Goodbye, Mystic Falls. escrita por Snow Queen


Capítulo 2
Fleeing from the past


Notas iniciais do capítulo

Mais rápido do que o esperado, o segundo capítulo. Incrível como a imaginação corre solta quando se lava pratos. Sem contar a trilha sonora da série que já faz parte da minha vida.



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Já fazia algum tempo que Elena estava dirigindo e o cansaço chegou com uma força sobrenatural, mas ela não poderia parar. Não até estar o mais longe possível de Mystic Falls. "Foco, Elena. Foco", ela dizia a si própria quando pensava em voltar para casa.

O dia estava quase amanhecendo e ela precisava parar em algum lugar para comer, já que havia saído de casa apenas com uma dose de café. Avistou um posto de gasolina um pouco à frente e achou que não seria uma má ideia parar lá.

Desceu do carro e foi na direção de um pequeno restaurante, sempre com sua jaqueta, já que o frio não a deixara em paz. Ela entrou e foi saudada por uma senhora atrás do balcão. O ambiente parecia bastante agradável, com várias mesas e cadeiras que lembravam o estilo dos anos 80. Procurou sentar-se em um lugar onde pudesse visualizar seu carro, ficando de costas para a senhora ali presente.

- Bom dia, minha jovem. O que vai querer? - Disse a senhora, com um sorriso no rosto.

- Café e panquecas, por favor. - Elena tentava manter um sorriso, embora este fosse falso. A senhora parecia muito agradável e ela não queria desapontá-la sendo rude ou algo do tipo.

A mulher se retirou, sempre com o mesmo sorriso, e foi preparar o café. Enquanto esperava, Elena ficou pensando em como a senhora parecia feliz e desejou, por um momento, ter a mesma felicidade que ela tinha. O que seria muito impossível, já que a senhora provavelmente não tinha vampiros em sua vida, nem muito menos era uma doppelgänger com uma má sorte.

A senhora voltou, segurando uma bandeja com a panqueca e uma xícara de café. Depositou as coisas sobre a mesa e, afagando a cabeça de Elena, disse:

- Se precisar de mais alguma coisa, é só chamar, querida.

Elena retribuiu com um singelo "obrigado" e a mulher novamente se retirou.

Enquanto comia, sentiu uma sensação estranha, como se alguém estivesse a observando. Olhou para os lados, para onde estava o seu carro, e concluiu que estava exagerando, já que ninguém, até então, sabia de seu paradeiro. Começou a imaginar o que as pessoas fariam quando fossem até sua casa e não a encontrassem por lá. Logo, lembrou-se de Stefan. Ele ficaria totalmente arrasado, mas iria entender, afinal de contas ele a entendia melhor que qualquer outra pessoa.

Terminado seu café, levantou-se e foi pagá-lo. Saiu novamente, o sol parecia mais intenso. Gostou de sentir o calor sobre sua pele, o que a motivou a tirar a jaqueta. Jogando-a pela janela sobre o banco do passageiro, abasteceu o tanque do carro e caiu na estrada novamente. Elena parecia mais calma agora, mais aliviada.

Ouviu um barulho vindo de sua bolsa, era seu celular tocando. Provavelmente algum de seus amigos deve ter ido à sua casa e não a encontrado lá. Ela deveria respirar fundo. Sem perder o controle, tirou o celular da bolsa e, atendendo, colocou no viva-voz.

- Elena? - A voz do outro lado da linha a fez estremecer. Sentiu seu coração rasgar-se ao meio quando reconheceu a voz de Stefan. Ela esperava por aquilo, de uma forma ou de outra.

- Oi, Stefan - Ela falou, segurando-se para não chorar.

- Onde você está? Fui até sua casa e não a encontrei. - Ele parecia preocupado.

- Olha, Stefan... - As palavras mal saiam. Ela precisava pensar no que dizer, pois não queria deixá-lo preocupado, nem queria que ele viesse atrás dela - Eu precisava fazer isso.

- O que você fez, Elena? Por favor, me diga onde está. - Ele mudou o seu tom drasticamente. Agora estava nervoso. Era notável pelo tom de sua voz.

- Eu preciso de um tempo para mim. Eu sei, não deveria ter feito isso, mas eu realmente não posso mais deixar ninguém se arriscar para me salvar. - Ela engoliu em seco, as memórias começavam a surgir em sua mente. Ela não poderia se deixar abater, até porque estava ao volante - Depois do que aconteceu com Jeremy, eu só percebi que não posso mais correr o risco de perder mais alguém. Eu vou...

Stefan a interrompeu rapidamente.

- Você acha que vai ficar bem, Elena, mas não vai. Por favor, onde quer que esteja, volte pra casa. Eu irei proteger você. Não faça nenhuma bobagem, por favor. Eu te amo e não posso perdê-la novamente.

Aquelas palavras entraram no coração de Elena como uma espada afiada. Tudo o que ela mais queria era correr para os braços dele, abraçá-lo e dizer que ele não a perderia novamente, mas sua mente estava tão confusa, que até a ideia de abraçar Stefan parecia distante. Ela respirou fundo.

- Stefan, - Ela tentou ao máximo manter a calma. Estava sendo mais forte do que o esperado - eu vou ficar bem. Ninguém vai saber onde estou inclusive Klaus. Na hora certa eu irei voltar. Tem minha palavra.

- Elena...

Ela não o deixou continuar.

- Perdoe-me, Stefan.

Ao desligar o celular rapidamente, ela o segurou forte e o jogou pela janela. Sabia que Bonnie poderia rastrear seu aparelho, já que eles estavam conectados, então não iria arriscar chegar a Klamath e depois deparar-se com Stefan ou qualquer um em sua porta. Era um tempo pra ela. Só dela.

Passou o resto da manhã dirigindo e percebeu que havia andado um caminho razoável. Já estava bem distante de Mystic Falls, o que a deixou menos estressada. Suas emoções estavam muito intensas. Não fazia 24 horas que havia visto seu irmão morrer bem diante de seus olhos. Ter que enterrá-lo foi um dos momentos mais dolorosos de sua vida. "Até quando eu irei enterrar as pessoas que amo?", essa era a pergunta que rondava sua cabeça.

Resolveu não parar para almoçar. Não estava com ânimo para isso e quanto mais tempo parasse, mais iria perder. Parou apenas em outro posto de gasolina e comprou algumas barras de cereais e um suco.

De volta a estrada, as horas passaram tão rápido, que Elena mal percebeu que já estava anoitecendo. Sabia que só iria chegar a seu destino no outro dia, então resolveu para em um motel para - tentar - descansar. Foram muitas agitações para um dia mal dormido e quilômetros de estrada pela frente a esperava.

Após encontrar um lugar para hospedar-se, pegou suas chaves e foi alojar-se em um quarto. Subindo as escadas, pode contemplar os outros quartos e as pessoas que ali chegavam. Sem demoras, foi em busca do quarto que, de acordo com sua chave, era o 204. Ao entrar, observou a cama, a pequena tv, um frigobar e, o tão esperado, banheiro. Deixando suas malas em cima da cama, correu para o banheiro e foi tomar uma ducha. Passou um bom tempo debaixo daquele chuveiro, esperando que a água que caia sobre seu corpo levasse embora os pensamentos ruins.

Por um momento, pensou ter ouvido batidas na porta. "Deve ser minha imaginação perturbada", repetiu várias vezes. Saindo do banheiro, vestiu um roupão que estava pendurado lá e foi vestir-se. Colocou um pijama azul marinho que trouxera, indo pentear e secar seu cabelo.

Depois de tomar um chá gelado que estava no frigobar, ela deitou-se na cama espaçosa. Desejou alguém ali para abraçá-la e fazê-la sentir que o resto do mundo não importava mais. Começou a lembrar dos momentos em que Damon, - Sim, Damon - estava com ela em sua cama, a protegendo. Ela se sentia menos sozinha quando ele a trazia para perto de si e a abraçava forte.

Tentou pegar no sono, mas a noite parecia torturar seus pensamentos, não a deixando dormir. Ela resolveu vestir um casaco e foi tomar um ar na varanda do motel. Olhou para baixo e deparou-se com um homem bêbado. Ela notou que ele estava bêbado porque ele estava deitado próximo ao asfalto agarrado a uma garrafa de vinho. Por um momento, riu da situação. Ela esperava distrair-se com alguma coisa durante essa viagem repentina.

Estava admirando a lua, com toda a sua delicadeza e brilho, quando ouviu uns barulhos estranhos. Olhou em volta e não viu ninguém por ali, exceto o bêbado que dormia profundamente. Ignorou os barulhos e resolveu entrar para o quarto. Embora as pessoas não soubessem seu paradeiro, seria melhor não agir como se fosse uma pessoa sem problemas, porque eles sempre davam um jeito de aparecer.

Quando entrou, estava prestes a fechar a porta, quando sentiu alguém fazer uma pressão do lado de fora, colocando a mão pela brecha e a impedindo de fechar a porta. Seu coração acelerou rapidamente. O medo começou a invadir seu espírito e ela poderia jurar que Klaus tinha a encontrado.

Tentou fechar a porta, mas a pessoa do lado de fora não permitiu. Apenas falou.

- Elena! Sou eu.

Sentiu uma onda de alívio ao reconhecer a voz. Mas, espere... Como ele poderia tê-la encontrado? Ela não o viu nas últimas horas e, provavelmente, ele não havia falado com Stefan, senão estariam os dois lá.

- Damon? - Ela falou receosa.

- Quem mais seria? - Ele falou usando a ironia costumeira.

Ela abriu a porta e o encarou. Esperava qualquer coisa naquele momento: Klaus, seus híbridos, até mesmo Rebekah, menos ele. Menos Damon Salvatore.


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Notas finais do capítulo

Adooooooooro essas cenas Delena, mesmo que seja na minha imaginação fértil. Gostaram? Sugestões, críticas, qualquer comentário é bem vindo. Logo mais postarei o próximo capítulo.