A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic
Enchanted Forest, 28 anos após o nascimento da princesa Emma.
Era uma tarde fria e chuvosa, algo que só era comum no reino de Sea Melody no inverso e não no verão. O verão naquele reino era cheio do mais forte e caloroso sol, porém, aquele dia amanheceu assim. Ariel e Eric não estavam no reino, eles haviam saindo para uma terceira lua de mel, deixando Annabelle e Melody sozinhas no palácio. Melody passou o dia brincando no mar com seu cachorro e seus amigos sereianos; ela até tentou convencer Annie a participar, mas não adiantou. A princesa havia acordado meio depressiva. No geral, deixar Melody e Annie com os sereianos sem nenhum adulto significaria encrenca, já que essa “turma” quase havia feito o castelo pegar fogo no último verão.
Annie estava caminhando pela praia ao fim da tarde, bem distante do palácio. Sentou em uma pedra e encostou o corpo no rochedo atrás, fechou o manto que envolvia seu corpo e fechou os olhos. Deixou-se levar pelo barulho das ondas e estava quase adormecendo quando teve a visão: Um menino quase idêntico ao seu irmão estava brincando perto da área do Lago dos Cines, ele usava roupas de camponês e segurava uma espada de madeira, parecia estar se escondendo de alguma outra criança; a visão mudou para o mesmo menino sendo “devorado” por fios brancos, um lugar estranho com cheiro nauseante. Ela reconheceu o doutor Viktor Frankeinsten ao lado do garoto, assim como a Blue Fairy, ambos usando roupas extremamente estranhas e horríveis. Foi quando viu uma versão mais velha da princesa Emma chegar perto do garoto morto, lágrimas escorriam pelos olhos, dor e agonia transpiravam por sua pele, até que ela passou a mão pela testa do menino e disse:
"Eu te amo, Henry!" e beijou a testa do garotinho.
Uma onda de magia saiu do garoto e atingiu todo o lugar. Ele voltou a respirar e disse quase sem fôlego:
"Eu te amo também."
Emma sorriu entre o choro, assim como a Evil Queen. Então o garoto disse...
"Opa, espera aí! Regina?!" Annabelle pensou.
Sim, Regina estava chorando atrás de Emma e do menino. Com um cabelo MUITO curto, mas era ela, não havia envelhecido em nada. A cena mudou, Regina ia falar alguma coisa para o garoto, mas toda a cena dissolveu-se. Era um lugar estranho, construções baixas e pequenas. O que lhe chamou a atenção foi o Rei James e a Rainha Snow (com um cabelo extremamente curto) olhando para um imenso relógio que marcava 8:15h, o menino da cena anterior correu até eles. Ela não ouvia o que falavam, mas se emocionou ao ver o reencontro da princesa Emma com os pais, entendeu melhor a cena quando James colocou o menino em seus ombros. Reconheceu mais duas pessoas: Little Red Riding Hood e sua avó, o homem ruivo com o guarda-chuva lhe era familiar também. A cena dissolveu-se após o meio abraço da princesa e de sua mãe. Annie abriu os olhos assustada, ainda era tarde, mas o pouco de água que banhava seus pés havia virado gelo.
A menina voltou correndo para o castelo, pediu que aprontassem uma carruagem e suas coisas, queria estar a caminho do Reino Swan até a noite. Saiu sem se despedir de Melody, deixando um bilhete em sua cama com uma concha por cima. Ao chegar ao quarto, à princesa sereia leu o bilhete emocionando-se:
Melody,
Perdão por partir sem ao menos ter me despedido, uma boa amiga não faz algo assim, porém, peço-lhe perdão, meus motivos foram nobres. Lembra-se do meu segredo? Hoje ele voltou, transformei água do mar em neve, porém o mais estranho foi à sensação que tive; deves achar que sou uma bruxa, mas garanto-lhe que não é nada parecido. Sonhei com a princesa Emma, do reino de Snow Falls e com a Evil Queen, madrasta da rainha Snow White. Sinto que devo voltar para casa! Admito que pensei que a princesa havia morrido, mas agora tenho certeza que não. Perdoe-me por ter te abandonado. Assim que tiver notícias ou algo concreto, mando-lhe uma carta. Agradeço a vos e teus pais pelo carinho a mim dado, nunca vos esquecerei! Caso chegue notícias de minha morte, saibas que sempre te amei Melody, es uma irmã melhor que a minha de sangue!
Cumprimentos sinceros de sua amiga do reino Swan,
Annabelle *
Em Storybrooke, Aria levou a xerife até a famosa cabana no meio da floresta (por que ao que parece na série, só tem essa cabana no meio da imensa floresta).
– O que estamos fazendo aqui Aria? – Emma a perguntou.
A menina fechou a porta e tirou a luva da mão direita, apontou para a lareira e se concentrou.
– Aria?
– Shiu... está frio e eu quero me aquecer.
Dito isso, a lareira acendeu do nada, deixando Emma espantada. Aria sentou em um sofá velho e encarou a xerife.
– Pergunte o que quiser que eu lhe responderei. – a menina disse.
– Que tal começar me respondendo o que estamos fazendo aqui?
– Bem, se você quer salvar o Simon tem que ao menos saber com o que está lidando.
– Como assim... como você sabe que o nome dele é Simon?!
– Não sou burra, Emma. Muito pelo contrário, sou mais inteligente do que pensam.
– Chega dessas charadas sem sentido Aria, vá direto ao ponto!
– Não... VOCÊ é que deve ir direto ao ponto. Você é quem quebrou a maldição! Você é que tem que raciocinar e fazer as perguntas. Eu só tenho que lhe dar as respostas verdadeiras, Emma. Mas você, com toda a sua magia e com o seu “brilhante” destino, é que tem que chegar as perguntas certas.
Emma a encarou. Aria não parecia assustada, na verdade não parecia ter emoção alguma.
– Vou dá o fora daqui! – ela disse dirigindo-se a porta.
Tentou girar a maçaneta, mas não funcionou, pois havia sido congelada.
– Como isso é possível?! – exclamou boquiaberta.
– Coloque em forma de pergunta que eu lhe respondo.
Emma virou e encarou a menina.
– Como isso é possível? – perguntou com sarcasmo na voz.
– Bem... você já notou que tem poderes, certo? Consegue adivinhar quando alguém está mentindo... você não é a única. Eu controlo os quatro elementos com a mente.
Emma levantou as sobrancelhas, era mais fácil acreditar em Henry.
– Sei, controlar os quatro elementos... isso tá muito Heroes para o meu gosto!
– Uma fã de séries... então isso vai me ajudar! Vejamos... nós duas viemos de um mundo com magia, ou seja, somos seres mágicos.
– Muito Harry Potter.
Aria levou à mão as têmporas e massageou levemente, claramente estressada.
– Faça a pergunta certa!
Naquele momento, ela percebeu a semelhança entre Aria e Jefferson, a raiva embutida, o comportamento tendendo ao psicótico.
– Sua história está relacionada à da Alice, não é?
– Alice? Por acaso eu falo com sotaque britânico?! Não, minha história está relacionada à sua! – a menina disse começando mesmo a ficar com raiva.
– A minha? Mas qual é a minha história? Eu sou filha da Snow White e do Prince Charming, só isso!
– Touché! A pergunta que eu queria! Já ouviu falar da história da Princesa Cisne?
– Sim... uma princesa é transformada em cisne por um bruxo que quer assumir o reino, ele faz a filha se transformar e fica a cara da tal princesa, ela vai ao baile e dança com o príncipe. Ele jura amor eterno à pessoa errada e a princesa cisne fica na forma de cisne para sempre. O príncipe nota a burrada que fez e vai tentar concertar, mas termina morrendo afogado no lago, a princesa se mata ao vê-lo morte e nada de final feliz.
– UAU, você é mesmo otimista, hein?!
Emma olhou para Aria começando a ficar com raiva também.
– Bem... Essa é a versão do balé russo, querida. A história original é de uma linda moça que é prometida a um príncipe, bondoso e imbecil. Mas ele está apaixonado por uma feiticeira; óbvio que, de tão burro ele é, não nota que ela é uma feiticeira. Ele abandona a feiticeira para casar com a princesa, mesmo sem nunca tê-la visto.
– Por quê?
– Porque se ele não casar, não sobe ao trono. Em vez disso, sobe sua irmã, que se casará com o primo e a irmã é muito malvada e iria acabar com a vida da população do reino de tanto imposto. Ao ver a princesa, eles se apaixonam a primeira vista e marcam o casamento. Mas a feiticeira descobre a traição e amaldiçoa a princesa, dizendo que no próximo inverno, ela faria parte do reino. Todos passaram o outono tentando descobrir o que a feiticeira queria dizer, mas no começo do inverno a princesa some.
– E?
– E nunca mais foi encontrada.
– Só isso? De onde vem então a história do cisne e do lago?
– Boa pergunta.
– Como assim você não sabe?
– Só sei o que vivi, Emma, não o que está por vir.
– Aria, é sério, sem charadas!
– Não é uma charada sua idiota, é a verdade! A história não teve fim por que ela ainda está acontecendo.
– Como assim?
– Você escapou da maldição! Pinocchio também. Mas vocês dois não foram os únicos;
– Você escapou? Como? Você tem vinte e dois, é mais nova que eu. Mais nova que a maldição!
– Eu não escapei Emma, meu pai escapou. Meu pai escapou anos antes da maldição. – exclamou. – Na verdade ele é o motivo da maldição existir.
– Como assim?!
– Meu pai se chama Baelfire. Ele é filho do criador da maldição, Rumpelstiltskin.
Emma finalmente sentou em uma poltrona, não podia acreditar no que estava acontecendo.
– Seu avô é o Dark One?!
– Eu sei, genética horrível! Mas ninguém escolhe a família que tem.
Emma encarou a menina, procurou traços do Mr. Gold nela. Aria tinha os olhos verdes e os cabelos loiros da mãe. Ela não lembrava muito do Patrick e não chegou a conhecer Teresa, a mãe das gêmeas e de Derek.
– Enfim, meu avô virou aquele lagarto mágico para impedir que meu pai morresse na guerra. Ele salvou a vida do meu pai, mas virou essa mistura dos vampiros do crepúsculo com uma cobra. Meu pai achou uma cura, a Blue Fairy deu para ele o último feijão encantado, o feijão era um portal que levava a um mundo sem mágica, onde meu avô podia voltar a ser o bom e covarde homem que sempre foi. Mas meu avô deixou meu pai vir sozinho para esse mundo, ficando no mundo da Enchanted Forest.
– Feijão encantado, sério?!
– Ei, se você não tem cabeça para acreditar na verdade então deveria ter deixado seu filho morrer! Enfim, enquanto isso ocorria, a doce e romântica Regina estava salvando a sua mãe, impedindo que um cavalo a matasse. Seu avô, rei Leopold, que diga-se de passagem você herdou a inteligência dele, pediu Regina em casamento.
– O que você quer dizer com isso?
– Nada de bom, acredite. Regina já foi uma boa moça, sonhadora e apaixonada. Ela amava Daniel, o garoto do estábulo, e eles planejavam fugir juntos, mas sua mãe ouviu. Regina fez Snow prometer que jamais contaria isso a ninguém e sua mãe prometeu. Mas a mãe da Regina, Cora, era uma víbora! Enganou sua mãe e ela falou onde Regina e Daniel estavam, Cora matou Daniel na frente de Regina e a obrigou a casar com seu avô. Regina guardou um ódio terrível desde então e por isso fez o que fez.
– Só por isso?
Emma se levantou e foi para perto da lareira, encarou a madeira queimando e sentiu uma dor no peito.
– Todo esse mal, tudo isso por causa de um segredo quebrado. – Emma falou, mais para si mesma do que como uma volta à conversa.
– Você não faz ideia do que a perca do seu amor verdadeiro pode fazer, Emma. Todo mundo que perde o amor verdadeiro fica com ódio, principalmente se esse amor for tirado por outra pessoa... Grumpy se chamava Dreamy antes de ser privado do seu amor. Regina está tendo o comportamento “normal” para a situação.
– Sei, se isso é normal então todos os assassinos viram assassinos por que perderam o amor da sua vida!? – disse irônica.
– No nosso mundo sim, nesse não. Mas voltando a linha de tempo... seu burrinho avô encontrou uma lâmpada e despertou um gênio, de tão ingênuo ele convidou o gênio para morar com ele no palácio. O gênio terminou se apaixonando por Regina e matou o rei a mando da amada. Que era tudo um plano para matar o rei, ela nunca amou o gênio, que se transformou no espelho encantado. Ou Sidney Glass, como você preferir. Com isso, Regina contratou um caçador para matar sua mãe, mas ele era misericordioso e de bom coração e a deixou fugir, entregou a Regina o coração de um cervo, mas ela notou e arrancou seu coração, fazendo dele seu escravo.
– Graham...
– Snow White fugiu e conheceu Red, elas viraram grandes amigas e Snow a ajudou quando ela descobriu que era uma lupina. Snow passou um tempo morando na floresta e Red ia lhe entregar comida no fim de cada mês. Um dia, ela assaltou seu pai e ele a perseguiu. Eles fizeram um acordo, o anel da sua avó de volta e ele não entregaria sua mãe aos cavaleiros da rainha. Lutaram contra os trolls para isso, saíram vitoriosos e apaixonados. Terminaram seguindo seus caminhos...
– Sem querer ser chata Aria, mais é muita coisa e tenho que resgatar o Henry! Sabe-se lá o que diabos Gold está fazendo com ele!
– Tá legal, sua chata! Enfim, Morraine, minha mãe, era apaixonada pelo meu pai antes dele vir para esse mundo. Ela era amiga da filha do Mad Hatter...
– Jefferson.
– Isso, ela pediu pro Jefferson para vir para esse mundo, querendo achar meu pai. Jefferson não sabia como a menina descobrira sobre ele, mas aceitou. Deixou ela nesse mundo, onde ela adotou o nome de Teresa e encontrou meu pai, que abandonou o nome de Baelfire e passou a se chamar Patrick. Eles se casaram e tiveram um filho, Derek. No momento em que o mundo da Enchanted Forest veio para cá, eles sentiram e se mudaram para os arredores da cidade. Tiveram a mim e a Olivia e adotaram o Cody, que de alguma forma também foi salvo da maldição. Enfim, o resto você sabe.
– E o que isso tem haver com a minha história?
– Tem haver por que essa é sua história, Emma. Eu posso controlar os quatro elementos por que herdei esse poder do meu avô, nossas histórias estão entrelaçadas por que eu sou sua cunhada, sou a irmã caçula do homem que é o pai do seu único filho.
– Aria, eu entendi essa parte. Só quero saber o motivo de ainda estarmos aqui e não indo salvar o Henry?!
– Ah, eu só estava esperando que você entendesse.
– Então vamos logo!
– Emma?
– O que foi agora?
– Regina estará lá também.
– Eu imaginei!
– Na verdade... eu te trouxe aqui para que desse tempo dela chegar lá.
– O... – começou a gritar. – O... que? Ele é MEU filho, Aria! Se tem alguém que deve resgatá-lo sou eu!
– Eu sei! Mas faz parte do meu plano.
– Plano? Desde quando você tem um plano? Você só sabe teoria, sempre foi uma droga na prática!
– Eu sei. Por isso você vai ser a prática. Enquanto a Regina estiver com o meu avô, você vai e salva o Henry. Eu fico te dando cobertura.
– Não podia ter dito isso antes?
– Podia, mas ia estragar o fato de que agora você sabe mais sobre a maldição e os segredos da cidade.
– Vai pro inferno, Aria!
– E tem mais, se ficássemos lá esperando a Regina chegar você iria querer salvar o Henry logo, Rumpelstiltskin não ia permitir e você provavelmente iria morrer.
– Por quê?
– Porque a briga é com a Regina, se você se metesse, você sairia ferida e não ia ajudar o Henry.
– Então o que estamos esperando! Vamos salvar o meu filho!
– É assim que eu gosto de ouvir!
– Aria!
– Tá!
Elas saíram da cabana e voltaram para o jipe.
– Para aonde agora?
– Para o lago proibido. Vamos para o Lago dos Cines!
– Eu não vou gostar disso, vou?
– Provavelmente não!
Aria ligou o carro e elas seguiram trilha a frente. Sem Emma ver, Aria havia marcado a cabana com magia, enquanto a xerife encarava a lareira, a menina deixou pistas para quem as estava seguindo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Coloquei a carta em outra fonte para ficar mais parecida com uma caligrafia, mas ao copiar para cá, eles mudam a fonte e deixam tudo em Calibri Corpos.