O Arco Perdido escrita por Jubilee, Adrielli de Almeida
Notas iniciais do capítulo
A Parte 2 será narrada pela Kath >.
Desculpem pela demora pissoas ^^
E DEIXE-ME AVISÁ-LOS:
O Arco Perdido está terminando :c
Pusé...
Mas, vai ter continuação ;)
~pula
Aos poucos aquela sensação completamente estranha foi se esvaindo. Não estava mais presente. Foi-se. Ergui os olhos, chocado, percebendo o que eu e Kath estávamos fazendo, mas não era isso que me deixava em choque; era o fato de termos uma adorável platéia de brinde.
Eu rolei para o lado e isso fez com que os olhos sonhadores e avoados de Kath retornassem a realidade. A nossa realidade. Éramos semideuses. Estávamos em uma missão perigosa para a deusa da lua, em busca de um arco perdido há milhares de anos. Erguendo-me com dificuldade e tropeçando em meus próprios pés, lancei um olhar irritado para Mari, Will e... Quem é ela?
Kath piscou surpresa – os olhos azuis dilatados voltaram lentamente ao normal e se ajustaram a grande quantidade de luz do lugar. Que, por sinal, era uma Ilha. Já tínhamos chegado à Ilha do Arco?
- Não – disse a loura fenomenal. Ela tinha olhos divertidos e bondosos e feições doces – Creio que essa seja a minha ilha mesmo, semideus. – um sorriso pequeno e tímido.
- Eu... – olhei para Mari que abraçava um livro grande e pesado. Aqueles do tipo que você veria um filho/a de Atena – e não sua irmã encrenqueira. – Desculpe?
- Minha cabeça dói – falou Kath balançando os cabelos negros e espalhando areia para todos os lados. Algumas pedrinhas me atingiram e eu a encarei. Hum. Menos de um minuto atrás estávamos em um quarto. Eu tinha certeza disso.... E Kath estava me dizendo que estava preocupada com as provas finais. E eu... Bem, a lembrança fez meu rosto esquentar, mas... Eu a beijava. De um jeito diferente. De um jeito mais... Quente. Ela pareceu se lembrar disso também por que quando a olhei nos olhos o rosto de Kathleen pegou fogo, em um carmesim forte, e ela olhou para os tênis.
- Vocês estão bem? – perguntou Will nos lançando um olhar estranho.
- Sim – eu pisquei com a luz – Sim, estamos.
- Diga por você – resmungou Kath se levantando e tirando as parcas e o cachecol – Estou derretendo aqui. Ai. Ártemis está nos devendo um favor do tamanho do Hades – eu revirei os olhos.
- Sim, ela está bem também – espanei a areia das calças e tirei as blusas com agilidade. Realmente ali estava quente demais. Ou talvez todas aquelas blusas não ajudassem muito.
- Ainda não me apresentou sua nova amiga – falei e sorri, me aproximando dos três: Mari, Will e a loura.
- Travis, Kathleen... – Mari respirou fundo – essa é Calipso. A deusa das hipóteses. Do “e se...”.
- Calipso? Espere aí... – meu cérebro começou a trabalhar furiosamente e eu franzi os lábios. Conhecia aquele nome.
- Filha do titã Atlas, tonto – Kath chutou os casacos para longe e lançou um olhar curioso para a deusa que parecia ter nossa idade. – Irmã de Zoë Doce-Amarga.
Calipso deu um sorriso bondoso.
- Apesar de estar de volta as civilizações a muito pouco tempo... aprendi muitas coisas. E, tarde demais, conheci minha irmã Zoë. – os olhos de Calipso pareceram pesar – que descanse em paz nas estrelas.
Ouvi uma fungada e nem precisei olhar para o lado para saber que era Kath que estava chorando.
- Então... – comecei – o que estamos fazendo na Ilha da deusa do “e se...”?
- Eu devia um presente para Mari – Calipso deu uma olhada significativa para o livro que Mari abraçava. – Mas a dívida está paga. Eu espero.
- Mais do que paga – disse Mari profundamente agradecida – Obrigada, Cali. De verdade. Nunca esqueceremos de sua ajuda.
- Nunca – enfatizou Will.
Calipso nos lançou um olhar tristonho, mas conseguiu fabricar um sorriso doce e meigo.
- Fiquem com os deuses, meios-sangues – ela olhou para mim e depois para Kath – Foi extremamente prazeroso conhecer ambos. – então olhou para mim – espero encontra-los novamente. E em breve. – a deusa deu um sorriso brilhante e eu falei para todos:
- Desviem os olhos... Agora. – Kath escondeu o rosto no meu ombro e Will virou o rosto de Mari a tempo. Mesmo sem olhar para a forma real da deusa, meus olhos captaram a luz extremamente forte e ardeu. Minutos depois, consegui abrir os olhos com certeza de que não ficaria cego. Kath esfregou os olhos maquiados por olheiras roxas profundas e tirando um elástico de sabe lá onde, amarrou os cabelos negros em um rabo de cavalo bem preso e olhou para Mari.
- O que fazemos agora?
- Tenho uma idéia. – ela olhou para o mar. – Não é água salgada, mas é água. Peça para seu pai nos ajudar. – pediu Mari para ela. Kathleen parecia terrivelmente confusa.
- Pedir... Como?
- Ajuda. Precisamos de um barco.
- Um barco? – perguntou Kath, boquiaberta.
- É, um barco – Mari revirou os olhos – que navegue e flutue.
- Mas...
- Reze para seu pai, Kath – falou Will dando um passo par frente – Não é muito difícil. Mas eu acho que...
-... Pra um pedido grande como esse... – continuou Mari pensativa.
-... Vamos precisar de algo como oferenda.
- Pode ser o Travis – opinou ela.
- O quê? – eu gritei e girei para ela. Kath começou a gargalhar.
- É brincadeira. Hum. – ela riu mais um pouco. Eu não consegui identificar a graça. Até Mari e Will deram risinhos. Então Kathleen ficou séria. – Eu tenho algo... mas... – ela mordeu o lábio inferior.
- Mas...? – incentivou Mari.
- Foi um presente – Kath franziu a testa.
- De quem?
- De meu pai.
- É perfeito! – falou Mari entusiasmada. Ah, lembrei. Mari não sabia do mini-garfo de Kath. Digo, mini-tridente – que se transformava em um tridente grande e muito, muito perigoso.
- E então? – perguntei olhando-a nos olhos – vai fazer ou não?
Ela chutou um pouco de areia e suspirou.
- Tudo bem, tudo bem. Irei. – ela se aproximou da água. Não era como o mar, agitado e imprevisível, era uma água parada, como de um lago. Kath se aproximou minimamente e entrou com a água até os tornozelos. Então fez uma careta.
E eu não pude mais ouvir o que ela dizia.
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Tá curta, mas okay ¬¬