“House!” Ele já estava no estacionamento quando foi parado por Chase. “O que você fez?!”

 “Às vezes papai e mamãe brigam, mas isso não significa que não amamos vocês, crianças.” A próxima coisa que ele tomou conhecimento foi o punho de Chase indo de encontro com seu olho, o impacto o fez cambalear e se apoiar no carro de trás.

 “Eu sabia que você só a faria sofrer, afinal, é o que tem feito com qualquer pessoa que se aproxime o suficiente. Você não a merece, mas, por alguma razão incompreensível, ela o escolheu. Agora vá procurá-la e é melhor não estragar tudo, porque ela merece ser feliz.” Ele saiu sem dizer mais nada, sabendo que provavelmente tinha acabado de ser demitido, mas com a consciência de que agora poderia seguir em frente.

 House não tinha tempo para pensar em Chase, ele tinha que encontrá-la antes que fosse tarde demais.

 A moto percorria a cidade a uma velocidade insana até mesmo para seu motorista, mas ele não poderia se importar menos. A vizinhança inteira ouviu quando ele chegou e estacionou de qualquer jeito em frente à casa de Allison.

 Ele bateu, nada. A segunda e terceira tentativas obtiveram o mesmo resultado para seu desespero.

 “Allison, por favor, abra a porta!” Ele gritou enquanto batia freneticamente. “Precisamos conversar!” Nenhuma resposta. Seu carro estava na garagem, o que significa que ela o estava ignorando de propósito. As janelas estavam fechadas e as cortinas abaixadas, mas ele não desistiria tão fácil. “Allison, por favor, abra a porta nem que seja para gritar olhando em meus olhos.” Nada, de novo. “Dormirei aqui fora se tiver que.” O inverno estava quase no fim, mas a temperatura ainda caía muito durante a noite.

 Passaram-se alguns minutos antes dele ouvir o barulho da fechadura. Ele abriu a porta quando ela não o fez, a sala estava escura e ele acendeu a luz. Ela estava encolhida no sofá abraçando as pernas, como se tentasse se manter de cair em pedaços, seus olhos vermelhos e inchados.

 “O que aconteceu com seu olho?” Ela perguntou quando ele ocupou o lugar ao seu lado.

 “Chase.” Ela balançou a cabeça mostrando que entendeu.

 “Allison...”

 “Você a ama?” Ela o interrompeu.

 “Eu o que?”

 “Foi uma pergunta simples. Você a ama?” Ela encarava o tapete, incapaz de cumprir seus olhos.

 “Alli.” Ele colocou a mão em seu queixo, obrigando-a a encará-lo. “Antes de você entrar eu estava dizendo a ela para ir embora, mas ela me beijou de surpresa e não significou nada para mim.”

 “Ela tem a sua idade e esteve com você durante anos, ela...”

 “Allison Cameron, eu quero que você me escute com muita atenção, porque não vou repetir.” Ele segurou sua mão com a outra disponível. “Stacy está no passado, e é lá onde ficará.” Ele disse cada palavra com cuidado, colocando ênfase em cada uma delas.

 “Greg, me desculpe, mas, quando vi vocês dois não, pude evitar pensar que... que talvez você não me quisesse.” Ela sussurrou, em seus olhos ele viu que ela acreditava no que dizia.

 “Allison...” Ele suspirou. “Você não se vê claramente, não é? A maneira como todos os médicos daquele maldito lugar a olham, tenho vontade de gritar que você é minha.” Admitiu. “Não sei o que fiz para merecê-la, principalmente depois de todas as coisas que fiz para afastá-la. Mas você nunca desistiu de mim, então, por favor, não desista de nós, não agora.”

 Ela afagou o hematoma em seu rosto e ele fechou os olhos. “Eu te amo.” Ele sussurrou tão baixinho que ela não sabia se tinha ouvido direito até um par de olhos azuis cumprirem os seus.

 Ela beijou-lhe apaixonadamente. “Eu também te amo.”

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 Allison dormia calmamente no abraço de Greg. Ele acariciava seu cabelo enquanto cantarolava:

 “I will love you till the end of time
           I would wait a million of years
           Promise you'll remember that you're mine
           Baby can you see through the tears?
           Love you more, than those bitches before
           Say you'll remember
           Oh baby, say you'll remember
           I will love you until the end of time.”