Bruna logo nota que sua pele não tinha um tom esbranquiçado, nem os lábios estavam roxos, ou seus olhos vermelhos, Bruna confirma que Ana não está contaminada.

- Me desculpa por isso – Diz Bruna, ela mostra a aranha em sua mão – Mas tive que tirar essa coisa de você... Sabe o que é isto?... Ana, quem fez isso com você?

Ana lhe encara ofegante com o melhor olhar.

- Você... Sabe quem eu sou? – Pergunta Bruna, estranhando.

Ana não responde.

- Meu nome é Bruna Mozzi... Nós reencontramos em Nevada há um ano e meio, isso lhe soa familiar? – Pergunta Bruna.

Ana tenta soltar suas mãos,

- Jake, Michael, Vinícius, Felipe, Mellany... – Diz Bruna.

Ana olha para ela sem se mover.

- Você fugiu com helicóptero tendo um grupo de sobreviventes vindo para a Antártica – Diz Bruna – Para Titan, você lembra?

Ana lhe ignora e volta a tentar se libertar, Bruna lhe observa sem acreditar a forma que Ana estava.

O satélite da Livit Corporation encontra Bruna Mozzi e Ana Beatriz, então começam a receber o áudio de Bruna.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!