Apocalipse escrita por Fenix


Capítulo 4
A fábrica da morte




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No dia seguinte, todos estão no enterro do corpo de Zac, os convidados de preto e os pais do jovem chorando sem parar.

Um padre local, rezava enquanto o caixão era posto na cova, Bruna observava em volta, longe de Drake, ela usa uma jaqueta de couro preta e óculos escuro.

Narayani está ao lado de Drake, também está usando óculos escuro, a jovem tremia os lábios, uma lágrima vai escorrendo pela sua bochecha.

Leonardo e Vinícius estão de olhos fechados e respiram suavemente. Felipe leva seu olhar para Drake. Logo o enterro é terminado e as pessoas vão se afastando do local, Bruna beija um buquê de flores e o põe encostado á lápide.

Carol fica encarando a lápide com um olhar desconfiado, em seguida caminha até Felipe.

- E ai?! – Ela pergunta.

- Oi! – Eles continuam a andar, depois de algum tempo em silêncio, Felipe leva seu olhar a Carol – Foi muito legal você ter vindo... Sei que não o conhecia direito.

- Eu achei que devia!

Eles continuam a caminhar, algo deixava Carol intrigada, então depois de um tempo comenta.

- A carta que ele tirou ontem... – Diz Carol.

- O que?! – Felipe não entende sobre o que ela falava.

- No jogo! – Diz Carol – Apocalipse! Eu lembro que a carta dizia “Algo honesto vindo do mar, irá encontrá-lo pela frente”.

- É! – Diz Felipe, continuando não entendendo o raciocínio de Carol.

- E não foi isso que aconteceu com ele? – Pergunta Carol, apreensiva.

Felipe da uma risada irônica, ele olha para o mar e depois para Carol.

- Eu não sei... Desde quanto, caranguejos são honestos?

- Ah, não sei... Eles são uma força primária, são animais descuidados, guiados pelo instinto.

Felipe logo para de andar e fica em frente a Carol, seu olhar muda de repente, um pouco apreensivo, não querendo acreditar no que ela dizia.

- É, talvez... Um jeito diferente de vê coisas!

Carol respira fundo e olha para o lado, assim que vira-se para Felipe.

- Me da uma carona? – Ela pede.

Ele sorriso e acentua com a cabeça.

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Em um farol na ponta de um penhasco. Felipe estaciona o carro bem em frente e logo Carol se retira do veículo, Felipe a segue para dentro do farol. Eles vão subindo as escadas, o local em completo silencio, apenas os estrondos que seus passos vão se tornando. Eles param no topo, bem onde a luz estaria iluminando, porém estava desligada, os dois ficam apreciando a vista para o mar.

- Nossa, mas que viagem – Diz Felipe, sorrindo – Eu nunca conheci alguém que morasse num farol.

- É calmo... E me deixa pensar – Ela diz.

O mar fica um pouco mais agitado, as ondas vão batendo com força contra as pedras.

- Ritos católicos de exorcismo – Diz Felipe, olhando a estande de livros de Carol, ele o pega.

Já dentro de uma parte do Farol, mobilhada e organizada como uma sala de estar.

- Caramba, você é uma gótica de biquine é? – Felipe ri, abrindo o livro.

Carol retira o casaco e o põe na cadeira em frente a mesa.

- Valeu pela carona – Diz Carol.

- Imagina, não foi nada demais! – Diz Felipe.

Eles trocam olhares, Carol da um sorriso, Felipe fecha o livro e o põe na estante.

- Bom... É... – Ele diz – Esse aqui é um lugar bem bacana... E... Eu vou indo embora!

- Ta legal... – Carol o segue com a cabeça, ao passar por ela, vira-se – Te vejo depois!

- Então nos veremos em breve? – Pergunta Felipe – Espero!

- Claro... Depende de você! – Diz Carol.

- Beleza... Tchau! – Ele da um sorriso e se afasta.

Carol fecha a porta com um olhar doce.

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Uma serra giratória parte um tronco ao meio. Em uma fábrica de madeira, Drake estaciona o carro em frente a uma enorme pilha de madeiras cortadas, Leonardo se aproxima.

- Oi! – Ele diz – Achei que não fossem vir!

- Não sabe que as vezes as modelos ficam mau humoradas?! – Diz Drake.

Bruna revira os olhos, eles saem do carro.

- Na verdade não! – Diz Leonardo.

Eles vão para trás do carro, Drake abre a mala.

- Mas eu adoraria descobrir – Diz Leonardo.

- Eu aposto que sim, cara! – Diz Drake, em seguida ficam rindo.

Bruna se aproxima, ela olha os labirintos feitos com várias pilhas de madeiras.

- Então esse lugar é do seu tio, não é? – Pergunta Bruna.

Drake vai pegando alguns equipamentos.

- É, é, está na minha família há 3 gerações – Diz Leonardo.

Drake joga uma sacola grande para Bruna, que a pega no colo.

- Eu aposto que fala isso para todas as mulheres – Diz Drake, rindo.

Eles vão se afastando, seguindo um caminho pelo labirinto.

Depois de se alojarem em um canto, e de todo o equipamento já estar montado, Leonardo entrega sandálias para Bruna com um salto enorme.

- Ei! – Ela diz, já trocada de roupa – Eu não vou usar essas sandálias... Acha que eu sou uma drag Queen?... Eu quero que seja moderno, entendeu? – Em seguida, as joga para Leonardo.

- Vai ser moderno ta legal?! Olha Bruna, que homem vai comprar um calendário pela data? – Diz Drake.

Leonardo joga as sandálias no chão.

- Vai, leva o machado para ela – Diz Drake – Anda!

- E ai Leo? O que você acha?! – Pergunta Bruna.

- Me-me desculpa Bruna, mas é que o Drake está certo – Diz Leonardo – Eu não me importo com a data!

- Viu?... Ele até concorda comigo – Diz Drake – Agora vamos tirar essas fotos, vamos, vamos... São apenas eu e o Leo... Seja sexy!

Leonardo lhe entrega o machado e corre para trás de Drake.

- O que?! – Diz Bruna – Ah, fala sério, o que você quer que eu faça com isso?!

Drake liga o rádio, eles põe uma música, Drake fica atrás da câmera.

- Só... Faça o que esse corpinho maravilhoso te manda fazer e começa a mandar bala! – Diz Drake – Se solta... Vamos lá... É só se soltar e ficar numa boa!

Bruna põe luvas e segura o machado sensualmente.

- Isso ai, seja sexy – Diz Drake.

Bruna com seu corpo escultural vai fazendo diversas posições provocantes, Leonardo não consegue piscar lhe observando.

- Isso ai, parabéns! Ta linda... Agora mexa as pernas... Mexa as pernas... – Diz Drake, tirando várias fotos.

Bruna se agacha e abre as pernas.

- Isso! – Diz Drake, sorrindo.

Bruna põe o machado nas pernas e segura os seios, levando a cabeça para trás.

- É isso ai querida... Está ótima! – Diz Drake.

Algo entre os troncos atrás de Drake vai se aproximando devagar.

- Isso, da aquele sorrisinho sexy – Diz Drake – Ótimo, ótimo... Mexe no cabelo.

Bruna segura o cabelo e olha para câmera com um olhar sexy.

- É isso ai... Muito bom! – Diz Drake.

Longe, uma libélula pousa no chão virada para Bruna. Ela continua a rebolar em frente a câmera, Bruna lambe os lábios e desce a calcinha do biquine além do que devia, Leonardo fica lhe admirando freneticamente.

- Issooo, olhando pra mim... Isso ai! Você é demais! – Diz Drake.

A libélula vai voando rente ao chão em direção aos pés de Bruna, ela pousa em seu pé e lhe pica, Bruna bate com o pé no chão e a espanta, naquele instante para de sorrir, sua expressão muda e fica um pouco tonta.

- Para, para, por favor – Diz Bruna.

- Mas ainda não acabamos, por quê? – Pergunta Drake.

- Eu não estou me sentindo muito bem – Diz Bruna.

- O que você tem?

- E-eu não sei – Responde Bruna.

Drake acentua com a cabeça e então guardam os equipamentos. Ao chegarem no carro, Bruna fica sentada, soando frio e com uma expressão temerosa.

- Ai droga, esqueci uma coisa lá... – Diz Drake.

- Não, não, deixa que eu pego... Vai logo com ela, a Bruna está um pouco pálida – Diz Leonardo.

- Ta legal – Diz Drake, ele corre até o carro.

Bruna ouve uma voz, ao olhar para o lado Drake entra no carro.

- Tudo bem? – Ele pergunta, preocupado.

- Só me leva pra casa, por favor – Diz Bruna – Eu quero ir pra casa!

Drake da a partida e saem dali, Leonardo acena com a mão e então vai se afastando.

Ao chegar no local onde tinham tirado as fotos, Leonardo se aproxima do espelho e da garrafa de água.

- Achei – Ele diz.

Ao olhar para baixo, avista uma foto de Bruna, ele a pega e da um sorriso.

Em seguida volta para a fábrica, ao passo pela serra giratória, ela liga de repente, Leonardo para de andar e olha para o lado, apreensivo e um pouco assustado, caminha para trás da máquina e a desliga, em seguida analisa o local vazio, logo continua a entrar.

Leonardo sobe a escada admirando a foto de Bruna em suas mãos, no instante em que iria entrar em sua sala, a porta fecha-se sozinha, ele da uns passos para trás assustado e deixa a foto cair. Ele tenta abrir a porta, no entanto havia se trancado por dentro.

- Merda... O que está havendo aqui?! – Ele se pergunta.

Leonardo olha para o lado e avista a foto de Bruna no meio do caminho da máquina onde moíam os troncos.

Leonardo se aproxima da máquina e estica o braço no meio de dois rolos de espinhos, ele passa seu rosto para o lado do rolo, as pontas de seus dados tocavam a foto, uma libélula fica parada atrás de Leonardo. Ele está quase conseguindo pegar a foto.


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