F R A G I L E escrita por Scorpion


Capítulo 6
06. Confirmação.


Notas iniciais do capítulo

AWN! Gente! Quanto review lindo *0*
Vamos dar boas vindas para Violet Iero, LuhWay e Danny Sophia?
SEJAM BEM VINDAS! *0*
Espero que gostem do post de hoje ): q



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06. Confirmação.


Acredito só consegui fechar meus olhos por três segundos, mas meu corpo se move de um lado para o outro com uma rapidez crescente.

-Gerard, acorda!

Uma voz. Uma voz distante que não deixa de repetir o mesmo.

Não quero, não quero acordar. Eu tive um sonho tão bom, tudo havia sido tão real, ele estava junto de mim e éramos um só. Não. Não quero acordar e descobrir que tudo foi um sonho, porque, quando abrir meus olhos tudo terá desaparecido.

-Gerard!

Não! Voz não, não fale comigo. Não me acorde...

Voz... Doce voz...

Rendido abri os olhos.

-Hey... –Sorri com o ar sonolento. –Olá sonho...

-Gerard, é hora de você ir. –Disse sério.

Esfreguei meus olhos e olhei ao meu redor. Não foi um sonho.

Frank Iero e eu, Gerard Way, fizemos amor...

Soltei uma gargalhada de alegria total. Ele estava ali e, ainda que não se parecesse com a forma que imaginei, ele me acordou, não posso culpar que o resto foi a realização completa de meu maior desejo.

-Gerard, está me escutando?

“A verdade é que não Frankie, me deixará te chamar assim? Não te escuto porque estou perdido na imensidão de seus olhos, que é uma armadilha, que me inundam. Não te escuto porque admiro seus lábios, enquanto tocou outro buquê de rosas no altar do meu coração em honra a você. Não Frankie, não te escuto...”

-Não, desculpe Frank, a verdade é que não.

-Te disse que é hora de você ir. São onze e meia, o certo seria para eu estar no estúdio a 10 minutos, mas acabamos dormindo, está me escutando?

Como é que Frank já está vestido e eu não?

Me olhou. Corei.

-Gerard, por favor, não quero chegar tarde...

-Sangrei? –Perguntei olhando em seus olhos. Ele estava de pé ao lado da cama, eu permanecia encostado contra a cabeceira escura.

-O que? Sangrou onde?

-Onde poderia ser? –Abaixei o olhar tentando me esconder em baixo dos lençóis.

-Ah, não, não sei... –Segurou os cabelos. –O que tem haver?

Me coloquei de pé. Nesse momento não me importava se Frank me via nu. Me importava que não estava com meu fator anti-hemofílico e, ainda que se tratasse de uma pequena hemorragia, em todo caso meus cuidados eram sempre excessivos comigo mesmo. Levantei os lençóis e procurei restos de manchas suspeitamente escuras. Olhei minhas pernas.

Limpo, sem manchas de sangue. Suspirei e sorri.

-Que bom...

-Gerard, tenho que trabalhar, é sério, agradeceria que pegasse suas coisas e fossem, por favor...

Me aproximei dele. Lhe beijei.

Estava tão encantador com a capa preta e um gorro da mesma cor...

Correspondeu meu beijo, até segurou meu rosto entre suas mãos, e cheguei a pensar que com isso aprofundaria, mas só o fez para me afastar de seus lábios com um movimento grosseiro.

-Vá... –Sussurrou limpando os lábios.

Seu tom frio me obrigou a cumprir suas ordens. Comecei a procurar minha roupa para vesti-la em frente ao seu intenso olhar. Quando estava pronto o olhei.

-Posso pedir um taxi?

-Não tem carro? –Perguntou cético.

-Por isso quero um taxi...

Escutei um bufo antes dele pegar as chaves da cômoda ao lado de sua cama.

-Não tem tempo, vamos.

Me segurou pelo braço e com empurrão me colocou dentro do elevador. Perdi o calor de sua mão apertando meu braço e fechei os olhos.

-Está bem?

-Não entrei em um elevador depois dos 18 anos. –Respondi sem abrir os olhos. –Tenho medo... –Confessei e lancei um suspiro.

Escutei outro bufo da parte do locutor antes de voltar a me segurar pelos braço, desta vez, dirigindo para minha cintura.

-Eu tenho medo de aranhas...

E foi o ultimo comentário que fez. Um homem já nos esperava fora do prédio com um Mercedes Benz cor prata. Me impressionei.

-Senhor Iero. –Disse o homem lhe entregando as chaves.

Frank não respondeu e quando homem olhou para mim, ambos sorrimos.

Entrei no carro. Agora tinha medo de com quem estava. Frank parecia ter um mistério em sua personalidade, como em seu olhar.

-Porque não queria que eu chamasse um taxi?

-Sempre demoram muito. Não podia esperar.

Quando acordei sabia o que queria. Queria ele, como fosse. Mas sua conduta, seu olhar, sua voz tão fria...

Já não sei o que pensar;

Sei que tudo é minha culpa, que estou me afogando em meu próprio copo. Sou eu o apaixonado. Para mim foi fazer amor, não só sexo.

Eu decidi me unir a ele por toda a eternidade, mas Frank não sabe nem em quê trabalho.

Pode ser que eu saiba tudo o que quero dele, mas ele de mim não sabe nada...

* * *

Iludido. Iludido e bobo Gerard, como se fosse se apaixonar por mim a primeira vista. Como se fosse algo diferente, como se meus beijos pudessem lhe enfeitiçar, como se fosse alguém...

* * *

Estacionamos. E, bom, ainda que viva em meu mundo imaginário sei que chegamos a estação de radio mais famosa da cidade. Frank arruma melhor um cachecol vermelho, enquanto eu escondo minhas mãos nos bolsos da calça. A noite é muito fria e realmente lamento não trazer mais do que esse casaco e a camisa de seda.

Sigo Frank, que parece que não se lembra de minha existência pois caminha através dos corredores sem parar e saudando muitas pessoas no percurso. Caminhei atrás dele por muito tempo até que decidiu parar. Entrou em uma cabine e eu ia fazer o mesmo.

-Gerard, espera. –Me segurou pelos ombros. –Te trouxe para ver o papai fazer seu trabalho, mas você não pode entrar e trabalhar com ele, entende? –Assenti. –Bem, você vai ficar em outro quarto.

Foi até o lugar indicado, era o lugar onde estavam todos os aparelhos para transmissão. Olhei tudo fascinado até que uma voz em minhas costas me fez dar um enorme salto.

-Olá!!

Ao ver minha reação o homem me segurou pelos ombros.

-Hey, calma, não era minha intenção te assustar. –Me sorriu. –Sou Bob, sou encarregado da musica e os sons.

-Olá. –Disse com a respiração voltando a sua velocidade normal. –Gerard Way, muito prazer.

Bob me pareceu uma pessoa encantadora. Um pouco sério, mas muito agradável. Era loiro, olhos azuis, com o cabelo grande e um pouco de barba.

-Chegou com Frank?

-Sim, isso.

-Wow! –Começou a rir. –Isto sim é noticia. Frankie com um namorado...

Corei ao ouvi-lo. Alguém gritou que estava a ponto de começar, dando por terminada minha conversa com Bob durante os cinco minutos seguintes.

Olhava para Frank pela janela de vidro. Sustentava as folhas de seus poemas enquanto tentava soar com suavidade, como se estivesse acariciando o microfone preto. Estava declamando e podia ouvi-lo com perfeição. Como quando o faço em casa, só que agora eu poderia ver o poeta.

Quanta beleza. Quanto mistério. Quanta perfeição em uma só pessoa.

Captura minha alma com um só olhar e confirma minha entrega total com as doces palavras saídas de seus lábios rosados.

Como é possível que não pudesse definir meus sentimentos por ele, se é a única coisa de certa que eu sei. É a única certeza que possuo. Meu amor por Frank Iero.

-Se me vê encontrará em meus olhos o amor
É você a metade que minha vida completou.

Sua voz terminou de vez com todos meus pensamentos.

-O que sou te darei sem medo ou algum erro
acredito em você e deixarei em suas mãos minha ilusão. (*)

Como alguém capaz de pronunciar o amor com tanta perfeição pode ser tão frio?

Não. Não pode ser. É Frank Iero, o locutor, o poeta amante do amor, é Frank o ser humano que declama palavras de amor ao mundo inteiro como ninguém. É quem suspira e dá o boa noite.

É Frank, o Frank que eu amo.

-E os deixo com IL Divo, a musica The man you Love, dedicado para Susan, de Jake, que declara o amor de sua vida. –Sorriu. E eu sorri também, porque estava em frente a uma visão.

E já não se tratava de um ser humano, era algo mais. Um ser celestial com olhos perturbadores, brilhantes e puros. Era um anjo...

* * *

A transmissão do dia havia acabado.

-Pronto Frankie, excelente como sempre querido. –Disse Bob com o ar brincalhão falando através do microfone.

Frank soltou uma gargalhada enquanto tentava se libertar dos fones.

-Gerard, muito prazer em te conhecer. Quando quiser será bem vindo. Normalmente só falo com Frank entre uma musica e outra, mas foi divertido conversar contigo. –Me sorriu depois estendendo sua mão. A tomei e correspondi o sorriso.

-Adoraria.

-Bem, então já vou. Cuide do Iero.

Assenti com a cabeça. Como disse, Bob era maravilhoso...

Quando lhe vi sair porta a fora fui imediatamente para a sala ao lado. Entrei e tranquei a porta. Frank guardava as folhas com os poemas em um classificador quando virou para mim.

-Oh, quase esqueço que você estava aqui...

-Não se preocupe. –Sorri meio de lado. –Farei com que se lembre.

Eu disse isso?

Frank levantou uma sobrancelha surpreso.

-E como o fará Gerard Way?

-Assim. –Segurei sua nunca para depois meter minha língua até o mais profundo de sua boca em um beijo apaixonado. Cheio de mordidas, lábios, língua e saliva.

Eu fiz isso?

Depois de nosso caloroso beijo Frank me sorriu ofegante. Lhe devolvi o gesto com o sorriso mais cínico que nunca pensei que ter. Abri seu cinto com pressa, para depois deixar cair sua calça, juntamente com a roupa intima.

-O que está fazendo? –Murmurou excitado, ao mesmo tempo que deixava sair um pequeno risinho.

-O que acha que faço? Abaixando suas calças para te chupar. –Sorri.

O que!?

E o ato seguinte foi o que eu disse. Não tive muitas experiências sexuais, mas tenho aprendido muitas coisas ao longo de minha vida, como que o sexo oral é fenomenal, especialmente se morde e depois vira a boca assim, roçando com os dentes e ao final uma sugada.

-Aaah! –Frank gritou sem pudor quando realizei o movimento na ponta de seu membro.

Sou eu?

Pouco me custou fazer com que se derramasse em minha boca, e deixando cair um pouco no chão, outro pouco o engoli, não sem sentir um sabor amargo que irritou um pouco minha garganta, mas o que importava era o sêmen de Frank Iero, doce e poético, como ele todo.

Depois dos espasmos pós-orgasmo a respiração de meu locutor normalizou. Me levantei para estar em frente a ele. Segurou minha bochecha esquerda e sorriu com prazer.

-Continuaremos isso em minha casa?

E umas horas atrás eu talvez falasse não, que tinha que trabalhar no dia seguinte, e esperaria que ele continuasse interessado em mim, apesar disso.

Mas, o amor não nos faz fazer coisas que em outra situação não faríamos?

Por ele eu faria o que fosse, daria o que fosse, seria o que fosse... Só para estar ao seu lado.

“Te amo tanto que me esqueço de quem sou.
Não será por acaso que é por isso que te amo?”

(*)Il DivoThe man you love.


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Notas finais do capítulo

Ah, que safados u.u AUSGDUSYGSDYU
Eu preciso voltar a traduzir ):
Prometo que depois respondo os reviews de vocês. *0*
Até amanhaaaa! ♥