Allison acordou feliz, ainda nos braços de Greg.

“Greg.” Ele sussurrou em seu ouvido. “Está na hora de levantar, ou vamos nos atrasar.”

“Só mais cinco minutinhos, mãe.” Ela riu quando ele a abraçou mais apertado.

“Vamos lá, Greg, eu realmente preciso levantar se quiser chegar a tempo.”

“Sou seu chefe, é só chegar alguns segundos antes de mim e não estará atrasada.” Ela franziu a testa.

“É melhor não.” Ela lhe deu um beijinho e se desvencilhou de seu abraço.

Ele abriu os olhos para vê-la desfilar nua pelo quarto enquanto escolhia suas roupas e ia para o banheiro.

“Gostaria que eu me juntasse a você?” Ele levantou a sobrancelha de maneira sugestiva.

“Você vai para casa ficar pronto para o trabalho.” Ela fechou a porta.

“Você, Allison Cameron, será minha morte!” Ele gritou quando ouviu o barulho do chuveiro e se levantou.

“Você não deveria ter feito isso.” Cameron disse assim que chegou de manhã, como sempre, antes de House. “Mas obrigada.” Chase sorriu para ela. “Não comente nada e ele não irá demiti-lo.”

“Devo perguntar?” Foreman espiou por cima de sua revista.

“Acho que não será necessário.” Chase engoliu em seco quando avistou o chefe vindo pelo corredor.

Foreman olhou do rosto assustado de Chase, que esteve miserável nos últimos meses, e sua mão enfaixada para o olho roxo de House e as bochechas coradas de Cameron.

“Vocês dois?” Ele riu e levantou uma sobrancelha, descrente.

“O que? Cameron me considera um bom partido.” Ele passou um braço por sua cintura. “Certo, gata?”

“É claro, querido.” Eles riam, os olhos de House brilhavam de uma maneira que eles nunca tinham visto.

“E você está aqui cedo...”

“Ainda não a perdoei por isso.” Ele fez beicinho e os outros três riram.

“É melhor se acostumar agora que vou me mudar e..” House a calou com um beijo.

“E nada me faria mais feliz do que acordar com você ao meu lado todos os dias.” Ele murmurou contra seus lábios e os dois sorriram, eles estavam tão absortos que Foreman e Chase sentiram que deveriam desviar o olhar. Um toque de celular fez com que os dois pulassem assustados. “Merda.” Ele xingou, mas empalideceu ao ver o identificador de chamadas. “É da escola de Ammy.” Explicou saiu da sala.

“Está tudo bem?” Cameron perguntou assim que ele voltou.

“Ammy está doente, com febre e fadiga, provavelmente não é nada demais, mas a escola acha melhor ela ficar em casa pelo menos durante o resto da semana.” Ele pegou o casaco e olhou hesitante para a chave da moto.

“Pode levar meu carro.” Cameron jogou-lhe as chaves. “Só lembre-se de vir me buscar.”

“Obrigado.” House sorriu e beijou-lhe adeus.

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“Dra. Cameron, podemos conversar?” Cuddy entrou na sala de clínica.

“Estou um pouco ocupada aqui, Dra. Cuddy.” Ela respondeu concentrada enquanto retirava uma amostra de sangue do paciente.

“Você e House?” Ela falou como se o homem que ouvia tudo com interesse não estivesse lá.

“Esse hospital é pior que o ensino médio.” Ela disso alto o bastante para que fosse ouvida por todos.

“Admito que por essa eu não esperava, a não ser que você tenha o hábito de se drogar escondido ou seja masoquista. Porque agora pode ser somente sexo, mas no final um dos dois sairá machucado e...”

“E supondo que, como sua única preocupação é o bem estar de seus funcionários, você também terá essa conversa com ele.” Ela tentou controlar o tom de voz enquanto virava para encará-la, o paciente esquecido.

“Não será ele quem sairá machucado.”

“Desde quando se tornou tão improvável que alguém possa retribuir meus sentimentos?” Ela se levantou. “O que tive com Chase foi apenas sexo, eu amo House, o amei desde o início e sempre o amarei. E, por mais incrível que possa parecer, Dra. Cuddy.” Ela zombou. “Ele também me ama e vamos morar juntos. Ele é um homem incrível e eu agradeceria se parasse de sugerir que ele é um drogado só porque sente dor.”

Ela saiu bufando da sala, deixando uma Cuddy muito chocada para trás.

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“Alli!” Ammy veio abraçá-la assim que ela entrou na sala.

“Ammy!” Ela a abraçou com força. “Como você está se sentindo?”

“Só um pouco cansada.” Ela sorriu.

“Isso é bom.”

“Papai me contou que vai se mudar.”

“Está tudo bem por você?”

“Para uma médica você pode ser bem boba.” Ela riu. “É claro! Está tudo mais do que bem. Mesmo que eu passe somente os finais de semana em casa, agora seremos uma família.”

“Quem sabe se no próximo ano letivo você não passe a morar em casa?”

“Seria ótimo.” Elas sorriram uma para a outra.

“Ammy queria parar para dizer ‘oi’ para todos.” House disse. “Allison, você está pronta para ir?”

“Claro.”

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“Eu não deveria ter perdido o controle daquela maneira.” Allison subiu na cama e aconchegou-se nos braços de Greg.

“E ela não deveria ter falado daquela maneira. Não importa, não podemos mudar o passado.” Ele a puxou mais para perto. “Não se preocupe, falarei com ela amanhã, vai ficar tudo bem.” Ele sorriram.

“Pai?” Ammy entrou no quarto usando calças de pijama xadrez rosa com preto e uma camiseta preta do The Kooks. Seu rosto estava manchado de lágrimas e seus dedos, tanto das mãos quando dos pés, estavam azuis. “Dói.”