Apocalipse escrita por Fenix


Capítulo 5
Descobrindo a verdade




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Quando finalmente segura a foto, a máquina liga de repente, abruptamente Leonardo retira seu braço sem qualquer arranhão, ele fica parado assustado, com a foto em mão.

Leonardo passa a mão na cabeça e sai do lugar. Afastando-se ouve um barulho, olhando para trás encara o vazio, a libélula voa para longe, assim que ele passa pelo arco de ferro, centenas de cobras estão enroscadas no topo, Leonardo não as percebe, alguns centímetros de distancia, uma cobra negra cai bem atrás dele, sem que ele notasse.

A cobra vai seguindo-o, Leonardo já avista seu carro no final do corredor feito pelas pilhas de troncos, logo a cobra o pica no calcanhar, Leonardo da um grito e vira-se rapidamente, logo encara uma horda de cobras negras se aproximando, ele arregala os olhos e vira-se correndo. Elas vão rapidamente atrás dele, Leonardo corria desesperadamente, o desespero é visível pelos seus olhos, no entanto sua perna fraqueja e o faz cair. Em pânico, numa luta pela sobrevivência, Leonardo levantasse logo e corre para a pilha de troncos, assim passa a escalá-la, mais de 600 cobras ficam embaixo lhe observando. A mão de Leonardo escorrega e quase cai, ele com uma força enorme consegue segurar novamente, as farpas vão encravando em suas mãos, o sangue vai escorrendo aos poucos.

Leonardo olha para cima, sua visão começa a ficar turva, ele aperta os olhos e os abre, seu pé que recebeu a pica, fica dormente e o deixa solto no ar, Leonardo já está suando frio, chegando com as mãos no topo, ele puxa seu corpo, ao olhar para frente, depara-se com duas cobras, que logo o ataca no rosto, Leonardo é lançado para trás, caindo diretamente nas cobras que o esperava no chão.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH – Sendo esse o último grito de Leonardo.

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Ao entardecer, Felipe e Carol caminham por uma muralha a beira do mar.

- Noooossa, é aqui que você trabalha? – Pergunta Carol, impressionada com a bela visão.

- Pois é, eu dei muita sorte – Diz Felipe.

Os dois ficam bem próximos olhando o mar.

- É tão... Calmo – Diz Carol.

- É um santuário da vida selvagem – Diz Felipe.

Carol se vira, ele a acompanha caminhando pela muralha.

- É... Parece mais é um refúgio do mundo exterior – Diz Carol.

- Tudo isso é a orla... Antes tinha 4 vezes mais vida marinha.

Eles param de andar, Carol fica contra a parede e de frente para Felipe, que apoia suas mãos na parede ao lado da cintura de Carol.

- E ai os humanos chegaram – Ela diz, sorrindo.

- Eu também penso assim – Ele põe o cabelo dela atrás da orelha.

- Aham – Carol vira-se, Felipe põe seu queixo no ombro dela – Quem sabe na outra vida já não fomos amigos?

Carol sorrir e olha para ele.

- Eu ia gostar disso – Diz Felipe.

Carol segura sua mão, Felipe se aproxima com o rosto, ela olha para baixo e depois para ele, então vão se aproximando, até que seus lábios se tocam, Carol passa a mão na nuca dele, enquanto Felipe alisa suas costas.

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Felipe e Carol passeiam na praia, riem e se abraçam, ele diz algo em seu ouvi que a faz sair correndo sorrindo, ele vai logo atrás dela, lhe agarra pela cintura e a gira, eles ficam rindo, ela se vira e o beija.

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No necrotério, Hélio entra na sala de inspeção do cadáver, ele se aproxima de Bruna Mozzi, que ao vê-lo sorrir.

- Ora, ora, como vai detetive? – Pergunta Bruna, apoiada na maca onde havia o cadáver de Leonardo.

- Bem e você? – Hélio fica vidrado olhando o corpo.

Bruna puxa o cigarro da boca de Hélio e o joga no lixo.

- Procurando ideias para o dia das bruxas? – Ela pergunta.

Ele observa o cadáver com a língua completamente inchada e roxa, todo o corpo inchado e com várias picadas.

- Mordidas de cobras – Diz Bruna.

- De cobras? – Hélio se surpreende – Nesta região?

- Convulsões, paradas respiratórias, o pobre garoto sufocou até a morte – Diz Bruna, com um olhar frio, encarando Hélio.

Hélio leva seu olhar para ela.

- Nigrum serpentes – Diz Hélio.

Bruna que estava com a sua atenção no cadáver, leva seu olhar para Hélio.

- Pode repetir? – Diz Bruna, não entendendo.

- Mamba negra – Responde Hélio – Tem algo errado aqui!

- Com certeza, Sherlock Holmes – Diz Bruna, rindo.

Hélio vira-se e caminha se afastando, Bruna da uma risada e volta sua atenção para o cadáver.

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Felipe e Carol seguem uma estrada de carro, ela com a mão em sua cocha, ele olha para ela por um instante.

- O que foi? – Ele pergunta, ansioso.

- Já está perto – Diz Carol, rindo.

Virando a esquina, Felipe depara-se com Leonardo e Zac bem em frente ao carro.

- DROGA! – Grita Felipe, desviando o carro abruptamente.

Quando o carro passa por eles, os dois desaparecem, o carro da uma virada brusca bem próxima ao final da ribanceira.

- AAHH – Grita Carol, com o susto.

Eles olham para trás, Leonardo e Zac estão parados olhando para eles, Carol arregala os olhos, os dois dão um grito agudo e desaparecem com a sua face se tornando caveira.

Ofegantes, eles voltam para frente, Carol fica paralisada olhando para baixo, sem acreditar, Felipe fica completamente abismado, ele olha para ela.

- Você viu aquilo não viu? Parecia o Zac, e o Leonardo estava com ele – Diz Felipe, assustado.

- O Zac está morto – Diz Carol, levantando o rosto.

Os dois viram-se para trás, tendo certeza de que não estavam ali, de repente o celular de Felipe toca, eles voltam a atenção para frente, ele pega seu celular do bolso da calça e o atende.

- Alô! – Então sua expressão muda completamente – Como é?!

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- Eu não acredito nisso cara – Drake caminha para os lados inquieto e chorando – Era o Leonardo, ele estava lá na minha frente e... E deu tchau pra gente e tudo mais e agora... Agora ele está morto!

Carol e Felipe ficam em sua frente, parados, o observando.

- Ta legal, mas o que foi que aconteceu? – Pergunta Felipe.

- Ele foi mordido por cobras cara – Diz Drake.

- Cobras?! – Felipe fica intrigado.

Carol olha para ele surpresa.

- Mais de uma? – Pergunta Felipe.

- É! – Responde Drake.

Bruna, que estava se derramando em lágrimas, está sentada no sofá com um lenço na mão.

- Ele tinha dezenas de mordidas pelo corpo – Diz Bruna, chorando.

- Ele foi todo mordido – Diz Drake – A pele dele estava escura, os olhos pretos e a língua dele... A língua dele estava roxa e pra fora da boca!

Narayani está afastada com a mão na testa chorando encostada na parede.

- A carta dele, o que dizia? – Pergunta Carol, com um tom confiante e autoritário.

Narayani tira a mão da testa e lhe observa. Felipe olha para Carol.

- Que carta? – Pergunta Bruna.

- No jogo que a gente jogou, o Leonardo tirou uma carta que dizia algo assim... – Carol tenta lembrar – “Beijos doces e venenosos o aniquilam”.

Drake olha para ela com um olhar inacreditável.

- E foi isso que aconteceu com ele – Diz Felipe.

Narayani da um passo a frente.

- Do que vocês estão falando? – Ela pergunta.

- É... Quando o Zac morreu a Carol lembrou que foi exatamente como o jogo previu, entenderam? – Explica Felipe.

- Vocês estão de brincadeira? – Drake fica irritado.

- Presta atenção, a carta dele dizia “Algo honesto vindo do mar irá encontrá-lo pela frente” e foi exatamente o que aconteceu... E agora o Leonardo, foi a mesma coisa – Diz Felipe.

- Isso é loucura – Diz Drake.

- É... Mas todos tiraram Epitáfios, não foi? – Pergunta Narayani, se aproximando mais.

Felipe e Carol trocam olhares.

- Menos... Menos vocês dois – Diz Narayani, arregalando os olhos.

- Fala sério, essa conversa é ridícula, cara – Diz Drake – É só uma coincidência esquisita, não tem nada haver com o que está acontecendo, não faz o menor sentido.

- TA BOM, ENTÃO PENSA EM ALGO MELHOR – Grita Felipe, irritado, aproximando-se de Drake – Ta legal? No caminho pra cá, nós vimos o Zac e o Leonardo no meio da estrada, ai eu parei o carro, olhei para trás e pronto, não estavam lá...

Drake lhe observa com repulsa.

- O que você andou fumando?

- MAS QUE DROGA! – Grita Felipe, assuntado a todos – Algo está acontecendo aqui e não tem como negar, não é apenas coincidência.

- Os nossos amigos estão morrendo Felipe.

- É, acontece que eu saquei isso – Diz Felipe – E não foram acidentes.

O silencio predomina por alguns instantes, o clima fica pesado e todos se encarando.

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Naquela mesma noite, assim que Felipe chega em casa com Carol, ele pega o jogo e o leva para sala.

- Senta ai – Diz Felipe, apontando com o dedo – Encontrei o jogo.

Carol respira fundo e o ajuda a limpar a mesa, ela põe as coisas em cima do sofá. Angustiada, Carol olha para os lados e depois para o jogo.

- Vamos procurar as cartas que eles tiraram – Diz Carol.

Felipe pega todas as cartas e divide.

- Pegue essa metade – Ele diz, lhe dando.

Carol e Felipe vão procurando um pouco angustiados.


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