Vortex escrita por Dayse Aoi


Capítulo 3
Capítulo 3 - Dúvidas?


Notas iniciais do capítulo

Olla FooOf's
Tentei postar o cpt mais cedo e cá estou euuU kkkk'
Boa leitura!!!



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Capítulo 3 - Dúvidas?

Acordei com a claridade irritando meus olhos, aos poucos fui
me acostumando e percebi que estava dentro de um quarto de hospital. Meu corpo
estava dolorido, minha cabeça doía, não consegui fazer movimento algum a dor me
consumia por inteiro.


- Filho. – virei os olhos e vi minha mãe vindo em minha
direção.

- Mãe... Como eu cheguei aqui? – senti minha garganta
arranhar e meus lábios doerem.

- A Clara me ligou desesperada e eu pedi ao seu pai que me
levasse até o local que ela me indicou, quando chegamos lá você estava desmaiado.

- Meu pai está aqui?

- Está sim, ele ficou muito mal em te ver... – começou a
chorar. – Desculpe filho.

- Mãe, não chora eu estou bem.

- Olha só pra você Aki, está todo machucado... Diz pra mim
quem foi que te deixou assim.

- Foram... Foram uns meninos do terceiro ano. – fitei o
teto.

- Por que fizeram isso?

- Por que eles não gostam de mim.

- Isso não é motivo pra te machucarem dessa forma meu anjo.
– minha mãe começou a acariciar meu rosto, fechei os olhos e deixei as lágrimas cair.

Ouvi o som da porta se abrir e vi meu pai entrar junto com
os meus irmãos.

- Como se sente filho. – disse meu pai pousando a mão sobre
minha cabeça.

- Com muita dor. – olhei pra frente vendo o Kou e o Ruki se
aproximar.

- Como isso foi acontecer Aki? – meu pai sentou-se ao me
lado e segurou minha mão.

- É simples pai, eu estudo em um lugar onde as pessoas não
me aceitam e usam a força pra me mostrar isso. – disse fitando seus olhos já marejados.

Eu sei que ele faz o máximo pra que a nossa família leve uma
vida boa, mas ele acaba exagerando e não vê o que realmente deve ser mudado, acaba saindo da razão e quando percebe isso já não tem mais volta.

Ele abaixou a cabeça e apertou de leve a minha mão.

- Você sabe que eu estou sempre procurando o melhor pra
vocês nee? – voltou a me fitar com lágrimas nos olhos.

- Eu sei.

- Eu vou dar um jeito nessa situação, essas pessoas vão se
arrepender de ter nascido. – soltou minha mão e começou a enxugar as lágrimas.

- Pai o que você vai...

- Não se preocupe Aki. – cortou. – Seu pai não é nenhum
assassino... Ainda. – se levantou.

- Pai. – dissemos eu e meus irmãos ao mesmo tempo.

- Toshio, aonde você vai?

- Calma gente, eu não estou fora de mim, eu vou avisar o
médico que o Akira acordou, depois eu quero o nome de quem fez isso. – disse sério, saio sendo observado por nós.

- Mãe, a senhora tem ao menos uma noção do que ele pode
fazer? – perguntou Ruki.

- Eu sinceramente não sei querido... Mas pode ter certeza
que ele não vai deixar isso assim.

Em meio a tudo passou pela minha cabeça que meu pai não
tomaria minhas dores depois de ontem, ele é imprevisível, e isso me assusta.

- Ei Aki, foram os meninos de ontem né? – Pergunto Kou.

- Foi...

- Por que você não esperou o Ruki?

- Por que eu queria um tempo só Kou.

- Você está muito teimoso Akira. – disse Ruki.

- É filho, custava você esperar o seu irmão?

- Mãe de uma forma ou de outra isso ia acontecer.

- Não se você tivesse falado pra mim e pro seu pai o que
exatamente estava acontecendo.

- Quantas vezes eu vou ter que repetir mãe? Todas as vezes
que eu tentei falar com você ou com o pai acabava em briga familiar, vocês não me escutam, acham que eu estou fazendo birra pra mudar de escola.

- Aki ficar nervoso não vai te ajudar em nada. – disse Ruki.

- Eu não estou nervoso.

Ouvi novamente o barulho de alguém entrando, pensei que
fosse meu pai junto ao médico, mas meu pai não estava junto no seu lugar estava Yuu.



 [...]



Minha mãe sai junto com o medico e meus irmãos assim que ele
disse que eu já poderia ir pra casa, tive que esperar minha mãe resolver algo do qual eu não entendi, fiquei explicando pro Yuu o que tinha acontecido nesse tempo, ele se mostrou muito irritado com o que eu disse, mas deixei bem claro que não queria que ele tentasse tomar minhas dores, não quero que o machuquem como fizeram comigo.

Depois de uns vinte minutos, Ruki e minha mãe entraram com o
médico que começou a me explicar algumas coisas. Tive que sair de cadeira de
rodas, pois um osso da minha perna direita havia saído do lugar, não se esquecendo
do meu braço esquerdo que também foi fraturado, ainda bem que não foi preciso
engessar nada já que não tive nenhum osso quebrado.

- Precisa de ajuda Aki? – perguntou Kou.

- Não, obrigado. – me levantei com certa dificuldade me
apoiando na porta do carro e me sentei no banco de trás.

- Aki eu vou indo pra casa já está tarde, amanhã depois da
escola eu passo na sua casa pra gente conversar. – disse Yuu.

- Não quer carona Yuu, o Ruki te deixa em casa. – ofereci.

- Não eu agradeço minha casa nem é tão longe assim qualquer
coisa eu ligo pro meu pai, ou pego um taxi.

- Eu posso te levar se quiser Yuu. – se ofereceu Kou, o Yuu
me olhou acho que esperando uma permissão e eu achei isso meio idiota, é só uma
carona, ou será que ele esta com medo de não aguentar a tentação?

Ri do meu próprio pensamento.

- É Yuu o Kou te leva. – disse ainda rindo, Kou me deu um
puxão de cabelo do qual ninguém notou.

- Realmente querido, não é bom pra você ficar andando
sozinho pelas ruas há essa hora. – disse a minha mãe, e só então me dei conta
de que já passavam das nove.

- Tudo bem... Eu não queria incomodar...

- Você não incomoda. – disse Kou olhando fixadamente para
Yuu que ficou vermelho. – Deixe de ser vergonhoso é praticamente da família,
agora vamos.

- Vamos. – disse sem graça, se despediu de nós e entrou no
carro do Kou.

Talvez esse “praticamente” quis dizer, “Só falta você se
tornar meu namorado”, e por que esses pensamentos estão sendo tão normais pra mim? Sai fora!

Possibilidades... Eu sou uma pessoa que sempre esta dando
espaço a novas possibilidades, mas eu não sei o que me impede de imaginar meu irmão e meu amigo juntos.

Mas eu também acho que eu não tenho o direito de manipular
os dois, sei que se eu disser pro Yuu que eu não aceito isso ele vai fazer o
possível pra não me decepcionar, o mesmo pode acontecer com o Kou, só que eu não tenho esse direito, se rolar algo entre os dois eu vou ter que compreender,vou ter que aceitar.

Eu não sou nenhum preconceituoso desprezível, e não seria eu
a julgar meu irmão e meu amigo, é amigo, pensei que o Yuu demoraria a
reconquistar minha confiança, mais eu vejo que ele está sendo sincero comigo,
não há por que ficar bloqueando ele.

- Aki, você teve coragem de confiar seu amigo ao Kou, não
estou te reconhecendo. – disse Taka me tirando de meus devaneios.

- O que? – fingi não entender.

- Essa eu não entendi filho. – disse minha mãe olhando para
Ruki que se virou e me lançou um sorriso.

- São coisas complicadas mãe, muito complicadas.

- Eu posso deduzir que vocês estão se referindo aos olhares
que o irmão de vocês lança pro pobre Yuu. – na mosca, é impressionante como
minha mãe não precisa que te diga nada, ela sempre pega no ar!

- Mãe a senhora esta me saindo muito mais perigosa do que
imaginei. – disse Takanori nos fazendo rir.

- Eu não sou tão tola assim querido, conheço meus filhos. –
disse mexendo em uma mecha do cabelo do Ruki.

- O que a senhora acha disso mãe? – perguntei meio receoso.

- Aki, pra mim não importa se meu filho é gay, não importa
com quem ele esta se relacionando, desde que ele esteja feliz eu fico feliz, e eu sei bem que você não esta preocupado com o que penso. – disse me fitando pelo retrovisor.

- É que... Eu não sei se consigo... Eu não sou
preconceituoso mãe, mas pra mim é estranho pensar nisso.

- Eu te entendo filho, só acho que você não deve se importar
muito com isso, pois se algo acontecer entre eles ninguém tem o direito de
julgar certo ou errado.

- Mas não é o fato de julgar certo ou errado, o problema é
que eu tenho uma única visão deles e sei...

- Isso é ciúme! – cortou-me Taka sorrindo.

- Não é ciúme Ruki! – rebati.

- É sim Aki, veja bem, você tem uma única visão de cada um
deles, o Kou como irmão e gay, do qual você já esta acostumado, mas com o Yuu é
diferente, pois ele pode estar descobrindo sobre sua opção sexual e isso é novo
pra você, você esta inseguro em relação a eles, pensa que se os dois se
aproximarem você vai ficar de escanteio. – suspirei pesado o vendo dar a
partida.

Ruki tem razão, talvez eu deva estar com ciúmes e não quero
aceitar isso, o que também é muito engraçado, nada justifica eu ter ciúmes,
quer dizer não querer eles juntos já pode ser uma demonstração nee!

Chegamos em casa em menos de dez minutos, assim que cheguei
ao meu quarto me deitei e logo adormeci.



                                            ...

- Aki... Filho acorda.

- Hum... – resmunguei.

- Filho acorda! – disse num tom mais impaciente.

- O que mãe. – Me movi com dificuldade ainda sentido meu
corpo dolorido, abri os olhos vendo ela me olhando com um bico torto, do qual eu ri.

- Você tem visita filho, agora deixe de ser preguiçoso e
trata de se levantar. – começou a puxar meu edredom.

- Para mãe... Só mais cinco minutinhos vai, oferece um chá
pra visita que eu desço daqui a pouquinho ok. - enfiei a cara no
travesseiro.  

- Eu vou falar pra visita que você é preguiçoso e por isso
não foi recebê-los ok?

- Quem está ai? – disse ainda sonolento.

- A Clara e o Yuu, que nem deveriam ser tratados como visita
nee! O Yuu é praticamente seu irmão e a Clara...

- É minha melhor amiga, não começa mãe! – levantei jogando o
edredom pro lado.

- Calma filho. – riu alto. – Eu não estou insinuando nada
você que esta bravinho atoa.

- Hum... – fiz uma falsa careta séria pra ela que riu.

- Eu vou avisar que você já desce.

- Ok, vou só me trocar e escovar os dentes.

- Esta com dificuldade em algo?

- Não, minhas pernas e braços ainda estão doloridos, mas não
é nada que não de pra relevar.

- Vê se não fica fazendo esforço atoa!

- Esforço com o que mãe?

- Não sei vocês adolescentes são tão imprevisíveis, inventam
cada coisa.

- Tric’s de mãe me assustam.

- Sei... - ela se virou deu uma ultima olhada de canto e
saio.

 Minha mãe é sempre
tão cômica, já da pra ver de onde vem tanto fogo no cú dos meus irmãos, não que a minha mãe tenha... Er... Deu pra entender, o fato é que nesse aspecto nos somos parecidos com ela!

Agora vejo como é horrível fazer as coisas só com uma mão,
coloquei uma regata preta e um short jeans, escovei meus dentes lavei meu rosto, penteei meu cabelo e deixei ele de qualquer jeito. Acho que levei uns cinco minutos tentando colocar minha faixa e como estava muito difícil desisti de coloca-la, olhei pro meu relógio em cima do criado mudo e me assustei ao ver que já era uma e meia da tarde, é claro que o Yuu e a Clara não viriam em casa tão cedo ainda mais em dia de aula, eu realmente devo ter morrido por uma noite!

Senti meu corpo pesado quando parei de me movimentar, nunca
imaginei que eu levaria uma surra dessas, estou todo quebrado a minha sorte foi
estar de mochila ou então eu poderia ter tido uma costela quebrada, e tirando o
corte na boca meu rosto também não ficou desfigurado como pensei que estivesse.

Desci as escadas apoiado no corrimão, meus passos podem até
serem comparados aos de uma tartaruga, em partes eu tenho culpa pelo que
aconteceu, mas a minha vontade é de desfigurar cada um deles.

- Aki, quer uma ajuda ai? – perguntou Yuu ao me notar.

- Não eu tenho que me acostumar nee! Não vou ter você aqui
todo dia então não me deixe mal acostumado. – disse lançando um sorriso
moderado por conta do inchaço.

- Tudo bem, eu vou dar uma volta pelo bairro então, depois
eu volto pra ver se você já chegou aqui em baixo. – disse rindo e levando a Clara pelo mesmo caminho.

- Idiota!

- Nossa Aki que lerdeza. – Kou Reclamou atrás de mim, ele
parou do meu lado fez uma careta e me pegou no colo, ato que eu achei ridículo e comecei a reclamar para que ele me soltasse.

- Não reclama não filho da minha adorável mãe, eu to te
ajudando! - eu não preciso que me pegue no colo imbecil! – Logo ele me
soltou e eu dei um tapa de leve em sua cabeça.

- Vai seu otário, abusa enquanto pode depois que você
melhorar pode esperar que eu vou descontar ok!

- Ah não enche calango! – disse dando as costas para
cumprimentar meus amigos, sentei me no sofá ao lado deles e percebi que Kou tinha piscado pro Yuu...

Olhei pro Yuu vendo que ele havia abaixado a cabeça com
vergonha, e a Clara deu um sorriso de canto, um sorriso daqueles que ela só da quando sabe o que está acontecendo.

Por que eu sou tão observador?

Eu poderia muito bem ser uma pessoa alheia ao mundo, acabo
vendo coisas que eu não preciso e depois fico atormentado por conta disso!

- Quer alguma coisa Aki? Está sem comer desde ontem pelo que
sei. – perguntou Kou.

- Eu to sem fome... Vocês querem algo?

- Eu já comi besteira de mais na rua. – disse Yuu.

- Eu também não estou com fome.

- Ok, então eu vou deixar vocês conversar entre amigos. Deu
um sorriso de lado e subiu novamente.

- E então, como se sente Akira? – perguntou Yuu virando-se
pra me encarar.

- Ainda com dor, mas nada muito grave da pra se mexer um
pouco. - ri de canto.

- Ainda bem que eles não quebraram nada, só ficou com a boca
cortada nee!

- É... Mas meu braço esquerdo e minha perna direita foram
deslocados, por isso estou me movendo de foram lenta, a minha sorte mesmo foi a
Clara ter aparecido junto com a Malu, eu sinceramente não sei o que teria
acontecido se elas não chegassem, e nem tive tempo de agradecer nee Clara-chan?

- Não precisa Aki, eu praticamente não fiz nada, se ao menos
a gente tivesse chegado antes...

- Não se culpe por algo que você não fez, por favor. – ela
me lançou um sorriso fechado e assentiu.

- Mas... O que seus pais vão fazer a respeito?

- Eu não sei clara mas esto receoso em relação aso meu pai...

- Por quê? – perguntou Yuu.

- Por que ele ficou muito quieto em relação a tudo, o
silencio do meu pai não é um bom sinal.

- Ele não disse nenhuma palavra? – Clara se mostrou
surpresa.

- Disse que queria os nomes de quem havia feito isso, e que
essa situação não ficaria assim. – suspirei pesado encostei minha cabeça no
sofá fitando o teto.

- Você não devia estar preocupado com isso, seu pai está
mais do que certo. – disse Yuu.

- Certo... Vocês não estão entendendo, por mais que eu tenha
ficado com muita raiva eu não penso em vingança ou algo do tipo.

- Como assim? Aki se você deixar passar isso que aconteceu
eles vão continuar fazendo esse tipo de coisa com você, ou podem ate fazer pior se eles perceberem que você esta sendo submisso. – disse Clara se mostrando indignada.

- Não é submissão Clara, o problema é que meu pai não pensa
antes de agir, ele pode ser razoável quando quer, mas quando ele está realmente
irritado ele age impulsivamente.

- E... Você acha que ele pode fazer algo de ruim? – pergunto
Clara.

- Eu não posso dar certeza, mas eu não vou dizer quem foi.

- Tarde de mais Aki... – disse clara. – Antes de você descer
seu pai estava aqui e me perguntou se eu conhecia quem te espancou e eu disse, desculpe...

- Sério?

- Sério...

- Agora já era! – fitei os dois.

- Aki eu realmente não estou entendendo esse seu “medo”. –
Clara fez aspas no ar.

- Meu pai é imprevisível, eu não sei se ele vai ser
razoável, ou se... – ouvi um barulho na porta e algumas risadas, logo vi que
era o Taka e meus primos Hiroto e o Nao.

- Não, não, mas isso não vale é mancada de vocês. – Ruki não
sabia se ria ou se falava.

- Já era Ruki se depender da gente você ta fudido. – disse
Hiroto.

- Ok, se é guerra, que comece! – disse Ruki num tom mais
baixo. – Aki... Pensei que não ia acordar hoje!

- Você nem sabe que horas eu acordei. – disse mostrando a
língua.

- Não sei é? Eu sai daqui pra buscar eles não faz nem trinta
minutos, que vergonha em to começando a achar que você pago pela surra pra poder ficar em casa. – disse rindo.

- Vai se ferrar Ruki... E foi buscar eles por que, se
esqueceram do caminho de casa foi?

- O bichinho mal educado! – disse Nao.

- Deixa ele aproveitar enquanto ta machucado pode ter
certeza que eu não vou ser igual a quem te bateu Aki. –Hiroto apontou o dedo pra mim. – Vou ser bem pior. Todos riram.

- Oh as margaridas chegaram. – disse Kou aparecendo
novamente.

- A única margarida aqui é você Kou. - disse Nao.

- Não sou não, tem a Clara também. – disse rindo. – Aki onde
está a mãe?

- Nem sei, deve estar no jardim.

- Aki eu já vou indo. – eu acho que o Yuu esta querendo
fugir de alguma coisa.

- Ahhh! – resmungou Kou fazendo todos rir exceto Yuu que
ficou todo vermelho e baixou a cabeça, agora eu tenho certeza do que o Yuu está fugindo.

- Eu também vou com o Yuu Aki, disse pra minha mãe que não
ia demorar.

- Ah gente agora não, eu ainda tenho algumas coisas pra
falar, vamos subir no meu quarto depois o Kou ou o Taka leva vocês.

- E gente depois eu levo vocês. –disse Ruki.

- Ok Aki! – disse Yuu

- Vieram até a minha casa agora vão ficar até a hora que eu
quiser. – disse me levantando. – vamos subir?

Conversamos por mais duas horas, durante essa conversa eu
consegui descobrir o porquê do Yuu estar tão envergonhado, e não o Kou não havia agarrado ele, mas tinha dado umas catadas das quais Yuu não quis especificar e eu também não queria saber, clara só falava quando um de nós perguntava algo pra ela, e isso está muito estranho ele sempre foi tagarela esse silencio dele está me irritando e o pior de tudo, está me preocupando.



oOo

Já se passaram três semanas desde que fui espancado pelos
garotos do terceiro ano, e uma semana que voltei pra escola, durante essa
semana eu não vi nenhum deles por aqui, e eu tenho certeza que isso é coisa do meu pai, ouvi ele e minha mãe conversando sobre dar um jeito de tira-los da cidade.

A Clara continua com esse silencio indecifrável, não tenho
noção do que esta acontecendo com ela, até por que a Clara nem me da chance de
perguntar algo, ela está estranha com todos, até com as amigas dela.

- Aki o que foi? – perguntou Yuu sentado a minha frente,
estávamos no intervalo sentados na arquibancada da quadra.

- É a Clara. – estava fitando de longe, ela conversando com
algumas amigas. – Ela está muito estranha.

- Eu também acho, e eu acho que sei qual é o motivo.

- Sabe? E qual é?

- Eu disse que acho, e deve ter haver com você.

- Comigo? Por quê?

- Você anda muito lento Aki... – suspirou. – Eu acho que ela
esta gostando de você.

- Não... Não eu... Ela... Não Yuu, não existe nada entre a
gente e nem vai existir. – disse por fim.

- Ta meio que na cara nee Aki-chan, você não quer gostar
dela pelo fato de que você acha que nunca da certo suas relações com amigas, e talvez seja por isso que ela ta assim, por que ela sabe que você não vai dar chances.

- Eu não quero perder a amizade dela Yuu.

- Então tenta conversar com ela, eu também não gostaria de
ver vocês sem se falar.

- Vou tentar.

Não, eu não posso cogitar a ideia de ter a Clara gostando de
mim, ele é praticamente uma irmã, ela é linda tem varias qualidades incríveis, mas entre nós não vai existir nada além da amizade.

Às vezes eu sinto falta de uma companhia, digo de uma
namorada, mas não é como se eu fosse pedir pra primeira que aparecesse, pois do mesmo modo que eu não quero ser machucado eu não quero machucar ninguém, muito menos a Clara.

No fundo eu sinto como se eu tivesse que esperar, é estranho
e eu nem sei muito bem como explicar, mas tem algo que me diz pra não ser precipitado,
que eu devo ter paciência, e que o que está por vir é como um tsunami do qual e terei de manipular.

Eu mesmo me sinto estranho às vezes, talvez seja coisa da
minha cabeça, sei que a vida não é um conto de fadas, e se fosse eu já teria o destruído, pois tudo que para na minha mão cai.

Eu queria mudar as coisas de um jeito que todos acabassem
feliz no fim, mas eu não tenho esse poder, e acabo fazendo tudo ao contrário.


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Notas finais do capítulo

Então pessoas... o que vcs acharam???
Pra mim foi outro capt fraco, mas to caminhado e me esforçando pra não fica algo muito chato!!!
Então, no prox capt o kai ta por akie!!!
BjooO
*o*y