Lips Of Deceit escrita por Victims


Capítulo 6
Apologies and Arrangements


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, o capítulo tinha ficado muito grande, então eu resolvi dividi-lo de um modo que não cortasse o clima no meio do ensaio hahahahahah Não devo demorar a postar o próximo de verdade, mas acho que vocês vão gostar bastante desse!
Agradeço de coração a todos os leitores! Amo cada review que deixa, sempre me fazem querer escrever e postar mais rápido só pra vocês! *-*
Beijo especial para a Bells, ela tá passando por um probleminha recente com a conta e pessoas idiotas, mas ela é foda e supera ;)
Enfim, boa leitura!



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POV Zacky.



– Olha, se você não comer esses bolinhos em três segundos eu vou declara-lo oficialmente doente. – Johnny continuou a encher o meu saco no refeitório. Porra eu só não tava com fome, isso não era coisa de outro mundo.


– Cala a boca cisco de gente, se quiser o bolinho é só pegar. – Respondi impaciente.


– Se eu não te conhecesse há tanto tempo porpeta, diria que você está chateado por causa daquela ruivinha. – Disse estendendo a mão e roubando o embrulho transparente.


– Erika? Não fala besteiras. Quando foi que ela me tratou diferente? Sei lá, antes eu achei que era só questão de tempo, que logo ela ia ceder e talvez se comportar como uma pessoa civilizada. – Parei para refletir um momento a semana que passou, eu havia feito de tudo para me aproximar e ela continuava indiferente. – Você sabe que eu sou muito paciente, mas também não vou ficar sendo usado para saco de pancadas.


– É, ela parece ser enfezada até a alma... E sabe mais o que? Acho ela maneira, mesmo quase me capando com o olhar ela é divertida, ainda mais quando está prestes a enfiar sua cabeça em uma lata de lixo. – Ele gargalhou e balançou os dedos achocolatados, nesse momento senti falta do meu bolinho. – Mas Zacky, porque esse interesse todo na garota? Sei lá, achei estranho você do nada começar a andar atrás de uma garota que ignorou quase o ginasial inteiro.


– Eu não a ignorava! Só não sabia que existia... Tá me lembro vagamente dela quando entrou aqui na escola, foi o assunto do mês e todo aquele alvoroço. Mesmo assim eu estava com a Gena, nunca ia reparar na Erika. – Balancei a cabeça tentando me lembrar de algo mais concreto. – Porra, você sabe que quase não ficamos aqui! Vira e mexe temos que despencar até o colégio dos meninos e sem falar nas aulas que matamos.


– É verdade... Mas você não respondeu a pergunta principal. – Ele me fitou desconfiado.


– Cara eu só tô me divertindo, achei a garota interessante e tava pegando no pé. Curiosidade. – tentei demonstrar indiferença, mas não sei por que minha voz soou trêmula. Era isso, eu não estava mentindo, foi assim desde que a vi a primeira vez.


– Desculpa cara, mas se for por diversão, não tá na hora de parar? Olha só como você tá! Ficou todo sentido e imputecido com a briguinha de vocês que nem comeu seu doce preferido. – Johnny arregalava os olhos a medida que falava, e vez ou outra sorria com as palavras. – Se você realmente só está fazendo isso de bobeira, tá na hora de para... Se for pra se aproximar de mulher, que seja pra comer, assim você aproveita mais o tempo e não vai ser patada que ela vai te dar. – Caímos na gargalhada e logo depois o sinal tocou. Suspiramos e levantamos do nosso pequeno esconderijo nos fundos da escola dirigindo-nos para a sala. Ele estava certo, essa brincadeira já tinha ido longe demais, existem muitas outras meninas mais agradáveis para eu conversar e quem sabe cortejar. Então, por que eu não parava de pensa nela e todo aquele alvoroço?



POV Erika.


Sexta-feira, amanha seria sábado e eu ainda não tinha dado um pio se quer com Zacky. Hoje ele não estava na entrada me esperando, e quando o avistei no corredor ele estava longe e conversava com o pequeno Johnny. Estamos aqui na aula de história e ele nem se quer trocou uma palavra comigo apesar de estar do meu lado, o pior é que se isso fosse há uma semana atrás eu estaria pulando de alegria, mas hoje isso me deixa mal de um jeito desconfortante. Droga, eu acho ele tão insuportável, chato, sorridente, excessivamente calmo, e protetor que deveria estar de acordo com a situação! Só que nãããão! Eu tenho que ser do contra, nunca fico satisfeita com nada... Como eu me odeio.


Batuquei o lápis inconscientemente na carteira e o espiei pelo canto dos olhos. Diferente de mim sua postura era relaxada enquanto anotava em seu caderno. O cabelo estava levemente bagunçado e as bochechas coradas, seus lábios se mexiam quase imperceptível como se ditassem a matéria para o subconsciente, ele estava concentrado. Percebi um feixe de luz brincar em suas argolas cintilantes, era engraçado os pontinhos luminosos que se formavam um pouco abaixo de seu queixinho redondo. Não percebi a tempo, e quando me dei conto ele também estava me olhando. Senti o calor subir pelo meu rosto e recolhi meu olhar de volta para a mesa, fui pega em flagra e isso era humilhante.


– Bom dia. – Ouvi-lo dizer isso só aumentou minha indignação.


– B-bom dia. – Respondi sem fita-lo novamente. Pude ouvir sua risada discreta, odeio o barulho que o ar faz quando sai de seu nariz nesse momento.


Fiquei repassando a conversa que tive com April naquela noite no telefone, já que não a encontrarei na escola por um bom tempo, fiz questão de ligar e botá-la a par da situação.


Flashback ON

– Erika, a sua sorte é que eu moro muito longe para gastar minhas preciosas perninhas, se não fosse isso eu já teria ido ai socar sua cabeça na maçaneta. – Ela estava com raiva e exagerava com a voz estrondosa me obrigando a afastar o fone do ouvido.


– Mas April ele parece... Sei lá um detetive! Quer saber tudo, tudo que não tem a ver com ele. Porra, já não basta sair entrando de gaiato na minha vida agora também quer controla-la? – Indignada com a falta de apoio da minha amiga me joguei no edredom branco da cama e abraçando as pernas.


– Não Erika, ele não está controlando a sua vida. Só queria ajudar! – Pude ouvir sua respiração pesada. – Olha só... Aquele menino é um amor, qualquer outro mentalmente sano não teria nem se quer passado pela mesma calçada que você. Mas esse além de livrar essa sua bunda retardada de mais um cano, fica todo dia de rodilhando na escola esperando algum sinal de gentileza da sua parte, o que eu nunca vi.


– Eu não pedi que ele fizesse isso, cara eu nem imaginava que ia arrumar outra sarna dessas, pra mim só o Tyler já tá de bom tamanho.


– Não Erika, ele nem se compara ao Tyler! Esse garoto não tentou te estuprar, não fica te ameaçando pelos cantos e nem parece ser psicologicamente perturbado por está afim de você. – Ela completou e pode jurar que sorria naquele momento.


– Ele não é afim de mim April, vamos parar de comer merda no almoço garota? – Explodi como de costume, mas diferente de muitos April não se intimidava com isso.


– Merda tem é na sua cabeça! Caralho ele não fez nada pra você, para de agir como se fosse o fim do mundo alguém querer estar perto de você! É difícil de acreditar? Foda-se, é verdade! E sabe o que mais? Ele merece desculpas, e sim você vai pedir, porque caras como esse são raros e talvez ele seja exatamente o que vocês estava precisando.


– EU NÃO PRECISO DE NADA CARALHO! – Esbravejei novamente. – Muito menos de Zacky! E as pessoas tem um motivo para não se aproximarem, me acham repugnante! Não vou me desculpar.


– Ok, não faça isso e ai você vai dar razão a todo mundo que te esnoba Erika, você vai ser exatamente como eles pensam. Mostra que é capaz de se importar com as pessoas e que não é tão arrogante quanto eles pensam. Se você tem uma chance de provar algo, não vai deixar ela escapar, tá me ouvindo?


Dei razão a April na hora, uma coisa ruim era que ela conseguia me persuadir e sempre tinha bons argumentos. Depois disso desliguei o telefone e fiquei pensando no assunto até pregar os olhos.


Flashback OFF


O sinal bateu e não consegui me levantar na hora. Vi todos saírem da sala um por um, até passar os olhos por Zacky que caminhava em meio a multidão. Levantei desajeitadamente prendendo a ponta da bata cinza no canto da mesa e quase a derrubando, assim que me recompus corri até o corredor dando de cara com Tyler assim que passei a porta, pela surpresa em seu rosto percebi que sua presença ali era meramente acidental então antes que aquilo virasse outra de nossas brigas cotidianas revirei os olhos e desviei de seu ser. Estranhamente ele não tentou me impedir, apenas acompanhou meu trajeto com olhos frios até eu agarrar a mochila de Zacky.


– Er... Oi. – Disse e aqueles dois poços esverdeados voltaram-se para mim.


– Olá. – ele me encarava surpreso. Ficamos em silêncio por alguns minutos até a coragem me encher o peito.


– Olha, eu sei que sou idiota, e muito arrogante. Sei também que a culpa não é sua por ser enxerido. – ele arqueou uma sobrancelha. – Mesmo assim acho que exagerei ontem, se não fosse você eu realmente teria apagado no corredor. – apertei a bainha do short de couro marrom tentando conter o nervosismo.


– Isso é um pedido de desculpas? – Sua expressão dançou entre o sério e uma pontada de diversão, o canto esquerdo de sua boca arqueou sorrindo levemente.


– Não, de casamento! – Bati a palma da mão na testa mostrando-me pior do que imaginava. Ele gargalhou. – Olha se você não quiser mais ver minha cara eu vou entender, caso ao contrário eu queria saber... Se amanha, o ensaio, sabe? – Mordi o lábio e encarei-o timidamente.


– Você quer ir?! – Ele estava surpreso de verdade agora.


– Fazer o que? - Virei de costas disfarçando as maçãs do rosto que se avermelharam. – Afinal, ainda te devo 20 dólares.


Ele sorriu e senti seu braço passar por meus pequenos ombros, nesse momento afastei-o gentilmente e me pus de frente novamente, ele ainda parecia feliz e tinha um olhar curioso que eu não pude desvendar.


– Regra número um: Sem contato físico, isso me irrita. – ele levantou as mãos em rendição. – Regra número dois: Eu só vou responder as perguntas que eu quiser, nada de pressão...


– Ok, minha vez. – Ele me interrompeu. – Regra número três: Você vai tentar ser mais gentil, tanto comigo quanto com qualquer um. E sem pré-julgamentos. – Ele se mostrou sério no início, mas despois descontraiu gesticulando para que saíssemos.


Suspirei e assenti, andamos juntos até as próximas aulas, e no final ainda fui obrigada a aceitar uma carona até em casa. Ele parou a carro em frente a minha casa e depois passou a mão pelo meu banco.


– Te pego aqui as 15:00h, vê se não atrasa, ok? – Sorrindo destrancou o carro e eu abri a porta.


– A dama aqui é você Zacky, não eu. – Brinquei e depois o encarei uma última vez. – Obrigada pela carona, mesmo que forçada. – Ele riu e balançou a cabeça.


Sai do carro e pude vê-lo virar a esquina em seguida, entrei cumprimentando todos e indo falar com Lucy que estava na sala. Agora não tinha mais volta, assumi Zacky como um novo amigo, e se desse sorte, não passaria disso.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, não devo demorar! ;) até a próxima
Ps: Bem-vindo novos leitores! ♥