F R A G I L E escrita por Scorpion


Capítulo 7
07. Sem arrependimentos.


Notas iniciais do capítulo

Hello meu povo lindo e maravilhoso e e *0*
AVISO: Se vocês aparecerem em peso por agora eu juro que posto outro quando chegar em casa u.u
Então... Se quiserem apareçaaaam! *0*
E eu sei que a Clara vai querer me matar por isso mas... QUANTO REVIIIIIEW! Cês nem sabem o quanto eu pulei aqui. q
Clarinha... Quer que eu delete a fic e post de novo pra cê ir comentando? u.u not UIHASDIHDIUS
Eu já disse que essa fic DE NOVO é da Clara? HM
Pois é... Vão ler! q



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07. Sem arrependimentos.

Quebro minha rotina. Acordo em uma cama que não é minha, enrolado entre lençóis que não são meus lençóis, impregnado de um cheiro que não é meu cheiro.

E sorriu. Porque de novo eu tinha razão. Quebrar a rotina é algo bom, mas nunca fui tão forte para fazê-lo. Até que o conheci...

Me coloquei de pé com relutância, procurando entre a desordem de peças espalhadas pelo chão, meu casaco preto onde meu celular está. Quando o encontro vejo a hora. Oito em ponto.

Pode ser que eu tenha quebrado a rotina, mas meu corpo demora a se acostumar.

Viro para a cama de tecidos escuros e descubro que entre eles descansa o locutor de Romance a meia noite de bruços, com uma perna sem cobrir com o lençol, a boca semi aberta e a respiração ruidosa e profunda.

Como descrever a visão que se passa perante meu olhar?

Como definir a beleza que possui sem ficar no meio da explicação?

Como chama-lo sem usar vocabulário de antigos apaixonados?

Não se pode. Eu não posso.

É imenso. Demais pra mim.

Com lentidão vi como seus olhos foram se abrindo e juro que era como ver o amanhecer em frente a janela.

Piscou algumas incontáveis vezes antes de manter seu olhar fixo em mim. Me mantinha sentado ao seu lado olhando cada forma em seu rosto, cada mudança de expressão, cada registro particular nessa imaculada pele.

-Olá... –Disse quase sem voz. Talvez esmagado pela imensa emoção de lhe ver acordar.

Frank fechou os olhos e vi um ligeiro movimento de cabeça de cima para baixo.

-Em, Frank... Posso tomar um banho? –Perguntei tímido, olhando fixamente os lençóis azul marinho.

Onde ficou minha coragem de ontem? O que aconteceu com o Gerard impulsivo e sem vergonha?

-Claro, é por ali... –Disse levantando um pouco o braço e me mostrando do lado esquerdo o lugar.

Observei uma porta e entrei, não sem antes levar meus pertences comigo.

O banheiro era de azulejos pretos, amplo, com uma jacuzzi em um canto, ao lado um pequeno cubo transparente onde estava o chuveiro... Enfim, um banheiro amplo e com certeza poderia fazer mais criticas por mais tempo, mas meu corpo está pegajoso e meu cabelo lançando gritos mudos pelo toque de água e shamppo.

Deixei minha roupa na borda da banheira e abri a porta do cubículo transparente. Virei a chave e a água quente caiu direto sobre meu corpo.

Sorri e lancei um suspiro. Justamente o que precisava.

E enquanto a água limpava aqueles restos, prova da noite passada, minha mente continuava relembrando-os vividamente. Os beijos, as caricias, as frases indecentes sussurradas em meu ouvido.

Voltei a ser uma presa do prazer. Prazer chamado Frank Iero. Caímos no véu da paixão e, durante horas, estivemos nos percorrendo, jogando com nossos corpos, conhecendo-nos, nos unindo com uma luxuria desmedida.

Me fez seu mais de três vezes. Meu corpo se arqueou perante sua boca esperta entre tantas outras ocasiões. Minhas mãos percorreram cada contorno de seu corpo, descobrindo texturas impensáveis para mim.

Testemunhas foram a sala de jantar, a parede da sala, e até os sofás italianos foram apoio para acalmar nossa chama lasciva; o quarto foi o lugar de excelência, onde ficaram guardados entre essas quatro paredes os gemidos e gritos de êxtase.

As lembranças viveriam para sempre em mim, as sensações ficarão marcadas em meu corpo e em minha memória, e as levarei presentes, como agora, neste mesmo instante sinto suas mãos acariciando meu abdômen suavemente, ligeiro, e até temeroso. Descendo com cautela por meus quadris, lento, muito lento fazem círculos em minhas coxas. Gemi.

-Frank... –Não pude evitar minha boca de invoca-lo ao pronunciar seu nome.

Percorre a zona até chegar ao meu pênis, que parece não ter tido suficiente com uma noite e já reage perante as atenções ganhadas.

Sinto que uma mão o acaricia, o percorre com sensualidade até chegar a ponta para tortura-lo com o polegar. Volta a descer e os movimentos se tornam repetitivos de cima para baixo, enquanto outra mão brinca com meus testículos.

-mmm... –Gemo e tento me sustentar entre as paredes cristalinas do chuveiro. O movimento aumentam e meus olhos se apertam mais. Minha cabeça se joga para trás e minha sanidade se perde no oceano de prazer provocado. –Frank! –Gemo desesperado. –Mmm... Ah... Ah...

Estou a ponto de ver estrelas. Estou a ponto...

Os movimentos aumentam, as caricias suaves se tornam agressivas,

Estou tão perto...

My intentions never change

What I want still stays the same

And I know what I should do

it's time to set myself on fire


A musica soou estrepitosa, fazendo estrondar as paredes de meu transparente refugio, me fazendo ser consciente que não há mais do que minhas mãos em minha muito sobressaliente ereção matutina.

Suspiro e fecho os olhos. Por Deus, depois de tudo o que ele fez...

Estaria me tonando em um pervertido?

A porta do banheiro se abre dando passagem ao meu maestro na perversão, sorridente, nu, e cantando com uma emoção evidente.

- Was it a dream? Was it a dream? Is this the only evidence that proves A photograph of you and I.

Sorri celebrando o bom humor do locutor, e abro com pressa meus olhos quando decide me acompanhar nesse pouco e espaçoso compartimento.

- Your reflection I've erased. –Continua cantando com essa voz que me enlouquece. Me faz virar e começa a ensaboar minhas costas. –Like a thousand burned out yesterdays. –Acaricia com o sabonete meus ombros. –Believe me when I say goodbye forever. Is for good. –Sussurra a ultima frase atrás de meu ouvido, me deixando sentir sua respiração suave.

Fecho os olhos. É muita tortura para meu corpo excitado, que se agita perante seu toque, clamando por atenção. Tento girar minha cabeça procurando sua boca. Preciso do meu elixir. Preciso desses lábios rosados e do sabor doce de sua saliva. Lhe procuro. Ele mantem uma mão em minhas costas, me empurrando contra um dos transparentes muros e quando minha boca roça na sua se afasta para continuar cantando.

-Was it a dream? –Sussurra com seus lábios beijando meu pescoço. –Was it a dream? –Repite e desta vez mantém seus lábios junto aos meus. Em um desafio. Tentando averiguar quanto minha vontade resiste antes de que eu me renda a ele.

E não aguento mais. Lhe seguro pelo cabelo e com força tomo seus lábios com paixão.
          Was it a dream? 
Was it a dream? 
Is this the only evidence that proves
A photograph of you and I (*)

E com aquela musica de fundo volta a se cravar em mim. Com força, de uma só vez, provocando esses gemidos inevitáveis e me abrigando que lhe segure pelo cabelo com ansiedade, lhe pedindo mudamente que não me deixe cair, que estou voando, que não me solte ou desmoronaria. Minha ereção choca contra a fria parede, mas não importa.

As investidas se fazem cada vez mais fortes, mais profundas, mais certeiras para encontrar esse ponto que me faz enlouquecer. Com um grito mancho a parede cristalina com minha essência para depois escutar o soluço que Frank lança anunciando sua liberação dentro de uma camisinha que ele colocava todas as vezes em que me toma.

Nossas respirações são agitadas.

A água continua caindo.

-Bom dia. –Falo enfim.

-Olá... –Sussurra.

-Tenho que ir. –Dou a volta e saio para alcançar uma toalha.

Frank termina com seu banho enquanto eu coloco a mesma roupa do dia anterior em frente a ele. Quando sai e enquanto seca o cabelo com uma toalha agitando-a fortemente me olha e depois sorri.

-Eu te levo?

-O que? –Respondo com surpresa.

-Se te levo para sua casa, trabalho, ou a onde quer que seja que você tenha que ir. Afinal de contas. –Me sorriu com aquele sorriso de cinismo. –Já estou acordado e muito limpo.

Ri um pouco.

-Eu adoraria. –Respondi ao fim.

Frank estava pronto em menos de dez minutos usando uns jeans desgastados e um suéter de pescoço alto e cor preta.

Saímos e descemos pela escada. Nem sequer fiz a tentativa de dirigir-se até o elevador, simplesmente caminhou na direção contraria até as escadas. Sorri porque ele foi capaz de se lembrar e me compreender.

Pegamos o carro de cor prata e nossa conversa se resumiu aos comentários que o locutor de radio fazia.

-Me sentia estranho com Frank. Frank era estranho, mas, quem não é?

Um excelente comandante durante o sexo, ou com perfeitas insinuações antes deste, mas depois chegavam os momentos como este onde não podia falar, e ele não tinha interesse aparente em começar uma conversa.

Queria que ele falasse de seu mundo, de sua inspiração, de seus mais profundos sentimentos, mas só podia abrir a boca para receber um de seus beijos.

“E isso é tudo por hoje amigos” Disse o locutor.

-E isso será tudo por toda a vida, idiota. –Cantarolou Frank com zombaria olhando o som em seu carro.

O olhei intrigado sem saber o que dizer, mas convidando-o com o olhar para continuar falando.

-Seu nome é Andy, e a partir de hoje deixará de ser locutor, ao menos nessa estação. –Sorriu com cinismo. Sentia que podia amar esse sorriso tanto quanto podia odia-lo, era o segundo momento em que ele usava.

-Porquê? –Me atrevi a perguntar.

-Faz algumas semanas, o desgraçado se atreveu a zombar de mim, dizendo para a audiência que centenas de mulheres estavam apaixonada pela voz de um homossexual, disse meu nome, fui sua brincadeira nos programas seguintes. –Revirou os olhos quando nos encontramos com uma rua onde o semáforo estava vermelho, me olhou. –Mas agora que sou sócio da estação darei adeus a sua carreira como locutor. –Sorriu com aquele sorriso que tanto amo, quer dizer, a cínica. –E também, ele não é tão bom, podemos conseguir outro, mas que se dê conta de que este homossexual é muito mais importante que ele.

Fiquei calado pelo resto da viagem pensando em meu Frank vingativo, dando voltas em minha cabeça não notei quando chegamos a livraria.

-Aqui? –Perguntou estacionando o carro.

-Sim, desculpe... –Me perdi por um momento. –Sorri. Meu sorriso não foi correspondido. Seu olhar estava no estabelecimento. –Frank?

-Diga. –Respondeu sem dirigir sue olhar até o meu.

-Não se sentirá mal por despedir Andy só por vingança? Não acredita que ele pode fazer mais alguma coisa? Não acredita que depois você pode se arrepender? Quem usa o “olho por olho” como lema para justiça sempre termina sendo um bárbaro no lugar de se tornar um justiceiro.

Terminei e Frank me olhou ficando um longo tempo calado, como se estivesse analisando minhas palavras e suas possíveis respostas. Depois me sorriu iluminadamente.

-Sem arrependimentos Gerard. –Disse simplesmente e beijou minha bochecha. –Que fique bem.

O olhei por uns instantes e o sorriso não ia. Um sorriso seco, justamente como os que dou a Mikey para lhe tranquilizar. Desci do carro sem uma promessa de voltar a nos ver ou um “até logo”. Só desci e ele se foi.

Olhei aquela nuvem quase imperceptível de vapor que deixou em sua ida.

O mistério que cobria Frank Iero parecia crescer cada vez que eu tentava conhecê-lo mais. Quanto mais tempo eu continuava olhando-o mais duvidas me atormentavam e a curiosidade por conhecer todas aquelas personalidades, todos aqueles olhares e todos os sorrisos, me deu um motivo para continuar com minha vida. Queria ser quem descobriria o verdadeiro Frank, quem poderia estar com ele e deixa-lo apaixonado.

Antes de entrar na livraria decidi caminhar. Tirei de meu bolso o celular e disquei esse numero que eu conhecia de cabeça. Escutei a voz de Ray do outro lado.

-Você tem tempo? –Perguntei enquanto andava entre a multidão. –Não vai acreditar o que aconteceu comigo...

Foram oito quadras de ida e volta antes de desligar o telefone.

-Gerard, cuide-se muito, sabe que contará comigo para sempre, e para o que seja, também quero que saiba que estou muito feliz por você, mas se lembra de que quem ama com uma verdadeira devoção perde tudo. Cuide-se muito, Gee.

E já não voltei a escutar a voz de meu melhor amigo. Em seguida um som chato se deixava ouvir através da linha telefônica.

* * *

Então me declaro perdedor antes de ser anunciado o jogo.

O amo com devoção.

O perderei completamente.

Não importa.

Nunca tive algo para perder.

“Te amo com loucura. Te amo com uma cega devoção. Será muito pedir para não me machucar?”

(*)Was it a Dream? - 30 Seconds to Mars


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Notas finais do capítulo

Eu sei, não teve muita coisa hoje ): IUHSDIUHAIU
E tambem, desculpem, é que não tô no meu pc, então a formatação não ta muito legal ):
Enfim... *volta pros braços da namorada*