Começando Uma Família escrita por buydordie, Mary


Capítulo 21
Capítulo 21 - A estranhe




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Irá fazer 5 anos que os Volturi vieram, embora estivessem perdido a briga iniciada, Aro é uma pessoa gananciosa. Eu tenho medo de que ele venha novamente, minha família não faz ideia do poder dele. Claro que se viessem, dessa vez viriam preparados para nos aniquilar. Temo por Dan e Anne, Jacob podia ficar aqui e eu poderia ir sozinha até Volterra.”  – escrevi em meu diário.

- Nessie seu avô quer falar com você! – Alice disse. Fui até a casa do vovô, eu estava sentada na floresta. Vovô me esperava no escritório dele.

- Nessie porque você não trouxe Anne há sete dias? – ele perguntou.

- Vovô eu não achei que fosse preciso. Me desculpe. Ando com a cabeça cheia de coisas. – falei chateada.

- Sempre que acontecer alguma coisa com você, Dan ou Anne me ligue imediatamente. – ele disse por fim.

- Tudo bem vovô, desculpe. – falei. Voltei para a sala, meus pais estavam sentados na sala.

- Você está bem? – papai perguntou.

- Não sei dizer. Me sinto mal. – falei. Eu sentia alguma coisa estranha, como se algo me chamasse. Algo que precisava de mim.

- Renesmee está estranha. – Jasper sussurrou para Alice.

- E... Eu vou para casa, é, é isso. Dan e Anne estão sozinhos. – murmurei.

- Levo você. – mamãe disse.

Cheguei em casa ainda pensando em como eu poderia visitar os Volturi. Eu precisava ir até eles, mostrar Daniel e Anne, revelar que eles não nos expõem.

- Mãe! Dan não me deixa em paz! – Anne disse assim que entrei em casa.

- Mentira, ela não deixa eu jogar porque quer ver TV com Embry. – Daniel disse.

- Shh! Quietos! Os dois têm TV no quarto e estão brigando pela da sala?! – falei alto.

Depois de um tempo enquanto eu fazia a janta os dois sentaram-se à mesa.

- Mãe você está escondendo alguma coisa? – Anne perguntou

- Não meu anjo. – respondi.

- O que você tem? – Daniel perguntou.

- Já disse que não estou escondendo nada! – gritei.

- Você tem certeza?! – Jacob disse, ele e minha família entraram na cozinha, então jogou meu diário em cima da mesa.

- Não estou entendendo. – falei. Caminhei até a mesa, peguei meu diário. Abri ele e folheei lentamente haviam paginas que eles riscaram, tudo o que escrevi na ultima semana. Sobre minha vontade se ir a Volterra. Deixei que o diário caísse de minhas mãos, continuei parada onde eu estava.

- Qual é o seu problema? Ficou louca? – Alice perguntou.

- E... Eu não vou fazer isso. Foi só u... uma ideia. – falei entrecortadamente.

- Pretende se matar? – papai disse.

- Eu já disse que foi só uma ideia. – falei recuando alguns passos tentando chegar na porta.

- Meu Deus Renesmee! Com tanta coisa para você pensar! – mamãe disse. Todos gritaram me xingando enquanto eu me encolhi no chão num canto da cozinha os ouvindo falarem.

- Nessie. – Jacob disse se ajoelhando em minha frente.

- Eu tenho medo que eles venham. Sonho com eles quase todas as noites. Vocês não acreditam, mas eles virão novamente se eu não for até Volterra. – falei olhando para ele. A agressividade com que eles me trataram me fez chorar e achar que eu era louca.

- Você pretendia levar Daniel e Anne para Volterra? Acha mesmo que isso seria o certo?  - vovó disse.

- Mamãe você ia nos levar até Aro? – Anne perguntou.

- Fale Renesmee! – Emmett disse.

- Pai! Deixem-na! Não veem que estão machucando ela?! – Alyssa disse se colocando na frente de todos.

- Eu sou louca não é?! – gritei me levantando.

- Não! – Jacob e Alyssa disseram.

Fui para o quarto, seguida por Anne.

- Você faria isso mesmo? – Anne perguntou sentando ao meu lado.

- Vocês concordariam e iriam comigo? Deixariam todos aqui para salvá-los? – falei colocando o travesseiro na cabeça.

- Provavelmente não. Eu os salvaria se ficasse aqui. – ela disse.

- Mas, e se não pude salvá-los ficando aqui? – falei novamente

Era fácil e agradável conversar com Anne. Ela quase sempre me ajudava sem perguntar o porquê do assunto. Nós confiávamos muito uma na outra.

- Eu morreria ao lado deles. Porque se eu ficar não poderei salvá-los. Partindo também não os salvaria. – ela disse baixinho apoiada no cotovelo me observando.

- Partir é única chance de salvá-los. – falei.

- E se não der certo. Irá morrer sem poder se despedir?! Suponho que faria isso escondida. – ela disse.

 - Obrigada meu bem. – falei querendo cortar o assunto.

- - Então como seria?

- Eu ficaria. – falei sorrido com a ideia de ir a Volterra.

Jacob e Daniel entraram no quarto. Continuei com o travesseiro na cabeça.

- Olha só. Mamãe está triste. – Jacob disse.

- Janta! – vovó gritou.

- Estou com raiva de todos vocês! Saiam da minha frente, esqueçam que eu existo! Vão embora! – falei. Daniel e Anne saíram do quarto e Jacob se deitou ao meu lado.

- Qual é o seu problema?! – Jacob sussurrou.

- Um bando de idiotas me incomodando. – rosnei. Ele me puxou para seus braços e me deu um beijo. Ele beijou minha nuca e foi descendo... me mexi tentando sair de seus braços.

- Nessie, pare com isso está bem?! – ele disse voltando a beijar minha boca.

- Jacob pare de me beijar ou eu pulo em sua jugular e te deixo seco por dentro. – ameacei. Ele se levantou e saiu batendo a porta.

- Desculpe. – ele murmurou ao sair.

Desci para a sala.

- Quanto tempo pretendem ficar aqui? – perguntei a todos.

- Até você dizer que não pretende e nunca pretendeu ir a Volterra. – Jacob disse saindo da cozinha.

- Espero que o sofá seja ótimo. – comentei. Jacob me olhou incrédulo, todos ficaram me olhando.

- Quer janta? – vovó murmurou saindo da cozinha.

- Obrigado vovó, perdi a fome. Prometo que comerei mais tarde. – falei, eu estava indo para a escada quando meu pai me parou.

- Estou de olho em você! – ele disse.

Fui para o sótão para ver o que tinha perdido por lá. Havia muitos brinquedos, maioria de Daniel e Anne. Entre meus brinquedos (dos quais alguns levei para minha casa) achei o colar que Aro havia dado a mamãe, peguei-o para analisar, era um colar bonito, mamãe Haia me dado para brincar quando eu era pequena, levei o colar para meu quarto e coloquei-o em minhas coisas.

- Já decidiu a resposta? – Daniel disse entrando no quarto. Olhei feio para ele.

- Saia daqui. Esqueça que eu existo. – falei. Ele me olhou feio e saiu do quarto. Jacob entrou, foi no armário pegou alguma coisa que não me preocupei em saber o que era.

- O que isso faz aqui? – ele apontou para o colar.

- É meu. Ponho onde eu quiser. – falei ainda olhando o colar.

- Isso é um absurdo. Se quer chamar atenção, chame por algo de bom que você fez e não  por idiotices. Realmente estou começando a acreditar que você está louca. – ele disse arrancando o colar da minha mão.

- Devolve! É meu! – gritei.

- Este colar vai virar lixo assim que eu pisar nele. – ele ameaçou jogar no chão.

- Seu corpo vai para o lixo assim que eu deixá-lo seco, se fizer isso com o colar. – ameacei.

- Porque se importa tanto com ele? – ele perguntou.

- Gosto dele. É bonito. Mamãe me deu. – murmurei.

- Você falou serio sobre o sofá?! – ele disse.

- Depende. Irão parar de me aloprar? – falei.

- Vai dizer, pelo menos, o que eu pedi? – ele disse.

- Você quer que eu minta?! – falei.

- Não.

- Então não precisa que eu responda. Porque sabe que eu pensei em ir a Volterra, e que pretendia ir. – falei

- Desistiu?! Que ótimo! – ele disse.

No outro dia

Ligação: on

- Nessie?

- Oi Derek.

- E aí?!

- Tudo bem?

- Aham e você?

- Mais ou menos.

- Não quer vir nos visitar?

- Gostaria. Mas não irão deixar.

- Vou falar com eles.

- Obrigada.

- Até mais tarde.

Ligação: off

Derek havia salvado minha vida. Eu poderia pensar sem que ninguém me monitorasse. Mas eu não podia deixar Daniel e Anne, Aro queria vê-los também. Jacob no deixaria nunca que eles fossem. Bom, isso eu podia resolver depois.

Já era três horas da tarde, Daniel e Anne estavam na escola. Mamãe e vovó discutiam algo na sala. Meu celular tocou novamente.

Ligação: on

- Oi pai.

- Oi.

- Diga a sua mãe que iremos para sua casa, conversar sobre uma coisa importante.

- O que foi?

- É particular.  – ele disse áspero.

- Se é na minha casa não é particular e tem a ver comigo. Eu não sou idiota, sei que estão tentando me mandar pro hospício!

- Se continuar assim realmente o hospício será um bom lugar.

- Ótimo! Mais alguma coisa?!

- Pode visar sua mãe?!

- Posso, mas não devia.

- Por quê?

- Porque você ligou para me dizer que estão decidindo alguma coisa para mim, que eu não poderei argumentar só obedecer o que for decidido.  Tchau. – falei desligando o telefone.

Ligação: off

Mamãe havia escutado, eu espero. Peguei um papel e uma caneta...

Viagem

Passagens: U$ 400,00

Roupas: apenas o essencial

Dinheiro extra: U$ 700,00

Celular: manter desligado.

“Ah!” risquei a folha e coloquei fogo nela. Era o mais seguro no momento.

Meu pai chegou com Daniel, Anne, Jacob e vovô. Começaram a falar baixo, pensei em uma musica e fiquei tentando ouvir a conversa.

P. O. V. Bella

- O que houve? – perguntei

- Estamos pensando em mandar Nessie para casa de Derek por uma semana. Sophie disse que pode persuadi-la. – Carlisle disse, com um pouco de medo na voz.

- Quem vai com ela?! – Jacob perguntou.

- Eu ou Jake? – falei quase ao mesmo tempo que ele.

- Ninguém. – Edward respondeu.

- Deixá-la sozinha?! – Jacob disse.

- Confio nela dessa vez. Ela tem que usar o bom censo. Separar o que é certo do que é errado.  – Edward disse bravo.

- Vocês são os responsáveis. Não irei contestar, mas você sabe os riscos que você a coloca fazendo isso. Da ultima vez ela foi raptada e quase morreu. – Jacob cuspiu as palavras a Edward e saiu.

 - Jake tente... – ele ergueu a mão e parei de falar.

 Só mais uma coisa. Não é porque você lê mentes que você a conhece como todas as pessoas são. Pode ter certeza: que a mente de Nessie você pode conhecer, mas o coração dela não.  – ele cuspiu as palavras no ar.

- Sei o que é melhor para minha filha. – Edward disse.

- Você pensa que sabe. Apenas ela pode saber o que é bom para ela. Nessie não é mais criança...

- E nem adulta! – rebati interrompendo.

- Eu não disse que era. Agora me deixe terminar de falar. – Jacob disse. – Ela sabe o quanto vocês ficam bravos por qualquer pensamento, ideia e ação que possa fazer menção em machucá-la. Nessie também tem opinião.

Por instinto coloquei o escudo em Nessie, por enquanto, eu já sabia como ela iria reagir com a decisão.

- Quando ela vai? – sussurrei com um nó na garganta.

- Amanhã. – Carlisle disse.

- Bom, vamos deixa vocês se ajeitarem com ela. – Esme disse.

Os dois foram em direção ao carro de Carlisle, no jardim.

- Não “chore” pequena. Aquele cachorro te feriu com as palavras dele? – Edward disse me abraçando.

- As dele não me fizeram nem cócegas. Mas as suas me atingiram profundamente, não consigo acreditar o quão orgulhoso você é. Vai acabar nos matando por orgulho, tentando parecer melhor que os outros por orgulho. Você falava de Rosalie, mas consegue ser pior Edward. – falei asperamente.

P. O. V. Nessie

Os sussurros haviam parado. Eu não consegui ouvir o que falavam, Jacob e as crianças subiam as escadas. Peguei um livro na estante, sentei e abri em qualquer pagina para fingir que lia.

- Posso entrar? – Jacob disse dando uma batidinha na porta.

- Aham.

- Precisamos conversar. – ele disse serio e me deu um beijo na testa.

- Vão me mandar para o Alasca? – falei.

- Não. – ele disse dando um longo suspiro.

- Diz logo!

- Decidiram mandar você para Seattle. Por uma semana, para ficar com Derek e Sophie. Você vai amanhã. – ele disse cabisbaixo.

- Porque? – falei fingindo tristeza.

- Seu pai acha que lhe fará bem.

- Não. Eu não vou. Como vou deixar vocês? Dan e Anne podem ir também? – falei rapidamente.

- Receio que não. Pode até ser bom para você. E Esme pode cozinhar, os busco na escola como sempre. Acho que preferimos passar alguns dias longe de você e tê-la de volta totalmente recuperada.  – ele disse, ótimo estava concordando com o meu pai também.

- São meus filhos! Virou cúmplice do meu pai agora?!

- Não. Ainda odeio ele. Mas parece uma boa ideia no momento. – ele disse.

- Tudo bem. Se for bom para mim... – murmurei forçando algumas lágrimas.

- Boa garota. Venha, seja uma ótima garota e me dê um beijo. – ele disse me abraçando.

- Não. Prefiro ser uma garota má. – tentando me desvencilhar dele.

- Serei um lobo mau e não irei deixar você sair. – ele disse.

- Não deixe. Eu gosto de lobos maus. – falei.

- Shh. – ele disse.

- Por? – falei.

- Nada.

- Ah! Pare de tentar me distrair! – falei brava.

- Está ficando alterada... Por quê? – ele disse ignorando o que eu disse.

- Nada. Eu só estava pensando. – murmurei.

- Hum. Sei. Não vai me dizer? – ele disse.

- Não. Já não basta meu pai, você vai querer controlar meus pensamentos também?! – reclamei.

- Desculpe. – ele murmurou.

- Ai, Jake não faz essa carinha, venha cá. – falei dando um beijo nele. – Vamos, me ajude com a mala.

Sentei na cama peguei uma mala e abri deixando-a em cima da cama. Jacob sentou na cama e ficou olhando. Peguei minhas roupas compridas e joguei dentro, catei uns calçados no guarda-roupa e coloquei-os na mala.


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