Apocalipse escrita por Fenix


Capítulo 3
O perdedor




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Carol olha para a carta e começa a lê.

-“Você foi lançada ao caldeirão, mas continuou a boiar...” – Ela da um sorriso – “Você pode continuar no jogo, mas leve seu bode para todo o lugar” – Carol da uma risada abafada e põe a carta na mesa.

Drake imita um bode fazendo todos rirem.

- É muito sexy, eu não sabia que você tinha um bode – Diz Felipe.

- Ah... Você não sabe muita coisa sobre mim! – Diz Carol.

Depois de algumas horas, a chuva já havia passado, embora o clima ainda estivesse carregado.

Zac segue com o carro em alta velocidade pela pista molhada, o som estava bem alto e ele bate no volante conforme o ritmo da música. Zac segue a estrada pelo penhasco, de repente para o carro no acostamento e sai correndo, esta ventando um pouco, ele corre até a ponta do penhasco que embaixo havia um pouco de areia e mais para frente o mar.

Leonardo pega os dados, assopra a mão e os lança.

- Quatro – Diz Carol – Conheça seu destino – Ela rir.

- Posso jogar de novo? Estou sem sorte – Diz Leonardo.

- Covarde! – Diz Drake, Leonardo o olha – Joga logo!

Leonardo anda com a peça e pega uma carta, Bruna está um pouco assustada com os dizeres que as cartas tinham, Narayani está com o cotovelo apoiado na mesa e o rosto apoiado na mão.

- Merda... Epitáfio – Diz Leonardo, aflito – Eu sabia!

- Vai, vai, lê – Diz Bruna, ansiosa.

Leonardo respira fundo e leva sua atenção para carta que está em sua mão.

- “De cima da terra seus sonhos se realizam e beijos doces e venenosos o aniquilam” – Leonardo olha para outros – Ven Victus!

- Iiiihhh eu sinto por você, mas você já era – Diz Felipe, em seguida derruba a peça de Leonardo do caminho do tabuleiro – Próximo!

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Zac abre a calça e respira fundo, ele admira o mar e as ondas constantes, ao olhar para baixo, observa um pequeno pedaço de areia e muitas pedras grandes e pontudas.

Zac ouve um sussurro vindo por trás, assim que se vira, não havia ninguém, logo uma libélula pousa no farol do carro, ele volta a olhar para frente, a libélula sai do farol e vai até Zac, ele vira-se abruptamente e tenta espantar a libélula, no entanto seu pé enrola-se no arame farpado e o faz cair para trás.

- AAAAAAAHHHHHHHHHHH – Grita Zac.

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- Hmmm três – Diz Narayani, depois da um sorriso.

Drake morde os lábios e da uma pequena tossida, Narayani anda com sua peça.

- Janelas do paraíso – Diz Drake.

Narayani lhe manda um olhar sexy por cima de seus ombros.

- Pelo menos está a salva – Diz Drake.

Bruna lhe manda um olhar mortal logo em seguida.

Felipe e Carol ficam olhando para o tabuleiro do jogo e depois trocam olhares, ele mostra-se animado com o jogo dando um sorriso.

Zac está segurando o arame farpado para não cair em cima das pedras, a maré vai aumentando com mais rapidez.

- SOCORROOO – Grita Zac – ALGUEM ME AJUDA, SOCORROO!

O arame vai rasgando a pele de suas mãos, o sangue vai escorrendo com frequência pelo seu braço, Zac grita desesperadamente, ao tentar subir, o arame derruba um tronco, que o faz cair alguns centímetros.

- AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH – Grita Zac, o sangue vai pingando em seu rosto – AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH – Suas mãos vão escorregando – AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH – Um pedaço de pele fica preso em uma parte do arame.

Zac escorrega até o final, logo cai gritando até que bate contra as pedras.

Bruna estica a mão e pega uma carta, ela olha para todos e fica bastante aflita.

- Vai, diz logo – Diz Felipe.

- Epitáfios – Diz Bruna, com um tom apreensivo.

- Hmmm – Diz Felipe.

- “O espelho tem dois lados meu caro... Quando o lado brilhante está virado para você o lado negro suga” – Diz Bruna – Ven Victus!... Eu já estava cansada disso mesmo! – Ela da de ombros.

Felipe derruba a peça de Bruna do tabuleiro.

Zac está caído em cima de umas pedras e com seu corpo ensanguentado, alguns caranguejos vão se aproximando, Zac abre os olhos de repente e tosse cuspindo sangue. Ele arregala os olhos com os caranguejos bem próximos, os ossos de suas pernas estavam para fora, rasgando sua pele, o sangue já estava bem espalhado pelo chão.

Os caranguejos vão subindo pelo seu peito, Zac não conseguia nem mover a cabeça, por mais que sentisse muita dor, não conseguia gritar, mais caranguejos vão se aproximando, cerca de 40 já estavam perto de Zac.

Ele respira ofegante, o caranguejo prende sua garra em seu lábio e passa a cortá-lo, Zac arregala os olhos sentindo uma dor infernal, as lágrimas vão escorrendo pelo seu rosto. Outros vão subindo pela sua cabeça e tirando pedaços de sua orelha, a mão dele fica tremendo de dor, o caranguejo rasga todo seu lábio inferior, Zac fecha os olhos fortemente, até que para de se mexer, sua mão não treme mais.

Portanto os caranguejos vão tirando a pele do rosto de Zac, eles furam os olhos dele, que ao fazerem o ato, escorre uma gosma preta.

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- Pessoal cadê o Zac? – Pergunta Drake, dando falta do amigo que demorava a retornar – Eu espero que ele não tenha batido o meu carro!

Carol levanta as sobrancelhas e respira calmamente, Narayani caminha com sua peça, ela olha pra os outros.

- Droga! – Ela diz – Posso começar de novo?

- Sem coragem, sem glória – Diz Drake.

- Ta bem – Diz Narayani, revirando os olhos.

Carol olha para Felipe, sentindo um pequeno arrepio. Narayani pega uma carta.

- Epitáfios... – Ela Diz, começando a ler – “O homem visto pelo amanhã ainda é desconhecido, para longe de você foi o seu desejo concedido” Ven Victus! – Narayani joga a carta na mesa – Eu nem queria jogar mesmo!

- Olha, assim que eu vencer,vou pedir para ganhar na loteria e dividir o prêmio com vocês, ta legal? – Diz Drake.

- Você pode escrever isso? – Pede Leonardo.

- Não, eu estou só falando de uma gorjetinha – Diz Drake – Não a metade do prêmio!

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Umas viaturas encontram-se paradas na ponte ao lado do carro de Drake, em baixo, na areia, havia muitas pessoas, uma equipe tirava fotos do corpo da vítima que estava completamente sem a pele. Fiapos de cabelo saiam do crânio,a vítima não tinha nenhum músculo ou carne.

Hélio se aproxima com uma lanterna e para ao lado de um policial.

- O que temos aqui?! – Pergunta Hélio, com o cigarro na boca.

- Bem... O carro estava ligado, e o tanque pela metade – Responde o oficial.

- Não sabemos quem ele é? – Pergunta Hélio, tirando o cigarro da boca e iluminando a face da vítima com a lanterna.

- Já encontramos a carteira e alguns documentos.

Hélio acentua com a cabeça admirando a vítima.

- Bom, traga para mim – Diz Hélio.

- Pode deixar, senhor!

O oficial afasta-se, Hélio encara o corpo atirado na pedra e leva seu olhar ao mar, em seguida joga seu cigarro no chão.

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Drake fica rindo e chacoalhando os dados, então os joga na mesa.

- Hm... Seis – Ele diz, um pouco desanimado.

Logo caminha com sua peça seis casas a frente, Felipe comemora com palmas e uma risada abafada, Drake olha para Carol sério.

- Ta de brincadeira comigo, né?!

- Vai lá bonitão, é só um jogo – Diz Bruna.

- Você tem que tirar uma carta – Diz Carol.

- Não... Eu não vou tirar uma carta, eu vou jogar de novo – Diz Drake.

- Não, não, não – Diz Felipe, não deixando-o mexer na peça – Essas são as regras.

- Você precisa tirar uma carta – Diz Bruna.

Drake puxa a carta da pilha um pouco irritado, ele a encara e depois leva seu olhar para o pessoal.

- Merda... Que Droga... Epitáfios!

Felipe da uma gargalhada.

- O que aconteceu? Você não ia ganhar na loteria? E ai de repente ficou quietinho – Diz Felipe, brincando.

Drake joga a carta na mesa, Felipe a pega.

- Vamos lê essa carta – Ele diz – “Aquele que tem olhos, mas não consegue vê, deve se deitar aos vermes e dar as árvores o que comer” Ven Victus – Felipe da mais uma gargalhada.

Drake coça a testa.

- Essa foi uma note perdida... Que droga – Ele diz.

- Não precisava ter jogado – Diz Felipe.

De repente batem na porta, Drake vira-se abruptamente, levando um pequeno susto.

- Já tava na hora dele voltar – Drake se levanta e caminha até a porta.

Carol respira fundo ficando aflita de repente, ela encara o tronco no centro do jogo com as cobras enroscadas.

- Onde você se meteu com o meu carro seu viado – Diz Drake, destrancando a porta.

Ao abrir depara-se com Hélio parado do outro lado, Hélio mostra o documento do carro, contendo o nome de Drake.

- Drake Campbell? – Pergunta Hélio.

- É! – Logo em seguida a energia volta, Drake olha para cima e da um sorriso.

Hélio da um passo para frente, até que Drake o impede.

- Uou, calma... Em que posso te ajudar?

Hélio analisa o grupo na sala e volta sua atenção para Drake.

- Bela noite para festejar – Diz Hélio.

- É... É sim...

- Vocês não tem nenhum narcótico aqui, né?!

- Não, não senhor... Somos só amigos curtindo as férias.

- Sou o detetive Hélio... Você tem uma picape modelo novo, verde?

- Zac... – Drake fica um pouco apreensivo – O-o que aconteceu?

- Houve um acidente – Diz Hélio.

Drake arregala os olhos, suas mãos ficam geladas, sua pele pálida.

- Sinto muito garoto... Preciso que venha comigo para identificar o corpo.

- Ai meu deus – Diz Drake, paralisado.

Ainda em estado de choque, olha para trás encarando o jogo armado na mesa.


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