Começando Uma Família escrita por buydordie, Mary


Capítulo 19
Capítulo 19 - Chegada a hora


Notas iniciais do capítulo

Gente onde estiver marcado no final com um asterisco (*)
Significa que tem uma continuação hot, então deixem nos reviews que vcs querem e eu mando.



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P. O. V. Carlisle

(mais tarde)

– Carlisle eu vi. Eles estão chegando. – Alice disse.

– Quando? Temos tempo? – perguntei.

– Não sei. Provavelmente ao entardecer.

– Temos que colocar alguém com Nessie e as crianças! – falei.


P. O. V. Nessie

– Mamãe eu vi ele! – Dan disse na janela.

– Emmett! Quem Dan? – falei.

– Estou aqui. – Emmett disse aparecendo ao meu lado.

– Olhe lá no pátio. Felix pode estar aqui. – falei puxando Dan da janela.

– Esse desgraçado vai morrer! – Emmett rosnou.

– Vai de uma vez! – falei.

– Agora! – ele sibilou desaparecendo.

– Nessie vem aqui! – vovô gritou. – Com as crianças.

Peguei Anne e Dan no colo e desci as escadas correndo. Todos estavam na sala de pé conversando muito baixo e rápido. Então não dei importância.

– O que foi?- perguntei, enquanto colocava Dan e Anne no sofá.

– Fique aqui em baixo. Junto com seus tios. Eles estão chegando. – ele disse.

– Não! Você prometeu que era amanhã! – falei encarando meu pai.

– Sentimos muito querida. Não tínhamos certeza. Agora faça o que seu avô pediu. – mamãe disse.

– Ta bom. Onde está Jacob? – perguntei

– É agora. – Alice sibilou.

– Nessie fique aqui! – papai disse me empurrando no sofá.

– Mas, pai! – falei me levantando.

– Mandei ficar aqui! – ele disse me dando as costas.

– Eles me querem. Eu vou até eles. – falei

– Renesmee Carlie Cullen Black. Fique aqui e proteja seus filhos! – papai gritou.

– Eles estariam mais protegidos se estivesse alguém aqui! – desafiei.

– Jasper! – vovô gritou me empurrando para o sofá.

Todos saíram e Jazz se sentou ao meu lado. Eu tentei ver eles, mas se posicionaram muito para trás e não consegui ver.

– Onde Jake está? – sussurrei o mais baixo que pude.

– Junto com os lobos, na floresta. Não se preocupe, eles estão mais perto do que pensa. – ele disse baixo também.


P. O. V. Bella

A cena de oito anos atrás de repetia em minha mente. Mas dessa vez eu tinha certeza que ganharíamos deles se fosse necessário ter uma luta. Coloquei meu escudo em todos. Os Volturi se organizaram na sua posição pomposa, embora a guarda estivesse incompleta, Aro estava mais a frente com Renata em suas costas, Caius à esquerda com Jane e Felix em seus flancos, Marcus à direita com Alec e Demetri em seus flancos.

– Olá, de novo. – Caius disse asperamente.

– Meu irmão, não seja grosseiro. Como vão meus caros? – Aro disse olhando ao redor.

Nossa formação estava voltada para esconder Nessie na casa. Sophie, Derek e Alice estavam à esquerda mais perto da casa. Emmett e Rosalie mais ao meio. Edward e eu a direita, ele posicionado a minha frente. Carlisle e Esme estavam bem à frente.

– Podemos dizer que bem. E vocês, meu “amigo”? – Carlisle disse escolhendo as palavras.

– Mas, não sejas sínico! Sabes que não viemos aqui para conversar! - Caius falou.

– Vejo que estão inconpletos. - Jane falou. Edward e eu olhamos para dentro da casa. Jane deu um sorrisinho, mas Felix trocou uma olhar rápido com ela.

– Só isso é suficiente para enfrentar vocês! – Emmett rosnou.

– Emmett. – Esme repreendeu baixinho.

– Onde está sua amável filha Edward? – Aro disse.

– Ela está lá dentro. – ele disse cauteloso. Demetri se movimentou em direção da casa, Emmett se movimentou parando na frente dele e na de Esme. Jacob saltou na porta da casa.

– Vocês não irão encostar nela! – Carlisle rosnou.

– Não tenham tanta certeza! – Alec disse.

– Tenhamos calma Alec. Pode pedir para que ela se junte a nós, meu caro? – Aro disse falando com Edward.

– Edward pode buscá-la? Por favor. – Carlisle disse.

– Ah! Sim, traga os pequenos meu jovem. – Marcus disse entediado.


P. O. V. Nessie

Papai entrou em casa, falou rapidamente com Jasper. Anne me abraçou e Dan também. Eu puxei-os para me colo, não posso deixa-los. Meus anjinhos, porque tinham que passar pela mesma desgraça que eu passei?

– Nessie você fica comigo. Anne e Dan ficarão com Leah e Seth atrás da formação, não se preocupe Emmett, Rose, Derek e Sophie estarão ali com eles. – Jazz disse tentando me tirar do sofá. Papai pegou Dan e Anne de mim.

– Shh. Lembrem-se, iremos apenas conversar. – falei a eles. Saímos pela porta receosos, Jacob veio até nós, fui até minha mãe, papai foi comigo, os dois seguravam minha mão.

– Olá Renesmee. – Aro disse.

– Olá Aro. – falei adoravelmente e sorri. Ele retribuiu o sorriso.

– Pode nos dizer quem são os “anjos” aqui presentes? – Aro disse esticando a mão a vários metros.

– Eu vou! – papai disse e apertei sua mão.

– Pedimos que a garota venha! – Caius rosnou.

– Aro será que eu poderia levar alguém comigo? Isso faria com que eu me sentisse melhor. – falei.

– Claro, se assim desejar. Sabe que não há o que temer. Vamos apenas conversar. – Aro respondeu.

– Não tenho tanta certeza. – murmurei. Jacob se colocou ao meu lado e Jazz também. Mamãe segurou papai pelo braço, caminhamos até Aro. Toquei sua mão de leve, sua pele era mais gelada do que imaginei, ou talvez fosse o medo.

– Obrigado. – Aro disse recolhendo a mão me encolhi chegando mais perto de Jacob.

– Disponha. – respondi.

– Agora me responda. Eles têm consciência de que não podem nos expor? – Caius disse dando dois passos em minha direção.

– Claro, assim como eu sabia há oito anos quando você tentou me matar. – falei. Jazz colocou a mão em meu ombro advertindo-me.

– Eles parecem bem humanos. – Jane provocou.

– Pois não são. – protestei virando-me para ela. – Você parece uma vaca e nem por isso te pergunto se tem consciência de que não pode expor as vacas falantes. E nem jogo na sua cara que as vacas são seres inferiores. – rosnei.

– Minhas jovens, vamos manter a decência sim? – Aro disse.

– Você nos permite vê-los? – Marcus disse.

– Com uma condição. – falei. – Que apenas Aro toque neles e que nos deixem voltar.

– E quanto a nós? – Alec disse.

– Aro que explique a você. – Jasper disse incrédulo.

– Pode trazê-los, respeitaremos sua condição. – Aro disse. Caminhei lentamente até eles, papai foi comigo, Anne pulou para meu colo e Dan foi para o de papai, Jacob nos acompanhou novamente.

– O escudo está em nós. – papai disse baixíssimo. Aro estendeu a mão para Anne e ela se encolheu.

– Olá, minha cara. Como se chama? – Aro disse, como se ele não soubesse.

– Meu nome é Anne Marie. Qual o seu nome senhor? – Anne disse.

– Aro. E você garotinho, como se chama?

– Daniel. – Dan disse no que me pareceu um rosnado.

– Posso? – Aro disse estendendo a mão para Dan. Dan me olhou e assenti incentivando-o.

– Obrigado Daniel. – Aro disse. Ele estendeu a mão para Anne.

– Mamãe. – ela disse me abraçando e escondendo o rosto em meu cabelo.

– Está tudo bem. Apenas encoste assim e tire. – falei pegando a mãozinha dela, encostei na palma da mão de Aro e retirei rapidamente.

– Curioso. – Aro comentou. – Ah! Sim esplêndido!

Nos viramos e voltamos para a formação. Dan voltou para o dorso de Leah, Anne permaneceu em meus braços, então fiquei para trás de formação com ela.

– Está tudo bem? – Rose perguntou. Ninguém respondeu.

– Deliberemos! – Aro declarou virando-se para os irmãos. Papai e mamãe vieram até mim e meus tios foram para o lugar deles. Papai me abraçou, Jacob veio de volta ao meu lado e Anne se abraçou em seus pelos.

– O que estão deliberando? – perguntei.

– Se é seguro ou não manter Anne e Dan aqui. – papai disse escolhendo as palavras.

– Você está bem? – Alice me perguntou.

– Não. Porque eu estaria?! Estão só decidindo meu futuro. – falei baixinho.

– Mamãe eu quero sair daqui. Ir para a casa do vovô Billy. Estou com medo. –Anne disse chorando, Jacob baixou a cabeça para encostar nela. Infelizmente eu tinha que concordar com ela, eu também tinha medo.

– Vamos ficar bem. – papai disse. Anne subiu no dorso de Jacob. De repente Anne caiu, Demetri se movimentou contra nós e Emmett o pegou a poucos metros. Levantei Anne e fui para trás de Seth.

– Jane! – papai sibilou. – Aro mande ele recuar e Jane parar de atacar minha família!

– Nem pensar que você vai chegar perto dela! – Emmett rosnou empurrando Demetri.

– Emmett cuidado! – vovô gritou.

– Não! Parem com isso! Por favor! – gritei assustada.

– Meus caros, vamos manter a decência sim?! – Aro disse por fim.

– Chegamos a uma conclusão. – Marcus disse.

– Falem logo! – Emmett rosnou.

– Achamos que essas crianças por serem mais humanas do que a mãe devem ser retiradas daqui, pois podem nos expor. – Caius disse me olhando.

– Acharam errado! – Emmett rosnou chegando perto de mim.

– Vocês não vão tocar neles ou... – vovô falou.

– Eles podem nos expor. – Jane rosnou.

– Cale a boca! – rosnei saindo da formação indo até a linha que vovô estava.

– Você acha que pode me vencer garota? – Jane riu.

– Quer que eu prove? Acha mesmo que você vence uma luta sem seu dom, vaca? – rosnei.

– Você é um pouco desbocada. – Caius disse.

– Ora, cale a boca sua múmia inútil! – falei. Vovô me puxou para perto dele. Jacob veio até mim e me empurrou de volta com o focinho.

– Desculpe. – murmurei.

– Sou tão inútil que posso decidir seu futuro! – Caius disse com desdém.

– Não tenha tanta certeza! – Alice riu.

– Isso vocês não podem provar. – Marcus disse.

– Tentem tocar neles, que não vou tentar segurar meus filhos e nem minhas atitudes! – vovô disse.

– Não queremos nenhuma briga certo, meus caros?! – Aro disse. – Se puderem provar que eles não são perigosos...

– Renesmee não foi uma ameaça... Sabemos controlá-los. Mas em relação a você querer impedir uma briga, eu já não sei... – Vovô disse ironicamente o final.

– Então provem. Caso não provem... Vamos começar por você! – Caius disse.

– Tente! – Jazz sibilou.

– Demetri! - Caius chamou. Demetri avançou em minha direção, papai, Jazz e Emmett se colocaram na direção dele.

– Me mate antes de encostar nela! – vovô gritou.

– Não! – vovó gritou involuntariamente puxando vovô para trás.

– Carlisle, porque você não nos impressiona com mais uma de suas explicações extraordinárias? – Aro disse fazendo sinal para Demetri.

– Soubemos controlar Renesmee, ela não nos expôs. Podemos controla-los, eles têm consciência de que não podem nos expor. Sabem que temos a capacidade de ensina-los. Uma vez confiaram isso a nós e não custa confiar novamente. – vovô disse.

P. O. V. Carlisle

Demetri avançou em direção a Esme e pulou nela, o que a fez dar um pequeno grito com o impacto depois de cair.

– Desgraçado! Ela não! – Gritei entre dentes. - Mate-me então! Covarde!

– Por que ficou assim? Se ela morrer não vai perder nada, ela não tem dom, é inútil. – ele disse petulante.

– Como você ousa falar assim dela? – rosnei.

– Algum problema, meu caro? Eu apenas falei a verdade. – ele disse rindo.

– A verdade nem sempre está ao seu lado, e eu só vou avisar uma vez: dobre sua maldita língua para falar da minha esposa! – rosnei.

– A verdade é intimidadora não é?! – Aro disse caminhando.

– Você está pedindo para morrer! – falei.

– Não acho isso muito intimidador, meu caro. Tente outra. – Aro disse com desdém.

– Com seu escudo é fácil dizer que ninguém o intimida, não é?! Mas para intimidar bastam apenas palavras, pois quando chegar à ação deixará de ser uma intimidação e passará a ser destino. – falei despreocupadamente.

– Pois que o destino venha! – Aro disse erguendo as mãos.

– Para o destino chegar, deixe que o escudo se vá. – zombei.

– Renata. – Aro ordenou.

– Mas mestre... – ela o interrompeu.

– Agora. Se acalme, não acontecerá nada com você, minha cara.

– Não tenho medo por mim... – ela sussurrou.

– Neste momento, eu gostaria que tivesse apenas por você, creio que a raiva de meu “amigo” se aplique apenas a mim e aos meus irmãos. Mas de todo sempre, é bom termos medo para termos coragem. – ele disse diretamente a ela.

– Então venha Aro, tente lutar. Ou prefere lutar com Emmett ou Jasper? – falei. Jane sorriu como se fosse atacar alguém. Jacob rosnou me obriguei a olhar para trás. Nessie estava colocando Anne no chão, ela avançou rapidamente até a linha onde eu e Esme estávamos e rosnou para Jane.

– Renesmee se acalme. – Edward disse.

– Ousa atacar minha filha... Tem amor pela sua vida medíocre? Creio que não. – ela disse avançando mais.

– Renesmee pare, chega! – Esme disse segurando os braços dela.

– Se a minha é medíocre por viver como um Volturi imagine sua por viver com esse cachorro! – Jane disse.

– Quem foi que pediu sua opinião em relação a minha vida? Você está na minha casa, ataca minha filha, e quer dar “pitaco” na minha vida. Pelo menos viver com o “cachorro” me permite ter amor e alguém que me ame. Saber o que é afeto e ter uma família. Mas acho que você não sabe o que é isso... Diga-me quantas vezes você recebeu um abraço de Aro, por livre e espontânea vontade? Quando ele lhe deu um presente apenas por dar, para lembrar-se dele! – ela gritou, tentando fazer com que Esme a soltasse.

– Aro não precisa me mimar para que eu saiba que ele me ama. Ao contrário de você, garota mimada.– Jane disse tranquilamente sorrindo.

– Pelo menos a garota mimada aqui, tem proteção de todos que a amam. Quem acha que vai morrer primeiro caso haja um ataque? Você! O amor dele é tão grande que sacrificará você para se salvar. – Nessie disse. O sorriso de Jane se tornou mais arrogante, Nessie olhou para Anne que estava no colo de Bella, agora, Nessie tentou avançar, Esme segurou-a.

– Nessie pare! Volte para seu lugar com Anne, agora! – Sophie disse. Nessie relaxou nos braços de Esme. Ela caminhou de volta. Voltei-me novamente a Aro.

– Então Aro? – falei.

– Meu caro, sugiro que segure sua família. Estamos apenas conversando.

– Lhe fiz um desafio, mostre sua capacidade e coragem de rei. Aceite! – desafiei novamente.

– Como eu já lhe disse uma vez, eu não sou digno de um rei, por tanto tenho direito de negar. – ele disse arrogante.

– Não faça um grande discurso para negar. Apenas fale “Sou um covarde!” pronto está negado. – falei irônico.

– Ora, se sou um covarde, você também é. Se acha que podia nos vencer, para quê tudo isso? Vamos meu caro diga-me. – Aro disse juntando as palmas das mãos.

– Para proteção daqueles que não podem lutar. – falei.

– Ora, são apenas dois. Você não precisa de tudo isso. Mesmo para que seja para proteção, foi por medo de perdê-los. Não confiando em suas habilidades, isso se chama covardia.

– Sim medo de perdê-los, medo de perder minha família, medo de perder as “pessoas” que são os motivos pelo qual vivo. Fale-me agora, você tem medo de perder o que? Sua vida medíocre, ou sujar sua capa “majestade”?! – falei.

– Não, meu medo é de perder minhas preciosidades que sabem valorizar seus dons, pode ser que “machuquem”. Se não sairmos vivos daqui, apenas lembre-se: nosso mundo será exposto. O controle sobre ele se perderá. Boa sorte, para vocês ao serem descobertos. – ele disse, encarando Alice.

– Você está preocupado apenas com os poderes que se perderão?! Cada dia que passa, eu vejo que foi uma chance perdida, Aro. – falei arqueando as sobrancelhas.

– De que? – ele disse voltando a me olhar.

– De revelar tudo... – falei apontando para Marcus.

– Como descobriu? – Aro sussurrou surpreso.

– Meu tempo como um Volturi, embora pouco, foi bem aproveitado. Um dia cheguei a ouvir uma conversa sua e de sua querida esposa. Acho que isso explica certo?! – falei, Aro assentiu vagarosamente com expressão vazia, seus olhos fitando o nada.

– Irá sair do escudo? Ou vai me obrigar a falar? – perguntei em tom de ameaça.

– Já estou sem o escudo. – Aro riu, Renata se afastou dele.

– Então venha até mim, se tiver coragem. – sorri. Aro tirou a capa, algo que provavelmente iria atrapalhar. Ele caminhou até mim, parando a poucos passos de mim. Jane e Alec passaram para seu lado.

– Saiam. – ele disse, num voz forte e alta.

– Aro é para sua proteção. – Alec disse.

– Minha proteção cabe a mim. Preocupem-se com as suas. – Aro respondeu.

P. O. V. NARRADOR

O clima na campina estava tenso. Carlisle e Aro se encaravam, rosnados ecoavam pela campina. Não se pôde distinguir se eram dos lobos, ali presentes, voltados a proteger e esconder Renesmee. Ou se eram dos vampiros, que voltados a protegerem suas parceiras, pareciam chocados com a gravidade das acusações e revelações que estavam sendo ditas. Jasper e Edward prestavam atenção na conversa, Esme e Bella estavam com medo do que tinha por vir, a guarda Volturi por mais chocada que estivesse não descumpriram suas ordens e permaneceram quietos.

– E então? Vai matar-me e salvar sua esposa inútil ou vai deixá-la sofrer ver você morrer. O que me lembra de que Bella está com o escudo em vocês. Retire dele Bella. – Aro diz com um tom rude.

– Não fale assim com ela! - Edward rosnou para Aro.

– O que pretende fazer? Usar Jane e Alec? Achei que queria uma briga justa. – Rosalie comentou ironicamente.

– É justo. Mas fiquem atentos. – Esme disse a todos tentando acabar com a discussão iniciada por Rosalie.

– Bom obrigado Esme. Você realmente foi útil, pelo menos uma vez. – Aro disse petulante.

Carlisle se agachou, impulsionou-se para atacar Aro. Foi um movimento rápido e mortal. Aro movimentou-se com ele, os dois atacavam e se esquivavam dos golpes. Por fim, os borrões pararam e Carlisle segurava Aro de modo que qualquer movimento de Aro sua cabeça seria arrancada.

Os Volturi se assustaram com isso, recuando. Emmett e Rosalie sorriam e alguns lobos também. Mas Edward parecia querer parar a briga, Esme, Bella, Alice e Renesmee totalmente apavorados fitavam a cena. Renesmee puxou os filhos mais perto, recuando vários passos, o lobo castanho avermelhado seguiu-a, ele voltou-se a ela acariciando-a com seus pelos.

– Mamãe o que houve com ele? – Daniel perguntou assustado.

– E... Eu não sei meu anjo. – Renesmee respondeu sem tirar os olhos de seu avô. Carlisle estava prestes a matar Aro, quando foi interrompido por sua família.

– Carlisle pare! – Esme gritou desesperada, ajoelhando-se.

– Você não é assim Carlisle. – Edward disse, respondendo a um pensamento.

– Carl, você sempre desprezou Aro por todas suas ações e pelo modo que ele agia. Agora você vai fazer a mesma coisa? Não vê que isso é um blefe? Se ele morrer, você fará a mesma coisa que ele faz matar por vingança. – Esme disse aos “prantos”.

Renesmee colocou seus filhos no chão e caminhou trêmula até o avô. O medo era evidente em seus olhos. Ela mostrou a ele como ele estava daquele jeito. Por um tempo ele fitou Aro e depois o largou. Carlisle caiu de joelhos e todos foram abraçá-lo, os lobos manterão a formação em que estavam.

No descuido de todos, causado pela felicidade. Tudo aconteceu. Renesmee caiu contorcendo-se no chão. Jane sorria cruelmente ao ver a cena. Bella joelhou-se ao lado da filha, de vagar ela foi parando de se contorcer calmamente.

– Me desculpe me distraí. – Bella murmurava.

– Estou bem mamãe. – Renesmee tentou acalmá-la sentando-se.

P. O. V. Nessie

Foi tudo muito rápido, como um apagão, meu corpo começou a queimar, bom se ele ainda existia e de repente começou a passar. Foi cerca de três segundos.

– Me desculpe me distraí. – mamãe murmurou.

– Estou bem mamãe. – garanti a ela, sentei e coloquei as mãos no chão para apoiar meu peso. Balancei a cabeça para reorganizar meus pensamentos. Olhei para Jane, e um rosnado saiu por meus lábios. Caminhei lentamente até ela, rindo sinicamente como ela.

– Pedi ao meu avô para que não matasse Aro, porque as intenções dele, desde que era humano, sempre foram boas. Eu também nunca fui má. Mas sabe, eu sempre quis experimentar o sabor da vingança. – falei enquanto caminhava.

Lembrei-me que Jacob havia me ensinado defesa pessoal e judô. Eu nunca havia testado em ninguém... Teria que ser rápida, pois meu pai me impediria. Fechei a mão e levei em direção do rosto dela. Soquei seu rosto com a mão direita, com a esquerda puxei-a e com o joelho bati em sua barriga, isso levou cerca de um segundo, logo braços fortes me puxaram para trás.

– Me solte! Vou matá-la! – gritei.

– Chega! Pare! – papai disse.

Derek se movimentou até Jane e arremessou-a em direção a floresta, ela se chocou contra uma árvore derrubando-a.

– Saiam! – vovô gritou se levantando.

– Deixe-me matá-la! – gritei me debatendo nos braços de meu pai.

– Renesmee pare! –mamãe disse.

– Vão embora daqui! – vovô disse. – Ah! E Aro?

– Sim? – Aro disse virando-se para vovô. Vovô deu-lhe um soco, Aro se afastou fugindo para a floresta.

– Vocês têm cinco anos! Quero ver Renesmee e seu marido, que ainda não conhecemos pessoalmente, e quero ver essas crianças. Para sabermos se elas não nos expõem. – Caius gritou.

Assim que sumiram, os lobos foram na floresta ver aonde os Volturi iriam. Meu pai ainda me segurava.

– Me solta! – pedi me debatendo.

– Se acalme. – Sophie disse colocando a mão em meu rosto e me olhando nos olhos. Olhei para ela por alguns segundos, ela sorriu e disse – Boa menina.

– Cale a boca Sophie! – falei. Jacob parou ao meu lado. – Não vou conseguir me acalmar com vocês me segurando.

– Deixe ela Edward! – vovô disse. E papai me largou. Jacob apareceu caminhando.

– Como está a mão e o joelho? – ele disse.

– Prontos para outra. – falei. Anne e Dan vieram caminhando até nós e nos abraçaram, Jacob pegou-os no colo e me beijou.

Era difícil acreditar que tudo havia ocorrido bem. Apesar de tudo o que houve. Entramos em minha casa, fui para meu quarto e me sentei na beira da cama. Anne entrou no quarto e sentou ao meu lado, puxei-a para meus braços. Ela não estava bem, ninguém percebia isso porque ela era quietinha vivia perdida em seu mundinho, mas eu procurava entendê-la.

– Pode contar. O que está te deixando aflita? – falei.

– Eu fiz certo em usar meu escudo para o homem ruim não saber sobre mim? – ela disse decepcionada.

– Claro. Você se comportou muito bem, ter medo faz parte. – falei. Ela me deu um beijo na bochecha e saiu do quarto.

– Vou com tia Rose, buscar Alyssa. – ela disse.

Jacob entrou no quarto, deu um beijinho em Anne e veio se juntar a mim.

– Anne tome cuidado! – gritei.

– Ela vai aonde? – Jacob perguntou.

– Buscar Alyssa com tia Rose. Aliás, onde Lyss está? – perguntei.

– Na reserva.

Jacob me puxou da cama se levantando. Ele me girou e começamos a dançar sem musica. Era um pouco difícil de acreditar que minha família passava por tantas coisas estranhas e perigosas durante o ano. Talvez os Volturi voltassem um dia, eles nunca ganhariam de nós. Jake me puxou suavemente pela cintura, me beijou, meu corpo reagiu ao beijo como um choque. Fomo caminhando até a cama, ele deitou por cima de mim e puxou minha blusa. Por um momento esqueci que tínhamos toda a minha família no andar de baixo.

– Jake. – sussurrei puxando-o mais para perto de mim.

– Temos visita. – ele disse.

– Que saco! Deixe-os. – falei, passando os braços pelo pescoço dele prendendo-o a mim.

– Nessie. Venha! – ele se levantou e jogou a blusa para mim.

Descemos para a sala, meu pai e minha mãe estavam sentados na porta Emmett, Daniel, Rosalie e Anne haviam ido buscar Lyss. Vovô e vovó haviam ido para casa, Alice e Jasper estavam se arrumando para irem também. Derek e Sophie estavam agarrados no sofá. O telefone tocou e atendi.

Ligação: on

– Alô.

– Mamãe?

– Oi Anne, o que foi?

– Eu e Dan podemos dormir aqui na tia Claire?

– Não sei. Passe para Emily.

– Oi Nessie.

– Oi. Eles podem dormir aí?

– Claro! Ia ser ótimo, Claire teria companhia. Quill não está aí.

– Vou falar com Jake. De repente só Anne dorme aí.

– Ah! Não se preocupe eles não vão incomodar.

– Tudo bem. Eles podem.

– Obrigada. Vou passar par Daniel.

– Mãe! Mãe!

– O que foi?

– Você deixou?

– Sim.

– Obrigado!

– Dan me escute!

– Fala.

– Obedeça Emily e Sam. Quando ela disser para dormir vocês vão dormir. Não façam bagunça.

– Pode deixar mamãe.

– Amanhã vamos buscar vocês.

– Tudo bem.

– Boa noite meu anjo.

– Boa noite mamãe.

– Eu te amo.

– Também te amo filho. Mande um beijo pra Anne.

– Tá bom.

Ligação: off

Bati com o telefone na cabeça de Derek e coloquei no gancho. Jacob me fitava.

– O que foi? – ele disse.

– As crianças vão dormir na casa de Sam. – falei.

– Hmm. Você não gostou?

– Gostei, mas sinto falta deles. – murmurei.

– Eles vão ficar bem. E nós também. – ele riu maliciosamente. Dei um beijo nele e ele me puxou pela cintura novamente me beijando.

– Dá para vocês pararem? – Derek reclamou.

– Ciumentinho. – falei

– Não é ciúmes, é nojo mesmo. – Derek respondeu.

– Vamos crianças! – papai gritou.

– Ah! Pai! Criança não. – Derek disse levantando do sofá com Sophie.

– Meu bem, amanhã ligamos para saber como estão. – mamãe disse me abraçando.

– Ah! Mamãe! Desculpe por quase nos matar novamente. – falei rindo, ela me deu um beijo na testa.

– Durmam bem! – papai disse entrando no carro.

Apagamos as luzes e subimos par nosso quarto. Liguei a TV, estava passando os Simpsons. Deixei ali. Me deu sono e acabei dormindo.

Acordei na mesma noite, Jacob estava no banho e a TV ligada. Tirei a roupa e entrei no banheiro, abri o Box e entrei.

– Será que cabe mais um?! – falei sorrindo.

– Se não couber à gente dá um jeito. – Jacob disse me puxando para junto de seu corpo molhado.*



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