Começando Uma Família escrita por buydordie, Mary
CAPITULO 20 – 5 ANOS DEPOIS (2018)
13/06
Anne e Dan aparentavam ter catorze anos.
- Daniel! – chamei.
- O que foi mãe?! – ele disse subindo as escadas.
- Achei que havia pedido para você arrumar seu quarto antes de sair para treinar. – falei.
- Eu arrumei.
- Daniel seu quarto está do mesmo jeito que antes e seus temas não estão feitos. – falei sentando na cama dele.
- Mamãe. – ele disse choramingando e fazendo cara de anjinho.
- Está bem. – falei deixando ele sair. Jacob entrou no quarto e chamou ele de volta.
- Arrume tudo e faça os temas, se não te deixo de castigo. – Jake disse.
- Sim pai. – Daniel respondeu.
Saímos quarto dele e fomos ao quarto de Anne, ela estava deitada de bruços lendo.
- Oi princesa.
- Oi papai, oi mamãe. – ela disse.
- Fazendo os temas?
- Na verdade não. Estou esperando Quill e Claire, nós vamos ao cinema. – ela disse sentando na cama.
- Você precisa de alguma coisa? – perguntei.
- Não obrigada. – ela disse.
Jacob e eu fomos para a sala, sentamos no sofá.
- Eles cresceram muito rápido. – falei.
- Verdade. – Jacob disse.
- Eu te amo.
- Eu te amo mais.
Ele me puxou para seu colo, me aninhando em seus braços junto ao seu peito.
- Cinco anos. – murmurei.
Depois da ultima visita dos Volturi, ninguém nunca mais tocou no assunto. Mas as palavras de Marcus ainda ecoavam em minha cabeça. Faltavam apenas dois meses para completar o prazo. E se eles voltassem? Poderia haver uma batalha, na qual humanos poderiam se machucar? Eu não sei do que os Volturi são capazes se fazer para obterem o que querem. Essa preocupação me deixava louca.
- Mãe! – Anne chamou desesperada. Sai correndo pela casa, para o segundo andar.
– O que foi? – fale entrando no quarto dela.
- Mãe o que é isso? Eu estou morrendo? O que está acontecendo comigo? – Anne disse levantando. Sua roupa estava suja de sangue e a cama também. Ela estava respirando entrecortadamente.
- Calma. Pegue isso se enrole e vá até o banheiro. Tome um banho chego lá daqui alguns minutos. – falei, alcançando a toalha para ela.
Peguei os lençóis dela e coloquei na maquina de lavar. Fui ao meu quarto e mexi em umas gavetas até encontrar alguns pacotes de absorventes. Entrei no banheiro e Anne estava sentada no Box com a cabeça baixa e as mãos nos cabelos chorando vendo a água vermelha ir para o ralo.
- Shh. Anne você sabe o que aconteceu? – falei.
- Eu estou doente e vou morrer né? – ela disse.
- Não! Nunca mais diga isso. – falei mostrando os pacotes para ela.
- Isso... Isso é... Aquilo? – ela disse franzindo o nariz.
- Aham. Vamos, termine o banho.
Ela se lavou e saiu. Ensinei a ela como se colocava o absorvente, ela se trocou e deixei-a ir para meu quarto.
- Parece que tenho uma almofada entre as pernas. E que todos podem ver isso em minha roupa. – ela choramingou.
- É só acostumar. Não aparece na roupa. – falei. Puxei-a para meu colo e aninhei-a em meus braços. Ela enterrou a cabeça em meus cabelos, chorando. Agora ia começar, espero que a TPM não tente matá-la como foi comigo.
- Como está princesinha? – Jacob disse entrando no quarto.
- Ao que tudo indica muito mal. – Anne disse soluçando.
- TPM. – sussurrei. Jacob se deitou ao meu lado e coloquei Anne entre nós.
- Princesa porque está chorando? Não está feliz? – ele perguntou.
- Por quê? Eu deveria estar? Papai, eu estou sangrando, acho que isso não é uma coisa que me deixe feliz. – ela disse ironicamente.
- Nesse caso tenho duas noticias. Uma boa e outra ruim. Qual você quer primeiro? – ele disse.
- A boa.
- Embry está lá em baixo. E a ruim é que Quill e Claire não vão mais ao cinema. – Jacob disse. Anne levantou correndo, foi ao banheiro do meu quarto lavar o rosto. Arrumou o cabelo e desceu correndo. Fomos atrás.
- Oi Embry! – Anne disse abraçando ele.
Embry olhou para ela por um tempo, sem dizer nada e depois abraçou ela.
- Ele teve um Imprinting! – Jacob disse. – Incrível, foi como se ela soubesse.
Anne se afastou de Embry, ele a fitou sem olhar nenhum momento para outro lugar. Como se ela fosse o centro da terra. Peguei a mão de Jacob, nesse momento me lembrei dele. Mas era uma imagem estranha, tia Rosalie me segurava e ele estava atrás dela me fitando. Assustei-me com essa lembrança e larguei a mão dele...
- Mãe! - Anne chamou.
- Desculpe. Diga querida. – falei.
- Posso ir com Embry na casa de Claire? – ela disse.
Então percebi que Jacob e Embry estavam no pátio rindo. Rindo do que?
- Pode. Anne venha cá. – falei enquanto ela corria para a rua.
- O que foi?
- Pegou sua bolsa? – perguntei.
Ela correu para as escadas e logo desceu. Ela e Embry se conectavam, algumas coisas faziam sentido. Anne sempre adorou Embry, sempre que podia falava com ele. Mas se o Imprinting ocorreu agora, teria ela tido um Imprinting com por ele? Voltei a terra quando Jacob me abraçou.
- Ela está condenada. – falei.
- O que?
- Ela está condenada a ficar com Embry! Anne acabou de entrar na adolescência! – falei um tanto alto demais.
- Nessie. Calma. Pare. – Jacob disse me puxando para o sofá.
- Por quê? – falei chorando.
- Shh. Vai ter um ataque de Bella, agora? Ser contra o Imprinting? – ele disse irônico.
- Não tenho nada contra o Imprinting só no gostei que houvesse agora. Se era para ter acontecido. Porque não foi quando ele a viu pela primeira vez, assim como foi com todos. – falei calmamente.
- Também não sei. Mas o Imprinting ocorre quando mais se precisa, eu acho. – ele disse no meu ouvido.
- Sam não gostava de ser lobo. Quill precisava contar aos pais dele sobre ser lobo. Paul precisava de juízo, bom ele ainda precisa. Jared se sentia sozinho. Seth achava que a vida era uma porcaria, lembra?! Quando ele surtou. E você. – falei.
- Sim. O que tem eu? – Jacob disse.
- Você perdeu seu único amor para a morte, para um vampiro. Sua vida estava acabada, precisava de algo que o fizesse descobrir uma vida divertida novamente. Algo que... – parei quando ele me beijou.
- Eu precisava de algo pelo qual valesse a pena lutar. Algo que fizesse o mundo ter cor novamente. – ele disse me beijando novamente.
- E eu precisava de alguém que me fizesse feliz. – sorri.
- Qualquer um poderia te fazer feliz. – ele retrucou.
- Mas eu tenho uma pequena queda por aqueles que são lobos e alfas da família Black. – falei agarrando ele.
- Me sinto muito feliz em saber que o Imprinting não mudaria nada. – ele disse.
- Eu não teria tanta certeza! – Leah disse aparecendo na porta.
Dan desceu e ia passando reto por nós.
- Não vai se despedir? – Jacob disse.
- Tchau, até mais tarde. – ele disse abanando.
- Te vejo as nove! – gritei.
Daniel estava fazendo parte do time de beisebol da escola. E ia treinar todas as terças. Leah o levava no treino, para sair da reserva.
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