Walls escrita por Mrs House


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Gente, vocês sumiram no último capítulo, fiquei triste =(



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 Dois meses se passaram rapidamente para o casal, Allison percebia que a cada dia Greg se abria mais para ela, revelando um lado sensível e vulnerável. Mas para Chase o tempo não poderia ir mais devagar, todos os dias ele fingia que a visão de Allison não lhe causava dor. Até agora os únicos que sabiam eram Ammy, Chase e Wilson e eles pretendiam continuar assim. House estava até mesmo diminuindo as dozes diárias de Vicodin, ele teve que revirar os olhos para Allison: “O amor é o remédio mais poderoso.”

 “Alli.” House chamou e puxou-a para seu colo assim que os outros saíram da sala. “Eu estava pensando se você gostaria de se mudar para a minha casa.”

 “Você tem certeza? E Ammy?” Ela passou os braços por seu pescoço.

 “É claro que tenho.” Ele beijou de leve seus lábios. “Já nos conhecemos há três anos e você praticamente já mora lá há dois meses, só estaríamos oficializando. Ammy te ama como a mãe que ela nunca chegou a ter e eu amaria não ter que levá-la para casa depois do...”

 “House!” Ela riu e deu um tapa de leve em seu braço. “Você só quer que eu me mude para poder entrar em minhas calças?”

 “Você não tem coração?” Ele colocou a mão no braço. “Como pode bater em um aleijado?” Ele fingiu indignação, mas passou a falar sério quando ela lançou-lhe um olhar feio. “Não.” Suspirou e passou os braços por sua cintura. “Eu realmente quero que você venha.”

 “Então eu adoraria ir.” Ela lhe deu um último beijo e escapou de seus braços quando ele tentou aprofundá-lo.

 Ele fez uma carinha de cachorro que caiu da mudança que ela quase foi incapaz de resistir.

 “Tenho que trabalhar, por sua causa estou devendo muitos horários de clínica.” Ela saiu rebolando da sala.

 “Essa mulher será minha morte.” Ele murmurou.

 Allison tentou não pensar muito em Greg enquanto trabalhava. Ele ainda não tinha dito que a amava, embora seus gestos demonstrassem seus sentimentos, ela ansiava por ouvir as palavras. Pare com isso, Allison. Ela ordenou a si mesma. Você sabe que verbalizar sentimentos é difícil para ele, dirá quando estiver pronto.

 “Ai! Cuidado com essa agulha!” O paciente a sua frente reclamou, ela estava tão absorta em seus pensamentos que quase o furou no lugar errado.

 “Sinto muito.”

MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.MD.

 O relógio bateu, anunciando que House finalmente podia ir pra casa. Ele juntou suas coisas, ansioso para ir encontrar sua namorada.

 “Greg?” Uma voz que ele nunca mais pensou que ouviria o chamou da porta.

 “Stacy?” Ele se virou. “O que diabos você está fazendo aqui?”

 “Senti saudades, Greg.” Ela ignorou sua hostilidade. “E pensei em vir aqui visitar.”

 “O que aconteceu com seu marido?”

 “Nós nos separamos há alguns dias.” Ela avançou para ele. “E sabia que você estaria aqui sozinho, achei que poderia aproveitar uma companhia para o jantar...” Ela colocou a mão em seu ombro.

 “Stacy, realmente não é uma boa ideia, nós dois não temos mais nada juntos.” Ele bateu na mão que descansava em seu ombro.

 “Você vai realmente me falar que não sente mais nada?” Ela segurou a mão dele e a colocou em cima de seu coração. “Eu ainda te amo, Greg. Podemos fazer isso dar certo.”

 “Eu n...”

 Ela o beijou de súbito, ele não teve tempo de reagir antes que acontecesse. Cameron escolheu esse momento para aparecer na porta à procura de House que estava demorando.

 “Foda-se, Stacy.” Ele a empurrou e foi cambaleando até a porta, mas Cameron já tinha ido embora.

 “Você não pode estar falando sério, Greg!” Ela gritou. “Você me trocou por ela?!”

 Ele não tinha tempo e nem queria ouvir nada do que ela tinha a dizer e foi pegar o casaco.

 “Quantos anos ela tem? Metade da sua idade?” Ela se colocou na frente dele. “Você precisa de alguém que condiz com você, há quanto tempo nos conhecemos? Ela é apenas um de seus jogos, mesmo que você não queira admitir, nós fomos feitos um para o outro. Eu te entendo.”

 O sangue de House fervia, ele podia senti-lo pulsando em seus ouvidos, ninguém se refere a ela como um ‘jogo’, mas fez seu melhor para manter suas emoções longe de sua voz.

 “Você me entende? Faça-me rir, Stacy. Allison me deu em dois meses tudo o que você foi incapaz de me dar em anos.” Ele não deu a ela tempo de retrucar. “Ela me aceita por quem sou, dois meses depois de tirarem meu músculo você me deixou, e agora fez a mesma coisa com Mark. O quebrado não serve para você. Ela não se importa se eu sou viciado em medicamentos, se prefiro ficar em casa a ir a uma festa ou se sou malditos quinze anos mais velho. Ela aceita minha filha, coisa que você nunca foi capaz de fazer,  e a ama como se fosse sua. Estou longe de merecê-la, nenhum ser humano é merecedor e eu muito menos, mas, por uma razão que não cabe a mim descobrir, ela me ama. E eu a amo, mais que tudo, então eu quero mais é que você se foda.”

 Enquanto ela o encarava em silêncio, algo se manifestou dentro dele. “Eu a amo.” Sussurrou e saiu correndo/mancando o mais rápido que podia, torcendo para que não fosse tarde demais.  


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