Apocalipse escrita por Fenix


Capítulo 7
Sem chances de sobrevivência




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Felipe e Drake caminham pela casa, vão até a cozinha, que havia louça suja em cima da pia, panelas jogadas no chão, uma mesa cheia de jornais e revistas paranormais, no canto uma cadeira de rodas.

Alguém os observa atrás da porta, Felipe e Drake entram um pouco mais na cozinha, naquele instante Gabriel abre a porta com um pedaço de pau em mãos.

- O que estão fazendo na minha casa – Diz Gabriel.

Felipe repara suas pernas, e assim tenta descobrir como estava de pé.

- Batemos na porta várias vezes – Diz Drake.

- Não me diga... E que diferença faz isso? – Diz Gabriel.

Felipe não conseguia desviar o olhar.

- Fica na boa – Diz Drake, com as mãos para frente, tentando acalmá-lo.

- Saiam daqui – Diz Gabriel, indo para cima deles.

Levando-os até a porta da cozinha.

- Olha, relaxa – Diz Drake.

Felipe fica pensativo olhando para o chão.

- Não podem vir na minha casa e me dar ordens, FORA AQUI – Gabriel bate com a madeira na parede.

- Calma cara, só queríamos fazer umas perguntas – Diz Drake.

- Que perguntas? – Pergunta Gabriel.

- Espera ai! Você jogou não foi? – Diz Felipe, apontando o dedo para Gabriel.

- Do que você está falando?

- Você sabe do que eu estou falando – Diz Felipe – Do jogo, você jogou, ganhou e conseguiu seu desejo...

Gabriel fica abismado olhando rapidamente para os dois.

- Você precisa ajudar a gente – Diz Felipe.

- Ninguém, nunca me ajudou – Naquele instante, Gabriel acerta a madeira no joelho de Drake, fazendo-o cair para trás.

Então tenta acertar Felipe, que logo agacha e o deixa acertar a parede, Felipe o garra na cintura e o bate contra a pia, derrubando os pratos e panelas. Carol ouve os estrondos e sai do carro preocupada.

Gabriel segura o pescoço de Felipe e o leva até a mesa, o inclina para trás e passa a enforcá-lo.

- Me solta! – Diz Felipe, com muito esforço.

Ele tentava se levantar e não conseguia, Gabriel vai enforcando, Felipe segura um prato que estava na mesa e o bate contra a cabeça de Gabriel, e o faz ir para o lado, rapidamente se levanta tossindo um pouco, Gabriel levanta-se e pega um canivete no bolso.

- Qual é cara? – Diz Felipe.

Gabriel o ataca, Felipe desvia dos movimentos dando pulos para trás, Gabriel quase corta sua barriga, Felipe encosta na parede, Gabriel da um sorriso, quando ia atacá-lo, recebe uma forte pancada na cabeça e o faz cair, atrás dele estava Drake com o pedaço de madeira nas mãos.

- Boa... Essa foi boa – Diz Felipe.

- Também acho – Diz Drake, ofegante.

Carol chega correndo e depara-se com Gabriel atirado no chão, ela olha para Felipe e depois para Gabriel.

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- O homem visto pelo amanhã ainda é desconhecido, para longe de você foi seu desejo concedido... Ven Victus!

Narayani segue a estrada de mão dupla em alta velocidade, ela estica os dedos segurando o volante, sua expressão parecia um pouco nervosa.

Afastado dela, um caminhão branco se aproxima na pista contrária, de repente o rádio muda de estação, o motorista leva sua atenção ao rádio e tenta trocá-lo. Um carro passo ao lado do caminhão em alta velocidade, o motorista nem o percebe.

Narayani pega seu celular na bolsa que estava no banco ao lado, ela disca um número e espera que alguém atenda.

- Mãe – Diz Narayani, chorando – Mãe eu quero que saiba que estou para casa... Não, não tem nada de errado, chegarei ainda esta noite!...

Narayani vista a esquina, que no final da rodovia está um caminhão branco vindo em 180kh, o motorista ainda não consegue por um sinal no rádio.

- Não, não, mãe eu vou ficar bem... Eu só quero que prepare as coisas que já estou a caminho – Diz Narayani – Eu estou com muitas saudades, só isso...

O caminhão sem que o motorista perceba, vai indo par ao meio da pista, uma libélula pousa no para-brisa, o motorista olha para frente e quase colide com um carro.

- AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH – Ele pisa no frio e vira o caminhão.

A caçamba de gasolina vai indo para o lado derrubando os postes, o caminhão fica atravessado na estrada.

O celular desliga de repente.

- Mãe?! – Narayani olha para o celular.

Assim que leva seu olhar para frente, já estava próxima ao caminhão.

- AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH – Ela freia bruscamente, o carro fica de lado e capota, quebrando os vidros e amassando o carro, até encostar na caçamba do caminhão.

Narayani vai girando dentro do carro, ele para de cabeça para baixo, ela está com seu rosto cortado e sangrando, suas mãos raladas, de seu carro estava saindo muita gasolina. Narayani acorda um pouco tonta, ela põe a mão no vidro e olha para os lados.

- Ai meu deus – Ela diz, chorando – So... Socorro... Soco... Socorro...

Ela chorava muito, ao olhar para o lado, avista a gasolina pingando no chão, ela arregala os olhos.

- SOCORROOOOO, ALGUÉM ME AJUDA, SOCORROOOO – Grita Narayani, batendo no vidro da frente e da porta.

A libélula voa até o poste que estava com o fio quase se partindo.

- SOCORROOOOOO... ESTOU AQUI... ALGUÉM ME AJUDAAA – Grita Narayani, desesperada.

Sua mão tinha um grande corte, que sangrava bastante, ela dobra a mão e da um enorme grito, assim tenta soltar o cinto de segurança.

- Ai droga... AAAAHHHHHHHHHHHH – Grita Narayani, ela não consegue dobrar a mão, era uma dor enorme, ela chorava sem parar – Meu deus, por favor... Não... Eu não quero morrer, não me deixe morrer... Por favor, meu deus... Eu não quero, não quero...

O fio se parte e cai bem em cima da gasolina escorrida no chão, naquele instante um rastro de chamas vai em direção ao carro.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOO – Grita Narayani, em pânico.

Em seguida uma enorme explosão acontece, a caçamba do caminhão vai explodindo três vezes, o fogo domina o ar, a pressão da explosão joga a caçamba para atrás, o carro de Narayani começa a pegar fogo, sua pele passa a borbulhar, as queimaduras vão abrindo a pela nos ombros.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH – Grita Narayani, sentindo uma dor infernal, ela passa a mão em cima da outra, e remove sua pele – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH.

Com seu corpo em chamas, Narayani vai se arrastando para fora do veículo, sem cabelo, com seu corpo queimado, ela põe as mãos no asfalto e a superfície se suas mãos ficam agarradas, ela não conseguia mais gritar, até que morrer onde está.

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- o que vocês querem? – Pergunta Gabriel, amarrado numa cadeira – Eu só fiz o que tinha que fazer.

- Fala sério cara, tem gente morrendo – Diz Felipe.

Todos estão na cozinha, Drake segurando o pedaço de madeira e Carol encostada na parede.

- Azar o deles – Diz Gabriel – São perdedores!

- Escuta aqui seu porco gordo – Diz Drake, pondo a ponta da madeira no peito de Gabriel – Eu vou enfiar esse negócio na sua garganta e...

- Chega – Diz Felipe – Drake... Como faz isso parar?

- Só vai parar quando estiver satisfeito – Diz Gabriel – Quando pagarem o que devem.

- A gente não sabia – Diz Carol se aproximando – Se soubesse não teríamos jogado, só um idiota jogaria!

- Então está olhando pra um idiota – Diz Gabriel, em seguida da uma risada esticando as pernas.

- Onde conseguiu o jogo? – Pergunta Felipe.

- Com o meu irmão... Ele também jogou – Diz Gabriel – Mas ele perdeu... Foi esfolado vivo... Eu acho que devia ter pedido para ele voltar, mas... Eu só queria as minhas pernas de volta...

Drake se aproxima de seu rosto com uma expressão séria.

- Escuta aqui... Se me ajudar a ficar vivo, e você fica com as pernas – Diz Drake.

- Não posso fazer nada por você garoto – Diz Gabriel – Se você perdeu... Vai morrer... Não adianta, não tem como impedir!... Mas se eu fosse você me matava, é mais humano.

- SEU DESGRAÇADO – Drake lhe soca no rosto.

- DRAKE,NÃO! – Felipe o empurra para longe.

Drake bate contra a pia e fica parado observando Felipe.

- Olha aqui, eu e ela não perdemos, não terminamos o jogo – Diz Felipe, referente a Carol.

- Então vão embora... Estão livres – Diz Gabriel.

- E porque você me deu esse jogo então? – Pergunta Felipe.

- Desculpa cara... Eu precisava passar para alguém – Diz Gabriel – Ou não teria o meu desejo.

Felipe leva seu olhar para Carol, ela respira fundo encarando-o.

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Felipe dirige o carro pela estrada, Drake no banco de trás está apoiando os cotovelos nos bancos, Carol ao lado de Felipe olha para as arvores.

- O que eu vou fazer? – Pergunta Drake.

Felipe olha para Drake.

- FELIPE CUIDADO! – Grita Carol, ao olhar para frente.

Felipe vira-se abruptamente, Zac, Leonardo, Bruna e Narayani estavam em frente ao carro, Felipe freia bruscamente e faz o carro girar na pista. Ofegantes, olham para o lado e não avistam ninguém ali, então volta para frente.

- Vocês... Viram o que eu vi? – Pergunta Drake.

- Vi... – Diz Felipe – A Nara estava com eles!

- Então ela... Também já morreu – Diz Drake – Eu sou o próximo!


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