Lips Of Deceit escrita por Victims


Capítulo 7
Foolish Rules for a Foolish Girl


Notas iniciais do capítulo

Viram? Não demorei nada! Obrigada a todas as reviews e ja vou avisando: Eu não tive tempo de revisar, portanto desculpem os erros, ta foda arrumar tempo pra alguma coisa ):
Se ficou uma merda desculpem também,mas foi o que saiu.
Enfim, curtam a leitura, e por favor, não deixem de comentar!



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POV Erika.


( Para dar um clima botem essa música)


Entrei no carro de Zacky tentando conter o desconforto que senti quando vi seus olhos pregados em mim. Ele sorria radiante apertando o botão do rádio assim que fechei a porta, nesse momento Dave Grohl começou a narrar nossa viagem com “See You”.


– Você curte Foo Fighters? – Perguntei abismada já que ele tinha deixado bem explícito seu gosto musical.


– Não fede nem cheira. – Ele disse desinteressado. – Eu vi no seu I-pod e achei que seria melhor você ir ouvindo algo que te agradece antes de experimentar outro gênero. – Seus olhos continuaram fixos na rua, entretanto suas palavras expressavam a verdadeira atenção que ele havia dado aquele gesto.


– hum, é... Obrigada, eu acho... – Disse olhando para a janela gravando o caminho. Depois disso o resto do trajeto foi em silêncio.


Paramos em frente à uma casa grande de dois andares pintada em azul claro. A garagem era coberta por cimento puro e estava arreganhada bem de frente para a rua, lá de dentro saíram dois garotos com garrafas de 40’ e acenaram para nós. Saímos e um dos marmanjos correu em nossa direção, reconheci Jimmy logo de cara quando seus grandes braços se abriram para me engolir. Recuei o corpo na defensiva e reparei o olhar repreensivo de Zacky para o grandão, esse parou na mesma hora e passou a agir como uma pessoa normal.


– Bem vinda senhorita Wells! – Ele disse divertidamente. – Achei que não queria ver nossa cara tão cedo. – Continuava sorrindo.


– E não queria mas... Eu tinha uma dívida com o porpeta ali. – Apontei para trás e Jimmy gargalhou da careta de Zacky.


– Então graças a ele temos o prazer de sua presença. – Jimmy piscou e depois buscou o amigo parado alguns passos longe de nós. – Garota, esse aqui é Matt Wendt nosso baixista.


– Jacky tá por aqui? – perguntei me lembrando da garota bonita que acompanhava Jimmy aquele dia, ela parecia ser uma boa companhia já que era a única que sabia se manter calada.


Jimmy negou com a cabeça. – Ela não gosta muito de vir nos ensaios, acha que a presença dela me desconcentra. Boba não é? – Ele riu e eu preferi me abster.


Cumprimentei Wendt que era alto e tinha cabelos loiros de amarelo intenso, de certa forma fiquei surpresa, sei lá achei que por tocar baixo e ser amigo dos meninos Johnny estaria na banda. Ignorei o fato assim que Zacky botou a mão em meu ombro e delicadamente me conduziu para dentro da garagem, lá estavam todos os outros que eu já havia conhecido. Fiquei encabulada no início pensando no papelão que paguei aquele dia no bar, porém meu orgulho estampou-me com a cara mais indiferente possível. O Primeiro a se dirigir até mim foi Mattew exibindo um largo sorriso em meio a pequenas covinhas.


– E ai ruivinha. – Crispei os lábios em sinal de recusa a intimidade que ele tentava demonstrar. – Mais calma hoje?


– Porque? Tenho algum motivo para me estressar? – Respondi e ele riu sem graça.


– Espero que não. Que tal começarmos de novo? Esquecer aquele pequeno incidente? – Matt estendeu a mão para mim e apenas a apertei pelo olhar fuzilante de Zacky.


– Ela morde? – Ouvi o grandão moreno cochichar para Jimmy que riu do comentário.


– As vezes sim, mas em geral faço coisas piores. – Respondi e sorri cinicamente quase como uma ameaça. Zacky e Matt gargalharam.


– Que tipos de coisa? Quem sabe a gente não conversa melhor mais tarde? – Ele respondeu sorrindo maliciosamente e pegando a guitarra do descanso.


– Cala a boca Brian, vem fazer algo útil em vez de encher o saco da garota. – Zacky chamou dando uma cotovelada do moreno.


– É Brian, assim o rolha de poço fica com ciúmes. – Matt Wendt completou também ganhando uma porrada.


– O que?! Assim EU fico com ciúmes! Não gosto dessa sem vergonhice com a minha mulher. – Jimmy falava alto enquanto se agarrava a Brian. – Para com isso se não te mando pra sala de novo Brian.


– Desse jeito você parece a mulher Jimmy. – Zacky riu. E o grandão deu de ombros.


– A gente reveza nos fins de semana, não é querida? – Passou a mão no queixo de Brian que irritado empurrou-o para longe despertando a risada geral.


– Toma no cu Rev, senta a bunda naquela bateria e para de falar merda.


– Brian, posso sentar em outro lugar? – Jimmy empinou a bunda para o amigo fazendo uma voz irritante de garotinha retardada. Na mesma hora o pé de Brian foi de encontro a Jimmy que desequilibrando quase caiu de cara no chão.


Eram tão infantis, tão idiotas e inconsequentes... Como se nada pudesse estragar seu pequeno momento de felicidade, por mais raiva que eu sentisse daquela felicidade sem motivo meus lábios se arqueavam, meu rosto aderiu a uma expressão mais leve e não consegui controlar... A gargalhada estourou. Eu perdia o folego entre vários soluços, ria como uma criança ao assistir um desenho idiota, Brian e Jimmy continuavam a discutir como marido e mulher e a cada frase de um dos dois, outra pontada de cócegas atingia minha nuca. E assim o peito aliviou de toda a raiva que eu sentia por estar ali, eu não sei como nem porquê , mas simplesmente estava normal, sem mágoa, ódio ou desconfiança... Tudo que eu queria era continuar a assistir aquelas figuras quase se matarem enquanto o resto do pessoal preparava as coisas. Essa não era eu, pelo menos não dessa vez.



POV Zacky.


Todos nós estávamos achando graça sim da pequena peça daquelas figuras, porém senti minha atenção ser totalmente transferida para a pequena garota de cabelos vermelhos sentada no sofá esburacado. Ela ria de se contorcer, gotículas de lágrimas se formaram no canto de seus olhos e sua cabeça era atirada para trás a cada gargalhada. Fiquei pasmo, simplesmente irrequieto com isso, não achei que iria viver o suficiente para contemplar tal acontecimento. Erika não estava apenas sorrindo (o que era algo que eu não tinha visto até agora), ela estava gargalhando extrovertidamente. Me senti hipinotizado pela figura de seu pequeno corpo parando de se debater lentamente enquanto os meninos se ajeitavam nos seus devidos lugares. Um sorriso discreto ainda estava cravado nos pequenos lábios, mas assim que seus olhos encontraram minha figura ali, parado igual um bloco de gelo, esse sorriso desapareceu e seus olhos desviaram envergonhados, logo se encolheu nervosa e abaixou a cabeça fitando os próprios pés.


– Zacky, para de pensar no que vai comer mais tarde e começa a trabalhar meu filho. – Wandt reclamou encarando impaciente.


– Desculpa, sua mãe parecia um bom cardápio. – Respondi e ele me jogou o dedo do meio.


Começamos com “Breaking Their Hold” e passamos para “ Turn The Other Way” logo emendamos em “Streets” e continuamos com “Darkness Surrouding”. Fizemos uma pequena pausa, Erika observava tudo em silêncio e eu fiz questão de notar o ar diferente que ela exibia. Mesmo séria seu semblante era vitalício e quando analisada de longe parecia sorrir naturalmente, e tenho que dizer que ela fica muito mais bonita assim. Foi então que me veio a ideia...


– Shadz? – O marombado se virou enxugando o suor da testa. – Hey cara, que tal tocarmos aquela nova?


– A “Lips Of Deceit”? Não sei cara, o que os meninos acham? – Todos acentiram inclusive Jimmy que havia ajudado na composição. Matt deu de ombros e então organizou alguns papéis tirando a letra da música entre eles.


Eu e Brian introduzimos a música sincronizadamente e logo Jimmy deu seus sinais na bateria. Went entrou logo em seguida e nossas melódicas vozes soaram ao microfone. Depois disso o primeiro scream de Matt introduziu definitivamente a música.


“The mark I breathe on you.

It's burning through your soul.

The breath I waste.

Losing control.

I bleed in pain.

Testing what I know.

Lips soaked in deceit.”



“A marca que eu respiro em você

Esta queimando através da sua alma

A respiração que eu gasto

Perdendo o controle

Eu sangro em pânico

Testando o que eu sei

Lábios encharcados no engano”





Erika levantou a cabeça assim que a letra distorcida passou por seus ouvidos. Seus olhos passaram por todos na banda, pareciam analisar milimetricamente cada um de nós e interessada. Eles pousaram em mim, e não pude disfarçar. De novo me senti preso pelo verde olíva escuro que cismava em ler minha expressão. Encerramos a música e por sorte não errei nada pela desconcentração.


– Pessoal, vocês deviam mesmo trocar esse baixista, ele toca mal pra caralho. – Nesse momento avistamos Johnny parado na frente da garagem com as mãos no bolço e sorrindo travesso.


– Porra Seward, você aqui de novo? Eu vou quebrar a tua cara se você continuar a encher a porra do saco. – Matt Wendt jogou o baixo no sofá quase acertando Erika e correu na direção de Johnny. O baixinho tinha mania de aparecer por aqui quando estávamos tocando para encher o saco de Matt, os dois não se bicavam de jeito nenhum.


– É melhor ser bom de porrada mesmo Wendt, porque como baixista você não tem futuro cara. – Rimos de Matt perseguindo Johnny pela rua, infelizmente as pernas de Wendt eram longas e por mais que eu torcesse pelo baixinho, o mesmo foi brutalmente derrubado e arrastado pela orelha até sua casa, que era na rua de cima. Fomos para fora da garagem, catando uma garrafa de cerveja cada um e ficamos a assistir Wendt discutir com o irmão mais velho de Johnny. Depois de algum tempo Matt voltou enfurecido e catou suas coisas.


– Cara onde você pensa que vai? – Brian perguntou olhando-o de cima.


– Pra casa, já tocamos muito hoje e esse nanico acabou com o meu humor.


– Muito? Nem passamos o repertório todo Wendt. – Jimmy se contrapôs ao loirinho mostrando-se indignado.


– Cara, a gente termina isso amanha, eu tô cansado.


– É, você disse a mesma coisa semana passada e não deu as caras no domingo. – Brian disse rispidamente. – Se continuar assim vamos ensaiar sem você cara. – Wendt riu.


–Sem mim? Haner... Não tem como tocar sem o baixista...


Brian abriu a boca porém eu intervi, sabia que por e seu semblante e pavio curto ele provavelmente arrumaria briga.


– Ainda temos duas músicas que Jimmy fez para avaliar, calma ai daqui a pouco estamos acabando. – Disse tentando ser complacente.


– Aquelas músicas? Sem ofensa James, mas aquilo não tem chance de ir pra frente... Cara, você já foi melhor nisso. – ele bateu no ombro de Jimmy e o mesmo o encarou friamente. – Essa é a minha opinião, caso encerrado.


– Se você der mais um passo para fora dessa garagem Wendt, é melhor que não volte já cansamos dessa sua falta de compromisso com a banda. Jimmy é um dos caras mais criativos que eu conheço, e você o que fez para a gente até agora? – Shadz se impôs botando o corpo musculoso de frente para o de Matt. Ambos se encararam e o clima pesou.


– Se não fosse por mim Sanders, nunca teríamos tocado no Johnny’s e no Orange, bar do MEU pai. – Ele praticamente jogou na cara de Matt que tinha contatos importantes. – Então abaixa a bola pra falar comigo Matt, não é só porque você é o vocalista gostosão que tem essa moral toda. Me expulsar da banda? Onde vai conseguir outro baixista? Seward? – Ele gargalhou amargamente.


– Escuta aqui o placa de trânsito ambulante. – A voz fina de Erika ecoou por trás de Jimmy e Brian que deram espaço para seu corpo nanico ir de encontro com o de Matt. – Abaixa a bola você, tá achando o que? Que só porque sabe dedilhar algumas coisas naquela porcaria de baixo tem uma moral maior do que alguém aqui? Eu te conheci hoje e já to com vontade socar a sua cara por falar assim com seus amigos, não me admira o Johnny aparecer aqui assim, talvez seja o único sano desse bando de marmanjos. Tenho certeza que o anão de meio metro toca o dobro que você. – Matt cruzou os braços tentando intimidar Erika. – Tá tentando inflar os músculos queridinhos? Tô falando de tocar baixo, não punheta! Então pode abaixar os bracinhos por que carne tonificada não me seduz.


Eu fiquei boquiaberto, e seguindo essa expressão de espanto vi Shadz sorrir triunfante para Erika, Brian assoviar discretamente arregalando as sobrancelhas e Jimmy comemorar o comentário profano da baixinha.


– Dá licença, alguém chamou o curupira na conversa? Se manda garota, tá achando que só porque é a convidada de alguém você tem direito de se meter em alguma coisa? Senta a bunda lá no seu canto e cala a boca. – Matt abaixou o rosto até a altura de Erika e cuspiu as palavras com o intuito de feri-la.


– Você não vai fazer nada? – Jimmy sussurrou para mim. – Digo, ela é tua amiga né?


– Presta atenção, 3...2...1... – Disse para ele.


– Eu me meto na porra de conversa que eu quiser sim senhor, e a única bunda gorda que vai a algum lugar aqui é a sua! – Ela esbravejava e esticava o corpo, uma pequena veia começou a saltar em sua testa e o indicador apontou bem no nariz de Wandt. – Otário, dá o fora antes que eu enfie esse baixo no seu rabo e faça sair pela sua garganta...


– Você ouviu ela Wendt. E se ela não conseguir, eu faço isso. – Brian passou o braço pela cintura de Erika que o repeliu no mesmo instante.


No início ele não respondeu, passou o olhar de ódio por todos esperando algum protesto em seu favor. Ninguém se habilitou, além disso Jimmy fez sinal com que vazasse de sua casa. Antes de sair Wendt fez questão de deixar algo claro.


– Essa banda não vai pra porra de lugar nenhum... NENHUM! – E saiu jogando o baixo nas costas.


– ISSO AE MENINA! – Jimmy levantou Erika nos ombros e logo foi ajudado por todos inclusive eu. – VIVA A TAMPINHA MAIS ESTRESSADA DA TERRA!


– HEY... ME SOLTEM, EU... EU VO CAIR HAA! – Erika gritava, porém mal demos ouvidos. Ficamos a joga-la para cima e para baixo até que a mesma gargalhasse conosco. Mesmo tendo perdido o baixista, ninguém parecia zangado ou afim de recupera-lo. No fundo só o mantínhamos na banda por causa de suas influências, afinal ele quase não tocava nada.

Erika me olhou sem jeito e sorriu, no fim traze-la de longe foi uma boa ideia.



POV Erika.


Eu juro que não sei o que deu em mim, mas aquele cara conseguiu me tirar do sério... Tá, isso não é muito difícil, mas se eles ficassem com raiva de mim eu não ia me importar. A reação do pessoal foi bem diferente do que eu imaginava, depois de me jogarem no ar como uma sacola plástica fomos beber (mais) ao som de algumas bandas que os meninos adoravam. Sentei na varanda da casa fiquei olhando o movimento da rua pensativa até Zacky vir em companhia.


– No fim você se saiu melhor que eu imaginava. – Ele disse sorrindo. – Achei que ia arrumar briga, mas não me passou pela cabeça que seria com o Wendt.


– Eu expulsei o baixista da sua banda no primeiro dia em que apareço aqui, e em troca vocês festejam? – Indignada franzi a testa e dei uma golada na garrafa que segurava.


– Você só deu o ponta pé inicial para o que todos já vinham querendo fazer a bastante tempo Erika. Esse cara é um narcisista filha da puta, assim como ele só usava o nome da banda para fazer status nós o usávamos para conseguir shows. Simples assim. – Ele coçou a cabeça encarando os pés. – Agora nós já temos fama o bastante para conseguir essas apresentações sozinhos.


– E depois as amizades femininas que são falsas. – Retruquei ainda um pouco pasma pela situação.


– Ai está você! – Jimmy exclamou se jogando ao meu lado e bagunçando meu cabelo. – Como se sente depois de fazer Matt engolir o próprio rabo?


– Não muito diferente do normal. – dei de ombros.


– Você tem um gênio e tanto baixinha, gostei . – Jimmy me encarou sorrindo tão divertidamente quanto antes, parece que a minha falta de paciência divertia-o.


– Rev você já tá querendo a garota pra você?- o bombado atravessou o quintal com um cigarro e poiou um dos braços na pilastra branca perto de Zacky que franziu o nariz com o comentário.


Antes que Jimmy respondesse seu celular apitou. Ele olhou a pequena tela e depois de alguns segundos sorriu timidamente levantando-se e se dirigindo para o portão da frente.


– Onde você vai maluco? – Zacky arqueou a sobrancelha.


– Desculpa Brian, mas eu já tenho a minha garota. – Piscou para mim e saiu correndo pela rua entrando em outro quarteirão.


Todos se entreolharam e sorriram maliciosamente, apenas eu boiava e não me sentia confortável com isso. Perguntei o porquê do gigante sair correndo do nada e a única resposta que obtive foi a explicação que Jacky morava a alguns quarteirões dali. Brincamos um pouco nos instrumentos até Zacky se levantar e me chamar para partimos. Assenti e antes de ir embora ganhei vários abraços contra a minha vontade, Zacky apenas ria de cada careta que eu fazia. Voltamos ainda ouvindo Foo Fighters só que dessa vez escutávamos “Best Of You”.

“I've got another confession to make

I'm your fool

Everyone's got their chains to break

Holding you

Were you born to resist?

Or be abused?”


“Eu tenho outra confissão a fazer

Eu sou o seu tolo

Todos têm correntes para quebrar

Segurando você

Você nasceu para resistir?

Ou para ser abusado?”



Encarei Zacky enquanto dirigia, ele sorria para o nada e apoiava uma das mãos na perna o olhar demonstrava satisfação assim como a postura triunfante. Seria eu a tola dele? Ou ele só estaria tentando quebrar essas correntes que me prendem ao meu próprio modo?


“Você nasceu para resistir?

Ou para ser abusado?”

Paramos na frente de casa, e dessa vez ele fez questão de me levar até a porta, admito que achei isso legal da parte dele, mesmo desnecessário.


– Então, é isso, espero que tenha gostado. – Ele disse tímido e sorrindo levemente.


– Não foi de tudo ruim. – Sorri na mesma intensidade.


Ficamos em silêncio e encarando um ao outro. Cada vez mais sentia a distância entre nós diminuir gradativamente, alguns passos eram perceptíveis através do ranger do assoalho, em pouco tempo seu corpo estava quase grudado ao meu, senti a respiração morna bater em minha face. Quis me retirar, me afastar talvez até empurra-lo para outra dimensão, mas nada disso fora possível; Ele hesitou de início e eu estava pronta para me virar e entrar quando seus lábios encostaram levemente em minha bochecha quase no canto da boca. Eram quentes e macios, porém duraram frações de segundos. Quando voltei a mim Zacky apenas se afastava de costas e da intorpecência surgiu a raiva e indignação.


– REGRA NÚMERO UM: SEM CONTATO FÍSICO! – Gritei pelo fato de ele estar longe já pronto a entrar no carro.


Ele sorriu contornou a boca com as palmas das mãos para abafar o som da resposta.


– Você também não foi nada gentil com o Wendt hoje! – Ele respondeu e sua feição ficou travessa.


O carro partiu e eu ainda não havia achado uma resposta. Então eu quebro a regra dele e ele quebra a minha? Grunhi indignada e tratei de entrar, precisava fazer alguma coisa para tirar o tom roxo que meu rosto assumiu assim que lembrei da ousadia de Zacky. Esse garoto ainda ia me render muitos problemas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? :3