Apocalipse escrita por Fenix


Capítulo 2
O futuro em uma carta




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Hélio entra na lanchonete, senta na mesa em frente a onde Felipe e seus amigos estão. Hélio olha para o lado encarando as nuvens.

Um garoto chega correndo a mesa, chamando a atenção dos três.

- Queria chamá-los para uma festa que vai ter na praia hoje a noite...

- Festa na praia? – Diz Felipe.

- Vamos vai ser legal – Diz Bruna – Nós vamos!

Hélio ouve o assunto e fica observando Felipe e seus amigos.

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De noite, parecia que todos os jovens do Havaí estavam reunidos na praia, muitos estão dançando música eletrônica tocada pelo DJ, além de estarem completamente bêbados.

Uma casa na beira da praia abre as portas para que todos entrem e bebam mais, os jovens vão a loucura.

Drake está reunido com uns amigos na escada de acesso a praia.

- Cara olha todo esse capô – Diz Zac, admirando a foto de uma garota seminua que Drake lhe mostrava.

- Cara – Drake leva seu olhar para Zac – Essa parte é de outra garota... Eu editei a foto!

- Pois é, não ficou ruim não... Mas acho que ia ficar melhor na minha casa – Diz Zac.

Drake e seu amigo dão uma gargalhada.

- Seu doido, tarado – Diz Drake, rindo.

Zac vira a página e admira uma foto sexy de Narayani.

- Você sabe de algum cara que saiu com elas? – Pergunta Zac – Tipo... Você sabe... Fora a Bruna!

Drake se aproxima do ouvido de Zac.

- Eu peguei todas cara – Ele responde.

- Não acredito! – Zac da uma risada e fazem um comprimento.

- Agora vão achar uma para vocês – Diz Drake.

Eles descem correndo, então param e olha para trás.

- Vai! – Gesticula Drake com a mão.

Eles se viram e descem correndo.

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Felipe está sozinho na varanda da casa, sentado na mesa lendo algumas cartas do jogo Apocalipse. Ele fica completamente focado no que lia, as frases nas cartas chamavam sua atenção, não pareciam apenas frases bobas de jogos, mas algo oculto, sinistro, a cada carta uma frase que o fazia arrepiar-se.

Uma pessoa lhe avista, logo vai se aproximando sem que ele perceba.

- Estou atrapalhando alguma coisa?

Felipe levanta seu olhar e observa Carol sorrindo em sua frente, ele sorrir e levanta-se da cadeira.

- Eu não sabia que estava aqui!

- É eu acabei de cruzar o mar – Diz Carol, se aproximando – E as vezes eu voo.

Felipe da um sorriso de canto.

- Vou me lembrar disso – Eles trocam olhares carinhosos.

Carol fica parada um pouco distante de Felipe, que deixa seu braço apoiado na mesa.

- Seu amigo não é nada tímido – Diz Carol,

Felipe fica um pouco sem jeito, ele olha para baixo rindo e leva seu olhar de volta para Carol.

- O Drake... É... Ele é... Um malandro dos bons... Esperou eu ir arrumar as bagagens no carro... – Diz Felipe, Carol vai se aproximando bem devagar - Para poder entrar em ação.

Carol da um sorriso e fica um pouco próxima a Felipe.

- Meu nome é Carol – Ela se apresenta.

De um jeito delicado, põe o cabelo para trás da orelha, Felipe lhe admira com um olhar gentil.

- Felipe! – Ele responde.

- Hm... Eu sei... O seu amigo disse – Diz Carol.

Felipe da uma risada, ele afasta-se um pouco indo devagar até a cadeira.

- Tem cerveja, ta afim? – Ele pergunta.

- Não tudo bem... – Responde Carol.

Ela senta ao seu lado, sempre olhando seu rosto perfeito, Felipe fica encantado a cada sorriso que a jovem dava.

- Então, você é brasileira...? Veio fazer o que por aqui?

- Ah, eu to tentando me encontrar sabe, não é assim que dizem?! – Carol da um sorriso bobo.

- Entendi – Felipe olha para a mesa.

- E você, está... Tratando de algum coração partido? – Pergunta Carol.

Ele olha para ela um pouco rápido, então nega com a cabeça.

- Não, não, por favor, não tem nada de misterioso nisso... Eu sou só um estudante – Diz Felipe.

Carol acentua com a cabeça. Por um segundo olha para a mesa, avistando uma pesa do jogo, ela estranha.

- Nossa, o que é isso?!

Ela o pega, assim fica admirando o formato estranho do dragão.

- Apocalipse – Responde Felipe.

Ela o olha.

- Apocalipse... É o nome do jogo... Dizem que é mágico – Diz Felipe.

Carol fica analisando a peça.

- Que tipo de magia? – Ela pergunta – Negra ou Branca?

Felipe da uma risada, e então olha para ela, chamando sua atenção.

- É-é cinza... Eu sei lá... Parece que o vencedor... Pode fazer um pedido, realizar... Um desejo – Diz Felipe.

Ele da um sorriso, Carol o encara.

- Mas você não acredita nisso, não é? – Ela pergunta.

- Não, fala sério, eu... Eu não ligo para isso não... Não sou supersticioso, sou mais... Sei lá, a gente nunca sabe, não é? – Diz Felipe.

Narayani vai para frente do mar e levanta os braços respirando fundo, Bruna, sua amiga, fica um pouco distante.

- Ai que belo... Adoro a brisa que vem antes da chuva – Diz Narayani.

- São íons negativos – Diz Bruna.

- Íons negativos? – Narayani a imita – Acho que é mais do que isso...

Elas ficam admirando o mar.

- E ai...? O que você vai fazer nesse verão? – Pergunta Bruna.

- Bom... Com certeza vou melhorar meu bronzeado... O de sempre – Diz Narayani – Compras... Festas... – Narayani olha para Bruna – E você vai fazer o que?

- Bom, o Drake vai me levar para Amsterdam – Bruna fica animada ao contar.

- Jura?! – Narayani fica surpresa.

- É!

- Interessante... – Diz Narayani, voltando sua atenção para o mar.

- A gente vai chapar e ir naqueles clubes de sexo – Bruna rir.

Narayani acentua com a cabeça ouvindo o inacreditável.

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Carol põe a mão no tronco do jogo que ficava no centro do tabuleiro.

- Nossa, isso é bizarro – Ela diz, então olha animada para Felipe – Vamos jogar!

- O que? Agora? – Ele fica apreensivo, mas consegue disfarçar um pouco.

- É... Vamos jogar, vai ser legal – Diz Carol, pegando ar cartas e arrumando-as.

Felipe respira fundo, ela bate com as cartas na mesa para ajeitá-las, então leva seu olhar para Felipe.

- Você não quer que seu desejo se realize? – Pergunta Carol.

Felipe responde com seu silêncio, observando-a um pouco apreensivo.

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Drake está dentro de uma despensa do lado de fora da casa, a porta está aberta, alguém o observa de costas mexendo no isopor, a pessoa vai se aproximando, até que pisa na madeira do chão, Drake vira-se abruptamente.

- Oi! – Ele fiz, tranquilizado, pondo a mão no peito.

- Você disse para mim, que nós íamos para Amsterdam – Diz Narayani, um pouco séria.

Drake da um sorriso falso, e fingi não estar entendendo.

- Isso vai ser antes ou depois de você e a Bruna chaparem um pouco e irem a um clube de sexo? – Pergunta Narayani, com um tom sarcástico.

Drake passa a mão na cabeça e olha para ela.

- Ah, é isso...? – Ele diz – Olha é que...

Ele se aproxima e Narayani da um passo para trás.

- Ta bom... E-eu tava na internet comprando nossas passagens e ela chegou, ta legal? O que eu ia falar para ela? – Diz Drake, tramando tudo por impulso.

- Isso não me faz sentir melhor – Diz Narayani, depois de nega com a cabeça levemente.

Drake toca no rosto de Narayani, ela fecha os olhos por alguns segundos.

- Olha, eu não tenho culpa se a conheci antes... – Diz Drake.

Narayani abre os olhos e remove as mãos de Drake de seu rosto.

- Sabe que é você que eu quero – Diz Drake – Hm?

- Tem certeza? – Pergunta Narayani.

Drake da um sorriso, ele vai se aproximando e logo se beijam, Narayani vai alisando suas costas, até que o joga contra a mesa que havia ali, Drake estica os braços protestando.

- Não, não, não, não – Ele diz – Talvez isso não seja o lugar certo para isso, Eu só... Ah...

Narayani põe seu dedo nos lábios dele, fazendo parar de falar.

- Ok, tudo bem! – Ele se rende.

- Faz parte da diversão, não é?!

Drake acentua com a cabeça, Narayani desce em sua frente e abre as calças de Drake, ele olha para cima com tesão, Drake abre a boca e fecha os olhos.

- Ai meu deus – Murmura Drake.

Bruna vai se aproximando da janela da despensa atrás de Drake, ela o observa olhando para cima e com uma expressão de desejo, antes que pudesse olhar para o chão, ouve uma trovoada que acaba com a energia. Drake olha para janela abruptamente e avista Bruna, todos da festa começam a gritar loucamente. Bruna entra no local,depois de dois passos ele aparece em sua frente.

- Eu estou bem aqui!

- Quem está ai? – Pergunta Bruna, tentando olhar o chão pelos seus ombros.

Narayani aparece ao lado de Drake.

- Sou eu! – Ela responde – Estava com sede – Então abre uma lata de coca-cola.

Drake fica paralisado olhando para Narayani de canto, Bruna encara Drake com um olhar desconfiado.

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A tempestade está prestes a começar, o céu estava com muitas nuvens e relampejava bastante. Felipe pega o jogo que estava sob a mesa e corre para longe, a chuva começa a cair, a água vai se espalhando pela mesa, o local onde o tabuleiro estava, torna a água uma cor avermelhada, como sangue.

Todos da festa saem correndo.

Já dentro de uma sala quente e aconchegante, todos estão em volta de uma mesa com o jogo armado sob ela.

- Mas o que é isso gente? Quantos anos nós temos, dez? – Diz Zac.

- Ai, anda logo gente, eu quero jogar – Diz Bruna.

- Bem, eu estou indo embora, divirtam-se – Narayani vai se afastando.

- Vem cá miss dezembro, nós podemos jogar em sete – Diz Zac.

Bruna da um sorriso.

- É... Você tem um desejo?

Narayani da um sorriso e vira-se para Bruna com os braços cruzados.

- Não tenho não... Já tenho tudo que preciso – Diz Narayani.

- Você vai jogar, vem – Diz Drake, entrando na sala, junto com Felipe.

Eles se ajeitam nos lugares, Narayani olha para Bruna.

- Ok,mas é só para ganhar de você – Diz Narayani.

Bruna revira os olhos, Zac e Drake dão uma gargalhada.

- Isso ai, beleza – Diz Felipe - Vamos lá, vamos lá... Então, todos já sabem quem são? Sabem?

Todos confirmam com a cabeça, Leonardo olha para Carol que estava na ponta da mesa, em frente para Felipe.

- Nesse jogo não estamos jogando uns contra os outros, mas todos contra o jogo,entenderam? – Pergunta Felipe, explicando as regras – Temos dados,cartas...

- Todos podem ganhar e todos podem perder – Diz Carol.

- É isso ai! – Diz Felipe.

Carol da um sorriso.

- Uuuhhh – Brinca Leonardo.

- Ta legal, então eu começo – Diz Drake.

- É uma boa ideia começar jogando os dados, gênio – Diz Felipe, lhe entregando os dados.

Drake mexe bem os dados em sua mão, ele fica encarando as cobras enroscadas no tronco, em seguida joga os dados no tabuleiro, eles vão rolando até o tronco, Drake respira fundo e fecha os olhos por alguns segundos, os dados param.

- Oito! – Diz Drake, ao contar o número que deu – Oba! – Ele comemora.

Em seguida anda com sua peça, dando em um quadrado esquisito com várias espadas.

- Morte! – Diz Felipe.

- E agora? – Pergunta Drake, olhando para eles.

- Janelas do paraíso – Responde Carol.

- Isso! – Drake torce – O que isso quer dizer?!

- Você está seguro, então não precisa tirar uma carta – Carol havia lido todas as regras do jogo – Próximo!

Eles vão seguindo a ordem horária de onde estão sentados.

- O próximo sou eu! – Felipe inclina-se na mesa para pegar os dados.

Carol o observa com um olhar meigo. Felipe senta no lugar e mexe os dados em sua mão, logo os joga no tabuleiro.

- Nove! – Diz Felipe, ele anda com sua peça, parando em um quadrado com uma foto esquisita – Nove, abrir covas, que legal!Isso é ótimo, é um bom começo!

Todos riem pela sorte que ele havia tido, Drake lhe soca no braço.

- Obrigado, valeu... Não toque me mim – Brinca Felipe.

Zac da uma risada, Carol então sorrir para Felipe.

- Mas... Você tem que tirar uma carta – Diz Carol.

Felipe põe sua mão em cima da pilha de cartas à direita e puxa a de cima, ele respira e a lê.

- “Se você visse o interior, saberia o que é falso e o que é verdadeiro...” – Felipe olha pra os outros – “A cabeça de alguém explode, mas você se mantém inteiro.”

- Uma cabeça explodindo... Legal! – Diz Leonardo, apreensivo.

Carol olha para ele.

- Eu queria vê essa! – Diz Zac.

- Joga os dados – Felipe pega os dados na mesa e entrega-os na mão de Zac.

Zac chacoalha os dados e os joga, Leonardo levanta seu olhar para Zac.

- O sete da sorte – Diz Leonardo.

Zac anda sete casas com sua peça.

- Abrir covas, e agora? – Pergunta Zac.

- Tem que tirar uma carta – Diz Felipe.

Bruna da uma risada baixinha. Zac pega a carta um pouco irritado, então começa a lê.

- “Epitáfio...”, mas que droga – Diz Zac, com raiva.

Carol o observa fica alterado.

- “A salamandra vive em dois mundos, com o lagarto é diferente... Algo honesto vindo do mar, irá encontrá-lo pela frente. Ven Victus” – Zac da uma gargalhada, todos estão olhando para ele – Ven Victus?

Todos riem.

- É latim – Diz Carol – Significa algo próximo de Perdedor chorão.

Drake fica gargalhando.

- Quer dizer que to fora? – Pergunta Zac.

- É – Responde Felipe, logo em seguida – Você já era, valeu!

- Que porcaria – Diz Zac, emburrado – Prefiro meu X-box.

Zac se levanta e afasta-se da mesa.

- Porque não pega o seu carro e vai comprar cerveja? – Diz Drake.

- Ai da um tempo, sabe que meu carro está na oficina – Diz Zac.

- Ta legal... Toma... Pega o meu – Drake lança as chaves.

- Valeu – Zac pega no ar.

Ele sai da casa e corre até o carro numa chuva intensa, Zac entra e fecha porta, logo põe o cinto de segurança, e liga o carro, em seguida põe um som alto de rock, curtindo o som, ele da a partida.

- Você falou nove novelos? Isso é muito criativo sabia? – Diz Felipe, rindo.

Carol está inclinada na mesa andando com sua peça.

- Abrir cova! – Ela diz – Eu tiro uma carta.

- Senhorita – Diz Felipe, empurrando a pilha de cartas em direção a Carol.

Ela pega uma.


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