O Arco Perdido escrita por Jubilee, Adrielli de Almeida


Capítulo 22
MARINA - Come morning ligth


Notas iniciais do capítulo

Oi :3 Não me matem, eu sei que demorei HORRORES. E todo mundo deve ter esquecido da fic (ou não! Aí eu estou mandando um abraço porque vocês são lindos)
Mas peço gentilmente que não desistam da fanfic, eu juro solenemente que tentarei postar com no máximo duas semanas de diferença da Adri.
Então, por favor, deixem reviews ♥ Nós amamos saber o que acham da fanfic!



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Então, recapitulando, nós entramos em uma caverna. Em Toronto. E caímos de bunda numa praia estonteante.

Parecia Long Island melhorada. Areia branquinha, sem lixo nenhum, nem turistas barrigudos em sungas de flores vermelhas. Apenas a parte boa da praia.

Levantei-me espanando a areia do jeans e já sentindo o suor escorrer por minha testa. As roupas são abafadas demais.

Tiro primeiro meu gorro e o enfio dentro do bolso do casaco, sem pensar muito no assunto; limpo o suor da testa e abro o zíper da enorme parca, soltando o ar dos pulmões aliviada, tiro o casaco e o coloco de lado, e então olho pra Will.

Ele está usando apenas camiseta, calça jeans e allstar, o casaco e o suéter estão jogados na areia.

— Você é bem rapidinho. — constato.

— Quando seu pai é o deus do sol, você aprende a odiar o frio e, portanto, parcas. — ele diz, sorrindo.

Puxo as mangas da camiseta manga longa de baixo, e, utilizado aquele truque que nós garotas sabemos muito bem usar, já estava com minha camiseta laranja deixando os braços pálidos aparecerem.

— Como você faz isso?

— Veio de fábrica. — dou de ombros.

Ele me observa risonho.

— Foi pra compensar os outros pequenos defeitos?

— Engraçadíssimo.

Ele laça meus ombro e aponta para Travis e Kath e... Oh!, eles parecem mais íntimos do que eu lembrava.

A não ser que você seja o tipo de pessoa que considera “beijo profundo” uma coisa puramente amigável destinada a conhecidos.

Sinto meu colar se agitar. Ele estava ficando rosa, mas assumiu um tom roxo agora mesmo.

— O colar quer que paremos de olhar. — Will constata.

— É.

Mas é um tanto difícil de desviar os olhos. Estamos em plena missão em uma ILHA. Ilhas + tranquilidade + silêncio absoluto = PÉÉÉÉÉÉPÉÉÉÉÉÉ, problemas à vista. Não beijo. Definitivamente não.

Pisco algumas vezes, meu TDAH atacado, porque, primeiramente, Travis?! Estranho, estranho, estranho. E, depois, porque duas pessoas treinadas fariam em isso em uma armadilha potencial.

Eles podem ter caído um em cima do outro, constato. Continua sendo estranho demais para mim.

Quando olho para o lado, percebo uma garota loira nos observando. Eu a conheço de algum lugar. Seria difícil esquecer alguém como ela: olhos prateados e cabelos quase brancos.

— Calipso.

— Quem? — Will sussurra. — Nós conhecemos? Eu deveria me lembrar dela? Ela já nos salvou alguma vez? Pagou passagens?

— Calmo aí, garotão. Não, você não precisa lembrar.

— Marina! É bom vê-la. Vejo que optou por continuar.— ela diz.

— Na verdade, aquilo me deixou em pânico, — confesso.

Ela se aproxima e me abraça forte, segurando meus ombros com firmeza. É um abraço reconfortante.

Ela me solta e estende a mão para Will.

— Sou Calipso. Mais conhecida como o eterno “e se”.

Ele aperta a mão dela, mas ela logo o abraça.

— Will Solace, eu devo admito que seus dilemas sempre me agradaram! — ela ri. — Mas concordo plenamente com suas escolhas! Adoráveis! Oh! Aquelas filhas de Afrodite não valem nada, não é?

Will parece confuso.

Ela estende os dedos pálidos e toca meu amuleto.

— Sereias? Elas podem ser piranhas... Trocadilho não intencional, garanto. Mas fazem os melhores amuletos.

— Ahn.

— Sabe, Marina, eu sempre confiei no seu jeito. Sabia que conseguiria!

— Porque Travis e Kath estão desentupindo pia ali atrás? — perguntei rapidamente, antes que ela começasse a falar outra vez.

Ela olhou para mim, os olhos prateados brilhando.

— Porque a ilha faz isso com as pessoas. Desperta suas necessidades.  No caso de você, deixou-os curiosos, atentos. Pareciam temer que eu fosse um monstro. Optaram por obedecer aos instintos, não desejos. Mas, eles, eles estão em outra realidade agora. Uma em que não são semideuses, não tem problemas maiores que a prova final ou o vestibular. Oh! As borboletas no estômago! Só eu senti?

— Não seria melhor que eles estivessem, eu sei lá, atentos? — pergunto, irritada.

— Você teve sua oportunidade também! Não foi doce?

Olho para meus pés, enfiados na areia. Fora estranho. Mas agradável ao mesmo tempo.

— Will, você parece confuso, doçura. — ela sorri.

— Porque estamos aqui? — ele pergunta.

— Ah! Era isso que eu estava esquecendo! Claro, claro.

Ela estalou os dedos e um livro grosso de páginas amareladas surgiu em sua mão direita, na esquerda uma longa espada dourada de dois cumes. Um arrepio subio pela minha espinha. Parecia Mordecostas.

— Marina, querida, isto é pra você. Esse livro trás consigo encantamentos, que você pode não saber usar ainda, mas com a ajuda de Quíron e alguns membros do chalé de Hécate, poderão ser utilizados, mas isso só com alguns meses de prática. Nesse momento, o que te importa são os capítulos 40 a 46. Falam sobre aparições. Sabe do que eu estou falando.

Peguei o livro da mão dela, era pesado.

Ela lançou um olhar doce para Will e disse:

— E esta aqui é pra você, herói.

Eu estou boquiaberta. Will não sabe manusear uma espada! É um ótimo arqueiro, admito, mas espadachim... Temo que ele acabe arrancando a própria mão.

Pela expressão assustada dele, aposto que está pensando na mesma coisa.

— Eu... — ele começa, cuidadoso.

— Will Solace, eu o proíbo! — ela exclama, com as sobrancelhas franzidas.

— O que?!

— Você não vai depreciar suas habilidades. Você vem treinando, sei que é capaz de usá-la.

Ele a encara, apreensivo, pegando a espada da mão dela.

— É chamada Espada da Luz. E não é amaldiçoada! Sim! Uma das primeiras. — ela ri — Pelo contrário, ela foi abençoada.

...

Abro o livro no primeiro capítulo marcado pela deusa do “e se”.

O título do capítulo é: “Inuítes no contexto Grego Atual”

“Os inuítes viveram a quilômetros e quilômetros de distância dos heróis gregos antigos, mas quando o Império Grego foi transferido para a América, mitologias regionais como a dos índios nativos dos EUA foram incorporadas. Não foi diferente com a cultura Inuíte, que pode ser relacionada aos Esquimós e a nativos Canadenses.”

Avanço algumas partes, já satisfeita com aquela pequena introdução. Preciso de respostas, não letras flutuantes que fazem meu cérebro doer.

Algo praticamente saltou da página: “Tornat”.

“Deuses protetores, que procuram tanto semideuses quanto mortais imunes a Névoa (vide capítulo 1) em seus sonhos, procurando ajudá-los. Grande parte deles pode aparecer como um espectro azul. Os Tornates podem testar as pessoas a serem ajudadas, e, inicialmente, podem soar maldosos, mas sempre buscam o equilíbrio e a paz interior.”

Espectro azul. Bingo.


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Notas finais do capítulo

Então... Será que eu mereço os cinco segundos que você vi levar pra mandar um review? hahahahhaha



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